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Humano: diferenças entre revisões

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| imagem = Campamento de ganado de la tribu Mundari, Terekeka, Sudán del Sur, 2024-01-28, DD 157.jpg
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|''wadjakensis''<br><small>Dubois, 1921</small>
|''wadjakensis''<br><small>Dubois, 1921</small>
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<center>''ver notas''{{nota de rodapé|Sinônimos registrados para a espécie ''Homo sapiens'', sendo que os nomes de Bory de St. Vincent referem-se a variedades geográficas dos humanos modernos: ''aethiopicus'' Bory de St. Vincent, 1825; ''americanus'' Bory de St. Vincent, 1825; ''arabicus'' Bory de St. Vincent, 1825; ''aurignacensis'' Klaatsch & Hauser, 1910; ''australasicus'' Bory de St. Vincent, 1825; ''cafer'' Bory de St. Vincent, 1825; ''capensis'' Broom, 1917; ''columbicus'' Bory de St. Vincent, 1825; ''cro-magnonensis'' Gregory, 1921; ''drennani'' Kleinschmidt, 1931; ''eurafricanus'' (Sergi, 1911); ''grimaldiensis'' Gregory, 1921; ''grimaldii'' Lapouge, 1906; ''hottentotus'' Bory de St. Vincent, 1825; ''hyperboreus'' Bory de St. Vincent, 1825; ''indicus'' Bory de St. Vincent, 1825; ''japeticus'' Bory de St. Vincent, 1825; ''melaninus'' Bory de St. Vincent, 1825; ''monstrosus'' Linnaeus, 1758; ''neptunianus'' Bory de St. Vincent, 1825; ''palestinus'' McCown & Kleith, 1932; ''patagonus'' Bory de St. Vincent, 1825; ''priscus'' Lapouge, 1899; ''proto-aethiopicus'' Giuffrida-Ruggeri, 1915; ''scythicus'' Bory de St. Vincent, 1825; ''sinicus'' Bory de St. Vincent, 1825; ''spalaeus'' Lapouge, 1899; ''troglodytes'' Linnaeus, 1758 [''nomen oblitum'']; ''wadjakensis'' Dubois, 1921.<ref>GROVES, C. P. Order Primates. In: WILSON, D. E.; REEDER, D. M. (Eds.). Mammal Species of the World: A Taxonomic and Geographic Reference. 3. ed. Baltimore: Johns Hopkins University Press, 2005. v. 1, p. 111-184.</ref>}}</center>
<center>''ver notas'' {{Ref_label|A|a|none}}</center>
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'''Humano''' ([[Taxonomia|taxonomicamente]] '''''Homo sapiens''''',<ref>{{citar periódico|autor =Goodman M, Tagle D, Fitch D, Bailey W, Czelusniak J, Koop B, Benson P, Slightom J |título=Primate evolution at the DNA level and a classification of hominoids |periódico=J Mol Evol |volume = 30 |número=3 |páginas=260–266 |ano=1990 |pmid=2109087 |doi=10.1007/BF02099995}}</ref><ref>{{citar web|título=Hominidae Classification |obra=Animal Diversity Web @ UMich |url=http://animaldiversity.ummz.umich.edu/site/accounts/classification/Hominidae.html |acessodata=2006-09-25}}</ref> termo que deriva do [[latim]] "homem sábio",<ref>{{L&S|homo|hŏmo}}, {{L&S|sapiens|săpĭens}}, {{L&S|sapio|săpĭo|ref}}</ref> também conhecido como ''pessoa'', ''gente'' ou ''homem'') é a única espécie do gênero ''[[Homo]]'' ainda viva<ref>{{citar periódico|autor =Goodman, M., Tagle, D., Fitch, D., Bailey, W., Czelusniak, J., Koop, B., Benson, P., Slightom, J. |título=Primate evolution at the DNA level and a classification of hominoids |periódico=J Mol Evol |volume = 30 |número=3 |páginas=260–6 |ano=1990 |pmid=2109087 |doi=10.1007/BF02099995}}</ref><ref>{{Citar web|título=Hominidae Classification |obra=Animal Diversity Web @ UMich |url=http://animaldiversity.ummz.umich.edu/site/accounts/classification/Hominidae.html |acessodata=2006-09-25}}</ref> e o [[primata]] mais abundante e difundido da [[Terra]], caracterizado pelo [[bipedalismo]] e por [[Cérebro humano|cérebros grandes]], o que permitiu o desenvolvimento de [[ferramenta]]s, [[cultura]]s e [[Língua natural|linguagens]] avançadas. Os humanos tendem a viver em [[estruturas sociais]] complexas compostas por muitos grupos cooperantes e concorrentes, desde [[famílias]] e redes de [[parentesco]] até [[Estado]]s [[Política|políticos]]. As interações sociais entre os humanos estabeleceram uma ampla variedade de [[Valor (ética)|valores]], [[Norma social|normas]] e [[Ritual|rituais]], que fortalecem a [[sociedade]] humana. A [[curiosidade]] e o desejo humano de compreender e influenciar o [[meio ambiente]] e de explicar e manipular fenômenos motivaram o desenvolvimento da [[ciência]], [[filosofia]], [[mitologia]], [[religião]] e outros [[Disciplina|campos de estudo]] da [[humanidade]].
'''Humano''' ([[Taxonomia|taxonomicamente]] '''''Homo sapiens''''',<ref>{{citar periódico|autor =Goodman M, Tagle D, Fitch D, Bailey W, Czelusniak J, Koop B, Benson P, Slightom J |título=Primate evolution at the DNA level and a classification of hominoids |periódico=J Mol Evol |volume = 30 |número=3 |páginas=260–266 |ano=1990 |pmid=2109087 |doi=10.1007/BF02099995}}</ref><ref>{{citar web|título=Hominidae Classification |obra=Animal Diversity Web @ UMich |url=http://animaldiversity.ummz.umich.edu/site/accounts/classification/Hominidae.html |acessodata=2006-09-25}}</ref> termo que deriva do [[latim]] "homem sábio",<ref>{{L&S|homo|hŏmo}}, {{L&S|sapiens|săpĭens}}, {{L&S|sapio|săpĭo|ref}}</ref> também conhecido como ''pessoa'', ''gente'' ou ''homem'') é a única espécie do gênero ''[[Homo]]'' ainda viva<ref>{{citar periódico|autor =Goodman, M., Tagle, D., Fitch, D., Bailey, W., Czelusniak, J., Koop, B., Benson, P., Slightom, J. |título=Primate evolution at the DNA level and a classification of hominoids |periódico=J Mol Evol |volume = 30 |número=3 |páginas=260–6 |ano=1990 |pmid=2109087 |doi=10.1007/BF02099995}}</ref><ref>{{Citar web|título=Hominidae Classification |obra=Animal Diversity Web @ UMich |url=http://animaldiversity.ummz.umich.edu/site/accounts/classification/Hominidae.html |acessodata=2006-09-25}}</ref> e o [[Primatas|primata]] mais abundante e difundido da [[Terra]], caracterizado pelo [[Bipedismo|bipedalismo]] e por [[Cérebro humano|cérebros grandes]], o que permitiu o desenvolvimento de [[ferramenta]]s, [[cultura]]s e [[Língua natural|linguagens]] avançadas. Os humanos tendem a viver em [[Sociedade|estruturas sociais]] complexas compostas por muitos grupos cooperantes e concorrentes, desde [[Família|famílias]] e redes de [[parentesco]] até [[Estado]]s [[Política|políticos]]. As interações sociais entre os humanos estabeleceram uma ampla variedade de [[Valor (ética)|valores]], [[Norma social|normas]] e [[Ritual|rituais]], que fortalecem a [[sociedade]] humana. A [[curiosidade]] e o desejo humano de compreender e influenciar o [[meio ambiente]] e de explicar e manipular fenômenos motivaram o desenvolvimento da [[ciência]], [[filosofia]], [[mitologia]], [[religião]] e outros [[Disciplina (conhecimento)|campos de estudo]] da [[Natureza humana|humanidade]].


O ''H. sapiens'' surgiu há cerca de 300 mil anos na [[África]], quando evoluiu do ''[[Homo heidelbergensis]]'' e migrou para fora do continente africano, substituindo gradualmente as populações locais de [[humanos arcaicos]]. Durante a maior parte da história, todos os humanos foram [[caçadores-coletores]] [[nômades]]. A [[Revolução Neolítica]], que começou no [[sudoeste da Ásia]] há cerca de 13 mil anos, trouxe o surgimento da [[agricultura]] e da [[Povoamento humano|ocupação humana permanente]]. À medida que as populações se tornaram maiores e mais densas, formas de [[governança]] se desenvolveram dentro e entre as comunidades e várias [[civilizações]] surgiram e declinaram. Os humanos continuaram a se expandir, com uma população global de mais de 8 bilhões em novembro de 2022.<ref>{{Citar web|url=http://www.worldometers.info/|titulo=Worldometer - real time world statistics|acessodata=2022-11-17|website=Worldometer|lingua=en}}</ref>
O ''H. sapiens'' surgiu há cerca de 300 mil anos na [[África]], quando evoluiu do ''[[Homo heidelbergensis]]'' e migrou para fora do continente africano, substituindo gradualmente as populações locais de [[Homo sapiens arcaico|humanos arcaicos]]. Durante a maior parte da história, todos os humanos foram [[Caçador-coletor|caçadores-coletores]] [[Nomadismo|nômades]]. A [[Revolução neolítica|Revolução Neolítica]], que começou no [[Sudoeste Asiático|sudoeste da Ásia]] há cerca de 13 mil anos, trouxe o surgimento da [[agricultura]] e da [[Povoamento humano|ocupação humana permanente]]. À medida que as populações se tornaram maiores e mais densas, formas de [[governança]] se desenvolveram dentro e entre as comunidades e várias [[Civilização|civilizações]] surgiram e declinaram. Os humanos continuaram a se expandir, com uma população global de mais de 8 bilhões em novembro de 2022.<ref>{{Citar web|url=http://www.worldometers.info/|titulo=Worldometer - real time world statistics|acessodata=2022-11-17|website=Worldometer|lingua=en}}</ref>


Os [[gene]]s e o ambiente influenciam a [[variação biológica]] humana em [[Fenótipo|características visíveis]], [[fisiologia]], suscetibilidade a [[doença]]s, habilidades mentais, tamanho do corpo e longevidade. Embora variem em muitas características, dois humanos são, em média, mais de 99% semelhantes. Geralmente, os [[homens]] têm maior força corporal, enquanto as [[mulheres]] apresentam maior percentual de [[Tecido adiposo|gordura corporal]], entram na [[menopausa]] e tornam-se inférteis por volta dos 50 anos e, em média, também têm uma [[expectativa de vida]] mais longa em quase todas as populações do mundo. A natureza dos [[papéis de gênero]] masculino e feminino tem variado historicamente e os desafios às normas de gênero predominantes têm se repetido em muitas sociedades. Os humanos são [[onívoros]], capazes de consumir uma grande variedade de materiais vegetais e animais e [[Controle do fogo pelos primeiros humanos|usam o fogo]] e outras formas de calor para preparar e [[cozinhar]] alimentos desde a época do ''[[Homo erectus|H. erectus]]''. Eles podem sobreviver por até oito semanas sem comida e três ou quatro dias sem água. Geralmente são [[Diurnalidade|diurnos]], dormindo em média sete a nove horas por dia. O [[parto]] é perigoso, com alto risco de complicações e morte. Frequentemente, a mãe e o pai cuidam dos filhos, que são [[Altricial|indefesos ao nascer]].
Os [[gene]]s e o ambiente influenciam a [[Variabilidade genética|variação biológica]] humana em [[Fenótipo|características visíveis]], [[fisiologia]], suscetibilidade a [[doença]]s, habilidades mentais, tamanho do corpo e longevidade. Embora variem em muitas características, dois humanos são, em média, mais de 99% semelhantes. Geralmente, os [[Homem|homens]] têm maior força corporal, enquanto as [[Mulher|mulheres]] apresentam maior percentual de [[Tecido adiposo|gordura corporal]], entram na [[menopausa]] e tornam-se inférteis por volta dos 50 anos e, em média, também têm uma [[Esperança de vida|expectativa de vida]] mais longa em quase todas as populações do mundo. A natureza dos [[Papel social de gênero|papéis de gênero]] masculino e feminino tem variado historicamente e os desafios às normas de gênero predominantes têm se repetido em muitas sociedades. Os humanos são [[Omnívoro|onívoros]], capazes de consumir uma grande variedade de materiais vegetais e animais e [[Controle do fogo pelos primeiros humanos|usam o fogo]] e outras formas de calor para preparar e [[Cozedura|cozinhar]] alimentos desde a época do ''[[Homo erectus|H. erectus]]''. Eles podem sobreviver por até oito semanas sem comida e três ou quatro dias sem água. Geralmente são [[Diurnalidade|diurnos]], dormindo em média sete a nove horas por dia. O [[parto]] é perigoso, com alto risco de complicações e morte. Frequentemente, a mãe e o pai cuidam dos filhos, que são [[Altricial|indefesos ao nascer]].


Os humanos têm um [[córtex pré-frontal]] grande e altamente desenvolvido, a região do cérebro associada à [[cognição]] superior. Eles são [[inteligente]]s, capazes de [[memória episódica]], expressões faciais flexíveis, [[autoconsciência]], [[Teoria da mente|mentalização]], [[introspecção]], [[pensamento]] privado, [[imaginação]], [[volição]] e formação de pontos de vista sobre sua própria [[existência]]. Isso tem permitido grandes avanços [[Tecnologia|tecnológicos]] e o desenvolvimento de ferramentas complexas, possíveis por meio da [[razão]] e da transmissão de conhecimento às gerações futuras. Linguagem, arte e comércio são características definidoras dos humanos. As [[rotas comerciais]] de longa distância podem ter levado a explosões culturais e distribuição de recursos que deram aos humanos uma vantagem sobre outras espécies semelhantes. A [[África Oriental]], nomeadamente o [[Chifre da África]], é considerada pelos antropólogos como o local de nascimento dos humanos de acordo com as evidências arqueológicas e fósseis existentes.<ref>{{citar periódico|último1=Cavalazzi|primeiro1=B.|último2=Barbieri|primeiro2=R.|último3=Gómez|primeiro3=F.|último4=Capaccioni|primeiro4=B.|último5=Olsson-Francis|primeiro5=K.|último6=Pondrelli|primeiro6=M.|último7=Rossi|primeiro7=A.P.|último8=Hickman-Lewis|primeiro8=K.|último9=Agangi|primeiro9=A.|último10=Gasparotto|primeiro10=G.|último11=Glamoclija|primeiro11=M.|data=2019-04-01|título=The Dallol Geothermal Area, Northern Afar (Ethiopia)—An Exceptional Planetary Field Analog on Earth|periódico=Astrobiology|volume=19|número=4|páginas=553–578|doi=10.1089/ast.2018.1926|issn=1531-1074|pmc=6459281|pmid=30653331}}</ref><ref>{{citar livro|último=Maslin|primeiro=Mark|url=https://books.google.com/books?id=xwbxDQAAQBAJ&q=Cradle+of+Humankind|título=The Cradle of Humanity: How the changing landscape of Africa made us so smart|data=2017-01-18|publicado=Oxford University Press|isbn=978-0-19-100971-6|língua=en}}</ref><ref>{{citar periódico|último1=Sahle|primeiro1=Yonatan|último2=Hutchings|primeiro2=W. Karl|último3=Braun|primeiro3=David R.|último4=Sealy|primeiro4=Judith C.|último5=Morgan|primeiro5=Leah E.|último6=Negash|primeiro6=Agazi|último7=Atnafu|primeiro7=Balemwal|data=2013-11-13|título=Earliest Stone-Tipped Projectiles from the Ethiopian Rift Date to >279,000 Years Ago|periódico=PLOS ONE|volume=8|número=11|páginas=e78092|bibcode=2013PLoSO...878092S|doi=10.1371/journal.pone.0078092|issn=1932-6203|pmc=3827237|pmid=24236011}}</ref><ref>{{citar periódico|último1=Cavalazzi|primeiro1=B.|último2=Barbieri|primeiro2=R.|último3=Gómez|primeiro3=F.|último4=Capaccioni|primeiro4=B.|último5=Olsson-Francis|primeiro5=K.|último6=Pondrelli|primeiro6=M.|último7=Rossi|primeiro7=A.P.|último8=Hickman-Lewis|primeiro8=K.|último9=Agangi|primeiro9=A.|último10=Gasparotto|primeiro10=G.|último11=Glamoclija|primeiro11=M.|data=2019-04-01|título=The Dallol Geothermal Area, Northern Afar (Ethiopia)—An Exceptional Planetary Field Analog on Earth|periódico=Astrobiology|volume=19|número=4|páginas=553–578|bibcode=2019AsBio..19..553C|doi=10.1089/ast.2018.1926|issn=1531-1074|pmc=6459281|pmid=30653331}}</ref>
Os humanos têm um [[córtex pré-frontal]] grande e altamente desenvolvido, a região do cérebro associada à [[cognição]] superior. Eles são [[Inteligência|inteligentes]], capazes de [[memória episódica]], expressões faciais flexíveis, [[autoconsciência]], [[Teoria da mente|mentalização]], [[introspecção]], [[pensamento]] privado, [[imaginação]], [[volição]] e formação de pontos de vista sobre sua própria [[existência]]. Isso tem permitido grandes avanços [[Tecnologia|tecnológicos]] e o desenvolvimento de ferramentas complexas, possíveis por meio da [[razão]] e da transmissão de conhecimento às gerações futuras. Linguagem, arte e comércio são características definidoras dos humanos. As [[Rota de comércio|rotas comerciais]] de longa distância podem ter levado a explosões culturais e distribuição de recursos que deram aos humanos uma vantagem sobre outras espécies semelhantes. A [[África Oriental]], nomeadamente o [[Corno de África|Chifre da África]], é considerada pelos antropólogos como o local de nascimento dos humanos de acordo com as evidências arqueológicas e fósseis existentes.<ref>{{citar periódico|último1=Cavalazzi|primeiro1=B.|último2=Barbieri|primeiro2=R.|último3=Gómez|primeiro3=F.|último4=Capaccioni|primeiro4=B.|último5=Olsson-Francis|primeiro5=K.|último6=Pondrelli|primeiro6=M.|último7=Rossi|primeiro7=A.P.|último8=Hickman-Lewis|primeiro8=K.|último9=Agangi|primeiro9=A.|último10=Gasparotto|primeiro10=G.|último11=Glamoclija|primeiro11=M.|data=2019-04-01|título=The Dallol Geothermal Area, Northern Afar (Ethiopia)—An Exceptional Planetary Field Analog on Earth|periódico=Astrobiology|volume=19|número=4|páginas=553–578|doi=10.1089/ast.2018.1926|issn=1531-1074|pmc=6459281|pmid=30653331}}</ref><ref>{{citar livro|último=Maslin|primeiro=Mark|url=https://books.google.com/books?id=xwbxDQAAQBAJ&q=Cradle+of+Humankind|título=The Cradle of Humanity: How the changing landscape of Africa made us so smart|data=2017-01-18|publicado=Oxford University Press|isbn=978-0-19-100971-6|língua=en}}</ref><ref>{{citar periódico|último1=Sahle|primeiro1=Yonatan|último2=Hutchings|primeiro2=W. Karl|último3=Braun|primeiro3=David R.|último4=Sealy|primeiro4=Judith C.|último5=Morgan|primeiro5=Leah E.|último6=Negash|primeiro6=Agazi|último7=Atnafu|primeiro7=Balemwal|data=2013-11-13|título=Earliest Stone-Tipped Projectiles from the Ethiopian Rift Date to >279,000 Years Ago|periódico=PLOS ONE|volume=8|número=11|páginas=e78092|bibcode=2013PLoSO...878092S|doi=10.1371/journal.pone.0078092|issn=1932-6203|pmc=3827237|pmid=24236011}}</ref><ref>{{citar periódico|último1=Cavalazzi|primeiro1=B.|último2=Barbieri|primeiro2=R.|último3=Gómez|primeiro3=F.|último4=Capaccioni|primeiro4=B.|último5=Olsson-Francis|primeiro5=K.|último6=Pondrelli|primeiro6=M.|último7=Rossi|primeiro7=A.P.|último8=Hickman-Lewis|primeiro8=K.|último9=Agangi|primeiro9=A.|último10=Gasparotto|primeiro10=G.|último11=Glamoclija|primeiro11=M.|data=2019-04-01|título=The Dallol Geothermal Area, Northern Afar (Ethiopia)—An Exceptional Planetary Field Analog on Earth|periódico=Astrobiology|volume=19|número=4|páginas=553–578|bibcode=2019AsBio..19..553C|doi=10.1089/ast.2018.1926|issn=1531-1074|pmc=6459281|pmid=30653331}}</ref>


== Etimologia ==
== Etimologia ==
Em [[latim]], ''humanus'' é a forma [[Adjetivo|adjetival]] do nome ''homo'', traduzido como Homem (para incluir machos e fêmeas).<ref>[http://origemdapalavra.com.br/palavras/humano/ Origem da Palavra - Humano]. Página acessada em 13 de abril de 2012.</ref> Por vezes, em [[Filosofia]], é mantida uma distinção entre as noções de ''ser humano'' (ou ''Homem'') e de ''pessoa''. O primeiro refere-se à espécie biológica enquanto o segundo refere-se a um agente [[razão|racional]], visto, por exemplo, na obra de [[John Locke]], ''Ensaio sobre o Entendimento Humano'' II 27, e na obra de [[Immanuel Kant]], ''Introdução à Metafísica da Moral''. Segundo a perspectiva de John Locke, a noção de pessoa passa a ser a de uma coleção de acções e operações mentais. O termo ''pessoa'' poderá assim ser utilizado para referir animais para além do Homem, para referir seres [[mito|míticos]], uma [[inteligência artificial]] ou um ser [[extraterrestre]].<ref>{{citar web |url=https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-90/o-conceito-de-homem-pessoa-e-ser-humano-sob-as-perspectivas-da-antropologia-filosofica-e-do-direito/ |titulo=O conceito de homem, pessoa e ser humano sob as perspectivas da Antropologia Filosófica e do Direito |editor=Âmbito Jurídico |data=1 de julho de 2011 |acessodata=22 de maio de 2021}}</ref>
Em [[latim]], ''humanus'' é a forma [[Adjetivo|adjetival]] do nome ''homo'', traduzido como Homem (para incluir machos e fêmeas).<ref>[http://origemdapalavra.com.br/palavras/humano/ Origem da Palavra - Humano]. Página acessada em 13 de abril de 2012.</ref> Por vezes, em [[Filosofia]], é mantida uma distinção entre as noções de ''ser humano'' (ou ''Homem'') e de ''pessoa''. O primeiro refere-se à espécie biológica enquanto o segundo refere-se a um agente [[razão|racional]], visto, por exemplo, na obra de [[John Locke]], ''[[Ensaio acerca do Entendimento Humano|Ensaio sobre o Entendimento Humano]]'' II 27, e na obra de [[Immanuel Kant]], ''Introdução à Metafísica da Moral''. Segundo a perspectiva de John Locke, a noção de pessoa passa a ser a de uma coleção de ações e operações mentais. O termo ''pessoa'' poderá assim ser utilizado para referir animais para além do Homem, para referir seres [[mito|míticos]], uma [[inteligência artificial]] ou um ser [[Vida extraterrestre|extraterrestre]].<ref>{{citar web |url=https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-90/o-conceito-de-homem-pessoa-e-ser-humano-sob-as-perspectivas-da-antropologia-filosofica-e-do-direito/ |titulo=O conceito de homem, pessoa e ser humano sob as perspectivas da Antropologia Filosófica e do Direito |editor=Âmbito Jurídico |data=1 de julho de 2011 |acessodata=22 de maio de 2021}}</ref>


O [[Nomenclatura binomial|termo binomial]] ''Homo sapiens'' foi cunhado por [[Carl Linnaeus]] em seu trabalho do [[século XVIII]] ''[[Systema Naturae]]'' e também é o [[lectótipo]] do espécime.<ref>{{Citar periódico|titulo = Know Thyself: Responsible Science and the Lectotype of Homo sapiens Linnaeus, 1758|url = http://www.jstor.org/stable/4065043|jornal = Proceedings of the Academy of Natural Sciences of Philadelphia|data = 1999-01-29|paginas = 109-114|volume = 149|primeiro = Earle E.|ultimo = Spamer}}</ref> O termo para o [[Gênero (biologia)|gênero]] ''[[Homo]]'' é uma derivação do século XVIII do latim ''homō'' ("homem"), em última instância "ser terrestre" (do [[latim antigo]] ''hemō'').<ref>[[IEW|Porkorny (1959)]] s.v. "g'hðem" pp. 414–416; "Homo." Dictionary.com Unabridged (v 1.1). Random House, Inc. 23 Sep. 2008. {{citar web|url=http://dictionary.reference.com/browse/Homo|título=Homo|publicado=Dictionary.com}}</ref>
O [[Nomenclatura binomial|termo binomial]] ''Homo sapiens'' foi cunhado por [[Lineu|Carl Linnaeus]] em seu trabalho do [[século XVIII]] ''[[Systema Naturae]]'' e também é o [[Tipo nomenclatural|lectótipo]] do espécime.<ref>{{Citar periódico|titulo = Know Thyself: Responsible Science and the Lectotype of Homo sapiens Linnaeus, 1758|url = http://www.jstor.org/stable/4065043|jornal = Proceedings of the Academy of Natural Sciences of Philadelphia|data = 1999-01-29|paginas = 109-114|volume = 149|primeiro = Earle E.|ultimo = Spamer}}</ref> O termo para o [[Género (biologia)|gênero]] ''[[Homo]]'' é uma derivação do século XVIII do latim ''homō'' ("homem"), em última instância "ser terrestre" (do [[latim antigo]] ''hemō'').<ref>Porkorny (1959) s.v. "g'hðem" pp. 414–416; "Homo." Dictionary.com Unabridged (v 1.1). Random House, Inc. 23 Sep. 2008. {{citar web|url=http://dictionary.reference.com/browse/Homo|título=Homo|publicado=Dictionary.com}}</ref>


== História ==
== Evolução ==
{{Artigo principal|Evolução humana}}

{{Artigo principal|prefixo=Mais informações|Homo|Cronologia da evolução humana|Antropologia}}
=== Evolução ===
{{Artigo principal|Antropologia|Evolução humana|Homo}}
{{Cronologia humana}}
{{Cronologia humana}}


O estudo científico da [[evolução humana]] engloba o desenvolvimento do gênero ''[[Homo]]'', mas geralmente envolve o estudo de outros [[hominídeos]] e [[homininae]]s, tais como o ''[[Australopithecus]]''. O "humano moderno" é definido como membro da espécie ''Homo sapiens'', sendo a única subespécie sobrevivente (''Homo sapiens sapiens''). O ''[[Homo sapiens idaltu]]'' e o ''[[Homo neanderthalensis]]'', além de outras subespécies conhecidas, foram extintos há milhares de anos.<ref>{{Citar web |url=http://www.anth.ucsb.edu/projects/human/# |título=Human evolution: the fossil evidence in 3D, by Philip L. Walker and Edward H. Hagen, Dept. of Anthropology, University of California, Santa Barbara, retrieved April 5, 2005. |língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=}}</ref> O Homo sapiens viveu com cerca de oito espécies de humanos hoje extintas há cerca de 300 000 anos.<ref>{{Citar web |ultimo=Longrich |primeiro=Nicholas R. |url=http://theconversation.com/were-other-humans-the-first-victims-of-the-sixth-mass-extinction-126638 |titulo=Were other humans the first victims of the sixth mass extinction? |acessodata=2021-01-25 |website=The Conversation |lingua=en}}</ref> Há apenas 15 000 anos, o homo sapiens compartilhava cavernas com outra espécie humana conhecida como [[Hominídeo de Denisova|Denisovans]].<ref>{{Citar web |ultimo=January 2021 |primeiro=Benjamin Plackett-Live Science Contributor 24 |url=https://www.livescience.com/how-many-human-species.html |titulo=How many early human species existed on Earth? |acessodata=2021-01-25 |website=livescience.com |lingua=en}}</ref> O ''[[Homo neanderthalensis]]'', que se tornou extinto há 30 mil anos, tem sido ocasionalmente classificado como uma subespécie classificada como ''"Homo sapiens neanderthalensis"'', mas estudos genéticos sugerem uma divergência entre as espécies ''Neanderthal'' e ''Homo sapiens'' que ocorreu há cerca de 500 mil anos.<ref>Green, R. E., Krause, J, Ptak, S. E., Briggs, A. W., Ronan, M. T., Simons, J. F., et al. (2006) Analysis of one million base pairs of Neanderthal DNA. Nature, 16, 330–336. http://www.nature.com/nature/journal/v444/n7117/abs/nature05336.html</ref> Da mesma forma, os poucos espécimes de ''[[Homo rhodesiensis]]'' são também classificados como uma subespécie de ''Homo sapiens'', embora isso não seja amplamente aceito. Os humanos anatomicamente modernos têm seu primeiro registro fóssil na [[África]], há cerca de 195 mil anos, e os estudos de [[biologia molecular]] dão provas de que o tempo aproximado da divergência ancestral comum de todas as populações humanas modernas terá sido há 200 mil anos.<ref>{{Citar web |url=http://www.nsf.gov/news/news_summ.jsp?cntn_id=102968 |título=New Clues Add 40,000 Years to Age of Human Species}}</ref><ref>{{Citar web |url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/science/nature/4269299.stm |título=Age of ancient humans reassessed}}</ref><ref>{{Citar web |url=http://www.sciencedaily.com/releases/2005/02/050223122209.htm |título=The Oldest Homo Sapiens |língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=15 de maio de 2009}}</ref><ref>{{citar periódico|autor =Alemseged, Z., Coppens, Y., Geraads, D. |título=Hominid cranium from Homo: Description and taxonomy of Homo-323-1976-896 |periódico=Am J Phys Anthropol |volume=117 |número=2 |páginas=103–12 |ano=2002 |pmid=11815945 |doi=10.1002/ajpa.10032}}</ref><ref>{{citar periódico|autor =Stoneking, Mark; Soodyall, Himla |título=Human evolution and the mitochondrial genome |periódico=Current Opinion in Genetics & Development |volume=6 |número=6 |páginas=731–6 |ano=1996 |doi=10.1016/S0959-437X(96)80028-1}}</ref> O amplo estudo sobre a diversidade genética Africana chefiado pela Dra. Sarah Tishkoff encontrou no [[Khoisan|povo San]] a maior expressão de diversidade genética entre as 113 populações distintas da amostra, tornando-os um de 14 "grupos ancestrais da população". A pesquisa também localizou a origem das [[Migração humana|migrações]] humanas modernas no sudoeste da África, perto da orla costeira da [[Namíbia]] e de [[Angola]].<ref name="news.bbc.co.uk">{{Citar web |url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/science/nature/8027269.stm |título=BBC World News "Africa's genetic secrets unlocked", the results were published in the online edition of the journal ''Science''. |língua= |autor= |obra= |data=1 de maio de 2009 |acessodata=}}</ref> A espécie humana teria colonizado a [[Eurásia]] e a [[Oceania]] há 40 mil anos; e as [[Américas]] apenas há cerca de 10 mil anos.<ref>Templeton, Alan (2002). [http://cogweb.ucla.edu/ep/Templeton_02.html "Out of Africa again and again"] ''Nature'' 416: 45 - 51.</ref> A recente (2003) descoberta de outra subespécie diferente da atual ''[[Homo sapiens sapiens]]'', o ''[[Homo sapiens idaltu]]'', na África, reforça esta teoria, por representar um dos elos perdidos no conhecimento da evolução humana.<ref>{{Citar web|url=http://cienciahoje.uol.com.br/controlPanel/materia/view/1429|título=Ciência Hoje|língua=|autor=|obra=|data=|acessodata=|arquivourl=https://web.archive.org/web/20090207211149/http://cienciahoje.uol.com.br/controlPanel/materia/view/1429#|arquivodata=7 de fevereiro de 2009|urlmorta=yes}}</ref>
O estudo científico da [[evolução humana]] engloba o desenvolvimento do gênero ''[[Homo]]'', mas geralmente envolve o estudo de outros [[Hominidae|hominídeos]] e [[homininae]]s, tais como o ''[[Australopithecus]]''. O "humano moderno" é definido como membro da espécie ''Homo sapiens'', sendo a única subespécie sobrevivente (''Homo sapiens sapiens''). O ''[[Homo sapiens idaltu]]'' e o ''[[Homem de Neandertal|Homo neanderthalensis]]'', além de outras subespécies conhecidas, foram extintos há milhares de anos.<ref>{{Citar web |url=http://www.anth.ucsb.edu/projects/human/# |título=Human evolution: the fossil evidence in 3D, by Philip L. Walker and Edward H. Hagen, Dept. of Anthropology, University of California, Santa Barbara, retrieved April 5, 2005. |língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=}}</ref> O Homo sapiens viveu com cerca de oito espécies de humanos hoje extintas há cerca de 300 000 anos.<ref>{{Citar web |ultimo=Longrich |primeiro=Nicholas R. |url=http://theconversation.com/were-other-humans-the-first-victims-of-the-sixth-mass-extinction-126638 |titulo=Were other humans the first victims of the sixth mass extinction? |acessodata=2021-01-25 |website=The Conversation |lingua=en}}</ref> Há apenas 15 000 anos, o homo sapiens compartilhava cavernas com outra espécie humana conhecida como [[Hominídeo de Denisova|Denisovans]].<ref>{{Citar web |ultimo=January 2021 |primeiro=Benjamin Plackett-Live Science Contributor 24 |url=https://www.livescience.com/how-many-human-species.html |titulo=How many early human species existed on Earth? |acessodata=2021-01-25 |website=livescience.com |lingua=en}}</ref>


O ''[[Homem de Neandertal|Homo neanderthalensis]]'', que se tornou extinto há 30 mil anos, tem sido ocasionalmente classificado como uma subespécie classificada como ''"Homo sapiens neanderthalensis"'', mas estudos genéticos sugerem uma divergência entre as espécies ''Neanderthal'' e ''Homo sapiens'' que ocorreu há cerca de 500 mil anos.<ref>{{Citar periódico |url=https://www.nature.com/articles/nature05336 |título=Analysis of one million base pairs of Neanderthal DNA |data=2006-11 |acessodata=2024-01-13 |periódico=Nature |número=7117 |ultimo=Green |primeiro=Richard E. |ultimo2=Krause |primeiro2=Johannes |paginas=330–336 |lingua=en |doi=10.1038/nature05336 |issn=1476-4687 |ultimo3=Ptak |primeiro3=Susan E. |ultimo4=Briggs |primeiro4=Adrian W. |ultimo5=Ronan |primeiro5=Michael T. |ultimo6=Simons |primeiro6=Jan F. |ultimo7=Du |primeiro7=Lei |ultimo8=Egholm |primeiro8=Michael |ultimo9=Rothberg |primeiro9=Jonathan M.}}</ref> Da mesma forma, os poucos espécimes de ''[[Homo rhodesiensis]]'' são também classificados como uma subespécie de ''Homo sapiens'', embora isso não seja amplamente aceito. Os [[Humano anatomicamente moderno|humanos anatomicamente modernos]] têm seu primeiro registro fóssil na [[África]], há cerca de 195 mil anos, e os estudos de [[biologia molecular]] dão provas de que o tempo aproximado da divergência ancestral comum de todas as populações humanas modernas terá sido há 200 mil anos.<ref>{{Citar web |url=http://www.nsf.gov/news/news_summ.jsp?cntn_id=102968 |título=New Clues Add 40,000 Years to Age of Human Species}}</ref><ref>{{Citar web |url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/science/nature/4269299.stm |título=Age of ancient humans reassessed}}</ref><ref>{{Citar web |url=http://www.sciencedaily.com/releases/2005/02/050223122209.htm |título=The Oldest Homo Sapiens |língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=15 de maio de 2009}}</ref><ref>{{citar periódico|autor =Alemseged, Z., Coppens, Y., Geraads, D. |título=Hominid cranium from Homo: Description and taxonomy of Homo-323-1976-896 |periódico=Am J Phys Anthropol |volume=117 |número=2 |páginas=103–12 |ano=2002 |pmid=11815945 |doi=10.1002/ajpa.10032}}</ref><ref>{{citar periódico|autor =Stoneking, Mark; Soodyall, Himla |título=Human evolution and the mitochondrial genome |periódico=Current Opinion in Genetics & Development |volume=6 |número=6 |páginas=731–6 |ano=1996 |doi=10.1016/S0959-437X(96)80028-1}}</ref> O amplo estudo sobre a diversidade genética Africana chefiado pela Dra. Sarah Tishkoff encontrou no [[Coissãs|povo San]] a maior expressão de diversidade genética entre as 113 populações distintas da amostra, tornando-os um de 14 "grupos ancestrais da população". A pesquisa também localizou a origem das [[Migração humana|migrações]] humanas modernas no sudoeste da África, perto da orla costeira da [[Namíbia]] e de [[Angola]].<ref name="news.bbc.co.uk">{{Citar web |url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/science/nature/8027269.stm |título=BBC World News "Africa's genetic secrets unlocked", the results were published in the online edition of the journal ''Science''. |língua= |autor= |obra= |data=1 de maio de 2009 |acessodata=}}</ref> A espécie humana teria colonizado a [[Eurásia]] e a [[Oceania]] há 40 mil anos; e as [[Américas]] apenas há cerca de 10 mil anos.<ref>Templeton, Alan (2002). [http://cogweb.ucla.edu/ep/Templeton_02.html "Out of Africa again and again"] ''Nature'' 416: 45 - 51.</ref> A recente (2003) descoberta de outra subespécie diferente da atual ''Homo sapiens sapiens'', o ''[[Homo sapiens idaltu]]'', na África, reforça esta teoria, por representar um dos elos perdidos no conhecimento da evolução humana.<ref>{{Citar web|url=http://cienciahoje.uol.com.br/controlPanel/materia/view/1429|título=Ciência Hoje|língua=|autor=|obra=|data=|acessodata=|arquivourl=https://web.archive.org/web/20090207211149/http://cienciahoje.uol.com.br/controlPanel/materia/view/1429#|arquivodata=7 de fevereiro de 2009|urlmorta=yes}}</ref>
Os parentes vivos mais próximos dos seres humanos são os [[gorila]]s e os [[chimpanzé]]s, mas os humanos não evoluíram a partir desses [[macaco]]s: em vez disso, os seres humanos modernos compartilham com esses macacos um [[Origem comum|ancestral comum]].<ref name=Wood>{{citar periódico|autor =Wood B, Richmond BG |título=Human evolution: taxonomy and paleobiology |periódico=J. Anat. |volume=197 ( Pt 1) |número= |páginas=19–60 |data=julho de 2000 |pmid=10999270 |pmc=1468107 |doi=10.1046/j.1469-7580.2000.19710019.x}}</ref>A descoberta do ''[[Ardipithecus]]'', juntamente com fósseis mais antigos de macacos do [[Mioceno]], reformulou a compreensão acadêmica do último ancestral comum entre chimpanzés e humanos de se parecer muito com os atuais chimpanzés, orangotangos e gorilas modernos para ser uma criatura única sem um cognato anatômico moderno.


Os parentes vivos mais próximos dos seres humanos são os [[gorila]]s e os [[chimpanzé]]s, mas os humanos não evoluíram a partir desses [[macaco]]s: em vez disso, os seres humanos modernos compartilham com esses macacos um [[Origem comum|ancestral comum]].<ref name=Wood>{{citar periódico|autor =Wood B, Richmond BG |título=Human evolution: taxonomy and paleobiology |periódico=J. Anat. |volume=197 ( Pt 1) |número= |páginas=19–60 |data=julho de 2000 |pmid=10999270 |pmc=1468107 |doi=10.1046/j.1469-7580.2000.19710019.x}}</ref> A descoberta do ''[[Ardipithecus]]'', juntamente com fósseis mais antigos de macacos do [[Mioceno]], reformulou a compreensão acadêmica do último ancestral comum entre chimpanzés e humanos de se parecer muito com os atuais chimpanzés, orangotangos e gorilas modernos para ser uma criatura única sem um cognato anatômico moderno.
Os seres humanos são provavelmente os animais mais estreitamente relacionados com duas espécies de [[chimpanzé]]s: o [[Chimpanzé-comum]] e o [[Bonobo]].<ref name=Wood/> O sequenciamento completo do [[genoma]] levou à conclusão de que "depois de 6,5 milhões de anos de evoluções distintas, as diferenças entre chimpanzés e humanos são dez vezes maiores do que entre duas pessoas independentes e dez vezes menores do que aquelas entre [[rato]]s e [[camundongo]]s" . A concordância entre as sequencias do [[DNA]] humano e o do chimpanzé variam entre 95% e 99%.<ref>[[Frans de Waal]], ''Bonobo''. Berkeley: University of California Press, 1997. ISBN 0-520-20535-9 [http://www.2think.org/bonobo.shtml]</ref><ref>{{citar periódico|autor =Britten RJ |título=Divergence between samples of chimpanzee and human DNA sequences is 5%, counting indels | url=http://www.pnas.org/cgi/content/full/99/21/13633 |periódico=Proc Natl Acad Sci USA |ano=2002 |páginas=13633–5 | volume=99 |número=21 | pmid=12368483 | doi=10.1073/pnas.172510699}}</ref><ref>{{citar periódico|autor = Wildman, D., Uddin, M., Liu, G., Grossman, L., Goodman, M. |título= Implications of natural selection in shaping 99.4% nonsynonymous DNA identity between humans and chimpanzees: enlarging genus Homo | url=http://www.pnas.org/cgi/content/full/100/12/7181 |periódico= Proc Natl Acad Sci USA | volume = 100 |número= 12 |páginas= 7181–8 |ano= 2003 | pmid = 12766228 | doi = 10.1073/pnas.1232172100}}</ref><ref>{{citar periódico|autor = Ruvolo M |título= Molecular phylogeny of the hominoids: inferences from multiple independent DNA sequence data sets | url=http://mbe.oxfordjournals.org/cgi/reprint/14/3/248 |periódico= Mol Biol Evol | volume = 14 |número= 3 |páginas= 248–65 |data=1 de março de 1997| pmid = 9066793 }}</ref> Estima-se que a [[linhagem]] humana divergiu da dos [[chimpanzé]]s há cerca de cinco milhões de anos e da dos [[gorila]]s há cerca de oito milhões de anos. No entanto, um crânio de [[hominídeo]] descoberto no [[Chade]], em 2001, classificado como ''[[Sahelanthropus tchadensis]]'', possui cerca de sete milhões de anos, o que pode indicar uma divergência mais anterior.<ref>{{citar periódico|autor = Brunet, M., Guy, F., Pilbeam, D., Mackaye, H., Likius, A., Ahounta, D., Beauvilain, A., Blondel, C., Bocherens, H., Boisserie, J., De Bonis, L., Coppens, Y., Dejax, J., Denys, C., Duringer, P., Eisenmann, V., Fanone, G., Fronty, P., Geraads, D., Lehmann, T., Lihoreau, F., Louchart, A., Mahamat, A., Merceron, G., Mouchelin, G., Otero, O., Pelaez Campomanes, P., Ponce De Leon, M., Rage, J., Sapanet, M., Schuster, M., Sudre, J., Tassy, P., Valentin, X., Vignaud, P., Viriot, L., Zazzo, A., Zollikofer, C. |título= A new hominid from the Upper Miocene of Chad, Central Africa | url=http://www.nature.com/nature/journal/v418/n6894/full/nature00879.html |periódico= Nature | volume = 418 |número= 6894 |páginas= 145–51 |ano= 2002 | pmid = 12110880 | doi = 10.1038/nature00879}}</ref>


Os seres humanos são provavelmente os animais mais estreitamente relacionados com duas espécies de [[chimpanzé]]s: o [[Chimpanzé-comum]] e o [[Bonobo]].<ref name=Wood/> O sequenciamento completo do [[genoma]] levou à conclusão de que "depois de 6,5 milhões de anos de evoluções distintas, as diferenças entre chimpanzés e humanos são dez vezes maiores do que entre duas pessoas independentes e dez vezes menores do que aquelas entre [[rato]]s e [[Mus musculus|camundongos]]". A concordância entre as sequencias do [[Ácido desoxirribonucleico|DNA]] humano e o do chimpanzé variam entre 95% e 99%.<ref>[[Frans de Waal]], ''Bonobo''. Berkeley: University of California Press, 1997. ISBN 0-520-20535-9 [http://www.2think.org/bonobo.shtml]</ref><ref>{{citar periódico|autor =Britten RJ |título=Divergence between samples of chimpanzee and human DNA sequences is 5%, counting indels | url=http://www.pnas.org/cgi/content/full/99/21/13633 |periódico=Proc Natl Acad Sci USA |ano=2002 |páginas=13633–5 | volume=99 |número=21 | pmid=12368483 | doi=10.1073/pnas.172510699}}</ref><ref>{{citar periódico|autor = Wildman, D., Uddin, M., Liu, G., Grossman, L., Goodman, M. |título= Implications of natural selection in shaping 99.4% nonsynonymous DNA identity between humans and chimpanzees: enlarging genus Homo | url=http://www.pnas.org/cgi/content/full/100/12/7181 |periódico= Proc Natl Acad Sci USA | volume = 100 |número= 12 |páginas= 7181–8 |ano= 2003 | pmid = 12766228 | doi = 10.1073/pnas.1232172100}}</ref><ref>{{citar periódico|autor = Ruvolo M |título= Molecular phylogeny of the hominoids: inferences from multiple independent DNA sequence data sets | url=http://mbe.oxfordjournals.org/cgi/reprint/14/3/248 |periódico= Mol Biol Evol | volume = 14 |número= 3 |páginas= 248–65 |data=1 de março de 1997| pmid = 9066793 }}</ref> Estima-se que a [[linhagem]] humana divergiu da dos [[chimpanzé]]s há cerca de cinco milhões de anos e da dos [[gorila]]s há cerca de oito milhões de anos. No entanto, um crânio de [[Hominidae|hominídeo]] descoberto no [[Chade]], em 2001, classificado como ''[[Sahelanthropus tchadensis]]'', possui cerca de sete milhões de anos, o que pode indicar uma divergência mais anterior.<ref>{{citar periódico|autor = Brunet, M., Guy, F., Pilbeam, D., Mackaye, H., Likius, A., Ahounta, D., Beauvilain, A., Blondel, C., Bocherens, H., Boisserie, J., De Bonis, L., Coppens, Y., Dejax, J., Denys, C., Duringer, P., Eisenmann, V., Fanone, G., Fronty, P., Geraads, D., Lehmann, T., Lihoreau, F., Louchart, A., Mahamat, A., Merceron, G., Mouchelin, G., Otero, O., Pelaez Campomanes, P., Ponce De Leon, M., Rage, J., Sapanet, M., Schuster, M., Sudre, J., Tassy, P., Valentin, X., Vignaud, P., Viriot, L., Zazzo, A., Zollikofer, C. |título= A new hominid from the Upper Miocene of Chad, Central Africa | url=http://www.nature.com/nature/journal/v418/n6894/full/nature00879.html |periódico= Nature | volume = 418 |número= 6894 |páginas= 145–51 |ano= 2002 | pmid = 12110880 | doi = 10.1038/nature00879}}</ref>
A [[evolução humana]] é caracterizada por uma série de importantes alterações morfológicas, de desenvolvimento, fisiológico e comportamental, que tiveram lugar desde que a separação entre o último ancestral comum de humanos e [[chimpanzé]]s. A primeira grande alteração morfológica foi a evolução de uma forma de adaptação de locomoção [[arborícola]] ou semiarborícola para uma forma de locomoção [[bípede]], com todas as suas adaptações decorrentes, tais como um joelho valgo, um índice intermembral baixo (pernas longas em relação aos braços), e redução da força superior do corpo.<ref>Vančata1 V., & Vančatová, M. A. [http://www.springerlink.com/content/h514455w35006v4n/ "Major features in the evolution of early hominoid locomotion"]. Springer Netherlands, Volume 2, Number 6, December 1987. pp.517–537.</ref>

[[Ficheiro:Ape skeletons.png|upright=1.5|esquerda|thumbnail|Os [[hominóideos]] são descendentes de um [[ancestral comum]]. Esqueletos de [[gibão]], humano, [[chimpanzé]], [[gorila]] e [[orangotango]].]]
A [[evolução humana]] é caracterizada por uma série de importantes alterações morfológicas, de desenvolvimento, fisiológico e comportamental, que tiveram lugar desde que a separação entre o último ancestral comum de humanos e [[chimpanzé]]s. A primeira grande alteração morfológica foi a evolução de uma forma de adaptação de locomoção [[arborícola]] ou semiarborícola para uma forma de locomoção [[Bipedismo|bípede]], com todas as suas adaptações decorrentes, tais como um joelho valgo, um índice intermembral baixo (pernas longas em relação aos braços), e redução da força superior do corpo.<ref>Vančata1 V., & Vančatová, M. A. [http://www.springerlink.com/content/h514455w35006v4n/ "Major features in the evolution of early hominoid locomotion"]. Springer Netherlands, Volume 2, Number 6, December 1987. pp.517–537.</ref>
[[Ficheiro:Ape skeletons pt.jpg|upright=1.5|thumbnail|Os [[Hominoidea|hominóideos]] são descendentes de um [[Antepassado|ancestral comum]]. Esqueletos de [[gibão]], humano, [[chimpanzé]], [[gorila]] e [[orangotango]].]]


Mais tarde, os humanos ancestrais desenvolveram um [[Cérebro humano|cérebro]] muito maior - normalmente de {{Fmtn|1400}} cm³ em seres humanos modernos, mais de duas vezes o tamanho do cérebro de um chimpanzé ou [[gorila]]. O padrão de crescimento pós-natal do cérebro humano difere do de outros primatas ([[heterocronia]]) e permite longos períodos de aprendizagem social e [[aquisição da linguagem]] nos seres humanos juvenis. [[Antropologia física|Antropólogos físicos]] argumentam que as diferenças entre a estrutura dos [[Cérebro humano|cérebros humanos]] e os dos outros macacos são ainda mais significativas do que as diferenças de tamanho.<ref name=Park2007>{{citar periódico|autor =Park, Min S.; Nguyen, Andrew D.; Aryan, Henry E.; U, Hoi Sang; Levy, Michael L.; Semendeferi, Katerina |título=Evolution of the human brain: changing brain size and the fossil record |periódico=Neurosurgery |ano=2007 |volume=60 |número=3 |páginas=555–562 |pmid=17327801 |doi= 10.1227/01.NEU.0000249284.54137.32}}</ref><ref name=Bruner2007>{{citar periódico |autor=Bruner, Emiliano |título=Cranial shape and size variation in human evolution: structural and functional perspectives |periódico=Child's Nervous System |ano=2007 |volume=23 |número=12 |páginas=1357–1365 |pmid=17680251 |url=http://www.emilianobruner.it/pdf/Bruner2007_CNS.pdf |formato=PDF |doi=10.1007/s00381-007-0434-2 |acessodata=13 de abril de 2012 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20120302143129/http://www.emilianobruner.it/pdf/Bruner2007_CNS.pdf# |arquivodata=2 de março de 2012 |urlmorta=yes }}</ref>
Mais tarde, os humanos ancestrais desenvolveram um [[Cérebro humano|cérebro]] muito maior - normalmente de {{Fmtn|1400}} cm³ em seres humanos modernos, mais de duas vezes o tamanho do cérebro de um chimpanzé ou [[gorila]]. O padrão de crescimento pós-natal do cérebro humano difere do de outros primatas ([[heterocronia]]) e permite longos períodos de aprendizagem social e [[aquisição da linguagem]] nos seres humanos juvenis. [[Antropologia física|Antropólogos físicos]] argumentam que as diferenças entre a estrutura dos [[Cérebro humano|cérebros humanos]] e os dos outros macacos são ainda mais significativas do que as diferenças de tamanho.<ref name=Park2007>{{citar periódico|autor =Park, Min S.; Nguyen, Andrew D.; Aryan, Henry E.; U, Hoi Sang; Levy, Michael L.; Semendeferi, Katerina |título=Evolution of the human brain: changing brain size and the fossil record |periódico=Neurosurgery |ano=2007 |volume=60 |número=3 |páginas=555–562 |pmid=17327801 |doi= 10.1227/01.NEU.0000249284.54137.32}}</ref><ref name=Bruner2007>{{citar periódico |autor=Bruner, Emiliano |título=Cranial shape and size variation in human evolution: structural and functional perspectives |periódico=Child's Nervous System |ano=2007 |volume=23 |número=12 |páginas=1357–1365 |pmid=17680251 |url=http://www.emilianobruner.it/pdf/Bruner2007_CNS.pdf |formato=PDF |doi=10.1007/s00381-007-0434-2 |acessodata=13 de abril de 2012 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20120302143129/http://www.emilianobruner.it/pdf/Bruner2007_CNS.pdf# |arquivodata=2 de março de 2012 |urlmorta=yes }}</ref>


Outras mudanças morfológicas significantes foram: a evolução de um poder de aderência e precisão;<ref>Brues, Alice M. & Snow, Clyde C. "Physical Anthropology". ''Biennial Review of Anthropology'', Vol.&nbsp;4, 1965. pp.&nbsp;1–39.</ref> um [[Mastigação|sistema mastigatório]] reduzido; a redução do [[dente canino]]; e a descida da [[laringe]] e do [[osso hioide]], tornando a fala possível. Uma importante mudança fisiológica em humanos foi a evolução do estro oculto, ou ovulação oculta, o que pode ter coincidido com a evolução de importantes mudanças comportamentais, tais como a ligação em casais. Outra mudança significativa de comportamento foi o desenvolvimento da [[cultura material]], com objetos feitos pelos humanos cada vez mais comuns e diversificados ao longo do tempo. A relação entre todas estas mudanças é ainda tema de debate.<ref>Boyd, Robert & Silk, Joan B. (2003). ''How Humans Evolved''. New York: Norton & Company. ISBN 0-393-97854-0.</ref><ref>Dobzhansky, Theodosius (1963). ''Anthropology and the natural sciences-The problem of human evolution'', ''Current Anthropology '4'' (2): 138–148.</ref>
Outras mudanças morfológicas significantes foram: a evolução de um poder de aderência e precisão;<ref>Brues, Alice M. & Snow, Clyde C. "Physical Anthropology". ''Biennial Review of Anthropology'', Vol.&nbsp;4, 1965. pp.&nbsp;1–39.</ref> um [[Mastigação|sistema mastigatório]] reduzido; a redução do [[Canino (dente)|dente canino]]; e a descida da [[laringe]] e do [[osso hioide]], tornando a fala possível. Uma importante mudança fisiológica em humanos foi a evolução do estro oculto, ou ovulação oculta, o que pode ter coincidido com a evolução de importantes mudanças comportamentais, tais como a ligação em casais. Outra mudança significativa de comportamento foi o desenvolvimento da [[Cultura arqueológica|cultura material]], com objetos feitos pelos humanos cada vez mais comuns e diversificados ao longo do tempo. A relação entre todas estas mudanças é ainda tema de debate.<ref>Boyd, Robert & Silk, Joan B. (2003). ''How Humans Evolved''. New York: Norton & Company. ISBN 0-393-97854-0.</ref><ref>Dobzhansky, Theodosius (1963). ''Anthropology and the natural sciences-The problem of human evolution'', ''Current Anthropology '4'' (2): 138–148.</ref>


A evolução humana é caracterizada por uma série de mudanças [[morfologia (biologia)|morfológicas]], [[corpo humano|fisiológicas]] e comportamentais que ocorreram desde a divisão entre o último ancestral comum dos humanos e dos chimpanzés. As mais significativas dessas adaptações são o bipedalismo obrigatório, o aumento do tamanho do cérebro e a diminuição do [[dimorfismo sexual]] ([[neotenia]], quando comparados a outras espécies de primatas). A relação entre todas essas mudanças é objeto de debate contínuo. <ref>{{citar livro |vautors=Boyd R, Silk JB |autor1-link=Robert Boyd (anthropologist) |autor2-link=Joan Silk |url=https://archive.org/details/howhumansevolved03edboyd |título=How Humans Evolved |editora=[[W. W. Norton & Company|Norton]] |ano=2003 |isbn=978-0-393-97854-4 |endereço=Nova Iorque |url-acesso=registration}}</ref>
A evolução humana é caracterizada por uma série de mudanças [[morfologia (biologia)|morfológicas]], [[corpo humano|fisiológicas]] e comportamentais que ocorreram desde a divisão entre o último ancestral comum dos humanos e dos chimpanzés. As mais significativas dessas adaptações são o bipedalismo obrigatório, o aumento do tamanho do cérebro e a diminuição do [[dimorfismo sexual]] ([[neotenia]], quando comparados a outras espécies de primatas). A relação entre todas essas mudanças é objeto de debate contínuo.<ref>{{Citar livro|url=http://archive.org/details/howhumansevolved03edboyd|título=How humans evolved|ultimo=Boyd|primeiro=Robert|data=2002|editora=New York : Norton|outros=Internet Archive}}</ref>


As forças da [[seleção natural]] continuam a operar em populações humanas, com a evidência de que determinadas regiões do [[genoma]] exibiram [[seleção direcional]] nos últimos 15 mil anos.<ref>{{citar jornal| url = http://www.nytimes.com/2006/03/07/science/07evolve.html|título= Still Evolving, Human Genes Tell New Story |último =Wade |primeiro = N |data= 2006-03-07 |acessodata= 2008-07-10 |publicado= [[The New York Times]] }}</ref>
As forças da [[seleção natural]] continuam a operar em populações humanas, com a evidência de que determinadas regiões do [[genoma]] exibiram [[seleção direcional]] nos últimos 15 mil anos.<ref>{{citar jornal| url = http://www.nytimes.com/2006/03/07/science/07evolve.html|título= Still Evolving, Human Genes Tell New Story |último =Wade |primeiro = N |data= 2006-03-07 |acessodata= 2008-07-10 |publicado= [[The New York Times]] }}</ref>


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Ardipithecus Ramidus-MGL 96730-P5030040-black.jpg|''[[Ardipithecus ramidus]]''
Ardipithecus Ramidus-MGL 96730-P5030040-black.jpg|''[[Ardipithecus ramidus]]''
Australopithecus afarensis.png|''[[Australopithecus afarensis]]''
NHM_-_Australopithecus_afarensis_Modell_1_a.jpg|''[[Australopithecus afarensis]]''
Homo habilis - forensic facial reconstruction.png|''[[Homo habilis]]'', o primeiro a usar [[ferramentas de pedra]].
Homo habilis - forensic facial reconstruction.png|''[[Homo habilis]]'', o primeiro a usar [[ferramentas de pedra]].
Homo-erectus_Turkana-Boy_(Ausschnitt)_Fundort_Nariokotome,_Kenia,_Rekonstruktion_im_Neanderthal_Museum.jpg|''[[Homo erectus]]'', o [[Controle do fogo pelos primeiros humanos|primeiro a usar o fogo]].
Homo-erectus Turkana-Boy (Ausschnitt) Fundort Nariokotome, Kenia, Rekonstruktion im Neanderthal Museum (cropped).jpg|''[[Homo erectus]]'', o [[Controle do fogo pelos primeiros humanos|primeiro a usar o fogo]].
Homo_heidelbergensis_-_forensic_facial_reconstruction-crop.png|''[[Homo heidelbergensis|H. heidelbergensis]]''
Homo_heidelbergensis_-_forensic_facial_reconstruction-crop.png|''[[Homo heidelbergensis|H. heidelbergensis]]''
Reconstruction_of_Neanderthal_woman.jpg|''[[Homo neanderthalensis|H. neanderthalensis]]''
Homo_sapiens_neanderthalensis-Mr._N.jpg|''[[Homo neanderthalensis|H. neanderthalensis]]''
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== História ==
=== Surgimento do ''Homo sapiens'' ===
{{Artigo principal|História humana}}

=== Origem ===
{{Artigo principal|Hipótese da origem única|Homo sapiens arcaico|Paleolítico Superior}}
{{Artigo principal|Hipótese da origem única|Homo sapiens arcaico|Paleolítico Superior}}
{{Vertambém|Controle do fogo pelos primeiros humanos}}
{{Vertambém|Controle do fogo pelos primeiros humanos}}


[[Ficheiro:Map-of-human-migrations.jpg|thumb|direita|400px|Mapa das primeiras migrações humanas, de acordo com análises efectuadas ao [[DNA mitocondrial]] (unidades: [[milênio]]s até ao presente).{{nota de rodapé|A perspectiva deste [[planisfério]] centra-se no [[pólo norte]], para facilitar a compreensão das rotas das migrações.}} A perspectiva deste [[planisfério]] centra-se no [[pólo norte]], para facilitar a compreensão das rotas das migrações]]
[[Ficheiro:Early_migrations_mercator.svg|thumb|esquerda|upright=1.5|Mapa das [[primeiras migrações humanas]], de acordo com análises efetuadas ao [[ADN mitocondrial|DNA mitocondrial]] (unidades: [[milênio]]s até ao presente)]]


Conforme a hipótese paleoantropológica mais corroborada atualmente, da [[Hipótese da origem única|Origem Recente Africana]], o ser humano moderno evoluiu na [[África]] durante o [[Paleolítico Médio]], há cerca de 200 mil anos.<ref>{{Citar periódico |url=http://dx.doi.org/10.7312/hoff16076 |titulo=Modern Humans |data=2017-12-31 |acessodata=2021-07-22 |ultimo=Hoffecker |primeiro=John |doi=10.7312/hoff16076}}</ref> Embora alguns dos restos esqueléticos mais antigos sugiram uma origem da África Oriental, o sul da África é o lar de populações contemporâneas que representam o primeiro ramo da filogenia genética humana.<ref>{{Citar web|titulo=Study pinpoints the origin of modern humans|url=https://www.techexplorist.com/study-pinpoints-the-origin-of-modern-humans/27351/|obra=Tech Explorist|data=2019-10-30|acessodata=2019-10-30|lingua=en-US}}</ref> Até o início do [[Paleolítico Superior]], há cerca de 50 mil [[Ap (arqueologia)|AP]], o comportamento moderno, que inclui a [[linguagem]], a [[música]] e outras expressões culturais universais, tinham se desenvolvido. Um estudo sobre a diversidade genética africana chefiado pela Dra. Sarah Tishkoff ([[Universidade da Pensilvânia]]) encontrou no [[Sãs|povo San]] a maior expressão de [[diversidade genética]] entre 113 populações distintas, sugerindo que o "berço da humanidade" ficaria na região dos ''Khoisan'' (antes chamados de [[Hotentotes]]), na área de [[Kalahari]] mais próxima da costa da [[Fronteira Angola-Namíbia]], indicando uma possível migração de ancestrais para o norte e para fora da África cerca de 250 gerações.<ref name="news.bbc.co.uk"/>
Conforme a hipótese [[Paleoantropologia|paleoantropológica]] mais corroborada atualmente, da [[Hipótese da origem única|Origem Recente Africana]], o ser humano moderno evoluiu na [[África]] durante o [[Paleolítico Médio]], há cerca de 200 mil anos.<ref>{{Citar periódico |url=http://dx.doi.org/10.7312/hoff16076 |titulo=Modern Humans |data=2017-12-31 |acessodata=2021-07-22 |ultimo=Hoffecker |primeiro=John |doi=10.7312/hoff16076}}</ref> Embora alguns dos restos esqueléticos mais antigos sugiram uma origem da África Oriental, o sul da África é o lar de populações contemporâneas que representam o primeiro ramo da filogenia genética humana.<ref>{{Citar web|titulo=Study pinpoints the origin of modern humans|url=https://www.techexplorist.com/study-pinpoints-the-origin-of-modern-humans/27351/|obra=Tech Explorist|data=2019-10-30|acessodata=2019-10-30|lingua=en-US}}</ref> Estima-se que a [[Hipótese da origem única|migração para fora da África]] ocorreu há cerca de 70 mil anos [[Antes do Presente|AP]]. Os seres humanos modernos, posteriormente distribuídos por todos os [[continente]]s, substituíram os [[Hominidae|hominídeos]] anteriores. Eles habitaram a [[Eurásia]] e a [[Oceania]] 40 mil anos AP e as Américas pelo menos 14 mil anos AP.<ref>Wolman, David (2008). [http://news.nationalgeographic.com/news/2008/04/080403-first-americans.html "Fossil Feces Is Earliest Evidence of N. America Humans"] ''National Geographic''</ref> Eles acabaram com o ''[[Homem de Neandertal|Homo neanderthalensis]]'' e com outras espécies descendentes do ''[[Homo erectus]]'' (que habitavam a Eurásia há 2 milhões de anos), através do seu maior sucesso na [[reprodução]] e na competição por [[Recurso natural|recursos]].<ref>{{Citar web |url=http://www.guardian.co.uk/science/2009/may/17/neanderthals-cannibalism-anthropological-sciences-journal |título=How Neanderthals met a grisly fate: devoured by humans. ''The Observer.''|língua= |autor= |obra= |data=17 de maio de 2007 |acessodata=}}</ref>


Até o início do [[Paleolítico Superior]], há cerca de 50 mil [[Antes do Presente|AP]], o comportamento moderno, que inclui a [[linguagem]], a [[música]] e outras expressões culturais universais, já tinham se desenvolvido. Um estudo sobre a diversidade genética africana chefiado pela Dra. Sarah Tishkoff ([[Universidade da Pensilvânia]]) encontrou no [[Sãs|povo San]] a maior expressão de [[diversidade genética]] entre 113 populações distintas, sugerindo que o "berço da humanidade" ficaria na região dos ''Khoisan'' (antes chamados de [[Coissãs|Hotentotes]]), na área de [[Calaári|Kalahari]] mais próxima da costa da [[Fronteira Angola–Namíbia]], indicando uma possível migração de ancestrais para o norte e para fora da África há cerca de 250 gerações.<ref name="news.bbc.co.uk"/>
Estima-se que a [[Hipótese da origem única|migração para fora da África]] ocorreu há cerca de 70 mil anos [[Ap (arqueologia)|AP]]. Os seres humanos modernos, posteriormente distribuídos por todos os [[continente]]s, substituíram os [[hominídeo]]s anteriores. Eles habitaram a [[Eurásia]] e a [[Oceania]] há 40 mil anos AP e as Américas há pelo menos 14 mil anos AP.<ref>Wolman, David (2008). [http://news.nationalgeographic.com/news/2008/04/080403-first-americans.html "Fossil Feces Is Earliest Evidence of N. America Humans"] ''National Geographic''</ref> Eles acabaram com o ''[[Homo neanderthalensis]]'' e com outras espécies descendentes do ''[[Homo erectus]]'' (que habitavam a Eurásia há 2 milhões de anos), através do seu maior sucesso na [[reprodução]] e na competição por [[Recursos naturais|recursos]].<ref>{{Citar web |url=http://www.guardian.co.uk/science/2009/may/17/neanderthals-cannibalism-anthropological-sciences-journal |título=How Neanderthals met a grisly fate: devoured by humans. ''The Observer.''|língua= |autor= |obra= |data=17 de maio de 2007 |acessodata=}}</ref>


Evidências acumuladas da [[arqueogenética]], desde a [[década de 1990]], deram forte apoio ao "[[Hipótese da origem única]]", e têm marginalizado a hipótese de competição multirregional, que propunha que os humanos modernos evoluíram, pelo menos em parte, de independentes de populações de [[hominídeo]]s.<ref>{{citar periódico|autor =Eswaran V, Harpending H, Rogers AR |título=Genomics refutes an exclusively African origin of humans |periódico=J. Hum. Evol. |volume=49 |número=1 |páginas=1–18 |data=julho de 2005 |pmid=15878780 |doi=10.1016/j.jhevol.2005.02.006 |url=}}</ref>
Evidências acumuladas da [[arqueogenética]], desde a década de 1990, deram forte apoio ao "[[Hipótese da origem única]]", e têm marginalizado a hipótese de competição multirregional, que propunha que os humanos modernos evoluíram, pelo menos em parte, de independentes de populações de [[Hominidae|hominídeos]].<ref>{{citar periódico|autor =Eswaran V, Harpending H, Rogers AR |título=Genomics refutes an exclusively African origin of humans |periódico=J. Hum. Evol. |volume=49 |número=1 |páginas=1–18 |data=julho de 2005 |pmid=15878780 |doi=10.1016/j.jhevol.2005.02.006 |url=}}</ref> Os [[Genética|geneticistas]] Lynn Jorde e Henry Harpending, da [[Universidade de Utah]], propõem que a variação no DNA humano é minuta quando comparada com a de outras espécies. Eles também propõem que durante o [[Tarentiano|Pleistoceno Superior]], a população humana foi reduzida a um [[Efeito de gargalo|pequeno número de pares reprodutores]] - não maior de 10&nbsp;000 e, possivelmente, não menor de {{Fmtn|1000}} - resultando em um [[Fundo genético|pool genético]] residual muito pequeno. Várias razões para esse gargalo hipotético têm sido postuladas, sendo uma delas a [[teoria da catástrofe de Toba]].<ref>{{Citar web |url=http://www.bbc.co.uk/science/horizon/1999/supervolcanoes_script.shtml |título=Supervolcanoes, [[BBC2]], 3 February 2000 |língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=}}</ref> Em uma série de análises genéticas sem precedentes, publicadas na revista ''[[Nature]]'', em setembro de 2016, três times de pesquisadores concluíram que todos os não africanos descendem de uma única população que emergiu na África há entre 50 mil e 80 mil anos.<ref>{{Citar periódico |url=https://www.nytimes.com/2016/09/22/science/ancient-dna-human-history.html |título=A Single Migration From Africa Populated the World, Studies Find |data=2016-09-21 |acessodata=2024-01-13 |periódico=The New York Times |ultimo=Zimmer |primeiro=Carl |lingua=en-US |issn=0362-4331}}</ref>


=== Pré-história ===
Os [[geneticista]]s Lynn Jorde e Henry Harpending, da [[Universidade de Utah]], propõem que a variação no DNA humano é minuta quando comparada com a de outras espécies. Eles também propõem que durante o [[Pleistoceno Superior]], a população humana foi reduzida a um [[Efeito de gargalo|pequeno número de pares reprodutores]] - não maior de 10&nbsp;000 e, possivelmente, não menor de {{Fmtn|1000}} - resultando em um [[pool genético]] residual muito pequeno. Várias razões para esse gargalo hipotético têm sido postuladas, sendo uma delas a [[teoria da catástrofe de Toba]].<ref>{{Citar web |url=http://www.bbc.co.uk/science/horizon/1999/supervolcanoes_script.shtml |título=Supervolcanoes, [[BBC2]], 3 February 2000 |língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=}}</ref>
{{Artigo principal|Revolução Neolítica|Pré-história}}
[[Ficheiro:Kazakh_shepard_with_dogs_and_horse.jpg|thumb|O surgimento da [[agricultura]] e a [[domesticação]] de animais resultou em assentamentos humanos estáveis.]]


Até cerca de 12 mil anos atrás, todos os humanos viviam como [[Caçador-coletor|caçadores-coletores]].<ref>{{Citar livro|título=Basics in Human Evolution|ultimo=Little|primeiro=Michael A.|ultimo2=Blumler|primeiro2=Mark A.|editora=Academic Press|ano=2015|editor-sobrenome=Muehlenbein|editor-nome=Michael P.|lugar=Boston|páginas=323–335|língua=en|capitulo=Hunter-Gatherers|isbn=978-0-12-802652-6|acessodata=30 de julho de 2022|arquivourl=https://web.archive.org/web/20220703085714/https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/B9780128026526000232|url=https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/B978012802652600023|arquivodata=3 de julho de 2022}}</ref><ref>{{Citar livro|título=The Human Past: World Prehistory and the Development of Human Societies|ultimo=Scarre|primeiro=Chris|editora=[[Thames & Hudson]]|ano=2018|editor-sobrenome=Scarre|editor-nome=Chris|localização=London|páginas=174–197|capitulo=The world transformed: from foragers and farmers to states and empires|isbn=978-0-500-29335-5|edição=4th}}</ref> A [[Revolução neolítica|Revolução Neolítica]] (a invenção da [[agricultura]]) ocorreu pela primeira vez no [[Sudoeste Asiático|sudoeste da Ásia]] e se espalhou por grandes partes do [[Velho Mundo]] ao longo dos milênios seguintes.<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/855969933|título=Origins and Spread of Domestic Animals in Southwest Asia and Europe.|data=2013|editora=Left Coast Press|localização=Walnut Creek, CA|páginas=13–17|isbn=978-1-61132-324-5|oclc=855969933|acessodata=30 de julho de 2022|arquivourl=https://web.archive.org/web/20220730032846/https://www.worldcat.org/title/origins-and-spread-of-domestic-animals-in-southwest-asia-and-europe/oclc/855969933|arquivodata=30 de julho de 2022}}</ref> Também ocorreu de forma independente na [[Mesoamérica]] (cerca de 6 mil anos atrás),<ref>{{Citar livro|título=Animals and Human Society|data=Janeiro de 2018|editora=Elsevier|páginas=103–131|capitulo=The Neolithic Revolution, Animal Domestication, and Early Forms of Animal Agriculture|doi=10.1016/B978-0-12-805247-1.00006-X|isbn=978-0-12-805247-1}}</ref> [[China]],<ref name="He2017">{{Citar periódico |url=https://www.researchgate.net/publication/317400332 |título=Prehistoric evolution of the dualistic structure mixed rice and millet farming in China |data=7 de junho de 2017 |acessodata=30 de julho de 2022 |periódico=The Holocene |número=12 |paginas=1885–1898 |bibcode=2017Holoc..27.1885H |doi=10.1177/0959683617708455 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20211120221221/https://www.researchgate.net/publication/317400332_Prehistoric_evolution_of_the_dualistic_structure_mixed_rice_and_millet_farming_in_China |arquivodata=20 de novembro de 2021 |vauthors=He K, Lu H, Zhang J, Wang C, Huan X |volume=27}}</ref><ref name="Lu">{{Citar periódico |título=Earliest domestication of common millet (Panicum miliaceum) in East Asia extended to 10,000 years ago |data=maio de 2009 |periódico=Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America |número=18 |paginas=7367–7372 |bibcode=2009PNAS..106.7367L |doi=10.1073/pnas.0900158106 |pmc=2678631 |pmid=19383791 |numero-autores=6 |vauthors=Lu H, Zhang J, Liu KB, Wu N, Li Y, Zhou K, Ye M, Zhang T, Zhang H, Yang X, Shen L, Xu D, Li Q |volume=106 |doi-access=free}}</ref> [[Papua-Nova Guiné|Papua Nova Guiné]]<ref>{{Citar periódico |título=Origins of agriculture at Kuk Swamp in the highlands of New Guinea |data= julho de 2003 |periódico=Science |número=5630 |paginas=189–193 |doi=10.1126/science.1085255 |pmid=12817084 |numero-autores=6 |vauthors=Denham TP, Haberle SG, Lentfer C, Fullagar R, Field J, Therin M, Porch N, Winsborough B |volume=301 |doi-access=free}}</ref> e nas regiões do [[Sahel]] e da Savana Ocidental da [[África]].<ref>{{Citar periódico |título=Yam genomics supports West Africa as a major cradle of crop domestication |data= maio de 2019 |periódico=Science Advances |número=5 |paginas=eaaw1947 |bibcode=2019SciA....5.1947S |doi=10.1126/sciadv.aaw1947 |pmc=6527260 |pmid=31114806 |numero-autores=6 |vauthors=Scarcelli N, Cubry P, Akakpo R, Thuillet AC, Obidiegwu J, Baco MN, Otoo E, Sonké B, Dansi A, Djedatin G, Mariac C, Couderc M, Causse S, Alix K, Chaïr H, François O, Vigouroux Y |volume=5 |doi-access=free}}</ref><ref>{{Citar periódico |url=https://discovery.ucl.ac.uk/id/eprint/1574602/7/Fuller_693898.pdf |título=Evidence for Sorghum Domestication in Fourth Millennium BC Eastern Sudan: Spikelet Morphology from Ceramic Impressions of the Butana Group |data=outubro de 2017 |acessodata=30 de julho de 2022 |periódico=Current Anthropology |número=5 |paginas=673–683 |doi=10.1086/693898 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20210623152728/https://discovery.ucl.ac.uk/id/eprint/1574602/7/Fuller_693898.pdf |arquivodata=23 de junho de 2021 |vauthors=Winchell F |volume=58}}</ref><ref>{{Citar periódico |título=4500-Year old domesticated pearl millet (Pennisetum glaucum) from the Tilemsi Valley, Mali: new insights into an alternative cereal domestication pathway |data=fevereiro de 2011 |periódico=Journal of Archaeological Science |número=2 |paginas=312–322 |bibcode=2011JArSc..38..312M |doi=10.1016/j.jas.2010.09.007 |vauthors=Manning K |volume=38}}</ref>
Em uma série de análises genéticas sem precedentes, publicadas no jornal Nature, em setembro de 2016, três times de pesquisadores concluíram que todos os não africanos descendem de uma única população que emergiu na África há entre 50 mil e 80 mil anos.<ref>[http://www.nytimes.com/2016/09/22/science/ancient-dna-human-history.html?_r=1 Uma única migração da África povoou o mundo, jornal New York Times, 2016]</ref>


O acesso ao excedente alimentar levou à formação de [[Povoamento humano|assentamentos humanos]] permanentes, à [[domesticação]] de animais e ao [[Idade do Cobre|uso de ferramentas metálicas]] pela primeira vez na história. A agricultura e o estilo de vida sedentário levaram ao surgimento das primeiras [[Civilização|civilizações]].<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=Td4WAAAAQBAJ&q=western+civilisation+egypt&pg=PA16|título=Cengage Advantage Books: Western Civilization: Beyond Boundaries|data=2013|editora=Cengage Learning|isbn=978-1-285-66153-7|acessodata=11 de julho de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20210227193339/https://books.google.com/books?id=Td4WAAAAQBAJ&q=western+civilisation+egypt&pg=PA16|arquivodata=27 de fevereiro de 2021}}</ref><ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=LceiAgAAQBAJ&q=western+civilisation+egypt&pg=PT65|título=Western Civilization: Volume A: To 1500|data=1 de janeiro de 2014|editora=Cenpage Learning|isbn=978-1-285-98299-1|acessodata=11 de julho de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20230810231050/https://books.google.com/books?id=LceiAgAAQBAJ&pg=PT65&q=western+civilisation+egypt|arquivodata=10 de agosto de 2023}}</ref><ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=fa6swJv64xkC&q=Greek+Ways:+How+the+Greeks+Created+Western+Civilization|título=Greek Ways: How the Greeks Created Western Civilization|editora=Encounter Books|ano=2002|localização=San Francisco|páginas=1–14|isbn=978-1-893554-57-3|acessodata=30 de julho de 2022|arquivourl=https://web.archive.org/web/20230810230303/https://books.google.com/books?id=fa6swJv64xkC&q=Greek+Ways:+How+the+Greeks+Created+Western+Civilization|arquivodata=10 de agosto de 2023}}</ref>
=== Transição para a civilização ===
{{Artigo principal|Revolução Neolítica|História do mundo}}
[[Ficheiro:Farmer plowing.jpg|thumb|esquerda|O surgimento da [[agricultura]] e a [[domesticação]] de animais resultou em assentamentos humanos estáveis.]]
[[Ficheiro:Bild Maschinenhalle Escher Wyss 1875.jpg|thumb|esquerda|A [[Revolução Industrial]] foi um processo de mudança econômica e social que possibilitou um aumento populacional e do [[padrão de vida]] inédito na [[história humana]].]]


=== Antiguidade ===
Há {{formatnum:10000}} anos, a maioria dos seres humanos vivia como [[Caçador-coletor|caçadores-coletores]], em pequenos grupos [[nômade]]s. O início das atividades agrícolas separa o período [[neolítico]] do imediatamente anterior, o período da [[idade da pedra lascada]]. Como são anteriores à [[história]] escrita, os primórdios da agricultura são obscuros, mas admite-se que ela tenha surgido independentemente em diferentes lugares do mundo, provavelmente nos [[vale]]s e [[várzea]]s fluviais habitados por antigas civilizações. Há entre dez<ref name="mazoyer">MAZOYER, Marcel e ROUDART, Laurence. '''História das Agriculturas do Mundo: do neolítico à crise contemporânea'''. São Paulo: Editora UNESP; Brasília, DF: NEAD, 2010. Disponível em: <http://www.iica.int/Esp/regiones/sur/brasil/Lists/Publicacoes/Attachments/60/Historia_das_agriculturas.pdf {{Wayback|url=http://www.iica.int/Esp/regiones/sur/brasil/Lists/Publicacoes/Attachments/60/Historia_das_agriculturas.pdf|date=20130522162601}}>. Acesso em: 12 de agosto de 2011. ISBN 978-85-7139-994-5 (Editora UNESP); ISBN 978-85-60548-60-6 (NEAD). Título original: ''Histoire des Agricultures du monde: du néolithique à la crise contemporaine''.</ref> e doze mil anos, durante a [[pré-história]], no período do [[neolítico]] ou período da pedra polida, alguns indivíduos de povos [[caçador-colector|caçadores-coletores]] notaram que alguns [[Cereal|grãos]] que eram coletados da [[natureza]] para a sua alimentação poderiam ser enterrados, isto é, "semeados" a fim de produzir novas plantas iguais às que os originaram. Os primeiros sistemas de cultivo e de criação apareceram em algumas regiões pouco numerosas e relativamente pouco extensas do planeta. Essas primeiras formas de agricultura eram certamente praticadas perto de moradias e [[Aluvião|aluviões]] das vazantes dos rios, ou seja, terras já fertilizadas que não exigiam, portanto, [[desmatamento]].<ref name=mazoyer/>
{{Artigo principal|Antiguidade}}
[[Ficheiro:All_Gizah_Pyramids.jpg|miniaturadaimagem|[[Necrópole de Gizé|Grandes Pirâmides de Gizé]], [[Antigo Egito|Egito]]]]


Uma [[revolução urbana]] ocorreu no [[Quarto milénio a.C.|4º milênio a.C.]] com o desenvolvimento das [[Cidade-estado|cidades-Estado]], particularmente das cidades [[Suméria|sumérias]] localizadas na região da [[Mesopotâmia]].<ref>{{Citar livro|título=The Oxford Handbook of the State in the Ancient Near East and Mediterranean|ultimo=Garfinkle|primeiro=Steven J.|data=2013|editora=Oxford Academic|páginas=94–119|capitulo=Ancient Near Eastern City-States|doi=10.1093/oxfordhb/9780195188318.013.0004|isbn=978-0-19-518831-8}}</ref> Foi nessas cidades que a forma mais antiga de [[escrita]] conhecida, a [[escrita cuneiforme]], apareceu por volta de 3.000 a.C..<ref>{{Citar livro|título=A Companion to Ancient Near Eastern Languages|data=28 de fevereiro de 2020|editora=Wiley|páginas=27–46|língua=en|capitulo=The Emergence of Cuneiform Writing|doi=10.1002/9781119193814.ch2|isbn=978-1-119-19329-6|edição=1st}}</ref> Outras civilizações importantes que se desenvolveram nessa época foram o [[Antigo Egito]] e a [[Civilização do Vale do Indo]].<ref>{{Citar periódico |título=Ancient civilization: Cracking the Indus script |data=outubro de 2015 |periódico=Nature |número=7574 |paginas=499–501 |bibcode=2015Natur.526..499R |doi=10.1038/526499a |pmid=26490603 |vauthors=Robinson A |volume=526 |doi-access=free}}</ref> Elas comercializavam entre si e inventaram tecnologias como [[rodas]], [[arados]] e [[Vela (náutica)|velas]].<ref>{{Citar livro|título=The Sumerian World|editora=Routledge|ano=2013|páginas=447–461|capitulo=Trade in the Sumerian world|isbn=978-1-136-21911-5|autorlink=Harriet Crawford}}</ref> <ref name="Bodnár-2018">{{Citar periódico |url=https://www.ceeol.com/search/article-detail?id=714342 |título=Prehistoric innovations: Wheels and wheeled vehicles |data=2018 |acessodata=30 de julho de 2022 |periódico=Acta Archaeologica Academiae Scientiarum Hungaricae |número=2 |paginas=271–298 |lingua=English |doi=10.1556/072.2018.69.2.3 |issn=0001-5210 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20210623152751/https://www.ceeol.com/search/article-detail?id=714342 |arquivodata=23 de junho de 2021 |vauthors=Bodnár M |volume=69}}</ref><ref>{{Citar periódico |url=https://www.jstor.org/stable/178600 |título=The Invention of the Plow |data=1985 |acessodata=30 de julho de 2022 |periódico=Comparative Studies in Society and History |número=4 |paginas=727–743 |doi=10.1017/S0010417500011749 |issn=0010-4175 |jstor=178600 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20220409092618/https://www.jstor.org/stable/178600 |arquivodata=9 de abril de 2022 |vauthors=Pryor FL |volume=27}}</ref><ref name="Carter">{{Citar livro|url=https://www.academia.edu/1576775|título=A companion to the archaeology of the ancient Near East|editora=Wiley-Blackwell|ano=2012|localização=Chichester, West Sussex|páginas=347–354|capitulo=19. Watercraft|isbn=978-1-4051-8988-0|acessodata=8 de fevereiro de 2014|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150428190743/https://www.academia.edu/1576775/Watercraft|arquivodata=28 de abril de 2015}}</ref> A [[Civilização de Caral|civilização Caral-Supe]], que emergiu por volta de 3.000 a.C., é a civilização complexa mais antiga das [[Américas]].<ref>{{Citar web|ultimo=Centre|primeiro=UNESCO World Heritage|url=https://whc.unesco.org/en/list/1269/|titulo=Sacred City of Caral-Supe|acessodata=27 de maio de 2024|website=UNESCO World Heritage Centre|lingua=en}}</ref> A [[astronomia]] e a [[matemática]] também foram desenvolvidas e a [[Pirâmide de Quéops|Grande Pirâmide de Gizé]] foi construída.<ref>{{Citar livro|título=Early physics and astronomy: A historical introduction.|editora=CUP Archive|ano=1993|capitulo=Science Before the Greeks|isbn=978-0-521-40340-5}}</ref><ref>{{Citar livro|título=Mathematics in ancient Iraq: A social history.|editora=Princeton University Press|ano=2008|páginas=xxi}}</ref><ref>{{Citar periódico |url=https://www.jstor.org/stable/25148110 |título=Building the Great Pyramid: Probable Construction Methods Employed at Giza |data=2003 |acessodata=30 de julho de 2022 |periódico=Technology and Culture |número=2 |paginas=340–354 |doi=10.1353/tech.2003.0063 |issn=0040-165X |jstor=25148110 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20220306011135/https://www.jstor.org/stable/25148110 |arquivodata=6 de março de 2022 |vauthors=Edwards JF |volume=44}}</ref> Há evidências de uma [[Evento climático de 4200 ap|seca severa]] que durou cerca de cem anos e que pode ter causado o declínio destas civilizações,<ref>{{Citar periódico |título=New geological age comes under fire |data=agosto de 2018 |periódico=Science |número=6402 |paginas=537–538 |bibcode=2018Sci...361..537V |doi=10.1126/science.361.6402.537 |pmid=30093579 |vauthors=Voosen P |volume=361}}</ref> com novas surgindo no rescaldo. Os [[Civilização babilônica|babilônios]] passaram a dominar a Mesopotâmia enquanto outros,<ref>{{Citar livro|título=Babylonians|editora=Univ of California Press|ano=2000|isbn=978-0-520-20222-1}}</ref> como os [[Civilização Minoica|minóicos]] e a [[dinastia Shang]], ganharam destaque em novas áreas.<ref>{{Citar periódico |título=Poverty Point as Structure, Event, Process |data=1 de dezembro de 2005 |periódico=Journal of Archaeological Method and Theory |número=4 |paginas=335–364 |lingua=en |doi=10.1007/s10816-005-8460-4 |issn=1573-7764 |vauthors=Sassaman KE |volume=12}}</ref><ref>{{Citar periódico |título=Genetic origins of the Minoans and Mycenaeans |data= agosto de 2017 |periódico=Nature |número=7666 |paginas=214–218 |bibcode=2017Natur.548..214L |doi=10.1038/nature23310 |pmc=5565772 |pmid=28783727 |numero-autores=6 |vauthors=Lazaridis I, Mittnik A, Patterson N, Mallick S, Rohland N, Pfrengle S, Furtwängler A, Peltzer A, Posth C, Vasilakis A, McGeorge PJ, Konsolaki-Yannopoulou E, Korres G, Martlew H, Michalodimitrakis M, Özsait M, Özsait N, Papathanasiou A, Richards M, Roodenberg SA, Tzedakis Y, Arnott R, Fernandes DM, Hughey JR, Lotakis DM, Navas PA, Maniatis Y, Stamatoyannopoulos JA, Stewardson K, Stockhammer P, Pinhasi R, Reich D, Krause J, Stamatoyannopoulos G |volume=548}}</ref><ref>{{Citar livro|título=The Cambridge History of Ancient China: From the Origins of Civilization to 221 BC|editora=Cambridge University Press|ano=1999|páginas=232–291|capitulo=The Shang: China's first historical dynasty|isbn=978-0-521-47030-8}}</ref> O [[colapso da Idade do Bronze]] por volta de 1200 a.C. resultou no desaparecimento de uma série de civilizações e no início da [[Período homérico|Idade das Trevas grega]].<ref>{{Citar periódico |título=Drought and societal collapse 3200 years ago in the Eastern Mediterranean: a review |data=2015 |periódico=WIREs Climate Change |número=4 |paginas=369–382 |bibcode=2015WIRCC...6..369K |doi=10.1002/wcc.345 |vauthors=Kaniewski D, Guiot J, van Campo E |volume=6}}</ref><ref>{{Citar periódico |título=The influence of climatic change on the Late Bronze Age Collapse and the Greek Dark Ages |data=1 de junho de 2012 |periódico=Journal of Archaeological Science |número=6 |paginas=1862–1870 |bibcode=2012JArSc..39.1862D |doi=10.1016/j.jas.2012.01.029 |vauthors=Drake BL |volume=39}}</ref> Durante este período o [[ferro]] começou a substituir o [[bronze]], levando à [[Idade do Ferro]].<ref>{{Citar livro|título=European Prehistory|data=2011|editora=Springer|series=Interdisciplinary Contributions to Archaeology|lugar=New York, NY|páginas=405–460|língua=en|capitulo=The Iron Age|doi=10.1007/978-1-4419-6633-9_11|isbn=978-1-4419-6633-9}}</ref>
Há cerca de {{formatnum:6000}} anos, os primeiros proto-estados desenvolveram-se na [[Mesopotâmia]], no [[Deserto do Saara|Saara]]/[[Nilo]] e no [[Civilização do Vale do Indo|Vale do Indo]]. [[Força militar|Forças militares]] foram formadas para a proteção das sociedades e [[burocracia]]s governamentais foram criadas para facilitar a [[administração]] dos estados. Os [[Estado]]s colaboraram e concorreram entre si em busca de recursos e, em alguns casos, travaram [[guerra]]s. Entre há 2000 e 3000 anos, alguns estados, como a [[Império Aquemênida|Pérsia]], a [[Índia Antiga|Índia]], a [[China Antiga|China]], o [[Império Romano]] e a [[Império Macedônico|Grécia]], desenvolveram-se e expandiram seus domínios através da [[conquista]] de outros [[povo]]s. A [[Grécia antiga]] foi a civilização que construiu as fundações da [[cultura ocidental]], sendo o local de nascimento da [[filosofia]], [[democracia]], os principais avanços [[Ciência|científicos]] e [[Matemática|matemáticos]], os [[Jogos Olímpicos]], [[literatura]] e [[historiografia]] [[Mundo ocidental|ocidentais]], além do [[drama]], incluindo a [[comédia]] e a [[tragédia]].<ref>{{citar livro|título=Greek Ways: How the Greeks Created Western Civilization |último =Thornton |primeiro =Bruce |ano=2002 |publicado=Encounter Books |local=San Francisco, CA, USA |isbn=1-893554-57-0 |página=1-14 |páginas=198 |url=http://books.google.fr/books?id=fa6swJv64xkC&printsec=frontcover&dq=Greek+Ways:+How+the+Greeks+Created+Western+Civilization&hl=en&sa=X&ei=5O1xT__KCImGhQfgztC4AQ&redir_esc=y#v=onepage&q=Greek%20Ways%3A%20How%20the%20Greeks%20Created%20Western%20Civilization&f=false }}</ref>


No [[século V a.C.]], a história começou a ser [[Historiografia|registrada como uma disciplina]], o que proporcionou uma imagem muito mais clara da vida da época.<ref>{{Citar livro|título=History as Wonder: Beginning with Historiography.|editora=Taylor & Francis|ano=2018|localização=United Kingdom|capitulo=Sense and non-sense in Ancient Greek histories|isbn=978-0-429-76315-1}}</ref> Entre os séculos VIII e VI a.C., a [[Europa]] entrou na era da [[Antiguidade Clássica]], um período em que a [[Grécia Antiga|Grécia]] e a [[Roma Antiga|Roma antigas]] floresceram.<ref>{{Citar web|url=https://www.theguardian.com/books/2015/oct/02/mary-beard-why-ancient-rome-matters|titulo=Why ancient Rome matters to the modern world|data=2 de outubro de 2015|acessodata=17 de abril de 2021|website=The Guardian|lingua=en|arquivourl=https://web.archive.org/web/20210414130448/https://www.theguardian.com/books/2015/oct/02/mary-beard-why-ancient-rome-matters|arquivodata=14 de abril de 2021|urlmorta=live}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://news.stanford.edu/news/2015/june/greek-economy-growth-061115.html|titulo=Stanford scholar debunks long-held beliefs about economic growth in ancient Greece|data=11 de junho de 2015|acessodata=17 de abril de 2021|website=Stanford University|lingua=en|arquivourl=https://web.archive.org/web/20210418190351/https://news.stanford.edu/news/2015/june/greek-economy-growth-061115.html|arquivodata=18 de abril de 2021|urlmorta=live}}</ref> Nessa época, outras civilizações também ganharam destaque. A [[civilização maia]] começou a construir [[cidades]] e a criar [[Calendário maia|calendários complexos]] na Mesopotâmia.<ref>{{Citar periódico |título=Monumental architecture at Aguada Fénix and the rise of Maya civilization |data= junho de 2020 |periódico=Nature |número=7813 |paginas=530–533 |bibcode=2020Natur.582..530I |doi=10.1038/s41586-020-2343-4 |pmid=32494009 |numero-autores=6 |vauthors=Inomata T, Triadan D, Vázquez López VA, Fernandez-Diaz JC, Omori T, Méndez Bauer MB, García Hernández M, Beach T, Cagnato C, Aoyama K, Nasu H |volume=582}}</ref><ref>{{Citar periódico |url=https://www.cambridge.org/core/product/identifier/S1045663516000043/type/journal_article |título=The Role of Solar Observations in Developing the Preclassic Maya Calendar |data= março de 2017 |acessodata=30 de julho de 2022 |periódico=Latin American Antiquity |número=1 |paginas=88–104 |lingua=en |doi=10.1017/laq.2016.4 |issn=1045-6635 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20220730032849/https://www.cambridge.org/core/journals/latin-american-antiquity/article/role-of-solar-observations-in-developing-the-preclassic-maya-calendar/CE9899861546A50ACE1819A6796D8694 |arquivodata=30 de julho de 2022 |vauthors=Milbrath S |volume=28}}</ref> Na África, o [[Reino de Axum]] ultrapassou o declínio do [[Reino de Cuxe]] e facilitou o comércio entre o [[subcontinente indiano]] e o [[Mediterrâneo]].<ref>{{Citar periódico |url=https://www.jstor.org/stable/45163415 |título=Investigating the eastern edge of the kingdom of Aksum: architecture and pottery from Wakarida |data=2016 |acessodata=30 de julho de 2022 |periódico=Proceedings of the Seminar for Arabian Studies |paginas=25–40 |issn=0308-8421 |jstor=45163415 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20220428202622/https://www.jstor.org/stable/45163415 |arquivodata=28 de abril de 2022 |vauthors=Benoist A, Charbonnier J, Gajda I |volume=46}}</ref> Na [[Ásia Ocidental]], o sistema de governação centralizada do [[Império Aquemênida]] tornou-se o precursor de muitos impérios posteriores,<ref>{{Citar periódico |título=Administration of the Persian achaemenid world-state empire: implications for modern public administration |data=1 de janeiro de 1998 |periódico=International Journal of Public Administration |número=1 |paginas=25–86 |doi=10.1080/01900699808525297 |issn=0190-0692 |vauthors=Farazmand A |volume=21}}</ref> enquanto o [[Império Gupta]] na Índia e a [[dinastia Han]] na China foram descritos como idades de ouro nas suas respectivas regiões.<ref>{{Citar periódico |url=https://www.jstor.org/stable/599886 |título=Kālidāsa and the Attitudes of the Golden Age |data=1976 |acessodata=30 de julho de 2022 |periódico=Journal of the American Oriental Society |número=1 |paginas=15–26 |doi=10.2307/599886 |issn=0003-0279 |jstor=599886 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20220409092718/https://www.jstor.org/stable/599886 |arquivodata=9 de abril de 2022 |vauthors=Ingalls DH |volume=96}}</ref><ref>{{Citar periódico |url=https://www.cambridge.org/core/product/identifier/S0066622X20000015/type/journal_article |título=Pillars of Heaven: The Symbolic Function of Column and Bracket Sets in the Han Dynasty |data=2020 |acessodata=30 de julho de 2022 |periódico=Architectural History |paginas=1–36 |lingua=en |doi=10.1017/arh.2020.1 |issn=0066-622X |arquivourl=https://web.archive.org/web/20220730032850/https://www.cambridge.org/core/journals/architectural-history/article/abs/pillars-of-heaven-the-symbolic-function-of-column-and-bracket-sets-in-the-han-dynasty/1B1C1C007216E36004F15A1B7D61C87F |arquivodata=30 de julho de 2022 |vauthors=Xie J |volume=63}}</ref>
No final da [[Idade Média]] ocorre o surgimento de [[ideia]]s e [[tecnologia]]s revolucionárias. Na China, uma avançada e [[Cidade|urbanizada]] sociedade promoveu inovações tecnológicas, como a [[impressão]]. Durante a "Era de Ouro do Islamismo" ocorreram grandes avanços científicos nos impérios [[Islã|muçulmanos]]. Na [[Europa]], a redescoberta das aprendizagens e invenções da [[Antiguidade Clássica|Era clássica]], como a [[imprensa]], levou ao [[Renascimento]] no século XIV. Nos 500 anos seguintes, a [[Era dos Descobrimentos|exploração]] e o [[colonialismo]] deixaram as [[Américas]], a [[Ásia]] e a [[África]] sob o domínio europeu, levando à posteriores lutas por independência. A [[Revolução Científica]] no século XVII e a [[Revolução Industrial]] nos séculos XVIII e XIX promoveram importantes inovações no setor dos [[transportes]] ([[transporte ferroviário]] e o [[automóvel]]), no desenvolvimento energético ([[carvão]] e a [[electricidade]]) e avanços nas formas de [[governo]] ([[democracia representativa]] e o [[comunismo]]).<ref name="Rehabilitating the Industrial Revolution">{{citar periódico|doi=10.2307/2598327 |título=Rehabilitating the Industrial Revolution |ano=1992 |autor =Berg, Maxine |periódico=The Economic History Review |volume=45 |autor2 =Hudson, Pat |número=1 |publicado=The Economic History Review, Vol. 45, No. 1 |jstor=2598327 |páginas=24–50 |authorlink2=Pat Hudson}}</ref><ref name="lorenzen">[http://www.julielorenzen.net/berg.html Rehabilitating the Industrial Revolution] {{Wayback|url=http://www.julielorenzen.net/berg.html |date=20061109022755 }} by Julie Lorenzen, Central Michigan University. Acessado em 15 de julho de 2013.</ref>


=== Idade Média ===
Com o advento da [[Era da Informação]], no final do século XX, os humanos modernos passaram a viver em um mundo que se torna cada vez mais [[Globalização|globalizado]] e interligado. Em 2008, cerca de 1,4 bilhões de seres humanos estavam ligados uns aos outros através da [[Internet]],<ref>{{Citar web|url=http://www.internetworldstats.com/stats.htm|título=www.internetworldstats.com/stats.htm<!-- INSERT TITLE -->|acessodata=2008-08-08}}</ref> e 3,3 bilhões pelo [[telefone celular]].<ref>{{Citar web|url=http://investing.reuters.co.uk/news/articleinvesting.aspx?type=media&storyID=nL29172095|título=www.investing.reuters.co.uk/news/articleinvesting.aspx?type=media&storyID=nL29172095<!-- INSERT TITLE -->|acessodata=2008-08-08|arquivourl=https://web.archive.org/web/20081217165448/http://investing.reuters.co.uk/news/articleinvesting.aspx?type=media&storyID=nL29172095|arquivodata=17 de dezembro de 2008|urlmorta=yes}}</ref>
{{Artigo principal|Idade Média}}
[[Ficheiro:Cleric-Knight-Workman.jpg|direita|miniaturadaimagem|[[Manuscrito iluminado|Ilustração manuscrita]] medieval francesa das três [[Classe social|classes]] da sociedade medieval do século XIII ''{{Lang|fr|Li Livres dou Santé}}'']]
Após a [[Queda do Império Romano do Ocidente|queda do Império Romano Ocidental]] em 476, a Europa entrou na [[Idade Média]].<ref>{{Citar periódico |título=Climate and the Decline and Fall of the Western Roman Empire: A Bibliometric View on an Interdisciplinary Approach to Answer a Most Classic Historical Question |data=2018 |periódico=Climate |número=4 |pagina=90 |lingua=en |bibcode=2018Clim....6...90M |doi=10.3390/cli6040090 |vauthors=Marx W, Haunschild R, Bornmann L |volume=6 |doi-access=free}}</ref> Durante este período, o [[cristianismo]] e a [[Igreja Católica]] forneceriam autoridade e educação centralizadas.<ref name="Oxford University Press">{{Citar livro|url={{GBurl|id=W6HPW1TodZwC|p=71}}|título=Science and Religion Around the World|data=2011|editora=Oxford University Press|localização=New York|isbn=978-0-19-532819-6|acessodata=30 de julho de 2022}}</ref> No [[Oriente Médio]], o [[islamismo]] tornou-se a [[religião]] proeminente e expandiu-se para o [[Norte de África]], o que levou a uma [[Idade de ouro islâmica|Idade de Ouro Islâmica]], inspirando conquistas na [[arquitetura]], o renascimento de antigos avanços na [[ciência]] e [[tecnologia]] e na formação de um modo de vida distinto.<ref name="Renima-2016">{{Citar livro|título=The State of Social Progress of Islamic Societies|data=2016|editora=Springer International Publishing|series=International Handbooks of Quality-of-Life|lugar=Cham|páginas=25–52|língua=en|capitulo=The Islamic Golden Age: A Story of the Triumph of the Islamic Civilization|doi=10.1007/978-3-319-24774-8_2|isbn=978-3-319-24774-8}}</ref><ref>{{Citar livro|título=The Harper Atlas of World History|editora=Harper & Row Publishers|ano=1987}}</ref> Os mundos [[Cristandade|cristão]] e [[Mundo islâmico|islâmico]] acabariam por entrar em conflito, com vários Estados cristãos, como [[Reino da Inglaterra|Inglaterra]], [[Reino da França|França]] e [[Sacro Império Romano-Germânico]], declarando uma série de [[Cruzada|guerras santas]] para recuperar o controle da [[Terra Santa]] dos [[Muçulmano|muçulmanos]].<ref>{{Citar livro|título=The Crusades: The War for the Holy Land|editora=Simon and Schuster|ano=2012|capitulo=Introduction: The world of the crusades|isbn=978-1-84983-770-5}}</ref>


Nas Américas, entre os anos 200 e 900, a [[Mesoamérica]] estava em seu [[Cronologia da Mesoamérica|período clássico]],<ref>{{Citar web|url=https://samnoblemuseum.ou.edu/collections-and-research/ethnology/mayan-textiles/mayan-textiles-background/mayan-history/classic/|titulo=Classic and Postclassic Periods - Sam Noble Museum|data=3 de novembro de 2014|acessodata=27 de maio de 2024}}</ref> enquanto mais ao norte, [[Cultura mississipiana|sociedades complexas do Mississippi]] surgiriam a partir de cerca dos anos 800.<ref>{{Citar enciclopédia|url=https://www.georgiaencyclopedia.org/nge/Article.jsp?id=h-707|titulo=Mississippian Period: Overview|data=2002|acessodata=15 de novembro de 2009|enciclopédia=New Georgia Encyclopedia|autor=Adam King|arquivourl=https://web.archive.org/web/20090819042104/http://www.georgiaencyclopedia.org/nge/Article.jsp?id=h-707|arquivodata=19 de agosto de 2009|urlmorta=dead}}</ref> O [[Império Mongol]] conquistaria grande parte da [[Eurásia]] nos séculos XIII e XIV.<ref>{{Citar livro|título=The Mongol Conquests in World History|editora=Reaktion Books|ano=2013|isbn=978-1-86189-971-2}}</ref> Durante este mesmo período, o [[Império do Mali]] em África cresceu até se tornar o maior império do continente, estendendo-se da [[Senegâmbia]] à [[Costa do Marfim]].<ref>{{Citar enciclopédia|url=https://oxfordre.com/africanhistory/view/10.1093/acrefore/9780190277734.001.0001/acrefore-9780190277734-e-266|titulo=The Empire of Mali|data=25 de fevereiro de 2019|acessodata=7 de maio de 2021|enciclopédia=Oxford Research Encyclopedia of African History|publicado=Oxford University Press|lingua=en|doi=10.1093/acrefore/9780190277734.013.266|isbn=978-0-19-027773-4|arquivourl=https://web.archive.org/web/20211020034919/https://oxfordre.com/africanhistory/view/10.1093/acrefore/9780190277734.001.0001/acrefore-9780190277734-e-266|arquivodata=20 de outubro de 2021|urlmorta=live}}</ref> A Oceania veria a ascensão do [[Império Tu'i Tonga]], que se expandiu por muitas ilhas do Pacífico Sul.<ref>{{Citar periódico |url=https://www.researchgate.net/publication/46734826 |título=The Tongan Maritime Expansion: A Case in the Evolutionary Ecology of Social Complexity |periódico=Asian Perspectives |número=2 |paginas=135–164 |vauthors=Canela SA, Graves MW |volume=37}}</ref> No final do século XV, os [[Civilização asteca|astecas]] e os [[incas]] tornaram-se a potência dominante na Mesoamérica e nos [[Civilizações andinas|Andes]], respectivamente.<ref>{{Citar livro|título=Religion and Empire: The Dynamics of Aztec and Inca Expansionism|editora=Cambridge University Press|ano=1984|isbn=0-521-31896-3}}</ref>
Embora a interligação entre os seres humanos tenha estimulado o crescimento das [[ciência]]s, das [[arte]]s e da [[tecnologia]], ocorreram também confrontos [[cultura]]is, o desenvolvimento e a utilização de [[armas de destruição em massa]]. A civilização humana tem levado à [[destruição ambiental]] e à [[poluição]], contribuindo significativamente para um evento, ainda em curso, de [[extinção em massa]] de outras formas de vida chamado de [[Extinção em massa do Holoceno|extinção do Holoceno]],<ref>{{citar periódico|autor =Pimm S, Raven P, Peterson A, Sekercioglu CH, Ehrlich PR |título=Human impacts on the rates of recent, present, and future bird extinctions |doi= 10.1073/pnas.0604181103 |periódico=Proc. Natl. Acad. Sci. U.S.A. |volume=103 |número=29 |páginas=10941–6 |ano=2006 |pmid=16829570 |pmc=1544153}}<br />*{{citar periódico|autor =Barnosky AD, Koch PL, Feranec RS, Wing SL, Shabel AB |título=Assessing the causes of late Pleistocene extinctions on the continents |periódico=Science |volume=306 |número=5693 |páginas=70–5 |ano=2004 |pmid=15459379 |doi=10.1126/science.1101476 }}</ref> processo que pode ser acelerado pelo [[aquecimento global]] no futuro.<ref>{{citar periódico |autor=Lewis OT |título=Climate change, species-area curves and the extinction crisis |url=http://www.journals.royalsoc.ac.uk/content/711761513317h856/fulltext.pdf |formato=PDF |periódico=Philos. Trans. R. Soc. Lond., B, Biol. Sci. |volume=361 |número=1465 |páginas=163–71 |ano=2006 |pmid=16553315 |doi=10.1098/rstb.2005.1712 |pmc=1831839|li=janeiro de 2019}}</ref>

=== Idade Moderna ===
{{Artigo principal|Idade Moderna}}
O [[Idade Moderna|início do período moderno]] na Europa e no [[Oriente Próximo]] ({{Circa|1450}}) começou com a [[Queda de Constantinopla|derrota final do Império Bizantino]] e a [[Império Otomano|ascensão do Império Otomano]].<ref>{{Citar livro|título=Handbook of European History 1400–1600: Late Middle Ages, Renaissance and Reformation|ultimo=Kafadar|primeiro=Cemal|data=1 de janeiro de 1994|editora=Brill|páginas=589–635|capitulo=Ottomans and Europe|doi=10.1163/9789004391659_019|isbn=978-90-04-39165-9|acessodata=17 de abril de 2021|arquivourl=https://web.archive.org/web/20220502073325/https://brill.com/view/book/edcoll/9789004391659/BP000019.xml|url=https://brill.com/view/book/edcoll/9789004391659/BP000019.xml|arquivodata=2 de maio de 2022}}</ref> Enquanto isso, o [[Japão]] entrou no [[período Edo]],<ref>{{Citar enciclopédia|url=https://oxfordre.com/asianhistory/view/10.1093/acrefore/9780190277727.001.0001/acrefore-9780190277727-e-72|titulo=The Culture of Travel in Edo-Period Japan|data=19 de novembro de 2020|acessodata=7 de maio de 2021|enciclopédia=Oxford Research Encyclopedia of Asian History|publicado=Oxford University Press|lingua=en|doi=10.1093/acrefore/9780190277727.013.72|isbn=978-0-19-027772-7|arquivourl=https://web.archive.org/web/20210812150712/https://oxfordre.com/asianhistory/view/10.1093/acrefore/9780190277727.001.0001/acrefore-9780190277727-e-72|arquivodata=12 de agosto de 2021|urlmorta=live}}</ref> a [[dinastia Qing]] surgiu na China<ref>{{Citar periódico |url=https://www.proquest.com/openview/a516602ac28aba8955507e46ab41483e/1?pq-origsite=gscholar&cbl=25135 |título=CHINA'S LAST EMPIRE: The Great Qing |data=2010 |acessodata=30 de julho de 2022 |periódico=Pacific Affairs |arquivourl=https://web.archive.org/web/20220306014457/https://www.proquest.com/openview/a516602ac28aba8955507e46ab41483e/1?pq-origsite=gscholar&cbl=25135 |arquivodata=6 de março de 2022 |vauthors=Mosca MW |volume=83}}</ref> e o [[Império Mogol]] governou grande parte da Índia.<ref>{{Citar periódico |url=https://journal.tarbiyahiainib.ac.id/index.php/attalim/article/view/228 |título=Islamic Education at Mughal Kingdom in India (1526–1857) |data=19 de julho de 2016 |acessodata=30 de julho de 2022 |periódico=Al-Ta Lim Journal |número=2 |paginas=128–138 |doi=10.15548/jt.v23i2.228 |issn=2355-7893 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20220407082504/http://journal.tarbiyahiainib.ac.id/index.php/attalim/article/view/228 |arquivodata=7 de abril de 2022 |vauthors=Suyanta S, Ikhlas S |volume=23 |doi-access=free}}</ref> A Europa passou pelo [[Renascimento]], a partir do século XV,<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/893909816|título=The European Renaissance, 1400–1600|data=2002|editora=Routledge|isbn=978-1-317-88646-4|oclc=893909816|acessodata=30 de julho de 2022|arquivourl=https://web.archive.org/web/20220730032848/https://www.worldcat.org/title/european-renaissance-1400-1600/oclc/893909816|arquivodata=30 de julho de 2022}}</ref> e a [[Era dos Descobrimentos]] começou com a exploração e [[Colonialismo|colonização]] de novas regiões do mundo.<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/859536800|título=The Age of Discovery, 1400–1600|data=2002|editora=Routledge|páginas=xi|isbn=978-1-136-47968-7|oclc=859536800|acessodata=30 de julho de 2022|arquivourl=https://web.archive.org/web/20220730032848/https://www.worldcat.org/title/age-of-discovery-1400-1600/oclc/859536800|arquivodata=30 de julho de 2022|edição=Second}}</ref> Isto incluiu a [[Colonização europeia da América|colonização das Américas]]<ref>{{Citar periódico |título=Human colonization of the Americas: timing, technology and process |data= janeiro de 2001 |periódico=Quaternary Science Reviews |número=1–3 |paginas=277–299 |lingua=en |bibcode=2001QSRv...20..277J |doi=10.1016/S0277-3791(00)00116-5 |vauthors=Dixon EJ |volume=20}}</ref> e o [[intercâmbio colombiano]].<ref>{{Citar web|ultimo=Keehnen|primeiro=Floris W. M.|ultimo2=Mol|primeiro2=Angus A. A.|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8452148/|titulo=The roots of the Columbian Exchange: an entanglement and network approach to early Caribbean encounter transactions|acessodata=27 de maio de 2024}}</ref> Esta expansão levou ao [[comércio de escravos no Atlântico]]<ref>{{Citar periódico |url=https://www.jstor.org/stable/182914 |título=The Impact of the Atlantic Slave Trade on Africa: A Review of the Literature |data=1989 |acessodata=30 de julho de 2022 |periódico=The Journal of African History |número=3 |paginas=365–394 |doi=10.1017/S0021853700024439 |issn=0021-8537 |jstor=182914 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20220306011109/https://www.jstor.org/stable/182914 |arquivodata=6 de março de 2022 |vauthors=Lovejoy PE |volume=30}}</ref> e ao [[Genocídio indígena|genocídio dos povos nativos americanos]].<ref>{{Citar livro|título=The Historiography of Genocide|data=2008|editora=Palgrave Macmillan UK|lugar=London|páginas=273–295|língua=en|capitulo=Genocide in the Americas|doi=10.1057/9780230297784_11|isbn=978-0-230-29778-4}}</ref> Este período também marcou a [[Revolução Científica]], com grandes avanços na [[matemática]], [[mecânica]], [[astronomia]] e [[fisiologia]].<ref>{{Citar periódico |título=Can a revolution hide another one? Charles Darwin and the Scientific Revolution |data=setembro de 2014 |periódico=Endeavour |número=3–4 |paginas=157–158 |doi=10.1016/j.endeavour.2014.10.001 |pmid=25457642 |vauthors=Delisle RG |volume=38}}</ref>

=== Idade Contemporânea ===
{{Artigo principal|Idade Contemporânea}}
[[Ficheiro:Maquina_vapor_Watt_ETSIIM.jpg|miniaturadaimagem|esquerda|A [[máquina a vapor]] de [[James Watt]]. A [[Revolução Industrial]] foi um processo de mudança econômica e social que possibilitou um aumento populacional e do [[padrão de vida]] inédito na [[história humana]].]]

O [[Idade Contemporânea|final do período moderno]] (1800 até o presente) viu a [[Revolução Industrial|Revolução]] [[Segunda Revolução Industrial|Tecnológica]] e [[Revolução Industrial|Industrial]] trazer descobertas, grandes inovações nos transportes e no desenvolvimento de energia.<ref>{{Citar web|url=https://www.greatachievements.org/|titulo=Greatest Engineering Achievements of the 20th Century|acessodata=7 de abril de 2015|website=National Academy of Engineering|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150406160644/https://greatachievements.org/|arquivodata=6 de abril de 2015|urlmorta=live}}</ref> Influenciadas pelos ideais [[Iluminismo|iluministas]], as Américas e a Europa viveram um período de revoluções políticas conhecido como [[Era da Revolução|Era das Revoluções]].<ref>{{Citar web|url=https://www.nps.gov/articles/000/sister-revolutions-american-revolutions-on-two-continents-teaching-with-historic-places.htm|titulo=Sister Revolutions: American Revolutions on Two Continents (Teaching with Historic Places) (U.S. National Park Service)|acessodata=27 de maio de 2024|website=www.nps.gov|lingua=en}}</ref> As [[Guerras Napoleônicas]] assolaram a Europa no início de 1800,<ref>{{Citar periódico |url=https://www.cambridge.org/core/product/identifier/S1740022806000076/type/journal_article |título=The worldwide economic impact of the French Revolutionary and Napoleonic Wars, 1793–1815 |data= março de 2006 |acessodata=30 de julho de 2022 |periódico=Journal of Global History |número=1 |paginas=123–149 |lingua=en |doi=10.1017/S1740022806000076 |issn=1740-0228 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20220730032852/https://www.cambridge.org/core/journals/journal-of-global-history/article/abs/worldwide-economic-impact-of-the-french-revolutionary-and-napoleonic-wars-17931815/B5D21C47E53307E78358803D4695FCE8 |arquivodata=30 de julho de 2022 |vauthors=O'Rourke KH |volume=1}}</ref> a Espanha perdeu a maior parte de suas colônias no [[Novo Mundo]],<ref>{{Citar periódico |url=https://www.jstor.org/stable/2506251 |título=Spain and Its Colonies, 1808–1820 |data=novembro de 1931 |acessodata=30 de julho de 2022 |periódico=The Hispanic American Historical Review |número=4 |paginas=439–463 |doi=10.2307/2506251 |jstor=2506251 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20220306014948/https://www.jstor.org/stable/2506251 |arquivodata=6 de março de 2022 |vauthors=Zimmerman AF |volume=11}}</ref> enquanto os europeus continuavam a sua [[Partilha de África|expansão na África]]{{Spaced ndash}}onde o controle europeu passou de 10% para quase 90% em menos de 50 anos<ref>{{Citar web|url=https://www.bbc.co.uk/history/british/abolition/scramble_for_africa_article_01.shtml|titulo=British History in depth: Slavery and the 'Scramble for Africa'|data=2011|acessodata=5 de maio de 2021|website=[[BBC]]|lingua=en-GB|arquivourl=https://web.archive.org/web/20220324121231/https://www.bbc.co.uk/history/british/abolition/scramble_for_africa_article_01.shtml|arquivodata=24 de março de 2022|urlmorta=live}}</ref>{{Spaced ndash}}e [[Oceania]].<ref>{{Citar periódico |url=https://dx.doi.org/10.1353/jmh.2004.0138 |título=The Australian Frontier Wars, 1788–1838 (review) |data=2004 |periódico=The Journal of Military History |número=3 |paginas=957–959 |doi=10.1353/jmh.2004.0138 |issn=1543-7795 |vauthors=Raudzens G |volume=68}}</ref> No século XIX, o [[Império Britânico]] expandiu-se para se tornar o [[Lista dos maiores impérios|maior império que já existiu no mundo]].<ref>{{Citar periódico |url=https://www.degruyter.com/document/doi/10.2202/1565-3404.1239/html |título=International Financial Centers: The British-Empire, City-States and Commercially Oriented Politics |data=14 de janeiro de 2010 |acessodata=30 de julho de 2022 |periódico=Theoretical Inquiries in Law |número=1 |doi=10.2202/1565-3404.1239 |issn=1565-3404 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20210826211616/https://www.degruyter.com/document/doi/10.2202/1565-3404.1239/html |arquivodata=26 de agosto de 2021 |vauthors=Palan R |volume=11}}</ref>

Um tênue [[equilíbrio de poder]] entre as nações europeias entrou em colapso em 1914 com a eclosão da [[Primeira Guerra Mundial]], um dos conflitos mais mortíferos da história.<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/794136314|título=The sleepwalkers : how Europe went to war in 1914|data=2012|editora=Allen Lane|localização=London|capitulo=Polarization of Europe, 1887–1907|isbn=978-0-7139-9942-6|oclc=794136314|acessodata=30 de julho de 2022|arquivourl=https://web.archive.org/web/20220730032849/https://www.worldcat.org/title/sleepwalkers-how-europe-went-to-war-in-1914/oclc/794136314|arquivodata=30 de julho de 2022}}</ref> Na década de 1930, [[Grande Depressão|uma crise econômica mundial]] levou à ascensão de regimes [[Autoritarismo|autoritários]] e a uma [[Segunda Guerra Mundial]] que envolveu [[Participantes da Segunda Guerra Mundial|quase todos os países do mundo]]. A destruição da guerra levou ao colapso da maioria dos impérios globais, levando à [[descolonização]] generalizada.<ref>{{Citar livro|url=https://archive.org/details/democracyitscrit00dahl_0|título=Democracy and Its Critics|ultimo=Robert Dahl|editora=Yale UP|ano=1989|páginas=[https://archive.org/details/democracyitscrit00dahl_0/page/239 239–240]|isbn=0-300-15355-4}}</ref>

Após a conclusão da Segunda Guerra Mundial em 1945, os [[Estados Unidos]]<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/299054528|título=From colony to superpower : U.S. foreign relations since 1776|data=2008|editora=Oxford University Press|localização=New York|isbn=978-0-19-972343-0|oclc=299054528|acessodata=30 de julho de 2022|arquivourl=https://web.archive.org/web/20220730032849/https://www.worldcat.org/title/from-colony-to-superpower-us-foreign-relations-since-1776/oclc/299054528|arquivodata=30 de julho de 2022}}</ref> e a [[União Soviética]] emergiram como as restantes [[Superpotência|superpotências globais]]. Isto levou a uma [[Guerra Fria]] que viu uma luta pela influência global, incluindo uma [[Corrida nuclear|corrida armamentista nuclear]] e uma [[corrida espacial]], terminando no [[colapso da União Soviética]].<ref>{{Citar periódico |url=https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/00963402.1985.11455962 |título=Sputnik, the space race, and the Cold War |data= maio de 1985 |periódico=Bulletin of the Atomic Scientists |número=5 |paginas=20–25 |lingua=en |bibcode=1985BuAtS..41e..20M |doi=10.1080/00963402.1985.11455962 |issn=0096-3402 |vauthors=McDougall WA |volume=41}}</ref><ref>{{Citar periódico |url=https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/0022343393030002004 |título=The Nuclear Arms Race: Prisoner's Dilemma or Perceptual Dilemma? |data=maio de 1993 |acessodata=30 de julho de 2022 |periódico=Journal of Peace Research |número=2 |paginas=163–179 |lingua=en |doi=10.1177/0022343393030002004 |issn=0022-3433 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20220221155825/https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/0022343393030002004 |arquivodata=21 de fevereiro de 2022 |vauthors=Plous S |volume=30}}</ref> A atual [[Era da informação|Era da Informação]], estimulada pelo desenvolvimento da [[Internet]] e dos sistemas [[Inteligência artificial|de Inteligência Artificial]], vê o mundo tornar-se cada vez mais [[Globalização|globalizado]] e interligado.<ref>{{Citar periódico |título=Globalization{{snd}}In the Name of Which Freedom? |data=abril de 2017 |periódico=Humanistic Management Journal |número=2 |paginas=237–252 |lingua=en |doi=10.1007/s41463-017-0019-5 |issn=2366-603X |vauthors=Sachs JD |volume=1 |doi-access=free}}</ref>


== ''Habitat'' e população ==
== ''Habitat'' e população ==
{{Artigo principal|Demografia|População mundial}}
{{Artigo principal|Demografia|População mundial}}
[[Ficheiro:Population_Density,_2020_Global_(27693682214).jpg|thumb|upright=1.5|Mapa da [[densidade populacional]] humana na [[Terra]] em 2020]]
[[Ficheiro:Earth's City Lights by DMSP, 1994-1995 (large).jpg|thumb|upright=1.9|direita|Conjunto de imagens mostrando a [[Terra]] vista do [[Espaço sideral|espaço]] à noite e que mostra a extensão da ocupação humana no planeta. As luzes brilhantes são as [[Lista de regiões metropolitanas por população|áreas urbanas mais densamente habitadas]] e outros impactos humanos na superfície do planeta.]]
[[Ficheiro:City_Lights_2012_-_Flat_map_crop.jpg|thumb|upright=1.5|Conjunto de imagens mostrando a [[Terra]] vista do [[Espaço sideral|espaço]] à noite e que mostra a extensão da ocupação humana no planeta. As luzes brilhantes são as [[Lista das cidades mais populosas do mundo|áreas urbanas mais densamente habitadas]] e outros impactos humanos na superfície do planeta.]]
A [[tecnologia]] permitiu ao ser humano colonizar todos os [[continente]]s e adaptar-se a praticamente todos os [[clima]]s. Nas últimas [[década]]s, os seres humanos têm explorado a [[Antártida]], as profundezas dos [[oceano]]s e até mesmo o [[espaço sideral]], embora a longo prazo a colonização desses ambientes ainda seja inviável. Com uma população de mais de sete bilhões de indivíduos, os seres humanos estão entre os mais numerosos grandes mamíferos do planeta. A maioria dos seres humanos (60,3%) vive na [[Ásia]]. O restante vive na [[África]] (15,2%), nas [[Américas]] (13,6%), na [[Europa]] (10,5%) e na [[Oceania]] (0,5%).<ref name="un2004">{{citar web|url=https://www.un.org/esa/population/publications/sixbillion/sixbilpart1.pdf |título=UN report – 2004 data |acessodata=1 de agosto de 2010 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160205063346/http://www.un.org/esa/population/publications/sixbillion/sixbilpart1.pdf |arquivodata=5 de fevereiro de 2016 }}</ref>

A [[tecnologia]] permitiu ao ser humano colonizar todos os [[continente]]s e adaptar-se a praticamente todos os [[clima]]s. Nas últimas [[década]]s, os seres humanos têm explorado a [[Antártida]], as profundezas dos [[oceano]]s e até mesmo o [[espaço sideral]], embora a longo prazo a colonização desses ambientes ainda seja inviável. Com uma população de mais de sete bilhões de indivíduos, os seres humanos estão entre os mais numerosos grandes mamíferos do planeta. A maioria dos seres humanos (60,3%) vive na [[Ásia]]. O restante vive na [[África]] (15,2%), nas [[América|Américas]] (13,6%), na [[Europa]] (10,5%) e na [[Oceania]] (0,5%).<ref name="un2004">{{citar web|url=https://www.un.org/esa/population/publications/sixbillion/sixbilpart1.pdf |título=UN report – 2004 data |acessodata=1 de agosto de 2010 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160205063346/http://www.un.org/esa/population/publications/sixbillion/sixbilpart1.pdf |arquivodata=5 de fevereiro de 2016 }}</ref>


A habitação humana em sistemas ecológicos fechados e em ambientes hostis, como a Antártida e o espaço exterior, é cara, normalmente limitada no que diz respeito ao tempo e restrita a avanços e expedições científicas, militares e industriais. A vida no espaço tem sido muito esporádica, com não mais do que treze pessoas vivendo no espaço por vez. Entre 1969 e 1972, duas pessoas de cada vez estiveram na [[Lua]]. Desde a [[Corrida espacial#Conquista da Lua|conquista da Lua]], nenhum outro corpo celeste foi visitado por seres humanos, embora tenha havido uma contínua presença humana no espaço desde o lançamento da primeira tripulação a habitar a [[Estação Espacial Internacional]], em 31 de outubro de 2000.<ref name="ISS facts & figures">{{citar web
A habitação humana em sistemas ecológicos fechados e em ambientes hostis, como a [[Antártida]] e o espaço exterior, é cara, normalmente limitada no que diz respeito ao tempo e restrita a avanços e expedições científicas, militares e industriais. A vida no espaço tem sido muito esporádica, com não mais do que treze pessoas vivendo no espaço por vez. Entre 1969 e 1972, duas pessoas de cada vez estiveram na [[Lua]]. Desde a [[Corrida espacial#Conquista da Lua|conquista da Lua]], nenhum outro corpo celeste foi visitado por seres humanos, embora tenha havido uma contínua presença humana no espaço desde o lançamento da primeira tripulação a habitar a [[Estação Espacial Internacional]], em 31 de outubro de 2000.<ref name="ISS facts & figures">{{citar web
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[[Ficheiro:US-hoosier-family.jpg|thumb|esquerda|Os seres humanos muitas vezes vivem em [[família]] criando complexas [[Estrutura social|estruturas sociais]] e abrigos artificiais.]]


Desde 1800, a [[População mundial|população humana]] aumentou de um bilhão a mais de sete [[bilhões]] de indivíduos.<ref>Whitehouse, David. [http://news.bbc.co.uk/1/hi/sci/tech/411162.stm "World's population reaches six billion"]. BBC News, August 05, 1999. Retrieved on February 05, 2008.</ref><ref>{{Citar web|titulo = UN News - As world passes 7 billion milestone, UN urges action to meet key challenges|url = http://www.un.org/apps/news/story.asp?NewsID=40257|website = UN News Service Section|data = 2011-10-31|acessodata = 2016-02-18}}</ref> Em 2004, cerca de 2,5 bilhões do total de 6,3 bilhões de pessoas (39,7%) residiam em [[Cidade|áreas urbanas]], e estima-se que esse percentual continue a aumentar durante o século XXI. Em fevereiro de 2008, a [[Organização das Nações Unidas]] estimou que metade da população mundial viveria em zonas urbanas até ao final daquele ano.<ref>{{Citar web |url=http://news.bbc.co.uk/1/hi/sci/tech/4561183.stm |título=Half of humanity set to go urban, BBC News |língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=}}</ref> Existem muitos problemas para os seres humanos que vivem em [[cidade]]s como a [[poluição]] e a [[criminalidade]], especialmente nos centros e [[favela]]s de cada cidade. Entre os benefícios da vida urbana incluem o aumento da [[alfabetização]], acesso à global ao [[conhecimento humano]] e diminuição da suscetibilidade para o desenvolvimento da [[Fome (crise humanitária)|fome]].<ref>{{Citar web|url=http://www.ojp.usdoj.gov/bjs/abstract/usrv98.htm|título=Urban, Suburban, and Rural Victimization, 1993–98 U.S. Department of Justice, Bureau of Justice Statistics,. Accessed 29 Oct 2006|língua=|autor=|obra=|data=|acessodata=|arquivourl=https://web.archive.org/web/20090825142912/http://www.ojp.usdoj.gov/bjs/abstract/usrv98.htm|arquivodata=25 de agosto de 2009|urlmorta=yes}}</ref>
Desde 1800, a [[População mundial|população humana]] aumentou de um bilhão a mais de sete [[Escalas curta e longa|bilhões]] de indivíduos.<ref>Whitehouse, David. [http://news.bbc.co.uk/1/hi/sci/tech/411162.stm "World's population reaches six billion"]. BBC News, August 05, 1999. Retrieved on February 05, 2008.</ref><ref>{{Citar web|titulo = UN News - As world passes 7 billion milestone, UN urges action to meet key challenges|url = http://www.un.org/apps/news/story.asp?NewsID=40257|website = UN News Service Section|data = 2011-10-31|acessodata = 2016-02-18}}</ref> Em 2004, cerca de 2,5 bilhões do total de 6,3 bilhões de pessoas (39,7%) residiam em [[Cidade|áreas urbanas]], e estima-se que esse percentual continue a aumentar durante o século XXI. Em fevereiro de 2008, as [[Organização das Nações Unidas|Nações Unidas]] estimou que metade da população mundial viveria em zonas urbanas até ao final daquele ano.<ref>{{Citar web |url=http://news.bbc.co.uk/1/hi/sci/tech/4561183.stm |título=Half of humanity set to go urban, BBC News |língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=}}</ref> Existem muitos problemas para os seres humanos que vivem em [[cidade]]s como a [[poluição]] e a [[Crime|criminalidade]], especialmente nos [[Centro urbano|centros]] e [[favela]]s de cada cidade. Entre os benefícios da vida urbana incluem o aumento da [[alfabetização]], acesso à global ao [[Conhecimento|conhecimento humano]] e diminuição da suscetibilidade para o desenvolvimento da [[Carestia|fome]].<ref>{{Citar web|url=http://www.ojp.usdoj.gov/bjs/abstract/usrv98.htm|título=Urban, Suburban, and Rural Victimization, 1993–98 U.S. Department of Justice, Bureau of Justice Statistics,. Accessed 29 Oct 2006|língua=|autor=|obra=|data=|acessodata=|arquivourl=https://web.archive.org/web/20090825142912/http://www.ojp.usdoj.gov/bjs/abstract/usrv98.htm|arquivodata=25 de agosto de 2009|urlmorta=yes}}</ref>


Os seres humanos tiveram um efeito dramático sobre o ambiente. A atividade humana tem contribuído para a extinção de inúmeras espécies de seres vivos. Como atualmente os seres humanos raramente são predados, eles têm sido descritos como [[superpredador]]es.<ref>''[[Scientific American]]'' (1998). [http://www.csulb.edu/~kmacd/346IQ.html Evolution and General Intelligence: Three hypotheses on the evolution of general intelligence] {{Wayback|url=http://www.csulb.edu/~kmacd/346IQ.html |date=20060913155148 }}.</ref> Atualmente, através da [[urbanização]] e da [[poluição]], os humanos são os principais responsáveis pelas alterações climáticas globais.<ref>{{Citar web|url=http://www.grida.no/climate/ipcc_tar/wg1/007.htm|título=www.grida.no/climate/ipcc_tar/wg1/007.htm<!-- INSERT TITLE -->|acessodata=2007-05-30}}</ref> A espécie humana é tida como a principal causadora da [[extinção em massa do Holoceno]], uma [[extinção em massa]], que, se continuar ao ritmo atual, poderá acabar com metade de todas as espécies ao longo do próximo século.<ref>[[American Association for the Advancement of Science]]. [http://atlas.aaas.org/index.php?sub=foreword Foreword] {{Wayback|url=http://atlas.aaas.org/index.php?sub=foreword |date=20080304110611 }}. ''AAAS Atlas of Population & Environment''.</ref><ref>[[Edward Osborne Wilson|Wilson, E.O.]] (2002). ''in The Future of Life''.</ref>
Os seres humanos tiveram um efeito dramático sobre o ambiente. A atividade humana tem contribuído para a extinção de inúmeras espécies de seres vivos. Como atualmente os seres humanos raramente são predados, eles têm sido descritos como [[superpredador]]es.<ref>''[[Scientific American]]'' (1998). [http://www.csulb.edu/~kmacd/346IQ.html Evolution and General Intelligence: Three hypotheses on the evolution of general intelligence] {{Wayback|url=http://www.csulb.edu/~kmacd/346IQ.html |date=20060913155148 }}.</ref> Atualmente, através da [[urbanização]] e da [[poluição]], os humanos são os principais responsáveis pelas alterações climáticas globais.<ref>{{Citar web|url=http://www.grida.no/climate/ipcc_tar/wg1/007.htm|título=www.grida.no/climate/ipcc_tar/wg1/007.htm<!-- INSERT TITLE -->|acessodata=2007-05-30}}</ref> A espécie humana é tida como a principal causadora da [[extinção em massa do Holoceno]], uma [[extinção em massa]], que, se continuar ao ritmo atual, poderá acabar com metade de todas as espécies ao longo do próximo século.<ref>[[American Association for the Advancement of Science]]. [http://atlas.aaas.org/index.php?sub=foreword Foreword] {{Wayback|url=http://atlas.aaas.org/index.php?sub=foreword |date=20080304110611 }}. ''AAAS Atlas of Population & Environment''.</ref><ref>[[Edward Osborne Wilson|Wilson, E.O.]] (2002). ''in The Future of Life''.</ref>
{{panorama|Tokyo_from_the_top_of_the_SkyTree_(cropped).JPG|1000px|<center>[[Tóquio]], no [[Japão]], a [[Lista de regiões metropolitanas por população|maior área metropolitana]] do mundo. Em 2014, mais da metade da [[população mundial]] vivia em [[Lista de regiões metropolitanas por população|aglomerados urbanos]], nível que vai chegar a 70% até 2050, segundo as [[Nações Unidas]].<ref>{{citar web |url=http://www.onu.org.br/onu-mais-de-70-da-populacao-mundial-vivera-em-cidades-ate-2050/ |título=ONU: mais de 70% da população mundial viverá em cidades até 2050 |editor=[[Organização das Nações Unidas]] |data=15 de abril de 2013 |acessodata=3 de abril de 2014}}</ref></center>}}
{{panorama|Tokyo_from_the_top_of_the_SkyTree_(cropped).JPG|900px|<center>[[Tóquio]], no [[Japão]], a [[Lista de regiões metropolitanas por população|maior área metropolitana]] do mundo. Em 2014, mais da metade da [[população mundial]] vivia em [[Lista das cidades mais populosas do mundo|aglomerados urbanos]], nível que vai chegar a 70% até 2050, segundo as [[Organização das Nações Unidas|Nações Unidas]].<ref>{{citar web |url=http://www.onu.org.br/onu-mais-de-70-da-populacao-mundial-vivera-em-cidades-ate-2050/ |título=ONU: mais de 70% da população mundial viverá em cidades até 2050 |editor=[[Organização das Nações Unidas]] |data=15 de abril de 2013 |acessodata=3 de abril de 2014}}</ref></center>}}


== Biologia ==
== Biologia ==
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{{Artigo principal|Corpo humano|Anatomia humana|Fisiologia humana}}
{{Artigo principal|Corpo humano|Anatomia humana|Fisiologia humana}}


{| class="wikitable" style="float:left; text-align:right; font-size:85%; margin:1em;"
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|colspan=3| <div class="center">'''Constituintes do corpo humano'''<br /> <font size="1">Em uma pessoa que pesa 60 kg</div>
|colspan=3| <div class="center">'''Constituintes do corpo humano'''<br /> <font size="1">Em uma pessoa que pesa 60&nbsp;kg</div>
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! Constituinte !! Massa<ref name=Burton/> !! Porcentagem de átomos<ref name=Burton>{{Citar web |url=http://books.google.com/books?id=zvbV4M0-YdEC&printsec=frontcover&source=gbs_navlinks_s |título=Page 3 in Chemical storylines. Author: George Burton. Edition 2, illustrated. Publisher: Heinemann, 2000. ISBN 0-435-63119-5, 9780435631192. Length: 312 pages |língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=}}</ref>
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| [[Oxigênio]] || 38,8 kg || 25,5%
| [[Oxigénio|Oxigênio]]|| 38,8&nbsp;kg || 25,5%
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| [[Carbono]] || 10,9&nbsp;kg || 9,5%
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| [[Hidrogênio]]|| 6,0 kg || 63,0%
| [[Hidrogénio|Hidrogênio]]|| 6,0&nbsp;kg || 63,0%
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| [[Azoto|Nitrogênio]]|| 1,9&nbsp;kg || 1,4%
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| Outros || 2,4 kg || 0,6%
| Outros || 2,4&nbsp;kg || 0,6%
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[[Ficheiro:Anatomia_humana.svg|thumb|upright=1.45|Características anatômicas básicas de seres humanos do sexo feminino e masculino]]
Os tipos de [[corpo humano]] variam substancialmente. Embora o tamanho do corpo seja largamente determinado pelos [[gene]]s, é também significativamente influenciado por fatores ambientais, como [[dieta]] e [[exercício físico|exercício]]. A [[Estatura|altura]] média de um ser humano adulto é de cerca de 1,5 a 1,8 [[metro]] de [[altura (medida)|altura]], embora varie consideravelmente de lugar para lugar.<ref>{{citar periódico|autor = de Beer H |título= Observations on the history of Dutch physical stature from the late-Middle Ages to the present |periódico= Econ Hum Biol | volume = 2 |número= 1 |páginas= 45–55 |ano= 2004 | doi = 10.1016/j.ehb.2003.11.001}}</ref> A massa média de um homem adulto varia entre 76–83 kg e 54–64 kg para mulheres adultas.<ref>{{Citar web |url=http://www.articleworld.org/index.php/Human_weight |título=Human weight - ArticleWorld |língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=}}</ref>

Os tipos de [[corpo humano]] variam substancialmente. Embora o tamanho do corpo seja largamente determinado pelos [[gene]]s, é também significativamente influenciado por fatores ambientais, como [[dieta]] e [[exercício físico|exercício]]. A [[Estatura|altura]] média de um ser humano adulto é de cerca de 1,5 a 1,8 [[metro]] de [[altura (medida)|altura]], embora varie consideravelmente de lugar para lugar.<ref>{{citar periódico|autor = de Beer H |título= Observations on the history of Dutch physical stature from the late-Middle Ages to the present |periódico= Econ Hum Biol | volume = 2 |número= 1 |páginas= 45–55 |ano= 2004 | doi = 10.1016/j.ehb.2003.11.001}}</ref> A massa média de um homem adulto varia entre 76–83&nbsp;kg e 54–64&nbsp;kg para mulheres adultas.<ref>{{Citar web |url=http://www.articleworld.org/index.php/Human_weight |título=Human weight - ArticleWorld |língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=}}</ref>


Embora os seres humanos aparentem ter menos [[pelo]]s em comparação com outros primatas, com o crescimento notável de pelos ocorrendo principalmente no topo da [[cabeça]], [[axila]]s e região pubiana, o homem médio tem mais [[Folículo piloso|folículos pilosos]] em seu corpo do que um [[chimpanzé]] médio. A principal diferença é que os pelos humanos são mais curtos, mais finos e com menos pigmentação do que os pelos do chimpanzé médio, tornando-os mais difícil de serem vistos.<ref>''Why Humans and Their Fur Parted Way'' by Nicholas Wade, ''New York Times'', August 19, 2003.</ref> Os seres humanos também estão entre os melhores corredores de longa distância no reino animal, mas são mais lentos em distâncias curtas.<ref>Parker-Pope, Tara (October 27, 2009). "The Human Body Is Built for Distance". The New York Times</ref><ref>O'Neil, Dennis. "Humans". Primates. Palomar College. Retrieved 6 January 2013</ref>
Embora os seres humanos aparentem ter menos [[pelo]]s em comparação com outros primatas, com o crescimento notável de pelos ocorrendo principalmente no topo da [[cabeça]], [[axila]]s e região pubiana, o homem médio tem mais [[Folículo piloso|folículos pilosos]] em seu corpo do que um [[chimpanzé]] médio. A principal diferença é que os pelos humanos são mais curtos, mais finos e com menos pigmentação do que os pelos do chimpanzé médio, tornando-os mais difícil de serem vistos.<ref>''Why Humans and Their Fur Parted Way'' by Nicholas Wade, ''New York Times'', August 19, 2003.</ref> Os seres humanos também estão entre os melhores corredores de longa distância no reino animal, mas são mais lentos em distâncias curtas.<ref>Parker-Pope, Tara (October 27, 2009). "The Human Body Is Built for Distance". The New York Times</ref><ref>O'Neil, Dennis. "Humans". Primates. Palomar College. Retrieved 6 January 2013</ref>
[[Ficheiro:Human Body 02.png|thumb|upright|Características anatômicas básicas de seres humanos do sexo feminino e masculino]]
[[Ficheiro:Human.svg|thumb|upright|Desenho de um homem e uma mulher, conforme seriam vistos sem as vestimentas, [[Ilustração]] por [[Linda Salzman Sagan]], utilizada em<br />placas levadas pelas [[espaçonave|naves]] [[Pioneer 10]] e [[Pioneer 11|11]]]]
[[Ficheiro:Uomo Vitruviano.jpg|thumb|upright|[[Homem Vitruviano]], de [[Leonardo da Vinci]] representa a simetria essencial do corpo humano]]


A [[Cor da pele humana|tonalidade da pele humana]] e do [[Cor dos cabelos|cabelo]] é determinada pela presença de [[pigmento]]s chamados [[melanina]]s. As tonalidades de pele humana pode variar do marrom (castanho) muito escuro até ao rosa muito pálido. A cor do cabelo humano varia do [[branco]], ao [[Cabelo castanho|marrom]], ao [[Rutilismo|vermelho]], ao [[Loiro|amarelo]] e ao [[Cabelo preto|preto]], a tonalidade mais comum.<ref>{{citar periódico|autor =Rogers, Alan R., Iltis, David & Wooding, Stephen |ano=2004 |título=Genetic variation at the MC1R locus and the time since loss of human body hair |periódico=Current Anthropology | volume=45 |número=1 |páginas=105–108 | doi=10.1086/381006}}</ref> Isso depende da quantidade de [[melanina]] (um pigmento eficaz no bloqueio do [[Luz solar|sol]]) na [[pele]] e no [[cabelo]], com as concentrações de melanina diminuindo no cabelo com o aumento da idade, levando ao cinza ou, até mesmo, aos cabelos brancos. A maioria dos pesquisadores acredita que o escurecimento da pele foi uma adaptação [[Evolução|evolutiva]] como uma forma de proteção contra a [[radiação solar]] [[ultravioleta]]. No entanto, mais recentemente, tem sido alegado que as cores de pele, são uma adaptação do equilíbrio de [[ácido fólico]], que é destruído pela radiação ultravioleta, e de [[vitamina D]], que requer luz solar para se formar.<ref>Jablonski, N.G. & Chaplin, G. (2000). [http://www.bgsu.edu/departments/chem/faculty/leontis/chem447/PDF_files/Jablonski_skin_color_2000.pdf ''The evolution of human skin coloration''] {{Wayback|url=http://www.bgsu.edu/departments/chem/faculty/leontis/chem447/PDF_files/Jablonski_skin_color_2000.pdf |date=20120114203210 }} (pdf), 'Journal of Human Evolution 39: 57–106.</ref> A pigmentação da pele do humano contemporâneo está geograficamente estratificada e em geral, se correlaciona com o nível de radiação ultravioleta. A pele humana também tem a capacidade de escurecer ([[bronzeamento solar|bronzeamento]]) em resposta à exposição à radiação ultravioleta.<ref>{{citar periódico|autor =Harding RM, Healy E, Ray AJ, |numero-autores=''et al.'' |título=Evidence for variable selective pressures at MC1R |periódico=Am. J. Hum. Genet. |volume=66 |número=4 |páginas=1351–61 |data=abril de 2000 |pmid=10733465 |pmc=1288200 |doi=10.1086/302863 |url=}}</ref><ref>Robin, Ashley (1991). ''Biological Perspectives on Human Pigmentation''. Cambridge: Cambridge University Press.</ref> Os seres humanos tendem a ser fisicamente mais fracos do que outros primatas de tamanhos semelhantes, com os jovens, condicionado os seres humanos do sexo masculino a terem se mostrado incapazes de combinar com a força de [[orangotango]]s fêmeas, que são pelo menos três vezes mais fortes.<ref name="Schwartz">{{citar livro|autor = Schwartz, Jeffrey |url = |título= The Red Ape: Orangutans and Human Origins |ano= 1987 |páginas= 286 | isbn = 0813340640 |publicado= Westview Press |local= Cambridge, MA}}</ref>
A [[Cor da pele humana|tonalidade da pele humana]] e do [[Cor dos cabelos|cabelo]] é determinada pela presença de [[pigmento]]s chamados [[melanina]]s. As tonalidades de pele humana podem variar do marrom (castanho) muito escuro até ao rosa muito pálido. A cor do cabelo humano varia do [[Cabelo grisalho|branco]], ao [[Cabelo castanho|marrom]], ao [[Rutilismo|vermelho]], ao [[Cabelo loiro|amarelo]] e ao [[Cabelo preto|preto]], a tonalidade mais comum.<ref>{{citar periódico|autor =Rogers, Alan R., Iltis, David & Wooding, Stephen |ano=2004 |título=Genetic variation at the MC1R locus and the time since loss of human body hair |periódico=Current Anthropology | volume=45 |número=1 |páginas=105–108 | doi=10.1086/381006}}</ref> Isso depende da quantidade de [[melanina]] (um pigmento eficaz no bloqueio do [[Luz solar|sol]]) na [[pele]] e no [[cabelo]], com as concentrações de melanina diminuindo no cabelo com o aumento da idade, levando ao cinza ou, até mesmo, aos cabelos brancos. A maioria dos pesquisadores acredita que o escurecimento da pele foi uma adaptação [[Evolução|evolutiva]] como uma forma de proteção contra a [[radiação solar]] [[Radiação ultravioleta|ultravioleta]]. No entanto, mais recentemente, tem sido alegado que as cores de pele, são uma adaptação do equilíbrio de [[ácido fólico]], que é destruído pela radiação ultravioleta, e de [[vitamina D]], que requer luz solar para se formar.<ref>Jablonski, N.G. & Chaplin, G. (2000). [http://www.bgsu.edu/departments/chem/faculty/leontis/chem447/PDF_files/Jablonski_skin_color_2000.pdf ''The evolution of human skin coloration''] {{Wayback|url=http://www.bgsu.edu/departments/chem/faculty/leontis/chem447/PDF_files/Jablonski_skin_color_2000.pdf |date=20120114203210 }} (pdf), 'Journal of Human Evolution 39: 57–106.</ref> A pigmentação da pele do humano contemporâneo está geograficamente estratificada e em geral, se correlaciona com o nível de radiação ultravioleta. A pele humana também tem a capacidade de escurecer ([[bronzeamento solar|bronzeamento]]) em resposta à exposição à radiação ultravioleta.<ref>{{citar periódico|autor =Harding RM, Healy E, Ray AJ, |numero-autores=''et al.'' |título=Evidence for variable selective pressures at MC1R |periódico=Am. J. Hum. Genet. |volume=66 |número=4 |páginas=1351–61 |data=abril de 2000 |pmid=10733465 |pmc=1288200 |doi=10.1086/302863 |url=}}</ref><ref>Robin, Ashley (1991). ''Biological Perspectives on Human Pigmentation''. Cambridge: Cambridge University Press.</ref> Os seres humanos tendem a ser fisicamente mais fracos do que outros primatas de tamanhos semelhantes, com os jovens, condicionado os seres humanos do sexo masculino a terem se mostrado incapazes de combinar com a força de [[orangotango]]s fêmeas, que são pelo menos três vezes mais fortes.<ref name="Schwartz">{{citar livro|autor = Schwartz, Jeffrey |url = |título= The Red Ape: Orangutans and Human Origins |ano= 1987 |páginas= 286 | isbn = 0813340640 |publicado= Westview Press |local= Cambridge, MA}}</ref>


Os seres humanos têm [[palato]]s proporcionalmente mais curtos e [[dente]]s muito menores do que os de outros primatas e são os únicos primatas com os [[Dente canino|dentes caninos]] mais curtos. Têm caracteristicamente dentes cheios, com falhas de dentes perdidos geralmente fechando-se rapidamente em espécimes jovens e gradualmente perdem seus [[Siso|dentes do siso]], tendo algumas pessoas, congenitamente, sua ausência natural.<ref name="Revolution"/>
Os seres humanos têm [[palato]]s proporcionalmente mais curtos e [[dente]]s muito menores do que os de outros primatas e são os únicos primatas com os [[Canino (dente)|dentes caninos]] mais curtos. Têm caracteristicamente dentes cheios, com falhas de dentes perdidos geralmente fechando-se rapidamente em espécimes jovens e gradualmente perdem seus [[Dente siso|dentes do siso]], tendo algumas pessoas, congenitamente, sua ausência natural.<ref name="Revolution"/>


A [[fisiologia humana]] é a [[ciência]] das funções mecânicas, físicas e bioquímicas dos seres humanos em boa saúde, e do que seus [[Órgão (anatomia)#Órgãos do corpo humano por região|órgãos]] e [[célula]]s são compostos. O principal foco da fisiologia está no nível dos órgãos e sistemas. A maioria dos aspectos da fisiologia humana estão intimamente homólogos correspondentes aos aspectos da fisiologia dos outros animais e a experimentação com animais de outras espécies tem proporcionado grande parte da base do conhecimento fisiológico. A [[anatomia]] e a [[fisiologia]] estão estreitamente relacionadas com as áreas de estudo: anatomia, o estudo da forma, e fisiologia, o estudo da função, estão intrinsecamente vinculadas e são estudadas em conjunto como parte de um currículo médico.<ref name=UL>{{citar web|título=What is Physiology? |url=http://www.understanding-life.org/what-physiology |publicado=Understanding Life |acessodata=4 de setembro de 2016 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20170819102127/http://www.understanding-life.org/what-physiology |arquivodata=19 de agosto de 2017 }}</ref>
A [[fisiologia humana]] é a [[ciência]] das funções mecânicas, físicas e bioquímicas dos seres humanos em boa saúde, e do que seus [[Órgão (anatomia)#Lista de sistemas de órgãos humanos|órgãos]] e [[célula]]s são compostos. O principal foco da fisiologia está no nível dos órgãos e sistemas. A maioria dos aspectos da fisiologia humana estão intimamente homólogos correspondentes aos aspectos da fisiologia dos outros animais e a experimentação com animais de outras espécies tem proporcionado grande parte da base do conhecimento fisiológico. A [[anatomia]] e a [[fisiologia]] estão estreitamente relacionadas com as áreas de estudo: anatomia, o estudo da forma, e fisiologia, o estudo da função, estão intrinsecamente vinculadas e são estudadas em conjunto como parte de um currículo médico.<ref name=UL>{{citar web|título=What is Physiology? |url=http://www.understanding-life.org/what-physiology |publicado=Understanding Life |acessodata=4 de setembro de 2016 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20170819102127/http://www.understanding-life.org/what-physiology |arquivodata=19 de agosto de 2017 }}</ref>


=== Genética ===
=== Genética ===
{{Artigo principal|Genética humana}}
{{Artigo principal|Genética humana}}
[[Ficheiro:Karyotype.png|thumb|esquerda|Uma representação gráfica do [[cariótipo]] humano padrão, incluindo os [[cromossomo]]s sexuais femininos (XX) e masculinos (XY).]]


Como a maioria dos [[animais]], os humanos também são uma espécie [[eucariótica]] [[diplóide]]. Cada célula somática tem dois conjuntos de 23 [[cromossomo]]s, cada conjunto recebido de um dos pais; os [[gameta]]s têm apenas um conjunto de cromossomos, que é uma mistura dos dois conjuntos parentais. Entre os 23 pares de cromossomos, existem 22 pares de [[autossomo]]s e um par de [[cromossomos sexuais]]. Como outros [[mamíferos]], os humanos têm um [[Sistema XY de determinação do sexo|sistema de determinação sexual XY]], de modo que as fêmeas têm os cromossomos sexuais XX e os machos XY.<ref name="Therman1980">{{citar livro| vauthors = Therman E |título=Human Chromosomes: Structure, Behavior, Effects |data=1980 |publicado=[[Springer Science+Business Media|Springer US]] |páginas=112–24 |isbn=978-1-4684-0109-7 |doi=10.1007/978-1-4684-0107-3 }}</ref> Os [[gene]]s e o ambiente influenciam a [[variação biológica]] humana em [[Fenótipo|características visíveis]], [[fisiologia]], suscetibilidade a doenças e habilidades mentais. A influência exata dos genes e do ambiente em certas características não é bem compreendida.<ref>{{citar periódico| vauthors = Edwards JH, Dent T, Kahn J |título= Monozygotic twins of different sex |periódico= Journal of Medical Genetics | volume = 3 |número= 2 |páginas= 117–23 |data= Junho de 1966 | pmc = 1012913 | doi = 10.1136/jmg.3.2.117 }}</ref><ref>{{citar periódico| vauthors = Machin GA |título= Some causes of genotypic and phenotypic discordance in monozygotic twin pairs |periódico= American Journal of Medical Genetics | volume = 61 |número= 3 |páginas= 216–28 |data= Janeiro de 1996 | doi = 10.1002/(SICI)1096-8628(19960122)61:3<216::AID-AJMG5>3.0.CO;2-S }}</ref>
Como a maioria dos [[Animalia|animais]], os humanos também são uma espécie [[Célula eucariótica|eucariótica]] [[Diploide|diplóide]]. Cada célula somática tem dois conjuntos de 23 [[cromossomo]]s, cada conjunto recebido de um dos pais; os [[Gâmeta|gametas]] têm apenas um conjunto de cromossomos, que é uma mistura dos dois conjuntos parentais. Entre os 23 pares de cromossomos, existem 22 pares de [[autossomo]]s e um par de [[Cromossomo sexual|cromossomos sexuais]]. Como outros [[mamíferos]], os humanos têm um [[Sistema XY de determinação do sexo|sistema de determinação sexual XY]], de modo que as fêmeas têm os cromossomos sexuais XX e os machos XY.<ref name="Therman1980">{{citar livro| vauthors = Therman E |título=Human Chromosomes: Structure, Behavior, Effects |data=1980 |publicado=[[Springer Science+Business Media|Springer US]] |páginas=112–24 |isbn=978-1-4684-0109-7 |doi=10.1007/978-1-4684-0107-3 }}</ref> Os [[gene]]s e o ambiente influenciam a [[Variabilidade genética|variação biológica]] humana em [[Fenótipo|características visíveis]], [[fisiologia]], suscetibilidade a doenças e habilidades mentais. A influência exata dos genes e do ambiente em certas características não é bem compreendida.<ref>{{citar periódico| vauthors = Edwards JH, Dent T, Kahn J |título= Monozygotic twins of different sex |periódico= Journal of Medical Genetics | volume = 3 |número= 2 |páginas= 117–23 |data= Junho de 1966 | pmc = 1012913 | doi = 10.1136/jmg.3.2.117 }}</ref><ref>{{citar periódico| vauthors = Machin GA |título= Some causes of genotypic and phenotypic discordance in monozygotic twin pairs |periódico= American Journal of Medical Genetics | volume = 61 |número= 3 |páginas= 216–28 |data= Janeiro de 1996 | doi = 10.1002/(SICI)1096-8628(19960122)61:3<216::AID-AJMG5>3.0.CO;2-S }}</ref>


Embora nenhum ser humano - nem mesmo [[gêmeos monozigóticos]] - seja geneticamente idêntico,<ref>{{citar periódico| vauthors = Jonsson H, Magnusdottir E, Eggertsson HP, Stefansson OA, Arnadottir GA, Eiriksson O, Zink F, Helgason EA, Jonsdottir I, Gylfason A, Jonasdottir A, Jonasdottir A, Beyter D, Steingrimsdottir T, Norddahl GL, Magnusson OT, Masson G, Halldorsson BV, Thorsteinsdottir U, Helgason A, Sulem P, Gudbjartsson DF, Stefansson K |numero-autores= 6 |título= Differences between germline genomes of monozygotic twins |periódico= Nature Genetics | volume = 53 |número= 1 |páginas= 27–34 |data= Janeiro de 2021 | doi = 10.1038/s41588-020-00755-1 }}</ref> dois humanos em média terão uma similaridade genética de 99,5%-99,9%.<ref>{{citar web|título=Genetic – Understanding Human Genetic Variation|url=http://science.education.nih.gov/supplements/nih1/genetic/guide/genetic_variation1.htm|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130825143543/http://science.education.nih.gov/supplements/nih1/genetic/guide/genetic_variation1.htm|arquivodata=25 de agosto de 2013|acessodata=13 de dezembro de 2013|obra=Human Genetic Variation|publicado=National Institute of Health (NIH)|citação=Between any two humans, the amount of genetic variation—biochemical individuality—is about 0.1%.}}</ref><ref>
Embora nenhum ser humano - nem mesmo [[Gêmeos#Gêmeos monozigóticos (idênticos)|gêmeos monozigóticos]] - seja geneticamente idêntico,<ref>{{citar periódico| vauthors = Jonsson H, Magnusdottir E, Eggertsson HP, Stefansson OA, Arnadottir GA, Eiriksson O, Zink F, Helgason EA, Jonsdottir I, Gylfason A, Jonasdottir A, Jonasdottir A, Beyter D, Steingrimsdottir T, Norddahl GL, Magnusson OT, Masson G, Halldorsson BV, Thorsteinsdottir U, Helgason A, Sulem P, Gudbjartsson DF, Stefansson K |numero-autores= 6 |título= Differences between germline genomes of monozygotic twins |periódico= Nature Genetics | volume = 53 |número= 1 |páginas= 27–34 |data= Janeiro de 2021 | doi = 10.1038/s41588-020-00755-1 }}</ref> dois humanos em média terão uma similaridade genética de 99,5%-99,9%.<ref>{{citar web|título=Genetic – Understanding Human Genetic Variation|url=http://science.education.nih.gov/supplements/nih1/genetic/guide/genetic_variation1.htm|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130825143543/http://science.education.nih.gov/supplements/nih1/genetic/guide/genetic_variation1.htm|arquivodata=25 de agosto de 2013|acessodata=13 de dezembro de 2013|obra=Human Genetic Variation|publicado=National Institute of Health (NIH)|citação=Between any two humans, the amount of genetic variation—biochemical individuality—is about 0.1%.}}</ref><ref>
{{citar periódico| vauthors = Levy S, Sutton G, Ng PC, Feuk L, Halpern AL, Walenz BP, Axelrod N, Huang J, Kirkness EF, Denisov G, Lin Y, MacDonald JR, Pang AW, Shago M, Stockwell TB, Tsiamouri A, Bafna V, Bansal V, Kravitz SA, Busam DA, Beeson KY, McIntosh TC, Remington KA, Abril JF, Gill J, Borman J, Rogers YH, Frazier ME, Scherer SW, Strausberg RL, Venter JC |numero-autores= 6 |título= The diploid genome sequence of an individual human |periódico= PLOS Biology | volume = 5 |número= 10 |páginas= e254 |data= Setembro de 2007| pmc = 1964779 | doi = 10.1371/journal.pbio.0050254 }}</ref> Isso os torna mais homogêneos do que outros grandes [[macacos]], incluindo os [[chimpanzés]].<ref name="REGWG2005"/><ref name="oxf">{{citar web|título=Chimps show much greater genetic diversity than humans|url=http://www.ox.ac.uk/media/news_stories/2012/120302.html|arquivourl=https://web.archive.org/web/20131218091207/http://www.ox.ac.uk/media/news_stories/2012/120302.html|arquivodata=18 de dezembro de 2013|acessodata=13 de dezembro de 2013|obra=Media|publicado=[[Universidade de Oxford]]}}</ref> Esta pequena variação no [[DNA humano]] em comparação com outras espécies sugere um [[efeito de gargalo]] populacional durante o [[Pleistoceno Superior]] (há cerca de 100 mil anos), no qual a população humana foi reduzida a um pequeno número de pares reprodutores.<ref name="Harpending1998">{{citar periódico| vauthors = Harpending HC, Batzer MA, Gurven M, Jorde LB, Rogers AR, Sherry ST |título= Genetic traces of ancient demography |periódico= Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America | volume = 95 |número= 4 |páginas= 1961–7 |data= Fevereiro de 1998 | pmc = 19224 | doi = 10.1073/pnas.95.4.1961 | bibcode = 1998PNAS...95.1961H }}</ref><ref name="Jorde1997">{{citar periódico| vauthors = Jorde LB, Rogers AR, Bamshad M, Watkins WS, Krakowiak P, Sung S, Kere J, Harpending HC |numero-autores= 6 |título= Microsatellite diversity and the demographic history of modern humans |periódico= Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America | volume = 94 |número= 7 |páginas= 3100–3 |data= Abril de 1997 | pmc = 20328 | doi = 10.1073/pnas.94.7.3100 | bibcode = 1997PNAS...94.3100J }}</ref> As forças da [[seleção natural]] continuaram a operar nas populações humanas, com evidências de que certas regiões do genoma exibem [[seleção direcional]] nos últimos 15 mil anos.<ref name="urlNYT">{{citar jornal| vauthors = Wade N |data=7 de março de 2007|título=Still Evolving, Human Genes Tell New Story|jornal=The New York Times|url=https://www.nytimes.com/2006/03/07/science/07evolve.html|acessodata=13 de fevereiro de 2012|arquivourl=https://web.archive.org/web/20120114232231/http://www.nytimes.com/2006/03/07/science/07evolve.html|arquivodata=14 de janeiro de 2012}}</ref>
{{citar periódico| vauthors = Levy S, Sutton G, Ng PC, Feuk L, Halpern AL, Walenz BP, Axelrod N, Huang J, Kirkness EF, Denisov G, Lin Y, MacDonald JR, Pang AW, Shago M, Stockwell TB, Tsiamouri A, Bafna V, Bansal V, Kravitz SA, Busam DA, Beeson KY, McIntosh TC, Remington KA, Abril JF, Gill J, Borman J, Rogers YH, Frazier ME, Scherer SW, Strausberg RL, Venter JC |numero-autores= 6 |título= The diploid genome sequence of an individual human |periódico= PLOS Biology | volume = 5 |número= 10 |páginas= e254 |data= Setembro de 2007| pmc = 1964779 | doi = 10.1371/journal.pbio.0050254 }}</ref> Isso os torna mais homogêneos do que outros grandes [[Macaco|macacos]], incluindo os [[Chimpanzé|chimpanzés]].<ref name="REGWG2005"/><ref name="oxf">{{citar web|título=Chimps show much greater genetic diversity than humans|url=http://www.ox.ac.uk/media/news_stories/2012/120302.html|arquivourl=https://web.archive.org/web/20131218091207/http://www.ox.ac.uk/media/news_stories/2012/120302.html|arquivodata=18 de dezembro de 2013|acessodata=13 de dezembro de 2013|obra=Media|publicado=[[Universidade de Oxford]]}}</ref> Esta pequena variação no [[Genoma humano|DNA humano]] em comparação com outras espécies sugere um [[efeito de gargalo]] populacional durante o [[Tarentiano|Pleistoceno Superior]] (há cerca de 100 mil anos), no qual a população humana foi reduzida a um pequeno número de pares reprodutores.<ref name="Harpending1998">{{citar periódico| vauthors = Harpending HC, Batzer MA, Gurven M, Jorde LB, Rogers AR, Sherry ST |título= Genetic traces of ancient demography |periódico= Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America | volume = 95 |número= 4 |páginas= 1961–7 |data= Fevereiro de 1998 | pmc = 19224 | doi = 10.1073/pnas.95.4.1961 | bibcode = 1998PNAS...95.1961H }}</ref><ref name="Jorde1997">{{citar periódico| vauthors = Jorde LB, Rogers AR, Bamshad M, Watkins WS, Krakowiak P, Sung S, Kere J, Harpending HC |numero-autores= 6 |título= Microsatellite diversity and the demographic history of modern humans |periódico= Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America | volume = 94 |número= 7 |páginas= 3100–3 |data= Abril de 1997 | pmc = 20328 | doi = 10.1073/pnas.94.7.3100 | bibcode = 1997PNAS...94.3100J }}</ref> As forças da [[seleção natural]] continuaram a operar nas populações humanas, com evidências de que certas regiões do genoma exibem [[seleção direcional]] nos últimos 15 mil anos.<ref name="urlNYT">{{citar jornal| vauthors = Wade N |data=7 de março de 2007|título=Still Evolving, Human Genes Tell New Story|jornal=The New York Times|url=https://www.nytimes.com/2006/03/07/science/07evolve.html|acessodata=13 de fevereiro de 2012|arquivourl=https://web.archive.org/web/20120114232231/http://www.nytimes.com/2006/03/07/science/07evolve.html|arquivodata=14 de janeiro de 2012}}</ref>


O [[genoma humano]] foi sequenciado pela primeira vez em 2001<ref>{{citar periódico| vauthors = Pennisi E |título= The human genome |periódico= Science | volume = 291 |número= 5507 |páginas= 1177–80 |data= Fevereiro de 2001 | doi = 10.1126/science.291.5507.1177 }}</ref> e em 2020 centenas de milhares de genomas foram sequenciados.<ref>{{citar periódico| vauthors = Rotimi CN, Adeyemo AA |título= From one human genome to a complex tapestry of ancestry |periódico= Nature | volume = 590 |número= 7845 |páginas= 220–221 |data= Fevereiro de 2021 | doi = 10.1038/d41586-021-00237-2 }}</ref> Em 2012, o [[International HapMap Project]] comparou os genomas de 1.184 indivíduos de 11 populações e identificou 1,6 milhão de [[Polimorfismo de nucleotídeo único|polimorfismos de nucleotídeo único]].<ref>{{citar periódico| vauthors = Altshuler DM, Gibbs RA, Peltonen L, Altshuler DM, Gibbs RA, Peltonen L, Dermitzakis E, Schaffner SF, Yu F, Peltonen L, Dermitzakis E, Bonnen PE, Altshuler DM, Gibbs RA, de Bakker PI, Deloukas P, Gabriel SB, Gwilliam R, Hunt S, Inouye M, Jia X, Palotie A, Parkin M, Whittaker P, Yu F, Chang K, Hawes A, Lewis LR, Ren Y, Wheeler D, Gibbs RA, Muzny DM, Barnes C, Darvishi K, Hurles M, Korn JM, Kristiansson K, Lee C, McCarrol SA, Nemesh J, Dermitzakis E, Keinan A, Montgomery SB, Pollack S, Price AL, Soranzo N, Bonnen PE, Gibbs RA, Gonzaga-Jauregui C, Keinan A, Price AL, Yu F, Anttila V, Brodeur W, Daly MJ, Leslie S, McVean G, Moutsianas L, Nguyen H, Schaffner SF, Zhang Q, Ghori MJ, McGinnis R, McLaren W, Pollack S, Price AL, Schaffner SF, Takeuchi F, Grossman SR, Shlyakhter I, Hostetter EB, Sabeti PC, Adebamowo CA, Foster MW, Gordon DR, Licinio J, Manca MC, Marshall PA, Matsuda I, Ngare D, Wang VO, Reddy D, Rotimi CN, Royal CD, Sharp RR, Zeng C, Brooks LD, McEwen JE |numero-autores= 6 |título= Integrating common and rare genetic variation in diverse human populations |periódico= Nature | volume = 467 |número= 7311 |páginas= 52–8 |data= Setembro de 2010 | doi = 10.1038/nature09298 | pmc = 3173859 }}</ref> As populações [[africanas]] também abrigam o maior número de variantes genéticas privadas, ou aquelas não encontradas em outros lugares do mundo. Embora muitas das variantes comuns encontradas em populações fora da [[África]] também sejam encontradas no continente africano, ainda há um grande número que é privado dessas regiões, especialmente [[Oceania]] e [[Américas]]. Pelas estimativas de 2010, os humanos têm aproximadamente 22 mil genes.<ref name=Pertea2010>{{citar periódico| vauthors = Pertea M, Salzberg SL |título= Between a chicken and a grape: estimating the number of human genes |periódico= Genome Biology | volume = 11 |número= 5 |páginas= 206 |ano= 2010 | pmc = 2898077 | doi = 10.1186/gb-2010-11-5-206 }}</ref> Ao comparar o [[DNA mitocondrial]], que é herdado apenas da mãe, os geneticistas concluíram que o último ancestral comum feminino cujo marcador genético é encontrado em todos os humanos modernos, a chamada [[Eva mitocondrial]], deve ter vivido por volta de há 90 mil a 200 mil anos.<ref name="pmid3025745">{{citar periódico| vauthors = Cann RL, Stoneking M, Wilson AC |título= Mitochondrial DNA and human evolution |periódico= Nature | volume = 325 |número= 6099 |páginas= 31–6 |ano= 1987 | doi = 10.1038/325031a0 | bibcode = 1987Natur.325...31C}}</ref><ref>{{citar periódico| vauthors = Soares P, Ermini L, Thomson N, Mormina M, Rito T, Röhl A, Salas A, Oppenheimer S, Macaulay V, Richards MB |numero-autores= 6 |título= Correcting for purifying selection: an improved human mitochondrial molecular clock |periódico= American Journal of Human Genetics | volume = 84 |número= 6 |páginas= 740–59 |data= Junho de 2009 | pmc = 2694979 | doi = 10.1016/j.ajhg.2009.05.001 | lay-url = https://web.archive.org/web/20170820230218/http://www.leeds.ac.uk/news/article/245/new_molecular_clock_aids_dating_of_human_migration_history | lay-source = University of Leeds }}</ref><ref name="poz">{{citar periódico| vauthors = Poznik GD, Henn BM, Yee MC, Sliwerska E, Euskirchen GM, Lin AA, Snyder M, Quintana-Murci L, Kidd JM, Underhill PA, Bustamante CD |numero-autores= 6 |título= Sequencing Y chromosomes resolves discrepancy in time to common ancestor of males versus females |periódico= Science | volume = 341 |número= 6145 |páginas= 562–5 |data= Agosto de 2013 | pmc = 4032117 | doi = 10.1126/science.1237619 | bibcode = 2013Sci...341..562P }}</ref>
O [[genoma humano]] foi sequenciado pela primeira vez em 2001<ref>{{citar periódico| vauthors = Pennisi E |título= The human genome |periódico= Science | volume = 291 |número= 5507 |páginas= 1177–80 |data= Fevereiro de 2001 | doi = 10.1126/science.291.5507.1177 }}</ref> e em 2020 centenas de milhares de genomas foram sequenciados.<ref>{{citar periódico| vauthors = Rotimi CN, Adeyemo AA |título= From one human genome to a complex tapestry of ancestry |periódico= Nature | volume = 590 |número= 7845 |páginas= 220–221 |data= Fevereiro de 2021 | doi = 10.1038/d41586-021-00237-2 }}</ref> Em 2012, o [[International HapMap Project]] comparou os genomas de 1&nbsp;184 indivíduos de 11 populações e identificou 1,6 milhão de [[Polimorfismo de nucleotídeo único|polimorfismos de nucleotídeo único]].<ref>{{citar periódico| vauthors = Altshuler DM, Gibbs RA, Peltonen L, Altshuler DM, Gibbs RA, Peltonen L, Dermitzakis E, Schaffner SF, Yu F, Peltonen L, Dermitzakis E, Bonnen PE, Altshuler DM, Gibbs RA, de Bakker PI, Deloukas P, Gabriel SB, Gwilliam R, Hunt S, Inouye M, Jia X, Palotie A, Parkin M, Whittaker P, Yu F, Chang K, Hawes A, Lewis LR, Ren Y, Wheeler D, Gibbs RA, Muzny DM, Barnes C, Darvishi K, Hurles M, Korn JM, Kristiansson K, Lee C, McCarrol SA, Nemesh J, Dermitzakis E, Keinan A, Montgomery SB, Pollack S, Price AL, Soranzo N, Bonnen PE, Gibbs RA, Gonzaga-Jauregui C, Keinan A, Price AL, Yu F, Anttila V, Brodeur W, Daly MJ, Leslie S, McVean G, Moutsianas L, Nguyen H, Schaffner SF, Zhang Q, Ghori MJ, McGinnis R, McLaren W, Pollack S, Price AL, Schaffner SF, Takeuchi F, Grossman SR, Shlyakhter I, Hostetter EB, Sabeti PC, Adebamowo CA, Foster MW, Gordon DR, Licinio J, Manca MC, Marshall PA, Matsuda I, Ngare D, Wang VO, Reddy D, Rotimi CN, Royal CD, Sharp RR, Zeng C, Brooks LD, McEwen JE |numero-autores= 6 |título= Integrating common and rare genetic variation in diverse human populations |periódico= Nature | volume = 467 |número= 7311 |páginas= 52–8 |data= Setembro de 2010 | doi = 10.1038/nature09298 | pmc = 3173859 }}</ref> As populações [[África|africanas]] também abrigam o maior número de variantes genéticas privadas, ou aquelas não encontradas em outros lugares do mundo. Embora muitas das variantes comuns encontradas em populações fora da África também sejam encontradas no continente africano, ainda há um grande número que é privado dessas regiões, especialmente [[Oceania]] e [[América|Américas]]. Pelas estimativas de 2010, os humanos têm aproximadamente 22 mil genes.<ref name=Pertea2010>{{citar periódico| vauthors = Pertea M, Salzberg SL |título= Between a chicken and a grape: estimating the number of human genes |periódico= Genome Biology | volume = 11 |número= 5 |páginas= 206 |ano= 2010 | pmc = 2898077 | doi = 10.1186/gb-2010-11-5-206 }}</ref> Ao comparar o [[ADN mitocondrial|DNA mitocondrial]], que é herdado apenas da mãe, os geneticistas concluíram que o último ancestral comum feminino cujo marcador genético é encontrado em todos os humanos modernos, a chamada [[Eva mitocondrial]], deve ter vivido por volta de há 90 mil a 200 mil anos.<ref name="pmid3025745">{{citar periódico| vauthors = Cann RL, Stoneking M, Wilson AC |título= Mitochondrial DNA and human evolution |periódico= Nature | volume = 325 |número= 6099 |páginas= 31–6 |ano= 1987 | doi = 10.1038/325031a0 | bibcode = 1987Natur.325...31C}}</ref><ref>{{citar periódico| vauthors = Soares P, Ermini L, Thomson N, Mormina M, Rito T, Röhl A, Salas A, Oppenheimer S, Macaulay V, Richards MB |numero-autores= 6 |título= Correcting for purifying selection: an improved human mitochondrial molecular clock |periódico= American Journal of Human Genetics | volume = 84 |número= 6 |páginas= 740–59 |data= Junho de 2009 | pmc = 2694979 | doi = 10.1016/j.ajhg.2009.05.001 | lay-url = https://web.archive.org/web/20170820230218/http://www.leeds.ac.uk/news/article/245/new_molecular_clock_aids_dating_of_human_migration_history | lay-source = University of Leeds }}</ref><ref name="poz">{{citar periódico| vauthors = Poznik GD, Henn BM, Yee MC, Sliwerska E, Euskirchen GM, Lin AA, Snyder M, Quintana-Murci L, Kidd JM, Underhill PA, Bustamante CD |numero-autores= 6 |título= Sequencing Y chromosomes resolves discrepancy in time to common ancestor of males versus females |periódico= Science | volume = 341 |número= 6145 |páginas= 562–5 |data= Agosto de 2013 | pmc = 4032117 | doi = 10.1126/science.1237619 | bibcode = 2013Sci...341..562P }}</ref>


=== Ciclo de vida ===
=== Ciclo de vida ===
{{Artigo principal|Relação sexual humana|Fecundação|Gravidez humana|Morte#Morte humana{{!}}Morte humana}}
{{Artigo principal|Relação sexual humana|Fecundação|Gravidez humana|Morte#Morte humana{{!}}Morte humana}}
[[Ficheiro:Tubal Pregnancy with embryo.jpg|thumb|esquerda|upright|[[Embrião]] humano de 10 [[Milímetro|mm]] na quinta semana de [[gestação]]]]
[[Ficheiro:Tubal Pregnancy with embryo.jpg|thumb|[[Embrião]] humano de 10 [[Metro#Múltiplos|mm]] na quinta semana de [[gestação]].]]
[[Imagem:PregnantWoman.jpg|thumb|esquerda|upright|Uma mulher [[grávida]]]]


O [[ciclo de vida]] humano é semelhante ao de outros [[mamífero]]s [[Placenta|placentários]]. O [[zigoto]] divide-se dentro do [[útero]] da mulher para se tornar um [[embrião]], que, ao longo de um período de trinta e oito [[semana]]s (9 meses) de [[gestação]] se torna um [[feto]] humano. Após este intervalo de tempo, o feto é totalmente criado fora do corpo da mulher e respira autonomamente como um bebê pela primeira vez. Neste ponto, a maioria das [[cultura]]s modernas reconhecem o bebê como uma pessoa com direito à plena proteção da [[lei]], embora algumas jurisdições de diferentes níveis alterem esse padrão, reconhecendo os fetos humanos enquanto eles ainda estão no útero.<ref name=NIH2013Def>{{citar web |título=Pregnancy: Condition Information |url=http://www.nichd.nih.gov/health/topics/pregnancy/conditioninfo/Pages/default.aspx|publicado=Eunice Kennedy Shriver National Institute of Child Health and Human Development|acessodata=14 de março de 2015|data=19 de dezembro de 2013|urlmorta= não|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150319163902/http://www.nichd.nih.gov/health/topics/pregnancy/conditioninfo/Pages/default.aspx|arquivodata=19 de março de 2015|df=dmy-all}}</ref><ref name=Ab2011>{{citar livro |último=Abman |primeiro=Steven H.|título=Fetal and neonatal physiology |ano=2011|editora=Elsevier/Saunders |local=Philadelphia|isbn=9781416034797|páginas=46–47|edição=4ª|url=https://books.google.com/books?id=OyVDJoOIvbYC&pg=PA46}}</ref>
O [[ciclo de vida]] humano é semelhante ao de outros [[mamíferos]] [[Placenta|placentários]]. O [[zigoto]] divide-se dentro do [[útero]] da mulher para se tornar um [[embrião]], que, ao longo de um período de trinta e oito [[semana]]s (9 meses) de [[Gravidez|gestação]] se torna um [[feto]] humano. Após este intervalo de tempo, o feto é totalmente criado fora do corpo da mulher e respira autonomamente como um bebê pela primeira vez. Neste ponto, a maioria das [[cultura]]s modernas reconhecem o bebê como uma pessoa com direito à plena proteção da [[lei]], embora algumas jurisdições de diferentes níveis alterem esse padrão, reconhecendo os fetos humanos enquanto eles ainda estão no útero.<ref name=NIH2013Def>{{citar web |título=Pregnancy: Condition Information |url=http://www.nichd.nih.gov/health/topics/pregnancy/conditioninfo/Pages/default.aspx|publicado=Eunice Kennedy Shriver National Institute of Child Health and Human Development|acessodata=14 de março de 2015|data=19 de dezembro de 2013|urlmorta= não|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150319163902/http://www.nichd.nih.gov/health/topics/pregnancy/conditioninfo/Pages/default.aspx|arquivodata=19 de março de 2015|df=dmy-all}}</ref><ref name=Ab2011>{{citar livro |último=Abman |primeiro=Steven H.|título=Fetal and neonatal physiology |ano=2011|editora=Elsevier/Saunders |local=Philadelphia|isbn=9781416034797|páginas=46–47|edição=4ª|url=https://books.google.com/books?id=OyVDJoOIvbYC&pg=PA46}}</ref>


Em comparação com outras espécies, o [[parto]] humano é perigoso. Partos de duração de vinte e quatro horas ou mais não são raros e muitas vezes levam à morte da [[mãe]], da [[criança]] ou de ambos.<ref>According to the July 2, 2007 ''[[Newsweek]]'' magazine, a woman dies in childbirth every minute, most often due to uncontrolled bleeding and infection, with the world's poorest women most vulnerable. The lifetime risk is 1 in 16 in [[África subsariana|sub-Saharan Africa]], compared to 1 in 2,800 in developed countries.</ref> Isto ocorre porque, tanto pela circunferência da [[cabeça]] fetal relativamente grande (para a habitação do [[cérebro]]) quanto pela [[cavidade pélvica]] relativamente pequena da mãe (uma característica necessária para o sucesso do [[Bípede|bipedalismo]], por meio da [[seleção natural]]).<ref>{{citar periódico|autor = LaVelle M |título= Natural selection and developmental sexual variation in the human pelvis |periódico= Am J Phys Anthropol | volume = 98 |número= 1 |páginas= 59–72 |ano= 1995 | doi = 10.1002/ajpa.1330980106}}</ref><ref>{{citar periódico|autor = Correia H, Balseiro S, De Areia M |título= Sexual dimorphism in the human pelvis: testing a new hypothesis |periódico= Homo | volume = 56 |número= 2 |páginas= 153–60 |ano= 2005 | doi = 10.1016/j.jchb.2005.05.003}}</ref> As chances de um bom trabalho de [[parto]] aumentaram significativamente durante o [[século XX]] nos [[país]]es mais ricos com o advento de novas [[tecnologia]]s médicas. Em contraste, a gravidez e o [[parto normal]] permanecem perigosos nas regiões [[País subdesenvolvido|subdesenvolvidas]] e [[País em desenvolvimento|em desenvolvimento]] do mundo, com taxas de mortalidade materna aproximadamente 100 vezes maiores do que nos [[País desenvolvido|países desenvolvidos]].<ref>{{citar periódico|autor = Rush D |título= Nutrition and maternal mortality in the developing world |periódico= Am J Clin Nutr | volume = 72 |número= 1 Suppl |páginas= 212 S–240 S |ano= 2000 }}</ref>
Em comparação com outras espécies, o [[parto]] humano é perigoso. Partos de duração de vinte e quatro horas ou mais não são raros e muitas vezes levam à morte da [[mãe]], da [[criança]] ou de ambos.<ref>According to the July 2, 2007 ''[[Newsweek]]'' magazine, a woman dies in childbirth every minute, most often due to uncontrolled bleeding and infection, with the world's poorest women most vulnerable. The lifetime risk is 1 in 16 in [[África subsariana|sub-Saharan Africa]], compared to 1 in 2,800 in developed countries.</ref> Isto ocorre porque, tanto pela circunferência da [[cabeça]] fetal relativamente grande (para a habitação do [[cérebro]]) quanto pela [[Pelve|cavidade pélvica]] relativamente pequena da mãe (uma característica necessária para o sucesso do [[Bipedismo|bipedalismo]], por meio da [[seleção natural]]).<ref>{{citar periódico|autor = LaVelle M |título= Natural selection and developmental sexual variation in the human pelvis |periódico= Am J Phys Anthropol | volume = 98 |número= 1 |páginas= 59–72 |ano= 1995 | doi = 10.1002/ajpa.1330980106}}</ref><ref>{{citar periódico|autor = Correia H, Balseiro S, De Areia M |título= Sexual dimorphism in the human pelvis: testing a new hypothesis |periódico= Homo | volume = 56 |número= 2 |páginas= 153–60 |ano= 2005 | doi = 10.1016/j.jchb.2005.05.003}}</ref> As chances de um bom trabalho de [[parto]] aumentaram significativamente durante o [[século XX]] nos [[país]]es mais ricos com o advento de novas [[tecnologia]]s médicas. Em contraste, a gravidez e o [[Parto|parto normal]] permanecem perigosos nas regiões [[País subdesenvolvido|subdesenvolvidas]] e [[País em desenvolvimento|em desenvolvimento]] do mundo, com taxas de [[Morte materna|mortalidade materna]] aproximadamente 100 vezes maiores do que nos [[País desenvolvido|países desenvolvidos]].<ref>{{citar periódico|autor = Rush D |título= Nutrition and maternal mortality in the developing world |periódico= Am J Clin Nutr | volume = 72 |número= 1 Suppl |páginas= 212 S–240 S |ano= 2000 }}</ref>
[[Imagem:PregnantWoman.jpg|thumb|esquerda|upright|Uma mulher [[grávida]].]]


Nos países desenvolvidos, as crianças normalmente pesam de 3 a 4 [[kg]] e medem de 50 a 60 [[Centímetro|cm]] no nascimento.<ref>{{Citar web|url=http://saude.hsw.uol.com.br/desenvolvimento-recem-nascido4.htm|título=HowStuffWorks - Padrões de crescimento e dentição do recém-nascido|acessodata=2009-12-20|arquivourl=https://web.archive.org/web/20090223063149/http://saude.hsw.uol.com.br/desenvolvimento-recem-nascido4.htm#|arquivodata=23 de fevereiro de 2009|urlmorta=yes}}</ref> No entanto, o baixo peso ao nascer é comum nos [[País em desenvolvimento|países em desenvolvimento]] e contribui para os altos níveis de [[mortalidade infantil]] nestas regiões.<ref>{{citar periódico|autor = Khor G |título= Update on the prevalence of malnutrition among children in Asia |periódico= Nepal Med Coll J | volume = 5 |número= 2 |páginas= 113–22 |ano= 2003 }}</ref> Indefesos ao nascimento, os seres humanos continuam a crescer durante alguns anos, geralmente atingindo a maturidade sexual entre 12 e 15 anos de idade. Os seres humanos femininos continuam a desenvolver-se fisicamente até cerca dos 18 anos, o desenvolvimento masculino continua até cerca dos 21 anos. A vida humana pode ser dividida em várias fases: [[infância]], [[adolescência]], vida adulta jovem, [[idade adulta]] e [[velhice]]. A duração destas fases, no entanto, têm variado em diferentes culturas e períodos. Comparado com outros primatas, os corpos dos seres humanos desenvolvem-se extraordinariamente rápido durante a adolescência, quando o corpo cresce 25% no tamanho. [[Chimpanzé]]s, por exemplo, crescem apenas 14%.<ref>Leakey, Richard; Lewin, Roger. Origins Reconsidered - In Search of What Makes Us Human. Sherma B.V., 1992.</ref>
Nos países desenvolvidos, as crianças normalmente pesam de 3 a 4 [[Quilograma|kg]] e medem de 50 a 60 [[Metro#Múltiplos|cm]] no nascimento.<ref>{{Citar web|url=http://saude.hsw.uol.com.br/desenvolvimento-recem-nascido4.htm|título=HowStuffWorks - Padrões de crescimento e dentição do recém-nascido|acessodata=2009-12-20|arquivourl=https://web.archive.org/web/20090223063149/http://saude.hsw.uol.com.br/desenvolvimento-recem-nascido4.htm#|arquivodata=23 de fevereiro de 2009|urlmorta=yes}}</ref> No entanto, o baixo peso ao nascer é comum nos [[País em desenvolvimento|países em desenvolvimento]] e contribui para os altos níveis de [[mortalidade infantil]] nestas regiões.<ref>{{citar periódico|autor = Khor G |título= Update on the prevalence of malnutrition among children in Asia |periódico= Nepal Med Coll J | volume = 5 |número= 2 |páginas= 113–22 |ano= 2003 }}</ref> Indefesos ao nascimento, os seres humanos continuam a crescer durante alguns anos, geralmente atingindo a maturidade sexual entre 12 e 15 anos de idade. Os seres humanos femininos continuam a desenvolver-se fisicamente até cerca dos 18 anos, o desenvolvimento masculino continua até cerca dos 21 anos. A vida humana pode ser dividida em várias fases: [[Criança|infância]], [[adolescência]], [[Adulto jovem|vida adulta jovem]], [[Adulto|idade adulta]] e [[Idoso|velhice]]. A duração destas fases, no entanto, têm variado em diferentes culturas e períodos. Comparado com outros primatas, os corpos dos seres humanos desenvolvem-se extraordinariamente rápido durante a adolescência, quando o corpo cresce 25% no tamanho. [[Chimpanzé]]s, por exemplo, crescem apenas 14%.<ref>Leakey, Richard; Lewin, Roger. Origins Reconsidered - In Search of What Makes Us Human. Sherma B.V., 1992.</ref>


Existem diferenças significativas em termos de esperança de vida ao redor do mundo. O [[mundo desenvolvido]] é geralmente envelhecido, com uma idade média em torno de 40 anos (a mais elevada é em [[Mônaco]] - 45,1 anos). No mundo em desenvolvimento é a idade média fica entre 15 e 20 anos. A [[esperança de vida]] ao nascer em [[Hong Kong]] é de 84,8 anos para a mulher e 78,9 para o homem, enquanto em [[Essuatíni]], principalmente por causa da [[AIDS]], é 31,3 anos para ambos os [[sexo]]s.<ref>{{Citar web|url=http://hdr.undp.org/hdr2006/|título=Human Development Report 2006," [[Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento]], pp. 363–366, November 9, 2006|língua=|autor=|obra=|data=|acessodata=|arquivourl=https://web.archive.org/web/20071011205535/http://hdr.undp.org/hdr2006/|arquivodata=11 de outubro de 2007|urlmorta=yes}}</ref> Enquanto um em cada cinco [[europeu]]s tem 60 anos de idade ou mais, apenas um em cada vinte [[África|africanos]] tem de 60 anos de idade ou mais.<ref>{{Citar web |url=https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/ |título=The World Factbook'', U.S. Central Intelligence Agency, retrieved April 2, 2005. |língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=}}</ref> O número de centenários (pessoas com idade de 100 anos ou mais) no mundo foi estimado pela [[Organização das Nações Unidas]] em 210&nbsp;mil indivíduos em 2002.<ref>{{Citar web |url=http://www.un.org/esa/socdev/ageing/popageing.html |título=U.N. Statistics on Population Ageing, United Nations press release, February 28, 2002, retrieved April 2, 2005 |língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=}}</ref> Apenas uma pessoa, [[Jeanne Calment]], é conhecida por ter atingido a idade de 122 anos e 164 dias; idades mais elevadas foram registradas, mas elas não estão bem fundamentadas. Mundialmente, existem 81 homens com 60 anos ou mais para cada 100 mulheres da mesma [[faixa etária]], e entre os mais velhos, há 53 homens para cada 100 mulheres.<ref name=NYTimesDeath>{{citar jornal|url=https://www.nytimes.com/1997/08/05/world/jeanne-calment-world-s-elder-dies-at-122.html |título=Jeanne Calment, World's Elder, Dies at 122 |primeiro =Craig R. |último =Whitney |jornal=[[The New York Times]] |data=5 de agosto de 1997 |acessodata=4 de fevereiro de 2021}}</ref>
Existem diferenças significativas em termos de esperança de vida ao redor do mundo. O [[País desenvolvido|mundo desenvolvido]] é geralmente envelhecido, com uma idade média em torno de 40 anos (a mais elevada é em [[Mónaco|Mônaco]] - 45,1 anos). No mundo em desenvolvimento é a idade média fica entre 15 e 20 anos. A [[esperança de vida]] ao nascer em [[Hong Kong]] é de 84,8 anos para a mulher e 78,9 para o homem, enquanto em [[Essuatíni]], principalmente por causa da [[Síndrome da imunodeficiência adquirida|AIDS]], é 31,3 anos para ambos os [[sexo]]s.<ref>{{Citar web|url=http://hdr.undp.org/hdr2006/|título=Human Development Report 2006," [[Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento]], pp. 363–366, November 9, 2006|língua=|autor=|obra=|data=|acessodata=|arquivourl=https://web.archive.org/web/20071011205535/http://hdr.undp.org/hdr2006/|arquivodata=11 de outubro de 2007|urlmorta=yes}}</ref> Enquanto um em cada cinco [[Europa|europeus]] tem 60 anos de idade ou mais, apenas um em cada vinte [[África|africanos]] tem de 60 anos de idade ou mais.<ref>{{Citar web |url=https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/ |título=The World Factbook'', U.S. Central Intelligence Agency, retrieved April 2, 2005. |língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=}}</ref> O número de [[Centenário (idade)|centenários]] (pessoas com idade de 100 anos ou mais) no mundo foi estimado pelas [[Organização das Nações Unidas|Nações Unidas]] em 210&nbsp;mil indivíduos em 2002.<ref>{{Citar web |url=http://www.un.org/esa/socdev/ageing/popageing.html |título=U.N. Statistics on Population Ageing, United Nations press release, February 28, 2002, retrieved April 2, 2005 |língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=}}</ref> Apenas uma pessoa, [[Jeanne Calment]], é conhecida por ter atingido a idade de 122 anos e 164 dias; idades mais elevadas foram registradas, mas elas não estão bem fundamentadas. Mundialmente, existem 81 homens com 60 anos ou mais para cada 100 mulheres da mesma [[Pirâmide etária|faixa etária]], e entre os mais velhos, há 53 homens para cada 100 mulheres.<ref name=NYTimesDeath>{{citar jornal|url=https://www.nytimes.com/1997/08/05/world/jeanne-calment-world-s-elder-dies-at-122.html |título=Jeanne Calment, World's Elder, Dies at 122 |primeiro =Craig R. |último =Whitney |jornal=[[The New York Times]] |data=5 de agosto de 1997 |acessodata=4 de fevereiro de 2021}}</ref>


Os seres humanos são os únicos que experimentam a menopausa em alguma parte da [[vida]]. Acredita-se que a menopausa surgiu devido à "hipótese da avó", em que ocorre o interesse da mãe em renunciar aos riscos de morte durante outros partos para, em troca, investir na viabilidade dos filhos já nascidos.<ref>{{citar livro|último = Diamond |primeiro = Jared |título= Why is Sex Fun? The Evolution of Human Sexuality |publicado= Basic Books |data= 1997 |páginas= 167–170 |isbn=0-465-03127-7}}</ref>
Os seres humanos são os únicos que experimentam a menopausa em alguma parte da [[vida]]. Acredita-se que a menopausa surgiu devido à "hipótese da avó", em que ocorre o interesse da mãe em renunciar aos riscos de morte durante outros partos para, em troca, investir na viabilidade dos filhos já nascidos.<ref>{{citar livro|último = Diamond |primeiro = Jared |título= Why is Sex Fun? The Evolution of Human Sexuality |publicado= Basic Books |data= 1997 |páginas= 167–170 |isbn=0-465-03127-7}}</ref>
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=== Variação biológica e fenótipica ===
=== Variação biológica e fenotípica ===
{{Artigo principal|Grupos étnicos|Evolução humana|Genética humana|Cor da pele humana}}
{{Artigo principal|Variação genética humana}}
[[Ficheiro:China_Afrika_Africa_Kooperation_Cooperation.jpg|thumb|Uma criança [[Africanos|africana]] e uma [[Asiáticos|asiática]]]]
{{Vertambém|Raças humanas|Segregação racial|Racialismo}}
{{Imagem dupla|right|Maasai tribe.jpg|225|Inuit Amautiq 1995-06-15.jpg|180|Pessoas de climas quentes tendem a apresentar formas corpóreas esguias e pele mais escura, como esses homens [[maasai]]s do [[Quênia]].<ref name=antropologiatutorial/>|Pessoas de climas frios tendem a apresentar formas córporeas mais atarracadas e de pele clara, como essas mulheres [[inuit]]s do [[Canadá]].<ref name=antropologiatutorial>{{citar web|título=Adapting to Climate Extremes|url=http://anthro.palomar.edu/adapt/adapt_2.htm|publicado=Anthropolgy Tutorials|acessodata=18 de fevereiro de 2016}}</ref><ref>{{citar periódico|primeiro =Karen J. |último =Weinstein |título=Body Proportions in Ancient Andeans from High and Low Altitudes |periódico=American Journal of Physical Anthropology |data=novembro de 2005 |volume=128 |número=3 |páginas=569–585 |url=http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15895419 |doi=10.1002/ajpa.20137 |pmid=15895419}}</ref><ref>{{citar periódico|último1 =Katzmarzyk |primeiro1 =Peter T. |último2 =Leonard |primeiro2 =William R. |data=1998 |título=Climatic Influences on Human Body Size and Proportions: Ecological Adaptations and Secular Trends |periódico=American Journal of Physical Anthropology |volume=106 |número=4 |pp=483–503 |doi=10.1002/(SICI)1096-8644(199808)106:4<483::AID-AJPA4>3.0.CO;2-K |url=http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/(SICI)1096-8644(199808)106:4%3C483::AID-AJPA4%3E3.0.CO;2-K/abstract |subscrição=yes}}</ref>}}


Há variação biológica na espécie humana – com características como [[tipo sanguíneo]], [[doenças genéticas]], [[Crânio#Crânio humano|características cranianas]], [[Face|características faciais]], [[Sistema (biologia)|sistemas orgânicos]], [[cor dos olhos]], textura e [[cor dos cabelos]], [[estatura]] e constituição corportal, e [[cor da pele]] variando em todo o mundo. A altura típica de um ser humano adulto é entre 1,4 e 1,9 metro, embora isso varie significativamente dependendo do sexo, [[Etnicidade|origem étnica]] e linhagem familiar.<ref>{{cite journal | vauthors = de Beer H | title = Observations on the history of Dutch physical stature from the late-Middle Ages to the present | journal = Economics and Human Biology | volume = 2 | issue = 1 | pages = 45–55 | date = Março de 2004 | pmid = 15463992 | doi = 10.1016/j.ehb.2003.11.001 }}</ref><ref name="adapt2">{{cite web | vauthors = O'Neil D |title=Adapting to Climate Extremes |url=https://anthro.palomar.edu/adapt/adapt_2.htm |work=Human Biological Adaptability |publisher=Palomar College |access-date=6 de janeiro de 2013 |urlmorta=live |archive-url= https://web.archive.org/web/20130106211840/https://anthro.palomar.edu/adapt/adapt_2.htm |archive-date=6 de janeiro de 2013 }}</ref> O tamanho corporal é parcialmente determinado pelos [[gene]]s e também é significativamente influenciado por fatores ambientais, como [[dieta]], exercícios e padrões de [[sono]].<ref>{{cite journal | vauthors = Rask-Andersen M, Karlsson T, Ek WE, Johansson Å | title = Gene-environment interaction study for BMI reveals interactions between genetic factors and physical activity, alcohol consumption and socioeconomic status | journal = PLOS Genetics | volume = 13 | issue = 9 | pages = e1006977 | date = setembro de 2017 | pmid = 28873402 | pmc = 5600404 | doi = 10.1371/journal.pgen.1006977 | doi-access = free }}</ref>
As mais atuais evidências [[genética]]s e arqueológicas suportam uma [[Hipótese da origem única|origem recente única]] dos humanos modernos na [[África Oriental]],<ref name=Liu>{{citar periódico|autor =Liu, Hua; Prugnolle, Franck; Manina, Andrea; Balloux, François |título=A geographically explicit genetic model of worldwide human-settlement history |periódico=The American Journal of Human Genetics |volume=79 |número=2 |páginas=230–237 |ano=2006 |pmid=16826514 |pmc=1559480 |doi=10.1086/505436}}</ref> sendo que as primeiras migrações começaram há 60 mil anos. Os atuais estudos genéticos demonstraram que os seres humanos do continente africano são os mais geneticamente diversos.<ref name=Jorde2000>{{citar periódico|autor =Jorde, L.; Watkins, W; Bamshad, M; Dixon, M; Ricker, C.; Seielstad, M.; Batzer, M. |título=The distribution of human genetic diversity: a comparison of mitochondrial, autosomal, and Y-chromosome data |periódico=American Journal of Human Genetics |volume=66 |número=3 |páginas=979–988 |ano=2000 |pmc=1288178 |pmid=10712212 |doi=10.1086/302825}}</ref> No entanto, em comparação com os outros [[Hominidae|grandes símios]], as [[Efeito de gargalo#Humanos|sequências dos genes humanos]] são notavelmente homogêneas.<ref name=REGWG2005/>


Há evidências de que as populações se adaptaram geneticamente a vários fatores externos. Os genes que permitem aos humanos adultos [[Persistência da lactase|digerir a lactose]] estão presentes em altas frequências em populações que têm uma longa história de [[domesticação]] de [[gado]] e são mais dependentes do [[leite de vaca]].<ref>{{cite journal | vauthors = Beja-Pereira A, Luikart G, England PR, Bradley DG, Jann OC, Bertorelle G, Chamberlain AT, Nunes TP, Metodiev S, Ferrand N, Erhardt G | display-authors = 6 | title = Gene-culture coevolution between cattle milk protein genes and human lactase genes | journal = Nature Genetics | volume = 35 | issue = 4 | pages = 311–313 | date = Dezembro de 2003 | pmid = 14634648 | doi = 10.1038/ng1263 | s2cid = 20415396 }}</ref> A [[anemia falciforme]], que pode proporcionar maior resistência à [[malária]], é frequente em populações onde a malária é [[endêmica]].<ref name="Hedrick 2011">{{cite journal | vauthors = Hedrick PW | title = Population genetics of malaria resistance in humans | journal = Heredity | volume = 107 | issue = 4 | pages = 283–304 | date = Outubro de 2011 | pmid = 21427751 | pmc = 3182497 | doi = 10.1038/hdy.2011.16 }}</ref><ref name="Weatherall 2008">{{cite journal | vauthors = Weatherall DJ | title = Genetic variation and susceptibility to infection: the red cell and malaria | journal = British Journal of Haematology | volume = 141 | issue = 3 | pages = 276–286 | date = Maio de 2008 | pmid = 18410566 | doi = 10.1111/j.1365-2141.2008.07085.x | s2cid = 28191911 | doi-access = free }}</ref> Populações que habitaram durante muito tempo climas específicos tendem a desenvolver [[fenótipos]] que são benéficos para esses ambientes – [[Regra de Allen|baixa estatura e constituição robusta em regiões frias]], alta estaturea e corpos esguios em regiões quentes e com elevadas capacidades pulmonares ou outras adaptações em altas altitudes.<ref>{{cite journal| vauthors = Shelomi M, Zeuss D |date=5 de abril de 2017|title=Bergmann's and Allen's Rules in Native European and Mediterranean Phasmatodea |journal=Frontiers in Ecology and Evolution|volume=5|doi=10.3389/fevo.2017.00025|s2cid=34882477|issn=2296-701X|doi-access=free|hdl=11858/00-001M-0000-002C-DD87-4|hdl-access=free}}</ref> Algumas populações desenvolveram adaptações altamente únicas a condições ambientais muito específicas, como aquelas vantajosas para estilos de vida oceânicos e [[mergulho livre]] nos povos [[bajaus]].<ref name="Ilardo2018">{{cite journal | vauthors = Ilardo MA, Moltke I, Korneliussen TS, Cheng J, Stern AJ, Racimo F, de Barros Damgaard P, Sikora M, Seguin-Orlando A, Rasmussen S, van den Munckhof IC, Ter Horst R, Joosten LA, Netea MG, Salingkat S, Nielsen R, Willerslev E | display-authors = 6 | title = Physiological and Genetic Adaptations to Diving in Sea Nomads | journal = Cell | volume = 173 | issue = 3 | pages = 569–580.e15 | date = abril de 2018 | pmid = 29677510 | doi = 10.1016/j.cell.2018.03.054 | doi-access = free }}</ref>
Não há consenso científico sobre a relevância biológica da raça. Poucos antropólogos endossam a noção de "[[Raças humanas|raça humana]]" como um conceito basicamente biológico; eles tendem a ver a raça como uma construção social sobreposta, mas em parte obscurecida, subjacente a variação biológica.<ref>{{citar livro|último1 = Marks |primeiro1 =J |ano=1995 |título= Human biodiversity: genes, race, and history |publicado= Aldine de Gruyter |local= New York | isbn = 0-585-39559-4 |ref=harv }}</ref><ref>{{citar web|último =AAA| url=http://www.aaanet.org/stmts/racepp.htm |título=American Anthropological Association Statement on "Race" |publicado=Aaanet.org |data=1998-05-17 |acessodata=2009-04-18|ref=harv}}</ref><ref>{{citar periódico|último =Smedley |primeiro =Audrey |título=The History of the Idea of Race... and Why It Matters |publicado=presented at the conference “Race, Human Variation and Disease: Consensus and Frontiers” sponsored by the American Anthropological Association (AAA) |data=14–17 de março de 2007|url=http://www.understandingrace.org/resources/pdf/disease/smedley.pdf |ref=harv}}</ref> É geralmente acordado que certos traços genéticos, incluindo algumas doenças comuns, correlacionam-se com a ascendência genética de regiões específicas e a ascendência genética, tal como determinado pela identificação racial, está se tornando uma ferramenta cada vez mais comum para avaliação de risco em medicina.<ref name=Bamshad2004>{{citar periódico|autor =Bamshad, Michael; Wooding, Stephen; Salisbury, Benjamin A.; Stephens, J. Clairborne |título=Deconstructing the relationship between genetics and race |periódico=Nature Reviews Genetics |volume=5 |número=8 |páginas=598–609 |ano=2004 |pmid=15266342 |doi=10.1038/nrg1401}}</ref><ref name=Tischkoff2004>{{citar periódico|autor =Tishkoff, Sarah A.; Kidd, Kenneth K. |título=Implications of biogeography of human populations for 'race' and medicine |periódico=Nature Genetics |volume=36 |número=11 Suppl |páginas=S21–27 |ano=2004 |pmid=15507999 |doi=10.1038/ng1438}}</ref><ref name=Jorde2004>{{citar periódico|autor =Jorde, Lynn B.; Wooding, Stephen P. |título=Genetic variation, classification and 'race' |periódico=Nature Genetics |volume=36 |número=11 Suppl |páginas=S28–33 |ano=2004 |pmid=15508000 |doi=10.1038/ng1435}}</ref><ref>Ian Whitmarsh and David S. Jones, 2010, ''What's the Use of Race? Modern Governance and the Biology of Difference'', MIT press. Page 188. "Far from waning in the age of molecular genetics, race has been resurgent in biomedical discourse, especially in relation to a torrent of new interest in human biological variation and its quantification."</ref><ref name=Templeton1998>{{citar periódico|autor =Templeton, Alan R. |título=Human races: a genetic and evolutionary perspective |periódico=American Anthropologist |volume=100 |número=3 |ano=1998 |páginas=632–650 |url=http://www.realfuture.org/GIST/Readings/Templeton(1998).pdf |formato=PDF}}</ref><ref name=Collins-2004>{{citar periódico|autor =Collins FS |título=What we do and don't know about 'race', 'ethnicity', genetics and health at the dawn of the genome era |periódico=Nature Genetics |volume=36 |número=11 Suppl |páginas=S13–5 |data=novembro de 2004 |pmid=15507997 |doi=10.1038/ng1436}}</ref><ref>{{citar web|primeiro =Robert |último =Wallace |ano=2003 |título=A Racialized Medical Genomics: Shiny, Bright and Wrong |url=http://www.pbs.org/race/000_About/002_04-background-01-13.htm |obra=Race: The Power of an Illusion}}</ref><ref>{{citar web|primeiro =Richard |último =Garcia |ano=2003 |título=The misuse of race in medical diagnosis |url=http://www.pbs.org/race/000_About/002_04-background-01-y.htm |obra=Race: The Power of an Illusion}} Reprinted from: {{citar periódico|autor =Garcia RS |título=The misuse of race in medical diagnosis |periódico=The Chronicle of Higher Education |volume=49 |número=35 |páginas=B15 |data=maio de 2003 |pmid=15287125}}</ref>
[[Ficheiro:Hair colors.jpg|thumb|Uma variedade de [[Cor dos cabelos|cores de cabelos humanos]]; à esquerda acima, sentido horário: [[Cabelo preto|preto]], [[Cabelo castanho|castanho]], [[Cabelo loiro|loiro]], [[Cabelo branco|branco]], [[Cabelo ruivo|ruivo]]]]


A [[cor do cabelo]] humano varia do [[Rutilismo|ruivo]] ao [[Cabelo loiro|loiro]], do [[Cabelo castanho|castanho]] ao [[Cabelo preto|preto]], que é a mais frequente.<ref>{{cite journal|vauthors=Rogers AR, Iltis D, Wooding S|year=2004|title=Genetic variation at the MC1R locus and the time since loss of human body hair|journal=Current Anthropology|volume=45|issue=1|pages=105–08|doi=10.1086/381006|s2cid=224795768}}</ref> A cor do cabelo depende da quantidade de [[melanina]], com concentrações diminuindo com o aumento da idade, levando a cabelos [[Cabelo grisalho|grisalhos]] ou até brancos. A [[cor da pele]] pode variar do [[Pele escura|marrom mais escuro]] ao [[Pele clara|pêssego mais claro]], ou até quase branca ou incolor em casos de [[albinismo]].<ref name="roberts1">{{cite book| vauthors = Roberts D |title=Fatal Invention|publisher=The New Press|year=2011|location=London & New York}}</ref> Tende a [[Variação clinal|variar clinalmente]] e geralmente se correlaciona com o nível de [[radiação ultravioleta]] em uma área geográfica específica, com pele mais escura principalmente ao redor da [[linha do equador]].<ref name="jabl04">{{cite journal|vauthors=Nina J|year=2004|title=The evolution of human skin and skin color|journal=Annual Review of Anthropology|volume=33|pages=585–623|doi=10.1146/annurev.anthro.33.070203.143955}}</ref> O escurecimento da pele pode ter evoluído como proteção contra a radiação solar ultravioleta,<ref>{{cite journal | vauthors = Jablonski NG, Chaplin G | title = Colloquium paper: human skin pigmentation as an adaptation to UV radiation | journal = Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America | volume = 107 | issue = Supplement_2 | pages = 8962–8968 | date = Maio de 2010 | pmid = 20445093 | pmc = 3024016 | doi = 10.1073/pnas.0914628107 | bibcode = 2010PNAS..107.8962J | doi-access = free }}</ref> enquanto a pigmentação clara da pele protege contra o esgotamento da [[vitamina D]], que requer [[luz solar]] para ser produzida.<ref>{{cite journal | vauthors = Jablonski NG, Chaplin G | title = The evolution of human skin coloration | journal = Journal of Human Evolution | volume = 39 | issue = 1 | pages = 57–106 | date = Julho de 2000 | pmid = 10896812 | doi = 10.1006/jhev.2000.0403 | bibcode = 2000JHumE..39...57J | url = https://www.bgsu.edu/departments/chem/faculty/leontis/chem447/PDF_files/Jablonski_skin_color_2000.pdf | archive-url = https://web.archive.org/web/20120114203210/https://www.bgsu.edu/departments/chem/faculty/leontis/chem447/PDF_files/Jablonski_skin_color_2000.pdf | archive-date = 14 de janeiro de 2012 }}</ref> A [[pele humana]] também tem a capacidade de escurecer ([[Bronzeamento solar|bronzear]]) em resposta à exposição à radiação ultravioleta.<ref>{{cite journal | vauthors = Harding RM, Healy E, Ray AJ, Ellis NS, Flanagan N, Todd C, Dixon C, Sajantila A, Jackson IJ, Birch-Machin MA, Rees JL | display-authors = 6 | title = Evidence for variable selective pressures at MC1R | journal = American Journal of Human Genetics | volume = 66 | issue = 4 | pages = 1351–1361 | date = Abril de 2000 | pmid = 10733465 | pmc = 1288200 | doi = 10.1086/302863 }}</ref><ref>{{cite book | vauthors = Robin A | date = 1991 | title = Biological Perspectives on Human Pigmentation | location = Cambridge | publisher = Cambridge University Press }}</ref>
O uso do termo "raça" para significar algo como "[[subespécie]]" entre os seres humanos é obsoleto; os ''Homo sapiens'' não têm subespécies existentes atualmente. Em sua conotação científica moderna, o termo não se aplica a uma espécie tão geneticamente homogênea como um ser humano, como indicado na declaração sobre a raça (UNESCO 1950, re-ratificada em 1978).<ref name="1978UNESCO">[http://portal.unesco.org/en/ev.php-URL_ID=13161&URL_DO=DO_TOPIC&URL_SECTION=201.html "Declaration on Race and Racial Prejudice"], [[UNESCO]], 1978. ([http://unesdoc.unesco.org/images/0011/001140/114032e.pdf#page=60 PDF:])</ref><ref name=UNESCO>{{citar web|url=http://unesdoc.unesco.org/images/0012/001282/128291eo.pdf |título=The Race question; UNESCO and its programme; Vol.:3; 1950 - Publication 791 |formato=PDF |data= |acessodata=10 de dezembro de 2011}}</ref> Os estudos genéticos têm fundamentado a ausência de claras fronteiras biológicas, assim sendo, o termo "raça" é raramente usado na terminologia científica, tanto na antropologia biológica e genética humana.<ref name=Vogel1997>{{citar livro|autor =Vogel, Friedrich; Motulsky, Arno G. |título=Human Genetics: Problems and Approaches |edição=3rd |ano=1997 |publicado=Springer |local=Heidelberg, Germany |isbn=978-3-540-60290-3 |páginas=610–611 |url=http://books.google.com/books?id=Rbq0j5ZjhGgC&pg=PA610}}</ref> O que no passado tinha sido definido como "raças"—[[brancos]], [[negros]] ou [[asiáticos]]—estão agora sendo definido como "grupos étnicos" ou "populações", em correlação com o campo ([[sociologia]], [[antropologia]], [[genética]]), no qual está sendo considerado.<ref name=AAA>{{citar web|url=http://www.aaanet.org/gvt/ombdraft.htm |título=American Anthropological Association Response to OMB Directive 15: Race and Ethnic Standards for Federal Statistics and Administrative Reporting |publicado=American Anthropological Association |data=setembro de 1997 |acessodata=2012-02-12}}</ref><ref>{{citar periódico|último1 = Keita |primeiro1 = SOY |último2 = Kittles |primeiro2 = RA |último3 = Royal |primeiro3 = CDM |último4 = Bonney |primeiro4 = GM |último5 =Furbert-Harris |primeiro5 = P |último6 = Dunston |primeiro6 = GM |último7 =Rotimi |primeiro7 = CM |ano= 2004 |título= Conceptualizing human variation | url =http://www.nature.com/ng/journal/v36/n11s/full/ng1455.html |periódico= Nature Genetics | volume = 36 |número=S17–S20 | pmid=15507998 |doi=10.1038/ng1455 |ref=harv}}</ref>

Há relativamente pouca variação entre as populações geográficas humanas e a maior parte da variação que ocorre é no nível individual.<ref name="roberts1" /><ref name="hgp">{{cite web|title=The Science Behind the Human Genome Project|url=https://www.ornl.gov/sci/techresources/Human_Genome/project/info.shtml|urlmorta=dead|archive-url=https://web.archive.org/web/20130102065343/https://www.ornl.gov/sci/techresources/Human_Genome/project/info.shtml|archive-date=2 de janeiro de 2013|access-date=6 de janeiro de 2013|work=Human Genome Project|publisher=US Department of Energy|quote=Almost all (99.9%) nucleotide bases are exactly the same in all people.}}</ref><ref name="enr1">{{cite web| vauthors = O'Neil D | title=Ethnicity and Race: Overview|url=https://anthro.palomar.edu/ethnicity/ethnic_1.htm#return_from_ethnic_identity_question|urlmorta=live|archive-url=https://web.archive.org/web/20130106212622/https://anthro.palomar.edu/ethnicity/ethnic_1.htm#return_from_ethnic_identity_question|archive-date=6 de janeiro de 2013|access-date=6 de janeiro de 2013|publisher=Palomar College}}</ref> Grande parte da variação humana é contínua, muitas vezes sem pontos claros de demarcação.<ref name="pmid15507998">{{cite journal | vauthors = Keita SO, Kittles RA, Royal CD, Bonney GE, Furbert-Harris P, Dunston GM, Rotimi CN | title = Conceptualizing human variation | journal = Nature Genetics | volume = 36 | issue = 11 Suppl | pages = S17-20 | date = Novembro de 2004 | pmid = 15507998 | doi = 10.1038/ng1455 | doi-access = free }}</ref><ref name="vary02">{{cite web|title=Models of Classification|url=https://anthro.palomar.edu/vary/vary_2.htm|urlmorta=dead|archive-url=https://web.archive.org/web/20130106212400/https://anthro.palomar.edu/vary/vary_2.htm|archive-date=6 de janeiro de 2013|access-date=6 de janeiro de 2013|work=Modern Human Variation|publisher=Palomar College|vauthors=O'Neil D}}</ref><ref>{{cite journal|vauthors=Jablonski N|year=2004|title=The evolution of human skin and skin color|journal=Annual Review of Anthropology|volume=33|pages=585–623|doi=10.1146/annurev.anthro.33.070203.143955}}</ref><ref name="Palmie2007">{{cite journal|vauthors=Palmié S|date=Maio de 2007|title=Genomics, divination, 'racecraft'|journal=American Ethnologist|volume=34|issue=2|pages=205–222|doi=10.1525/ae.2007.34.2.205}}</ref> Os dados genéticos mostram que não importa como os grupos populacionais são definidos, duas pessoas do mesmo grupo populacional são quase tão diferentes uma da outra quanto duas pessoas de quaisquer dois grupos populacionais diferentes.<ref>{{cite web|title=Genetic – Understanding Human Genetic Variation|url=https://science.education.nih.gov/supplements/nih1/genetic/guide/genetic_variation1.htm|urlmorta=dead|archive-url=https://web.archive.org/web/20130825143543/https://science.education.nih.gov/supplements/nih1/genetic/guide/genetic_variation1.htm|archive-date=25 de agosto de 2013|access-date=13 de dezembro de 2013|work=Human Genetic Variation|publisher=National Institute of Health (NIH)}}</ref><ref name="goodman1">{{cite web| vauthors = Goodman A |title=Interview with Alan Goodman|url=https://www.pbs.org/race/000_About/002_04-background-01-07.htm|urlmorta=live|archive-url=https://web.archive.org/web/20121029063805/https://www.pbs.org/race/000_About/002_04-background-01-07.htm|archive-date=29 de outubro de 2012|access-date=6 de janeiro de 2013|work=Race Power of and Illusion|publisher=PBS}}</ref><ref>{{cite book| vauthors = Marks J |year=2010|chapter=Ten facts about human variation |title=Human Evolutionary Biology| veditors = Muehlenbein M |location=New York|publisher=Cambridge University Press|url=https://personal.uncc.edu/jmarks/pubs/tenfacts.pdf|urlmorta=dead|archive-url=https://web.archive.org/web/20120415012646/https://personal.uncc.edu/jmarks/pubs/tenfacts.pdf|archive-date=15 de abril de 2012|access-date=5 de setembro de 2013}}</ref> As populações de pele escura encontradas na [[África]], [[Austrália]] e [[Sul da Ásia]] não estão intimamente relacionadas entre si.<ref name="jablo04">{{cite journal|vauthors=Nina J|year=2004|title=The evolution of human skin and skin color|journal=Annual Review of Anthropology|volume=33|pages=585–623|doi=10.1146/annurev.anthro.33.070203.143955}}</ref><ref>{{cite web|title=Overview|url=https://anthro.palomar.edu/vary/vary_1.htm|urlmorta=dead|archive-url=https://web.archive.org/web/20121105101522/https://anthro.palomar.edu/vary/vary_1.htm|archive-date=5 de novembro de 2012|access-date=6 de janeiro de 2013|work=Modern Human Variation|publisher=Palomar College|vauthors=O'Neil D}}</ref>

A pesquisa genética demonstrou que as populações humanas nativas do [[continente africano]] são as mais geneticamente diversas<ref name="Jorde2000">{{cite journal | vauthors = Jorde LB, Watkins WS, Bamshad MJ, Dixon ME, Ricker CE, Seielstad MT, Batzer MA | title = The distribution of human genetic diversity: a comparison of mitochondrial, autosomal, and Y-chromosome data | journal = American Journal of Human Genetics | volume = 66 | issue = 3 | pages = 979–988 | date = Março de 2000 | pmid = 10712212 | pmc = 1288178 | doi = 10.1086/302825 }}</ref> e a diversidade genética diminui com a distância migratória de África, possivelmente o resultado de [[Efeito de gargalo|gargalos populacionaos]] durante a migração humana.<ref name="sciencedaily.com">{{cite web |date=19 de julho de 2007 |title=New Research Proves Single Origin Of Humans In Africa |url=https://www.sciencedaily.com/releases/2007/07/070718140829.htm |website=Science Daily |access-date=5 de setembro de 2011 |urlmorta=live |archive-url=https://web.archive.org/web/20111104103559/https://www.sciencedaily.com/releases/2007/07/070718140829.htm |archive-date=4 de novembro de 2011 }}</ref><ref>{{cite journal | vauthors = Manica A, Amos W, Balloux F, Hanihara T | title = The effect of ancient population bottlenecks on human phenotypic variation | journal = Nature | volume = 448 | issue = 7151 | pages = 346–348 | date = julho de 2007 | pmid = 17637668 | pmc = 1978547 | doi = 10.1038/nature05951 | author-link3 = Francois Balloux | bibcode = 2007Natur.448..346M }}</ref> Estas populações não africanas adquiriram novos dados genéticos a partir da mistura local com populações arcaicas e têm uma variação muito maior dos hominídeos [[neandertais]] e [[denisovanos]] do que a encontrada na África,<ref name="Bergstrom2020">{{cite journal | vauthors = Bergström A, McCarthy SA, Hui R, Almarri MA, Ayub Q, Danecek P, Chen Y, Felkel S, Hallast P, Kamm J, Blanché H, Deleuze JF, Cann H, Mallick S, Reich D, Sandhu MS, Skoglund P, Scally A, Xue Y, Durbin R, Tyler-Smith C | display-authors = 6 | title = Insights into human genetic variation and population history from 929 diverse genomes | journal = Science | volume = 367 | issue = 6484 | pages = eaay5012 | date = Março de 2020 | pmid = 32193295 | pmc = 7115999 | doi = 10.1126/science.aay5012 }}</ref> ​​embora a mistura dos neandertais nas populações africanas possa ser subestimada.<ref name="pmid32004458">{{cite journal | vauthors = Chen L, Wolf AB, Fu W, Li L, Akey JM | title = Identifying and Interpreting Apparent Neanderthal Ancestry in African Individuals | journal = Cell | volume = 180 | issue = 4 | pages = 677–687.e16 | date = Fevereiro de 2020 | pmid = 32004458 | pmc = | doi = 10.1016/j.cell.2020.01.012 | s2cid = 210955842 | doi-access = free }}</ref> Além disso, estudos recentes descobriram que as populações da [[África Subsariana]], e particularmente da [[África Ocidental]], têm uma [[variação genética]] ancestral que antecede os humanos modernos e que se perdeu na maioria das populações não africanas. Acredita-se que parte dessa ancestralidade se origine da [[Cruzamento entre humanos arcaicos e modernos|miscigenação com um hominídeo arcaico]] desconhecido que divergiu antes da divisão dos neandertais e dos humanos modernos.<ref name="Bergstrom2020a">{{cite journal | vauthors = Bergström A, McCarthy SA, Hui R, Almarri MA, Ayub Q, Danecek P, Chen Y, Felkel S, Hallast P, Kamm J, Blanché H, Deleuze JF, Cann H, Mallick S, Reich D, Sandhu MS, Skoglund P, Scally A, Xue Y, Durbin R, Tyler-Smith C | display-authors = 6 | title = Insights into human genetic variation and population history from 929 diverse genomes | journal = Science | volume = 367 | issue = 6484 | pages = eaay5012 | date = Março de 2020 | pmid = 32193295 | pmc = 7115999 | doi = 10.1126/science.aay5012}}</ref><ref name="Durvasula2020">{{cite journal | vauthors = Durvasula A, Sankararaman S | title = Recovering signals of ghost archaic introgression in African populations | journal = Science Advances | volume = 6 | issue = 7 | pages = eaax5097 | date = Fevereiro de 2020 | pmid = 32095519 | pmc = 7015685 | doi = 10.1126/sciadv.aax5097 | bibcode = 2020SciA....6.5097D }}</ref>
[[Ficheiro:Farbverlauf Augenfarben.jpg|thumb|[[Cor dos olhos|Cores de olhos humanos]]]]

Os humanos são uma espécie [[Gonocorismo|gonocórica]], o que significa que são divididos em [[sexo]]s masculino e feminino.<ref>{{Cite book|url=https://books.google.com/books?id=z4pXRaZAkdkC&q=humans+are+dioecious+genetics&pg=PA75|title=Genetics: A Conceptual Approach|vauthors=Pierce BA|date=2012|publisher=Macmillan|isbn=978-1-4292-3252-4|pages=75|language=en|access-date=30 de julho de 2022|archive-date=22 de outubro de 2022|archive-url=https://web.archive.org/web/20221022071237/https://books.google.com/books?id=z4pXRaZAkdkC&q=humans+are+dioecious+genetics&pg=PA75|urlmorta=live}}</ref><ref>{{Cite book|vauthors=Muehlenbein MP|url={{GBurl|id=1VXX1jkhPH8C|q=humans are dioecious biology|pg=PT57}}}|title=Human Evolutionary Biology|date=29 de julho de 2010|publisher=Cambridge University Press|isbn=978-0-521-87948-4|veditors=Jones J|page=74|language=en|access-date=30 de julho de 2022}}</ref><ref>{{Cite book|vauthors=Fusco G, Minelli A|url=https://books.google.com/books?id=AKGsDwAAQBAJ&q=homo+sapiens+gonochoric&pg=PA304|title=The Biology of Reproduction|date=10 de outubro de 2019|publisher=de outubro de 2022|archive-url=https://web.archive.org/web/20221022071224/https://books.google.com/books?id=AKGsDwAAQBAJ&q=homo+sapiens+gonochoric&pg=PA304|arquivodata=7 de junho de 2024|urlmorta=live}}</ref> O maior grau de variação genética existe entre [[homens]] e [[mulheres]]. Embora a variação genética de [[nucleotídeo]]s de indivíduos do mesmo sexo nas populações globais não seja superior a 0,1% –0,5%, a diferença genética entre homens e mulheres está entre 1% e 2%. Os homens, em média, são 15% mais pesados ​​e 15 centímetros mais altos que as mulheres.<ref name="Gustafsson">{{cite journal | vauthors = Gustafsson A, Lindenfors P | title = Human size evolution: no evolutionary allometric relationship between male and female stature | journal = Journal of Human Evolution | volume = 47 | issue = 4 | pages = 253–266 | date = Outubro de 2004 | pmid = 15454336 | doi = 10.1016/j.jhevol.2004.07.004 | bibcode = 2004JHumE..47..253G }}</ref><ref name="NHANES_III_data">{{cite journal | vauthors = Ogden CL, Fryar CD, Carroll MD, Flegal KM | title = Mean body weight, height, and body mass index, United States 1960–2002 | journal = Advance Data | volume = | issue = 347 | pages = 1–17 | date = Outubro de 2004 | pmid = 15544194 | doi = | url = https://www.cdc.gov/nchs/data/ad/ad347.pdf | archive-url = https://archive.wikiwix.com/cache/20110223153209/https://www.cdc.gov/nchs/data/ad/ad347.pdf |archive-date=23 de fevereiro de 2011 }}</ref> Em média, os homens têm cerca de 40–50% mais força na parte superior do corpo e 20–30% mais força na parte inferior do corpo do que as mulheres com o mesmo peso, devido à maior quantidade de [[músculo]]s e fibras musculares maiores.<ref>{{cite journal | vauthors = Miller AE, MacDougall JD, Tarnopolsky MA, Sale DG | title = Gender differences in strength and muscle fiber characteristics | journal = European Journal of Applied Physiology and Occupational Physiology | volume = 66 | issue = 3 | pages = 254–262 | year = 1993 | pmid = 8477683 | doi = 10.1007/BF00235103 | hdl-access = free | s2cid = 206772211 | hdl = 11375/22586 }}</ref> As mulheres geralmente têm um percentual de gordura corporal mais alto que os homens.<ref>{{Cite book | vauthors = Bredella MA |chapter=Sex Differences in Body Composition|date=2017 |title=Sex and Gender Factors Affecting Metabolic Homeostasis, Diabetes and Obesity |series=Advances in Experimental Medicine and Biology|volume=1043 |pages=9–27| veditors = Mauvais-Jarvis F |place=Cham |publisher=Springer International Publishing |doi=10.1007/978-3-319-70178-3_2 |pmid=29224088|isbn=978-3-319-70177-6 }}</ref> As mulheres têm pele mais clara que os homens da mesma população devido a uma maior necessidade de vitamina D em mulheres durante a [[gravidez]] e a [[lactação]].<ref>{{cite journal | vauthors = Rahrovan S, Fanian F, Mehryan P, Humbert P, Firooz A | title = Male versus female skin: What dermatologists and cosmeticians should know | journal = International Journal of Women's Dermatology | volume = 4 | issue = 3 | pages = 122–130 | date = Setembro de 2018 | pmid = 30175213 | pmc = 6116811 | doi = 10.1016/j.ijwd.2018.03.002 }}</ref> Como existem diferenças cromossômicas entre mulheres e homens, algumas condições e distúrbios relacionados aos cromossomos X e Y afetam apenas homens ou mulheres.<ref>{{cite web|vauthors=Easter C|title=Sex Linked|url=https://www.genome.gov/genetics-glossary/Sex-Linked|access-date=18 de abril de 2021|website=National Human Genome Research Institute|language=en|archive-date=14 de abril de 2022|archive-url=https://web.archive.org/web/20220414183337/https://www.genome.gov/genetics-glossary/Sex-Linked|urlmorta=live}}</ref> Depois de levar em conta o peso e o volume do corpo, a voz masculina geralmente é uma [[oitava]] mais profunda do que a voz feminina.<ref>{{cite journal | vauthors = Puts DA, Gaulin SJ, Verdolini K | title = Dominance and the evolution of sexual dimorphism in human voice pitch. | journal = Evolution and Human Behavior | date = Julho de 2006 | volume = 27 | issue = 4 | pages = 283–296 | doi = 10.1016/j.evolhumbehav.2005.11.003 | bibcode = 2006EHumB..27..283P | s2cid = 32562654 }}</ref> As mulheres têm uma [[expectativa de vida]] mais longa em quase todas as populações do mundo.<ref name="WHO">{{cite web | url = https://www.who.int/gender/documents/en/ | title = Gender, women, and health | archive-url = https://web.archive.org/web/20130625083240/https://www.who.int/gender/documents/en/ | archive-date=25 de junho de 2013 | work = Reports from WHO 2002–2005 }}</ref> Existem condições [[intersexuais]] na população humana, mas são raras.<ref>{{Cite journal |last=Sax |first=Leonard |date=1 de agosto de 2002 |title=How common is lntersex? A response to Anne Fausto-Sterling |url=https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/00224490209552139 |journal=The Journal of Sex Research |language=en |volume=39 |issue=3 |pages=174–178 |doi=10.1080/00224490209552139 |pmid=12476264 |s2cid=33795209 |issn=0022-4499}}</ref>


=== Dieta ===
=== Dieta ===
{{Artigo principal|Dieta|Nutrição}}
{{Artigo principal|Dieta|Nutrição}}
[[Ficheiro:Preparing The Feast.jpg|thumb|esquerda|Pessoas preparando uma refeição em [[Bali]], [[Indonésia]].]]
[[Ficheiro:Quail Hunting with Dogs.jpg|thumb|esquerda|Com [[inteligência]] e [[Uso de ferramentas por animais|uso sistemático de ferramentas]], como [[Arma de fogo|armas de fogo]] e [[Cão de caça|cães de caça]], os humanos são os [[superpredador]]es mais bem sucedidos do mundo.<ref>{{citar web|título=Evolution and General Intelligence: Three hypotheses on the evolution of general intelligence.|url=https://www.csulb.edu/~kmacd/346IQ.html|publicado=Scientific American|acessodata=30 de outubro de 2013|ano=1998}}</ref>]]
Por centenas de milhares de anos o ''Homo sapiens'' empregou (e algumas [[tribo]]s que ainda dependem) um método de [[Caçador-coletor|caçadores-coletores]] como o seu principal meio de obter alimentos, combinando e envolvendo fontes estacionárias de alimentos (tais como [[fruta]]s, [[cereais]], [[tubérculo]]s e [[cogumelo]]s, [[larva]]s de [[inseto]]s e [[moluscos]] aquáticos), com a [[caça]] de animais selvagens, que devem ser caçados e mortos, para serem consumidos. Acredita-se que os seres humanos têm utilizado o [[fogo]] para preparar e cozinhar alimentos antes de comer desde o momento da sua divergência do ''[[Homo erectus]]''.<ref>{{citar periódico|último1 =Hlubik|primeiro1 =S.|primeiro2 =F.|último2 =Berna|primeiro3 =C.|último3 =Feibel|primeiro4 =D. R.|último4 =Braun|ano=2017|título=Researching the Nature of Fire at 1.5 Mya on the Site of FxJj20 AB, Koobi Fora, Kenya, Using High-Resolution Spatial Analysis and FTIR Spectrometry|periódico=Current Anthropology|volume=58|páginas=S243–S257|doi=10.1086/692530}}</ref>


Por centenas de milhares de anos o ''Homo sapiens'' empregou (e algumas [[tribo]]s que ainda dependem) um método de [[Caçador-coletor|caçadores-coletores]] como o seu principal meio de obter alimentos, combinando e envolvendo fontes estacionárias de alimentos (tais como [[fruta]]s, [[Cereal|cereais]], [[tubérculo]]s e [[cogumelo]]s, [[larva]]s de [[insetos]] e [[moluscos]] aquáticos), com a [[caça]] de animais selvagens, que devem ser caçados e mortos, para serem consumidos. Acredita-se que os seres humanos têm utilizado o [[fogo]] para preparar e cozinhar alimentos antes de comer desde o momento da sua divergência do ''[[Homo erectus]]''.<ref>{{citar periódico|último1 =Hlubik|primeiro1 =S.|primeiro2 =F.|último2 =Berna|primeiro3 =C.|último3 =Feibel|primeiro4 =D. R.|último4 =Braun|ano=2017|título=Researching the Nature of Fire at 1.5 Mya on the Site of FxJj20 AB, Koobi Fora, Kenya, Using High-Resolution Spatial Analysis and FTIR Spectrometry|periódico=Current Anthropology|volume=58|páginas=S243–S257|doi=10.1086/692530}}</ref> Há pelo menos dez mil anos, os humanos desenvolveram a [[agricultura]], que alterou substancialmente o tipo de alimentos que as pessoas comiam. Isto levou a um aumento da [[população]], ao desenvolvimento das [[cidade]]s e, em virtude do aumento da [[densidade populacional]], à maior propagação de [[Doença infecciosa|doenças infecciosas]]. Os tipos de alimentos consumidos, bem como a forma como são preparados, tem variado muito, através do tempo, da localização e da cultura.<ref>{{Link|en|2=http://www.archaeology.org/9707/newsbriefs/squash.html|3=Earliest agriculture in the Americas}}
Os seres humanos são [[onívoro]]s, capazes de consumir tanto produtos [[Vegetal|vegetais]] como produtos [[Animal|animais]]. Com as diferentes fontes de alimentos disponíveis nas regiões de habitação e também com diferentes normas culturais e religiosas, grupos humanos adotaram uma gama de dietas, principalmente a partir do puramente [[vegetariano]] para o [[carnívoro]]. Em alguns casos, restrições alimentares levam a deficiências que podem acabar em [[doença]]s, porém grupos estáveis de humanos se adaptaram aos vários padrões dietéticos, através da especialização genética e de convenções culturais para utilizar fontes alimentares nutricionalmente equilibradas.<ref>{{citar periódico|periódico=Journal of the American Dietetic Association|ano=2003| volume=103|número=6|páginas=748–765|título=Vegetarian Diets| doi=10.1053/jada.2003.50142}}[http://www.eatright.org/cps/rde/xchg/ada/hs.xsl/advocacy_933_ENU_HTML.htm online copy available] {{Wayback|url=http://www.eatright.org/cps/rde/xchg/ada/hs.xsl/advocacy_933_ENU_HTML.htm |date=20160126043408 }}</ref> A dieta humana é proeminentemente refletida na cultura humana e levou ao desenvolvimento da [[ciência dos alimentos]].<ref>{{citar web |url=http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd10_01.pdf |título=Antropologia e Nutrição: um diálogo possível |autor1=Ana Maria Canesqui|autor2= Rosa Wanda Diez Garcia |editor=Editora FioCruz |data=2005 |acessodata=8 de outubro de 2015}}</ref>
* {{Link|en|2=http://sciencenow.sciencemag.org/cgi/content/full/2007/213/2 |3=Earliest cultivation of barley}}
* {{Link||2=http://news.bbc.co.uk/2/hi/science/nature/5038116.stm |3=Earliest cultivation of figs |4=- URLs retrieved February 19, 2007}}</ref>


Os seres humanos são [[Omnívoro|onívoros]], capazes de consumir tantos produtos [[Plantae|vegetais]] como produtos [[Animalia|animais]]. Com as diferentes fontes de alimentos disponíveis nas regiões de habitação e também com diferentes normas [[Cultura|culturais]] e [[Religião|religiosas]], grupos humanos adotaram uma gama de [[Dieta|dietas]], principalmente a partir do puramente [[Vegetarianismo|vegetariano]] para o [[carnívoro]]. Em alguns casos, restrições alimentares levam a [[Desnutrição|deficiências]] que podem acabar em [[doença]]s, porém grupos estáveis de humanos se adaptaram aos vários padrões dietéticos, através da especialização genética e de convenções culturais para utilizar fontes alimentares nutricionalmente equilibradas.<ref>{{citar periódico|periódico=Journal of the American Dietetic Association|ano=2003| volume=103|número=6|páginas=748–765|título=Vegetarian Diets| doi=10.1053/jada.2003.50142}}[http://www.eatright.org/cps/rde/xchg/ada/hs.xsl/advocacy_933_ENU_HTML.htm online copy available] {{Wayback|url=http://www.eatright.org/cps/rde/xchg/ada/hs.xsl/advocacy_933_ENU_HTML.htm |date=20160126043408 }}</ref> A dieta humana é proeminentemente refletida na cultura humana e levou ao desenvolvimento da [[ciência dos alimentos]].<ref>{{citar web |url=http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd10_01.pdf |título=Antropologia e Nutrição: um diálogo possível |autor1=Ana Maria Canesqui|autor2= Rosa Wanda Diez Garcia |editor=Editora FioCruz |data=2005 |acessodata=8 de outubro de 2015}}</ref>
Em geral, os seres humanos podem sobreviver por duas a oito [[semana]]s sem alimentos, em função da [[gordura]] corporal armazenada. A sobrevivência sem água é geralmente limitada a três ou quatro [[dia]]s. A falta de comida continua a ser um problema grave, com cerca de 300 mil pessoas morrendo de fome a cada ano.<ref>{{Citar web |url=http://www.who.int/healthinfo/bod/en/index.html |título=Death and DALY estimates for 2002 by cause for WHO Member States World Health Organisation. Accessed 29 Oct 2006 |língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=}}</ref> A desnutrição infantil também é comum e contribui para o número de mortos.<ref>{{citar periódico|autor = Murray C, Lopez A |título= Global mortality, disability, and the contribution of risk factors: Global Burden of Disease Study |periódico= Lancet | volume = 349 |número= 9063 |páginas= 1436–42 |ano= 1997 | pmid = 9164317 | doi = 10.1016/S0140-6736(96)07495-8}}</ref>
[[Ficheiro:Preparing The Feast.jpg|thumb|direita|Pessoas preparando uma refeição em [[Bali]], [[Indonésia]].]]


No entanto, a distribuição alimentar global não é equilibrada, a [[obesidade]] atinge algumas populações humanas chegando a proporções [[Epidemia|epidêmicas]], levando a complicações de saúde e aumento da mortalidade em alguns [[País desenvolvido|países desenvolvidos]] e [[País em desenvolvimento|em desenvolvimento]]. O ''[[Centers for Disease Control and Prevention]]'' (CDC) dos [[Estados Unidos]] indica que 32% dos adultos americanos com idades superiores a 20 anos são obesos, enquanto 66,5% são obesos ou com sobrepeso. A obesidade é causada por consumir mais [[caloria]]s do que os gastos do corpo, e muitos atribuem o ganho de peso excessivo a uma combinação de excessos alimentares e exercícios físicos insuficientes.<ref name=HaslamJames>{{citar periódico | autor = Haslam DW, James WP | título = Obesity | jornal = Lancet | volume = 366 | número = 9492 | páginas = 1197–209 | ano = 2005 | pmid = 16198769 | doi = 10.1016/S0140-6736(05)67483-1 }}</ref>
Em geral, os seres humanos podem sobreviver por duas a oito [[semana]]s sem alimentos, em função da [[Tecido adiposo|gordura corporal]] armazenada. A sobrevivência sem água é geralmente limitada a três ou quatro [[dia]]s. A falta de comida continua a ser um problema grave, com cerca de 300 mil pessoas morrendo de fome a cada ano.<ref>{{Citar web |url=http://www.who.int/healthinfo/bod/en/index.html |título=Death and DALY estimates for 2002 by cause for WHO Member States World Health Organisation. Accessed 29 Oct 2006 |língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=}}</ref> A desnutrição infantil também é comum e contribui para o número de mortos.<ref>{{citar periódico|autor = Murray C, Lopez A |título= Global mortality, disability, and the contribution of risk factors: Global Burden of Disease Study |periódico= Lancet | volume = 349 |número= 9063 |páginas= 1436–42 |ano= 1997 | pmid = 9164317 | doi = 10.1016/S0140-6736(96)07495-8}}</ref> No entanto, a distribuição alimentar global não é equilibrada, a [[obesidade]] atinge algumas populações humanas chegando a proporções [[Epidemia|epidêmicas]], levando a complicações de saúde e aumento da mortalidade em alguns [[País desenvolvido|países desenvolvidos]] e [[País em desenvolvimento|em desenvolvimento]]. O ''[[Centros de Controle e Prevenção de Doenças]]'' (CDC) dos [[Estados Unidos]] indica que 32% dos adultos americanos com idades superiores a 20 anos são obesos, enquanto 66,5% são obesos ou com [[sobrepeso]]. A obesidade é causada por consumir mais [[caloria]]s do que os gastos do corpo, e muitos atribuem o ganho de peso excessivo a uma combinação de excessos alimentares e exercícios físicos insuficientes.<ref name=HaslamJames>{{citar periódico | autor = Haslam DW, James WP | título = Obesity | jornal = Lancet | volume = 366 | número = 9492 | páginas = 1197–209 | ano = 2005 | pmid = 16198769 | doi = 10.1016/S0140-6736(05)67483-1 }}</ref>


=== Sono e sonho ===
Há pelo menos dez mil anos, os humanos desenvolveram a [[agricultura]], que alterou substancialmente o tipo de alimentos que as pessoas comiam. Isto levou a um aumento da [[população]], ao desenvolvimento das [[cidade]]s e, em virtude do aumento da [[densidade populacional]], à maior propagação de [[doenças infecciosas]]. Os tipos de alimentos consumidos, bem como a forma como são preparados, tem variado muito, através do tempo, da localização e da cultura.<ref>{{Link|en|2=http://www.archaeology.org/9707/newsbriefs/squash.html|3=Earliest agriculture in the Americas}}
{{Artigo principal|Sono|Sonho}}
* {{Link|en|2=http://sciencenow.sciencemag.org/cgi/content/full/2007/213/2 |3=Earliest cultivation of barley}}
Os seres humanos são geralmente [[Diurnalidade|diurnos]]. A necessidade de [[sono]] média é de entre sete e nove horas por dia para um [[adulto]] e de nove a dez horas por dia para uma [[criança]]; as pessoas [[Idoso|idosas]] costumam dormir de seis a sete horas. Sentir menos sono do que isso é comum nas sociedades modernas e a [[Privação de sono|privação do sono]] pode ter efeitos negativos. A restrição constante do sono adulto para quatro horas por dia tem sido mostrada como correlacionada com mudanças na [[Fisiologia humana|fisiologia]] e no [[estado mental]], incluindo [[fadiga]], [[Agressão|agressividade]] e [[Conforto ambiental|desconforto]] corporal.<ref name=Grandner2010>{{citar periódico|autor =Grandner, Michael A.; Patel, Nirav P.; Gehrman, Philip R.; Perlis, Michael L.; Pack, Allan I. |título=Problems associated with short sleep: bridging the gap between laboratory and epidemiological studies |periódico=Sleep Medicine Reviews |ano=2010 |volume=14 |número=4 |páginas=239–47 |pmid=19896872 |pmc=2888649 |doi=10.1016/j.smrv.2009.08.001}}</ref>
* {{Link||2=http://news.bbc.co.uk/2/hi/science/nature/5038116.stm |3=Earliest cultivation of figs |4=- URLs retrieved February 19, 2007}}</ref>


Durante o sono, os humanos sonham, onde experimentam imagens e sons sensoriais. O [[sonho]] é estimulado pela [[Ponte (sistema nervoso)|ponte]] e ocorre principalmente durante a [[Sono com movimento rápido dos olhos|fase REM do sono]].<ref>{{cite web| vauthors = Ann L |date=27 de janeiro de 2005|title=HowStuffWorks "Dreams: Stages of Sleep"|url=https://science.howstuffworks.com/environmental/life/human-biology/dream2.htm|url-status=dead|archive-url=https://web.archive.org/web/20120515212353/https://science.howstuffworks.com/environmental/life/human-biology/dream2.htm|archive-date=15 de maio de 2012|access-date=11 de agosto de 2012|publisher=Science.howstuffworks.com}}</ref> A duração de um sonho pode variar de alguns segundos a 30 minutos.<ref name=Hobson>{{cite journal | vauthors = Hobson JA | title = REM sleep and dreaming: towards a theory of protoconsciousness | journal = Nature Reviews. Neuroscience | volume = 10 | issue = 11 | pages = 803–813 | date = Novembro de 2009 | pmid = 19794431 | doi = 10.1038/nrn2716 | s2cid = 205505278 }}</ref> Os humanos têm de três a cinco sonhos por noite, mas algumas pessoas podem ter até sete.<ref>{{cite book | vauthors = Empson J | date = 2002 | title = Sleep and dreaming | edition = 3rd | location = New York | publisher = Palgrave/St. Martin's Press }}</ref> É mais provável que os sonhadores se lembrem do sonho se forem acordados durante a fase REM. Os eventos nos sonhos geralmente estão fora do controle do sonhador, com exceção dos [[Sonho lúcido|sonhos lúcidos]], onde o sonhador está [[Autoconsciência|autoconsciente]].<ref>{{cite web| vauthors = Lite J |date=29 de julho de 2010|title=How Can You Control Your Dreams?|url=https://www.scientificamerican.com/article/how-to-control-dreams/|url-status=live|archive-url=https://web.archive.org/web/20150202070145/https://www.scientificamerican.com/article/how-to-control-dreams/|archive-date=2 de fevereiro de 2015|website=Scientific America}}</ref> Às vezes, os sonhos podem fazer com que ocorra um [[Criatividade|pensamento criativo]] ou dar uma sensação de [[inspiração]].<ref>{{cite book | vauthors = Domhoff W | date = 2002 | title = The scientific study of dreams | publisher = APA Press }}</ref>
=== Sono ===
{{Artigo principal|Sono}}
Os seres humanos são geralmente diurnos. A necessidade de [[sono]] média é de entre sete e nove horas por dia para um adulto e de nove a dez horas por dia para uma criança; as pessoas idosas costumam dormir de seis a sete horas. Sentir menos sono do que isso é comum nas sociedades modernas e a [[privação do sono]] pode ter efeitos negativos. A restrição constante do sono adulto para quatro horas por dia tem sido mostrada como correlacionada com mudanças na fisiologia e no [[estado mental]], incluindo fadiga, agressividade e desconforto corporal.<ref name=Grandner2010>{{citar periódico|autor =Grandner, Michael A.; Patel, Nirav P.; Gehrman, Philip R.; Perlis, Michael L.; Pack, Allan I. |título=Problems associated with short sleep: bridging the gap between laboratory and epidemiological studies |periódico=Sleep Medicine Reviews |ano=2010 |volume=14 |número=4 |páginas=239–47 |pmid=19896872 |pmc=2888649 |doi=10.1016/j.smrv.2009.08.001}}</ref>


== Psicologia ==
== Psicologia ==
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=== Consciência e pensamento ===
=== Consciência e pensamento ===
{{Artigo principal|Consciência|Cognição}}
{{Artigo principal|Consciência|Cognição}}
[[Ficheiro:RobertFuddBewusstsein17Jh.png|thumb|esquerda|upright|Representação gráfica da consciência (século XVII)]]
[[Ficheiro:RobertFuddBewusstsein17Jh.png|thumb|esquerda|upright|Representação gráfica da consciência (século XVII).]]

O que faz, de nós, seres humanos é o fato de sermos capazes de [[Visão|ver]], tudo aquilo que [[pensamento|pensamos]], [[imaginação|imaginamos]], [[Raciocínio lógico|raciocinamos]] e [[Memória|recordamos]], como um todo em relação ao qual podemos dizer um Sim ou um Não, um “é [[Verdade lógica|verdadeiro]]” ou um “é [[Falso (lógica)|falso]]”, isto é, o sermos capazes de julgar da [[Verdade|veracidade]] ou falsidade de tudo aquilo que a nossa própria [[mente]] vai [[conhecimento|conhecendo]] ou [[produção|produzindo]].<ref>{{Citar web|url=https://joaofariamorais.blogspot.com/2023/10/o-intelectual-e-uma-peculiar-moderna.html|titulo=Sub Specie Realitatis|data=2023-10-01|acessodata=2024-01-13|lingua=pt-BR}}</ref>


Os seres humanos são apenas uma das nove espécies que passam no [[teste do espelho]] — que testa se um animal reconhece sua [[reflexão (física)|reflexão]] como uma imagem de si mesmo — juntamente com todos os [[Hominidae|grandes macacos]] ([[gorila]]s, [[chimpanzé]]s, [[orangotango]]s, [[bonobo]]s), [[golfinho]]s, [[Elefante asiático|elefantes asiáticos]], [[Pega-rabuda]]s e [[Orca]]s.<ref>Robert W. Allan explores a few of these experiments on his webpage: http://ww2.lafayette.edu/~allanr/mirror.html {{Wayback|url=http://ww2.lafayette.edu/~allanr/mirror.html# |date=20091201124815 }}</ref> A maioria das crianças humanas passam no teste do espelho com 18 meses de idade.<ref>{{Citar web |url=http://www.ulm.edu/~palmer/ConsciousnessandtheSymbolicUniverse.htm |título=Consciousness and the Symbolic Universe, by Dr. Jack Palmer|língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=17 de março de 2006}}</ref> No entanto, a utilidade deste teste como um verdadeiro teste de consciência tem sido contestada, e esta pode ser uma questão de grau, em vez de uma divisão nítida. Macacos foram treinados para aplicar as regras de resumo em tarefas.<ref>{{Citar web |url=http://web.mit.edu/newsoffice/2001/abstract-0718.html |título=Researchers home in on how brain handles abstract thought - retrieved July 29, 2006 |língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=}}</ref>
Os seres humanos são apenas uma das nove espécies que passam no [[teste do espelho]] — que testa se um animal reconhece sua [[reflexão (física)|reflexão]] como uma imagem de si mesmo — juntamente com todos os [[Hominidae|grandes macacos]] ([[gorila]]s, [[chimpanzé]]s, [[orangotango]]s, [[bonobo]]s), [[golfinho]]s, [[Elefante-asiático|elefantes-asiáticos]], [[pega-rabuda]]s e [[Orca]]s.<ref>Robert W. Allan explores a few of these experiments on his webpage: http://ww2.lafayette.edu/~allanr/mirror.html {{Wayback|url=http://ww2.lafayette.edu/~allanr/mirror.html# |date=20091201124815 }}</ref> A maioria das crianças humanas passam no teste do espelho com 18 meses de idade.<ref>{{Citar web |url=http://www.ulm.edu/~palmer/ConsciousnessandtheSymbolicUniverse.htm |título=Consciousness and the Symbolic Universe, by Dr. Jack Palmer|língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=17 de março de 2006}}</ref> No entanto, a utilidade deste teste como um verdadeiro teste de consciência tem sido contestada, e esta pode ser uma questão de grau, em vez de uma divisão nítida. [[Macaco|Macacos]] foram treinados para aplicar as regras de resumo em tarefas.<ref>{{Citar web |url=http://web.mit.edu/newsoffice/2001/abstract-0718.html |título=Researchers home in on how brain handles abstract thought - retrieved July 29, 2006 |língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=}}</ref>


O cérebro humano percebe o mundo externo através dos [[sentido]]s e cada indivíduo humano é muito influenciado pelas suas experiências, levando a visões [[Subjetividade|subjetivas]] da [[existência]] e da passagem do [[tempo]]. Os seres humanos possuem a [[consciência]], a [[auto-consciência]] e uma [[mente]], que correspondem aproximadamente aos processos mentais de [[pensamento]]. Estes são ditos de possuir qualidades tais como a auto-consciência, [[sensibilidade]], [[sapiência]] e a capacidade de perceber a relação entre si e o [[meio ambiente]]. A medida como a mente constrói ou experimenta o mundo exterior é um assunto de debate, assim como as definições e validade de muitos dos termos usados acima. O [[filósofo]] da [[ciência cognitiva]] [[Daniel Dennett]], por exemplo, argumenta que não existe tal coisa como um centro narrativo chamado de "mente", mas que em vez disso, é simplesmente um conjunto de entradas e saídas sensoriais: diferentes tipos de '"[[software]]s"' paralelos em execução.<ref>Dennett, Daniel (1991). ''Consciousness Explained''. Little Brown & Co, 1991, ISBN 0-316-18065-3.</ref> O [[psicólogo]] [[B. F. Skinner]] argumenta que a mente é uma ficção de motivos que desvia a atenção das causas ambientais do comportamento<ref>Skinner, B.F. About Behaviorism 1974, page 74–75</ref> e o que são comumente vistos como processos mentais podem ser melhor concebidos como formas de comportamento verbal encoberto.<ref>Skinner, B.F. ''About Behaviorism'', Chapter 7: Thinking</ref><ref>A thesis against which [[Noam Chomsky]] advanced a considerable polemic.</ref>
O cérebro humano percebe o mundo externo através dos [[Sistema sensorial|sentidos]] e cada indivíduo humano é muito influenciado pelas suas experiências, levando a visões [[Subjetividade|subjetivas]] da [[existência]] e da passagem do [[tempo]]. Os seres humanos possuem a [[consciência]], a [[autoconsciência]] e uma [[mente]], que correspondem aproximadamente aos processos mentais de [[pensamento]]. Estes são ditos de possuir qualidades tais como a autoconsciência, [[sensibilidade]], [[sabedoria]] e a capacidade de perceber a relação entre si e o [[meio ambiente]]. A medida como a mente constrói ou experimenta o mundo exterior é um assunto de debate, assim como as definições e validade de muitos dos termos usados acima. O [[filósofo]] da [[ciência cognitiva]] [[Daniel Dennett]], por exemplo, argumenta que não existe tal coisa como um centro narrativo chamado de "mente", mas que em vez disso, é simplesmente um conjunto de entradas e saídas sensoriais: diferentes tipos de '"[[software]]s"' paralelos em execução.<ref>Dennett, Daniel (1991). ''Consciousness Explained''. Little Brown & Co, 1991, ISBN 0-316-18065-3.</ref> O [[Psicologia|psicólogo]] [[Burrhus Frederic Skinner|B. F. Skinner]] argumenta que a mente é uma ficção de motivos que desvia a atenção das causas ambientais do comportamento<ref>Skinner, B.F. About Behaviorism 1974, page 74–75</ref> e o que são comumente vistos como processos mentais podem ser melhor concebidos como formas de comportamento verbal encoberto.<ref>Skinner, B.F. ''About Behaviorism'', Chapter 7: Thinking</ref><ref>A thesis against which [[Noam Chomsky]] advanced a considerable polemic.</ref>


=== Motivação e emoção ===
=== Motivação e emoção ===
{{Artigo principal|Motivação|Emoção}}
{{Artigo principal|Motivação|Emoção}}


[[Ficheiro:Plate depicting emotions of grief from Charles Darwin's book The Expression of the Emotions.jpg|thumb|esquerda|upright|Ilustração de pesar do livro ''[[A Expressão das Emoções no Homem e nos Animais]]'', de [[Charles Darwin]].]]
[[Ficheiro:Plate depicting emotions of grief from Charles Darwin's book The Expression of the Emotions.jpg|thumb|Ilustração de pesar do livro ''[[A Expressão das Emoções no Homem e nos Animais]]'', de [[Charles Darwin]].]]


A [[motivação]] é a força motriz por trás do [[desejo]] de todas as ações deliberadas dos seres humanos. A motivação é baseada em emoções, especificamente, na busca de [[Orgulho|satisfação]] (experiências emocionais positivas), e à prevenção de [[conflito]]s. Positivo e negativo são definidos pelo estado individual do cérebro, que pode ser influenciado por [[Norma social|normas sociais]]: uma pessoa pode ser levada a [[Automutilação|auto-agressão]] ou [[violência]], porque seu cérebro está condicionado a criar uma resposta positiva a essas ações. A motivação é importante porque está envolvida no desempenho de todas as respostas aprendidas. Dentro da psicologia, a [[prevenção de conflitos]] e a [[libido]] são vistas como motivadores primários. Dentro da [[economia]], a motivação é muitas vezes vista por basear-se em incentivos, estes podem ser de ordem [[financeira]], [[moral]] ou [[Coerção|coercitiva]].<ref>{{citar livro| vauthors = Heckhausen J, Heckhausen H |data=28 de março de 2018|título=Motivation and Action|local=Introduction and Overview|publicado=Springer, Cham|página=1|isbn=978-3-319-65093-7|doi=10.1007/978-3-319-65094-4_1}}</ref>
A [[motivação]] é a força motriz por trás do [[desejo]] de todas as ações deliberadas dos seres humanos. A motivação é baseada em emoções, especificamente, na busca de [[Orgulho|satisfação]] (experiências emocionais positivas), e à prevenção de [[conflito]]s. Positivo e negativo são definidos pelo estado individual do cérebro, que pode ser influenciado por [[Norma social|normas sociais]]: uma pessoa pode ser levada a [[Autolesão|autoagressão]] ou [[violência]], porque seu cérebro está condicionado a criar uma resposta positiva a essas ações. A motivação é importante porque está envolvida no desempenho de todas as respostas aprendidas. Dentro da psicologia, a prevenção de conflitos e a [[libido]] são vistas como motivadores primários. Dentro da [[economia]], a motivação é muitas vezes vista por basear-se em incentivos, estes podem ser de ordem [[Instituição financeira|financeira]], [[moral]] ou [[Coerção|coercitiva]].<ref>{{citar livro| vauthors = Heckhausen J, Heckhausen H |data=28 de março de 2018|título=Motivation and Action|local=Introduction and Overview|publicado=Springer, Cham|página=1|isbn=978-3-319-65093-7|doi=10.1007/978-3-319-65094-4_1}}</ref>


A [[emoção]] tem uma significante influência, podemos dizer que serve até mesmo para controlar o comportamento humano, porém historicamente muitas culturas e filósofos, por diversas razões tem desencorajado essa influência por não ser checável. As experiências emocionais percebidas como agradáveis, como o [[amor]], a [[admiração]] e a [[alegria (sentimento)|alegria]], contrastando com aquelas percebidas como desagradáveis, como o [[ódio]], a [[inveja]] ou a [[tristeza]].<ref>{{citar periódico| vauthors = Damasio AR |título= Emotion in the perspective of an integrated nervous system |periódico= Brain Research. Brain Research Reviews | volume = 26 |número= 2–3 |páginas= 83–6 |data= Maio de 1998 | pmid = 9651488 | doi = 10.1016/s0165-0173(97)00064-7 }}</ref><ref>{{citar livro| vauthors = Ekman P, Davidson RJ |título=The Nature of emotion : fundamental questions|data=1994|publicado=Oxford University Press|isbn=978-0-19-508944-8|local=New York|páginas=291–93|citação=Emotional processing, but not emotions, can occur unconsciously.}}</ref> No pensamento científico moderno, algumas emoções refinadas consideradas um traço complexo neural inato em uma variedade de [[mamífero]]s domesticados e não domesticados. Estas normalmente foram desenvolvidas em reacção a mecanismos de sobrevivência superior e inteligentes de interação entre si e o ambiente; como tal, não é em todos os casos distinta e separada da função neural natural como foi uma vez assumida a emoção refinada. No entanto, quando seres humanos vivem de forma [[Civilização|civilizada]], verificou-se que a ação desinibida em extrema emoção pode levar à desordem social e à [[criminalidade]].<ref>{{citar livro| vauthors = Van Gelder JL |url= https://www.researchgate.net/publication/317042659 |título=Oxford Bibliographies in Criminology|publicado=Oxford University Press|data=Novembro de 2016| veditors = Wright R |capítulo=Emotions in Criminal Decision Making}}</ref>
A [[emoção]] tem uma significante influência, podemos dizer que serve até mesmo para controlar o comportamento humano, porém historicamente muitas culturas e filósofos, por diversas razões tem desencorajado essa influência por não ser checável. As experiências emocionais percebidas como agradáveis, como o [[amor]], a [[admiração]] e a [[alegria]], contrastando com aquelas percebidas como desagradáveis, como o [[ódio]], a [[inveja]] ou a [[tristeza]].<ref>{{citar periódico| vauthors = Damasio AR |título= Emotion in the perspective of an integrated nervous system |periódico= Brain Research. Brain Research Reviews | volume = 26 |número= 2–3 |páginas= 83–6 |data= Maio de 1998 | pmid = 9651488 | doi = 10.1016/s0165-0173(97)00064-7 }}</ref><ref>{{citar livro| vauthors = Ekman P, Davidson RJ |título=The Nature of emotion : fundamental questions|data=1994|publicado=Oxford University Press|isbn=978-0-19-508944-8|local=New York|páginas=291–93|citação=Emotional processing, but not emotions, can occur unconsciously.}}</ref> No pensamento científico moderno, algumas emoções refinadas consideradas um traço complexo neural inato em uma variedade de [[mamíferos]] [[Domesticação|domesticados]] e não domesticados. Estas normalmente foram desenvolvidas em reação a mecanismos de sobrevivência superior e inteligentes de interação entre si e o ambiente; como tal, não é em todos os casos distinta e separada da função neural natural como foi uma vez assumida a emoção refinada. No entanto, quando seres humanos vivem de forma [[Civilização|civilizada]], verificou-se que a ação desinibida em extrema emoção pode levar à desordem social e à [[Crime|criminalidade]].<ref>{{citar livro| vauthors = Van Gelder JL |url= https://www.researchgate.net/publication/317042659 |título=Oxford Bibliographies in Criminology|publicado=Oxford University Press|data=Novembro de 2016| veditors = Wright R |capítulo=Emotions in Criminal Decision Making}}</ref>


=== Sexualidade e amor ===
=== Sexualidade e amor ===
[[Imagem:Bundesarchiv Bild 183-1983-0815-302, FKK-Strände des Senftenberger Erholungsgebietes.jpg|thumb|Família [[naturista]] na [[Alemanha Oriental]], agosto de 1983]]
[[Imagem:Bundesarchiv Bild 183-1983-0815-302, FKK-Strände des Senftenberger Erholungsgebietes.jpg|thumb|Família [[Naturismo|naturista]] na [[Alemanha Oriental]], agosto de 1983.]]
[[Ficheiro:Sweet Baby Kisses Family Love.jpg|thumb|Os pais humanos continuam a cuidar de seus filhos por muito tempo depois que eles nascem]]
[[Ficheiro:Sweet Baby Kisses Family Love.jpg|thumb|Os pais humanos continuam a cuidar de seus [[Filho|filhos]] por muito tempo depois que eles nascem.]]
{{Artigo principal|Amor|Sexualidade humana}}
{{Artigo principal|Amor|Sexualidade humana}}
{{Vertambém|Orientação sexual|Heterossexualidade|Homossexualidade|Bissexualidade|Transexualidade|Assexualidade}}
{{Vertambém|Orientação sexual|Heterossexualidade|Homossexualidade|Bissexualidade|Transexualidade|Assexualidade}}


A [[sexualidade humana]], além de garantir a [[reprodução]] biológica, tem importante função social: ele cria intimidade física, títulos e [[hierarquia]]s entre os indivíduos, podendo ser direcionada para a transcendência espiritual (de acordo com algumas tradições);<ref name="S. Greenberg">{{citar livro| vauthors = Greenberg JS, Bruess CE, Oswalt SB |url= https://books.google.com/books?id=8iarCwAAQBAJ&pg=PA4 |título=Exploring the Dimensions of Human Sexuality|publicado=[[Jones & Bartlett Publishers]]|ano=2016|isbn=978-1-284-08154-1|páginas=4–10|citação=Human sexuality is a part of your total personality. It involves the interrelationship of biological, psychological, and sociocultural dimensions. [...] It is the total of our physical, emotional, and spiritual responses, thoughts, and feelings.|acessodata=21 de junho de 2017}}</ref><ref name="Bolin">{{citar livro| vauthors = Bolin A, Whelehan P |url=https://books.google.com/books?id=qrPHYok19v8C&pg=PA32|título=Human Sexuality: Biological, Psychological, and Cultural Perspectives|publicado=[[Taylor & Francis]]|ano=2009|isbn=978-0-7890-2671-2|páginas=32–42}}</ref> e com um sentido [[Hedonismo|hedonista]] de gozar de atividade sexual envolvendo gratificação. O desejo sexual, ou [[libido]], é sentido como um desejo do corpo, muitas vezes acompanhada de fortes emoções como o [[amor]], o [[êxtase]] e o [[ciúme]].<ref>{{citar periódico| vauthors = Younis I, Abdel-Rahman SH |data=2013|título=Sex difference in libido |periódico=Human Andrology|língua=en-US|volume=3|número=4|páginas=85–89|doi=10.1097/01.XHA.0000432482.01760.b0}}</ref>
A [[sexualidade humana]], além de garantir a [[reprodução]] biológica, tem importante função social: ele cria intimidade física, títulos e [[hierarquia]]s entre os indivíduos, podendo ser direcionada para a transcendência espiritual (de acordo com algumas tradições);<ref name="S. Greenberg">{{citar livro| vauthors = Greenberg JS, Bruess CE, Oswalt SB |url= https://books.google.com/books?id=8iarCwAAQBAJ&pg=PA4 |título=Exploring the Dimensions of Human Sexuality|publicado=Jones & Bartlett Publishers|ano=2016|isbn=978-1-284-08154-1|páginas=4–10|citação=Human sexuality is a part of your total personality. It involves the interrelationship of biological, psychological, and sociocultural dimensions. [...] It is the total of our physical, emotional, and spiritual responses, thoughts, and feelings.|acessodata=21 de junho de 2017}}</ref><ref name="Bolin">{{citar livro| vauthors = Bolin A, Whelehan P |url=https://books.google.com/books?id=qrPHYok19v8C&pg=PA32|título=Human Sexuality: Biological, Psychological, and Cultural Perspectives|publicado=[[Taylor & Francis]]|ano=2009|isbn=978-0-7890-2671-2|páginas=32–42}}</ref> e com um sentido [[Hedonismo|hedonista]] de gozar de atividade sexual envolvendo gratificação. O desejo sexual, ou [[libido]], é sentido como um desejo do corpo, muitas vezes acompanhada de fortes emoções como o [[amor]], o [[êxtase]] e o [[ciúme]].<ref>{{citar periódico| vauthors = Younis I, Abdel-Rahman SH |data=2013|título=Sex difference in libido |periódico=Human Andrology|língua=en-US|volume=3|número=4|páginas=85–89|doi=10.1097/01.XHA.0000432482.01760.b0}}</ref>


Escolhas humanas em agir sobre a sexualidade são normalmente influenciadas por normas culturais, que variam de forma muito ampla. As restrições são muitas vezes determinadas por crenças religiosas ou costumes sociais. O pesquisador pioneiro [[Sigmund Freud]] acreditava que os seres humanos nascem [[Desenvolvimento psicossexual|polimorficamente perversos]], o que significa que qualquer número de objetos pode ser uma fonte de prazer.<ref name="The Evolution of Desire"/><ref name="Thornhill"/>
Escolhas humanas em agir sobre a sexualidade são normalmente influenciadas por normas culturais, que variam de forma muito ampla. As restrições são muitas vezes determinadas por crenças religiosas ou costumes sociais. O pesquisador pioneiro [[Sigmund Freud]] acreditava que os seres humanos nascem [[Desenvolvimento psicossexual|polimorficamente perversos]], o que significa que qualquer número de objetos pode ser uma fonte de prazer.<ref name="The Evolution of Desire"/><ref name="Thornhill"/>
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O conjunto sem precedentes de habilidades intelectuais da humanidade foi um fator-chave no eventual avanço tecnológico da espécie e na concomitante dominação da [[biosfera]].<ref>{{Citar livro|título=The Precipice: Existential Risk and the Future of Humanity|data=2020|editora=Hachette Books|localização=New York|isbn=978-0-316-48489-3|citação=Homo sapiens and our close relatives may have some unique physical attributes, such as our dextrous hands, upright walking and resonant voices. However, these on their own cannot explain our success. They went together with our intelligence...}}</ref> Desconsiderando os hominídeos extintos, os humanos são os únicos animais conhecidos por ensinar informações generalizáveis,<ref>{{Citar jornal |url=https://www.bbc.com/future/article/20121005-pay-attention-its-animal-school |titulo=Pay attention… time for lessons at animal school |data=2012 |acessodata=22 de abril de 2020 |website=bbc.com |lingua=en}}</ref> implantar inatamente a incorporação recursiva para gerar e comunicar conceitos complexos,<ref>{{Citar periódico |titulo=Infant cognition includes the potentially human-unique ability to encode embedding |data=Novembro de 2018 |paginas=eaar8334 |bibcode=2018SciA....4.8334W |doi=10.1126/sciadv.aar8334 |pmc=6248967 |pmid=30474053 |vauthors=Winkler M, Mueller JL, Friederici AD, Männel C |volume=4 |periódico=Science Advances}}</ref> envolver a "[[física]] popular" necessária para projetar ferramentas competentes,<ref>{{Citar periódico |titulo=What's so special about human tool use? |data=Julho de 2003 |paginas=201–4 |doi=10.1016/S0896-6273(03)00424-0 |pmid=12873378 |vauthors=Johnson-Frey SH |volume=39 |periódico=Neuron}}</ref><ref>{{Citar periódico |titulo=Tool use and physical cognition in birds and mammals |data=Fevereiro de 2009 |paginas=27–33 |doi=10.1016/j.conb.2009.02.003 |pmid=19328675 |citação=In short, the evidence to date that animals have an understanding of folk physics is at best mixed. |vauthors=Emery NJ, Clayton NS |volume=19 |periódico=Current Opinion in Neurobiology}}</ref> ou [[Cozedura|cozinhar alimentos]] em estado selvagem.<ref>{{Citar jornal |url=https://www.nationalgeographic.com/news/2015/06/150602-chimp-cooking-evolution-human-brain-science/ |titulo=Chimps Can't Cook, But Maybe They'd Like To |data=3 de junho de 2015 |acessodata=22 de abril de 2020 |website=National Geographic News}}</ref> O ensino e a aprendizagem preservam a [[identidade cultural]] e etnográfica de todas as diversas sociedades humanas.<ref>{{Citar periódico |titulo=The Role and Importance of the Study of Economic Subjects in the Implementation of the Educational Potential of Education |data=2015-06-02 |series=The Proceedings of 6th World Conference on educational Sciences |paginas=2565–2567 |lingua=en |doi=10.1016/j.sbspro.2015.04.690 |issn=1877-0428 |vauthors=Vakhitova T, Gadelshina L |volume=191 |periódico=Procedia - Social and Behavioral Sciences}}</ref> Outros traços e comportamentos que são, em sua maioria, exclusivos aos humanos, incluem iniciar e controlar focos de [[fogo]],<ref>{{Citar jornal |url=https://www.theguardian.com/books/2018/oct/09/the-book-of-humans-adam-rutherford-review |titulo=The Book of Humans by Adam Rutherford review – a pithy homage to our species |data=9 de outubro de 2018 |acessodata=22 de abril de 2020 |website=The Guardian |lingua=en}}</ref> estruturar [[fonema]]s<ref>{{Citar jornal |url=https://www.theguardian.com/science/animal-magic/2015/jun/29/babblers-birds-origin-evolution-language |titulo=Babblers speak to the origin of language |data=29 de junho de 2015 |acessodata=22 de abril de 2020 |website=The Guardian}}</ref> e a aprendizagem vocal.<ref>{{Citar jornal |url=http://www.bbc.com/earth/story/20150216-can-any-animals-talk-like-humans |titulo=Can any animals talk and use language like humans? |data=2015 |acessodata=22 de abril de 2020 |website=bbc.com |lingua=en |citação=Most animals are not vocal learners.}}</ref>
O conjunto sem precedentes de habilidades intelectuais da humanidade foi um fator-chave no eventual avanço tecnológico da espécie e na concomitante dominação da [[biosfera]].<ref>{{Citar livro|título=The Precipice: Existential Risk and the Future of Humanity|data=2020|editora=Hachette Books|localização=New York|isbn=978-0-316-48489-3|citação=Homo sapiens and our close relatives may have some unique physical attributes, such as our dextrous hands, upright walking and resonant voices. However, these on their own cannot explain our success. They went together with our intelligence...}}</ref> Desconsiderando os hominídeos extintos, os humanos são os únicos animais conhecidos por ensinar informações generalizáveis,<ref>{{Citar jornal |url=https://www.bbc.com/future/article/20121005-pay-attention-its-animal-school |titulo=Pay attention… time for lessons at animal school |data=2012 |acessodata=22 de abril de 2020 |website=bbc.com |lingua=en}}</ref> implantar inatamente a incorporação recursiva para gerar e comunicar conceitos complexos,<ref>{{Citar periódico |titulo=Infant cognition includes the potentially human-unique ability to encode embedding |data=Novembro de 2018 |paginas=eaar8334 |bibcode=2018SciA....4.8334W |doi=10.1126/sciadv.aar8334 |pmc=6248967 |pmid=30474053 |vauthors=Winkler M, Mueller JL, Friederici AD, Männel C |volume=4 |periódico=Science Advances}}</ref> envolver a "[[física]] popular" necessária para projetar ferramentas competentes,<ref>{{Citar periódico |titulo=What's so special about human tool use? |data=Julho de 2003 |paginas=201–4 |doi=10.1016/S0896-6273(03)00424-0 |pmid=12873378 |vauthors=Johnson-Frey SH |volume=39 |periódico=Neuron}}</ref><ref>{{Citar periódico |titulo=Tool use and physical cognition in birds and mammals |data=Fevereiro de 2009 |paginas=27–33 |doi=10.1016/j.conb.2009.02.003 |pmid=19328675 |citação=In short, the evidence to date that animals have an understanding of folk physics is at best mixed. |vauthors=Emery NJ, Clayton NS |volume=19 |periódico=Current Opinion in Neurobiology}}</ref> ou [[Cozedura|cozinhar alimentos]] em estado selvagem.<ref>{{Citar jornal |url=https://www.nationalgeographic.com/news/2015/06/150602-chimp-cooking-evolution-human-brain-science/ |titulo=Chimps Can't Cook, But Maybe They'd Like To |data=3 de junho de 2015 |acessodata=22 de abril de 2020 |website=National Geographic News}}</ref> O ensino e a aprendizagem preservam a [[identidade cultural]] e etnográfica de todas as diversas sociedades humanas.<ref>{{Citar periódico |titulo=The Role and Importance of the Study of Economic Subjects in the Implementation of the Educational Potential of Education |data=2015-06-02 |series=The Proceedings of 6th World Conference on educational Sciences |paginas=2565–2567 |lingua=en |doi=10.1016/j.sbspro.2015.04.690 |issn=1877-0428 |vauthors=Vakhitova T, Gadelshina L |volume=191 |periódico=Procedia - Social and Behavioral Sciences}}</ref> Outros traços e comportamentos que são, em sua maioria, exclusivos aos humanos, incluem iniciar e controlar focos de [[fogo]],<ref>{{Citar jornal |url=https://www.theguardian.com/books/2018/oct/09/the-book-of-humans-adam-rutherford-review |titulo=The Book of Humans by Adam Rutherford review – a pithy homage to our species |data=9 de outubro de 2018 |acessodata=22 de abril de 2020 |website=The Guardian |lingua=en}}</ref> estruturar [[fonema]]s<ref>{{Citar jornal |url=https://www.theguardian.com/science/animal-magic/2015/jun/29/babblers-birds-origin-evolution-language |titulo=Babblers speak to the origin of language |data=29 de junho de 2015 |acessodata=22 de abril de 2020 |website=The Guardian}}</ref> e a [[Voz humana|aprendizagem vocal]].<ref>{{Citar jornal |url=http://www.bbc.com/earth/story/20150216-can-any-animals-talk-like-humans |titulo=Can any animals talk and use language like humans? |data=2015 |acessodata=22 de abril de 2020 |website=bbc.com |lingua=en |citação=Most animals are not vocal learners.}}</ref>


A divisão dos humanos em [[Papel social de gênero|papéis de gênero]] masculino e feminino foi marcada culturalmente por uma divisão correspondente de normas, [[Pierre Bourdieu|práticas]], vestimentas, comportamento, direitos, deveres, [[privilégio]]s, [[Estatuto social|estatutos sociais]] e [[poder]]. Muitas vezes se acredita que as diferenças culturais por gênero tenham surgido naturalmente de uma divisão do [[trabalho reprodutivo]]; o fato biológico de que as mulheres dão à luz levou a uma maior responsabilidade cultural de nutrir e cuidar dos filhos.<ref>{{Citar livro|título=International Encyclopedia of the Social & Behavioral Sciences|data=2001|isbn=978-0-08-043076-8}}</ref> Os papeis de gênero têm variado historicamente e os desafios às normas de gênero predominantes têm se repetido em muitas sociedades.<ref>{{Citar web |url=https://time.com/3672297/future-gender-norms/ |titulo=The Past, Present and Future of Gender Norms |data=20 de janeiro de 2015 |acessodata=2020-10-24 |website=Time}}</ref>
A divisão dos humanos em [[Papel social de gênero|papéis de gênero]] masculino e feminino foi marcada culturalmente por uma divisão correspondente de [[Normas constitucionais|normas]], [[Prática|práticas]], [[Roupa|vestimentas]], [[comportamento]], [[Direito|direitos]], [[Direito das obrigações|deveres]], [[privilégio]]s, [[Estatuto social|estatutos sociais]] e [[poder]]. Muitas vezes se acredita que as diferenças culturais por gênero tenham surgido naturalmente de uma divisão do [[trabalho reprodutivo]]; o fato biológico de que as mulheres dão à luz levou a uma maior responsabilidade cultural de nutrir e cuidar dos filhos.<ref>{{Citar livro|título=International Encyclopedia of the Social & Behavioral Sciences|data=2001|isbn=978-0-08-043076-8}}</ref> Os papéis de gênero têm variado historicamente e os desafios às normas de gênero predominantes têm se repetido em muitas sociedades.<ref>{{Citar web |url=https://time.com/3672297/future-gender-norms/ |titulo=The Past, Present and Future of Gender Norms |data=20 de janeiro de 2015 |acessodata=2020-10-24 |website=Time}}</ref>


=== Línguas ===
=== Línguas ===
{{AP|Linguagem}}
{{AP|Linguagem}}
[[Ficheiro:Primary_Human_Language_Families_Map.png|miniaturadaimagem|upright=1.6|Principais [[Família linguística|famílias linguísticas]] do mundo]]
[[Ficheiro:Primary_Human_Languages_Improved_Version.png|miniaturadaimagem|upright=1.5|Principais [[Família linguística|famílias linguísticas]] do mundo.]]


Embora muitas espécies se [[Comunicação animal|comuniquem]], a [[linguagem]] é exclusiva dos humanos, uma característica definidora da humanidade e uma cultura universal.<ref>{{Citar web |url=https://royalsociety.org/news/2013/language-unique-humans/ |titulo=Why is language unique to humans? |data=18 de setembro de 2013 |acessodata=2020-10-24 |publicado=Royal Society |lingua=en-gb}}</ref> Ao contrário dos sistemas limitados de outros animais, a linguagem humana é aberta - um número infinito de significados pode ser produzido pela combinação de um número limitado de símbolos.<ref>{{Citar periódico |titulo=Q&A: What is human language, when did it evolve and why should we care? |data=Julho de 2017 |paginas=64 |doi=10.1186/s12915-017-0405-3 |pmc=5525259 |pmid=28738867 |vauthors=Pagel M |volume=15 |periódico=BMC Biology}}</ref><ref>{{Citar periódico |titulo=Language evolution: How to hear words long silenced |data=2010-12-04 |paginas=ii–iii |lingua=en |bibcode=2010NewSc.208D...2F |doi=10.1016/S0262-4079(10)62961-2 |issn=0262-4079 |vauthors=Fitch WT |volume=208 |periódico=New Scientist}}</ref> A linguagem humana também tem a capacidade de deslocamento, ao usar palavras para representar coisas e acontecimentos que não estão ocorrendo no presente ou localmente, mas que residem na imaginação compartilhada dos interlocutores.<ref name="Revolution">{{Citar livro|url=https://archive.org/details/humanrevolutionf0000coll|título=The Human Revolution: From Ape to Artist|ano=1976}}</ref>
Embora muitas espécies se [[Comunicação animal|comuniquem]], a [[linguagem]] é exclusiva dos humanos, uma característica definidora da humanidade e uma cultura universal.<ref>{{Citar web |url=https://royalsociety.org/news/2013/language-unique-humans/ |titulo=Why is language unique to humans? |data=18 de setembro de 2013 |acessodata=2020-10-24 |publicado=Royal Society |lingua=en-gb}}</ref> Ao contrário dos sistemas limitados de outros animais, a linguagem humana é aberta - um número infinito de significados pode ser produzido pela combinação de um número limitado de símbolos.<ref>{{Citar periódico |titulo=Q&A: What is human language, when did it evolve and why should we care? |data=Julho de 2017 |paginas=64 |doi=10.1186/s12915-017-0405-3 |pmc=5525259 |pmid=28738867 |vauthors=Pagel M |volume=15 |periódico=BMC Biology}}</ref><ref>{{Citar periódico |titulo=Language evolution: How to hear words long silenced |data=2010-12-04 |paginas=ii–iii |lingua=en |bibcode=2010NewSc.208D...2F |doi=10.1016/S0262-4079(10)62961-2 |issn=0262-4079 |vauthors=Fitch WT |volume=208 |periódico=New Scientist}}</ref> A linguagem humana também tem a capacidade de deslocamento, ao usar palavras para representar coisas e acontecimentos que não estão ocorrendo no presente ou localmente, mas que residem na imaginação compartilhada dos interlocutores.<ref name="Revolution">{{Citar livro|url=https://archive.org/details/humanrevolutionf0000coll|título=The Human Revolution: From Ape to Artist|ano=1976}}</ref>


A linguagem difere de outras formas de comunicação por ser [[Origem da fala|independente da modalidade]]; os mesmos significados podem ser transmitidos por meio de diferentes meios, auditivamente na fala, visualmente pela [[língua de sinais]] ou escrita e até mesmo por meio tátil como o [[braille]].<ref>{{Citar livro|título=Language Evolution and Developmental Impairments|data=2016|editora=Palgrave Macmillan UK|páginas=229–255|língua=en|capitulo=The Modality-Independent Capacity of Language: A Milestone of Evolution|doi=10.1057/978-1-137-58746-6_7|isbn=978-1-137-58746-6}}</ref> A linguagem é fundamental para a comunicação entre os humanos e para o senso de identidade que une nações, culturas e grupos étnicos.<ref>{{Citar web |url=https://www.un.org/development/desa/indigenouspeoples/mandated-areas1/culture.html |titulo=Culture {{!}} United Nations For Indigenous Peoples |acessodata=2020-10-24 |website=www.un.org}}</ref> Existem aproximadamente seis mil línguas diferentes atualmente em uso, incluindo línguas de sinais e muitos outros milhares que estão [[Língua extinta|extintas]].<ref name="Comrie1996">{{Citar livro|título=The Atlas of Languages: The Origin and Development of Languages Throughout the World|editora=Facts on File|ano=1996|localização=New York City|páginas=13–15|isbn=978-0-8160-3388-1}}</ref>
A linguagem difere de outras formas de comunicação por ser [[Origem da fala|independente da modalidade]]; os mesmos significados podem ser transmitidos por meio de diferentes meios, auditivamente na fala, visualmente pela [[língua de sinais]] ou escrita e até mesmo por meio tátil como o [[braille]].<ref>{{Citar livro|título=Language Evolution and Developmental Impairments|data=2016|editora=Palgrave Macmillan UK|páginas=229–255|língua=en|capitulo=The Modality-Independent Capacity of Language: A Milestone of Evolution|doi=10.1057/978-1-137-58746-6_7|isbn=978-1-137-58746-6}}</ref> A linguagem é fundamental para a comunicação entre os humanos e para o senso de identidade que une nações, culturas e grupos étnicos.<ref>{{Citar web |url=https://www.un.org/development/desa/indigenouspeoples/mandated-areas1/culture.html |titulo=Culture {{!}} United Nations For Indigenous Peoples |acessodata=2020-10-24 |website=www.un.org}}</ref> Existem aproximadamente seis mil [[Língua natural|línguas]] diferentes atualmente em uso, incluindo línguas de sinais e muitos outros milhares que estão [[Língua extinta|extintas]].<ref name="Comrie1996">{{Citar livro|título=The Atlas of Languages: The Origin and Development of Languages Throughout the World|editora=Facts on File|ano=1996|localização=New York City|páginas=13–15|isbn=978-0-8160-3388-1}}</ref>

=== Religião e espiritualidade ===
{{Artigo principal|Espiritualidade|Religião|Principais grupos religiosos}}
[[Imagem:Prevailing_world_religions_map.png|thumb|upright=1.5|[[Principais grupos religiosos]] do mundo mapeados por país.]]

A [[religião]] é geralmente definida como um sistema de [[crença]]s sobre o [[sobrenatural]], o [[sagrado]] ou o [[Divindade|divino]], além de [[Prática|práticas]], [[Valor (ética)|valores]], [[Instituição|instituições]] e [[Ritual|rituais]] associados a tal crença. Algumas religiões também têm um [[Moral|código moral]]. Não existe, no entanto, uma definição acadêmica consensual do que constitui religião.<ref name=":5">{{Citar periódico |url=https://www.jstor.org/stable/24460821 |titulo=What Is Religion? |data=1998 |paginas=366–380 |issn=0011-1953 |jstor=24460821 |vauthors=Idinopulos TA |volume=48 |periódico=CrossCurrents}}</ref> A religião assumiu muitas formas que variam de acordo com a cultura e a perspectiva individual, em alinhamento com a diversidade geográfica, social e linguística do planeta. A religião pode incluir uma crença na [[vida após a morte]],<ref>{{Citar periódico |titulo=Secular Eschatology: Beliefs about Afterlife |data=2000-08-01 |paginas=5–22 |lingua=en |doi=10.2190/Q21C-5VED-GYW6-W091 |issn=0030-2228 |vauthors=Walker GC |volume=41 |periódico=OMEGA - Journal of Death and Dying}}</ref> a [[origem da vida]],<ref>{{Citar periódico |url=http://www.hrpub.org/journals/article_info.php?aid=5989 |titulo=Scientific and Religious Beliefs about the Origin of Life and Life after Death: Validation of a Scale |data=2017 |paginas=995–1007 |lingua=en |doi=10.13189/ujer.2017.050612 |issn=2332-3205 |vauthors=Bautista JS, Herrera VE, Miranda RC |volume=5 |periódico=Universal Journal of Educational Research}}</ref> a natureza do [[universo]] ([[Cosmogonia|cosmologia religiosa]]) e seu [[Derradeiro destino do universo|destino final]] ([[escatologia]]), além do que é [[moral]] ou imoral.<ref>{{Citar periódico |titulo=Religion and morality |data=Março de 2015 |paginas=447–73 |doi=10.1037/a0038455 |pmc=4345965 |pmid=25528346 |vauthors=McKay R, Whitehouse H |volume=141 |periódico=Psychological Bulletin}}</ref> Uma fonte comum de respostas a essas perguntas são as crenças em seres divinos [[Transcendência (religião)|transcendentes]], como [[Divindade|divindades]] ou um [[Deus]] único, embora nem todas as religiões sejam [[Teísmo|teístas]].<ref>{{Citar web |url=https://www.bolton.ac.uk/Chaplaincy/Worldviews/Summary.aspx#gsc.tab=0 |titulo=Summary of Religions and Beliefs |acessodata=2020-10-08 |website=www.bolton.ac.uk}}</ref><ref>{{Citar periódico |url=http://www.nature.com/news/complex-societies-evolved-without-belief-in-all-powerful-deity-1.17040 |titulo=Complex societies evolved without belief in all-powerful deity |ano=2015 |lingua=en |doi=10.1038/nature.2015.17040 |vauthors=Ball P |periódico=Nature News}}</ref>

A evolução e a história das primeiras religiões tornaram-se recentemente áreas de ativa investigação científica.<ref>{{Citar web |url=http://evolution.binghamton.edu/religion/ |titulo=Evolutionary Religious Studies: A New Field of Scientific Inquiry |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090817171221/http://evolution.binghamton.edu/religion/ |arquivodata=17 de agosto de 2009}}</ref><ref name="Boyer2008">{{Citar periódico |titulo=Being human: Religion: bound to believe? |data=Outubro de 2008 |paginas=1038–9 |bibcode=2008Natur.455.1038B |doi=10.1038/4551038a |pmid=18948934 |vauthors=Boyer P |volume=455 |periódico=Nature}}</ref><ref name="Emmons2003">{{Citar periódico |titulo=The psychology of religion |ano=2003 |paginas=377–402 |doi=10.1146/annurev.psych.54.101601.145024 |pmid=12171998 |vauthors=Emmons RA, Paloutzian RF |volume=54 |periódico=Annual Review of Psychology}}</ref><ref>{{Citar web |url=https://www.theatlantic.com/science/archive/2016/03/chimpanzee-spirituality/475731/ |titulo=Chimpanzees: Spiritual But Not Religious? |data=2016-03-29 |acessodata=2020-10-08 |website=The Atlantic |lingua=en-US}}</ref> Embora o momento exato em que os humanos se tornaram religiosos pela primeira vez permaneça desconhecido, pesquisas mostram evidências confiáveis de comportamento religioso por volta do [[Paleolítico Médio]] (há cerca de 45 mil a 200 mil anos).<ref>{{Citar periódico |titulo=Origins. On the origin of religion |data=Novembro de 2009 |paginas=784–7 |bibcode=2009Sci...326..784C |doi=10.1126/science.326_784 |pmid=19892955 |vauthors=Culotta E |volume=326 |periódico=Science}}</ref> A religião pode ter evoluído para desempenhar um papel de ajudar a impor e encorajar a [[cooperação]] entre humanos.<ref>{{Citar periódico |url=https://www.academia.edu/3430406 |titulo=Beliefs about God, the afterlife and morality support the role of supernatural policing in human cooperation |ano=2011 |paginas=41–49 |lingua=en |doi=10.1016/j.evolhumbehav.2010.07.008 |issn=1090-5138 |vauthors=Atkinson QD, Bourrat P |volume=32 |periódico=Evolution and Human Behavior}}</ref> Embora o nível exato de religiosidade seja algo difícil de medir,<ref name="Hall2008">{{Citar periódico |url=https://zenodo.org/record/1232820 |titulo=Measuring religiousness in health research: review and critique |data=Junho de 2008 |paginas=134–63 |tipo=Submitted manuscript |doi=10.1007/s10943-008-9165-2 |pmid=19105008 |vauthors=Hall DE, Meador KG, Koenig HG |volume=47 |periódico=Journal of Religion and Health}}</ref> a maioria dos humanos professa alguma variedade de crenças religiosas ou espirituais.<ref>{{Citar jornal |url=https://www.theguardian.com/news/2018/aug/27/religion-why-is-faith-growing-and-what-happens-next |titulo=Religion: why faith is becoming more and more popular |data=2018-08-27 |acessodata=2020-10-08 |website=The Guardian |lingua=en-GB |issn=0261-3077}}</ref> Em 2015, a maioria da [[população mundial]] era [[Cristianismo|cristã,]] seguida por [[muçulmano]]s, [[hindus]] e [[Budismo|budistas]].<ref>{{Citar web |url=https://www.pewresearch.org/fact-tank/2017/04/05/christians-remain-worlds-largest-religious-group-but-they-are-declining-in-europe/ |titulo=Christians remain world's largest religious group, but they are declining in Europe |data=2017 |acessodata=2020-10-08 |website=Pew Research Center |lingua=en-US}}</ref> Cerca de 16%, ou pouco menos de 1,2 bilhão de humanos, eram [[Irreligião|irreligiosos]], incluindo aqueles [[Ateísmo|sem crenças religiosas]] ou sem identidade com qualquer religião.<ref name=":6">{{Citar web |url=https://www.pewforum.org/2017/04/05/the-changing-global-religious-landscape/ |titulo=The Changing Global Religious Landscape |data=2017-04-05 |acessodata=2020-10-08 |website=Pew Research Center's Religion & Public Life Project |lingua=en-US}}</ref>


=== Artes ===
=== Artes ===
{{AP|Arte|Música|Dança|Literatura|Arquitetura}}
{{AP|Arte|Música|Dança|Literatura|Arquitetura}}
As artes humanas podem assumir muitas formas, incluindo [[Artes visuais|visuais]], [[Literatura|literárias]] e [[Artes cénicas|performáticas]] . A arte visual pode variar de [[pintura]]s e [[escultura]]s a [[filme]]s, [[design de interação]] e [[arquitetura]].<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=tBqgBQAAQBAJ|título=Visual Art Forms: Traditional to Digital|ultimo=Mavrody|primeiro=Sergey|editora=Sergey's HTML5 & CSS3|ano=2013|língua=en|isbn=978-0-9833867-5-9}}</ref> As artes literárias podem incluir [[prosa]], [[poesia]] e [[drama]]s; enquanto as artes performáticas geralmente envolvem [[teatro]], [[música]] e [[dança]].<ref>{{Citar web |url=http://bookfestivalscotland.com/types-of-literary-arts-and-their-understanding/ |titulo=Types of Literary Arts and Their Understanding – bookfestivalscotland.com |data=2020 |acessodata=2021-05-05 |website=Bookfestival Scotland |lingua=en-UK}}</ref><ref>{{Citar web |url=https://www.otago.ac.nz/performing-arts/otago056890.pdf |titulo=Bachelor of Performing Arts |website=[[University of Otago]]}}</ref> Os humanos geralmente combinam as diferentes formas, por exemplo, vídeos musicais.<ref>{{Citar periódico |titulo=Toward a Unification of the Arts |data=2018-10-24 |ultimo=Brown |primeiro=Steven |pagina=1938 |doi=10.3389/fpsyg.2018.01938 |issn=1664-1078 |pmc=6207603 |pmid=30405470 |volume=9 |periódico=Frontiers in Psychology}}</ref> Outras entidades que foram descritas como tendo qualidades artísticas incluem [[Arte culinária|preparação de alimentos]], videogames e [[Medicina|medicamentos]].<ref>{{Citar web |ultimo=by |primeiro=Posted |url=http://www.northernartprize.org.uk/culinary-arts-cooking-can-art |titulo=Culinary arts - How cooking can be an art |data=2019-10-21 |acessodata=2021-05-05 |website=Northern Contemporary Art |lingua=en-US}}</ref><ref>{{Citar periódico |url=https://digitalcommons.risd.edu/liberalarts_contempaesthetics/vol3/iss1/6 |titulo=Are Video Games Art? |data=2005-01-01 |ultimo=Smuts |primeiro=Aaron |volume=3 |periódico=Contemporary Aesthetics (Journal Archive)}}</ref><ref>{{Citar periódico |titulo=Art of medicine |data=2015 |ultimo=Cameron |primeiro=Ian A. |ultimo2=Pimlott |primeiro2=Nicholas |paginas=739–740 |issn=0008-350X |pmc=4569099 |pmid=26371092 |volume=61 |periódico=Canadian Family Physician}}</ref> Além de proporcionar entretenimento e transferência de conhecimento, as artes também são utilizadas para [[Relação entre as artes e a política|fins políticos]].<ref>{{Citar periódico |url=https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/10286632.2017.1311328 |titulo=Rethinking the role of the arts in politics: lessons from the Négritude movement |data=2019-06-07 |ultimo=Bird |primeiro=Gemma |paginas=458–470 |lingua=en |doi=10.1080/10286632.2017.1311328 |issn=1028-6632 |volume=25 |periódico=International Journal of Cultural Policy}}</ref>
As artes humanas podem assumir muitas formas, incluindo [[Artes visuais|visuais]], [[Literatura|literárias]] e [[Artes cénicas|performáticas]] . A arte visual pode variar de [[pintura]]s e [[escultura]]s a [[filme]]s, [[design de interação]] e [[arquitetura]].<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=tBqgBQAAQBAJ|título=Visual Art Forms: Traditional to Digital|ultimo=Mavrody|primeiro=Sergey|editora=Sergey's HTML5 & CSS3|ano=2013|língua=en|isbn=978-0-9833867-5-9}}</ref> As artes literárias podem incluir [[prosa]], [[poesia]] e [[drama]]s; enquanto as artes performáticas geralmente envolvem [[teatro]], [[música]] e [[dança]].<ref>{{Citar web |url=http://bookfestivalscotland.com/types-of-literary-arts-and-their-understanding/ |titulo=Types of Literary Arts and Their Understanding – bookfestivalscotland.com |data=2020 |acessodata=2021-05-05 |website=Bookfestival Scotland |lingua=en-UK}}</ref><ref>{{Citar web |url=https://www.otago.ac.nz/performing-arts/otago056890.pdf |titulo=Bachelor of Performing Arts |website=[[University of Otago]]}}</ref> Os humanos geralmente combinam as diferentes formas, por exemplo, vídeos musicais.<ref>{{Citar periódico |titulo=Toward a Unification of the Arts |data=2018-10-24 |ultimo=Brown |primeiro=Steven |pagina=1938 |doi=10.3389/fpsyg.2018.01938 |issn=1664-1078 |pmc=6207603 |pmid=30405470 |volume=9 |periódico=Frontiers in Psychology}}</ref> Outras entidades que foram descritas como tendo qualidades artísticas incluem [[Arte culinária|preparação de alimentos]], videogames e [[Medicina|medicamentos]].<ref>{{Citar web |ultimo=by |primeiro=Posted |url=http://www.northernartprize.org.uk/culinary-arts-cooking-can-art |titulo=Culinary arts - How cooking can be an art |data=2019-10-21 |acessodata=2021-05-05 |website=Northern Contemporary Art |lingua=en-US}}</ref><ref>{{Citar periódico |url=https://digitalcommons.risd.edu/liberalarts_contempaesthetics/vol3/iss1/6 |titulo=Are Video Games Art? |data=2005-01-01 |ultimo=Smuts |primeiro=Aaron |volume=3 |periódico=Contemporary Aesthetics (Journal Archive)}}</ref><ref>{{Citar periódico |titulo=Art of medicine |data=2015 |ultimo=Cameron |primeiro=Ian A. |ultimo2=Pimlott |primeiro2=Nicholas |paginas=739–740 |issn=0008-350X |pmc=4569099 |pmid=26371092 |volume=61 |periódico=Canadian Family Physician}}</ref> Além de proporcionar entretenimento e transferência de conhecimento, as artes também são utilizadas para [[Relação entre as artes e a política|fins políticos]].<ref>{{Citar periódico |url=https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/10286632.2017.1311328 |titulo=Rethinking the role of the arts in politics: lessons from the Négritude movement |data=2019-06-07 |ultimo=Bird |primeiro=Gemma |paginas=458–470 |lingua=en |doi=10.1080/10286632.2017.1311328 |issn=1028-6632 |volume=25 |periódico=International Journal of Cultural Policy}}</ref>
[[Ficheiro:British_Museum_Flood_Tablet.jpg|miniaturadaimagem|esquerda|upright|Tabuleta do [[Dilúvio]] da [[Epopeia de Gilgamés|''Epopeia de Gilgamesh'']] em [[Língua acádia|acadiano]]]]
[[Ficheiro:British_Museum_Flood_Tablet.jpg|miniaturadaimagem|esquerda|upright|Tabuleta do [[Dilúvio]] da [[Epopeia de Gilgamés|''Epopeia de Gilgamesh'']] em [[Língua acádia|acadiano]].]]


A [[arte]] é uma característica definidora do ser humano e há evidências de uma relação entre criatividade e linguagem.<ref name=":4">{{Citar periódico |titulo=The evolution of human artistic creativity |data=Fevereiro de 2010 |paginas=158–76 |doi=10.1111/j.1469-7580.2009.01160.x |pmc=2815939 |pmid=19900185 |vauthors=Morriss-Kay GM |volume=216 |periódico=Journal of Anatomy}}</ref> A evidência mais antiga de arte foram as gravuras de conchas feitas pelo ''[[Homo erectus]]'' 300 mil anos antes da evolução dos humanos modernos.<ref>{{Citar periódico |titulo=Homo erectus at Trinil on Java used shells for tool production and engraving |data=Fevereiro de 2015 |paginas=228–31 |bibcode=2015Natur.518..228J |doi=10.1038/nature13962 |pmid=25470048 |numero-autores=6 |vauthors=Joordens JC, d'Errico F, Wesselingh FP, Munro S, de Vos J, Wallinga J, Ankjærgaard C, Reimann T, Wijbrans JR, Kuiper KF, Mücher HJ, Coqueugniot H, Prié V, Joosten I, van Os B, Schulp AS, Panuel M, van der Haas V, Lustenhouwer W, Reijmer JJ, Roebroeks W |volume=518 |periódico=Nature}}</ref> A arte atribuída ao ''H. sapiens'' existia há pelo menos 75 mil anos, com joias e desenhos encontrados em cavernas na [[África do Sul]].<ref>{{Citar jornal |url=https://www.nytimes.com/2018/09/12/science/oldest-drawing-ever-found.html |titulo=Oldest Known Drawing by Human Hands Discovered in South African Cave |data=12 de setembro de 2018 |acessodata=20 de setembro de 2018 |website=The New York Times}}</ref><ref>{{Citar jornal |url=https://www.theguardian.com/world/2004/apr/16/artsandhumanities.arts |titulo=World's oldest jewellery found in cave |data=2004-04-16 |acessodata=2020-09-23 |website=The Guardian |lingua=en-GB |issn=0261-3077}}</ref> Existem várias hipóteses de por que os humanos se [[Adaptação (biologia)|adaptaram]] às artes. Isso inclui permitir que eles resolvam melhor os problemas, fornecendo um meio de controlar ou influenciar outros humanos, encorajando a cooperação e contribuição dentro de uma sociedade ou aumentando a chance de atrair um parceiro em potencial. O uso da [[imaginação]] desenvolvida por meio da arte, combinada com a [[lógica]], o que pode ter dado aos primeiros humanos uma vantagem evolutiva<ref>{{Citar livro|título=World Art Studies: Exploring Concepts and Approaches|editora=Valiz|ano=2008|localização=Amsterdam|páginas=241–263|capitulo=The Arts after Darwin: Does Art have an Origin and Adaptive Function?}}</ref>
A [[arte]] é uma característica definidora do ser humano e há evidências de uma relação entre criatividade e linguagem.<ref name=":4">{{Citar periódico |titulo=The evolution of human artistic creativity |data=Fevereiro de 2010 |paginas=158–76 |doi=10.1111/j.1469-7580.2009.01160.x |pmc=2815939 |pmid=19900185 |vauthors=Morriss-Kay GM |volume=216 |periódico=Journal of Anatomy}}</ref> A evidência mais antiga de arte foram as gravuras de conchas feitas pelo ''[[Homo erectus]]'' 300 mil anos antes da evolução dos humanos modernos.<ref>{{Citar periódico |titulo=Homo erectus at Trinil on Java used shells for tool production and engraving |data=Fevereiro de 2015 |paginas=228–31 |bibcode=2015Natur.518..228J |doi=10.1038/nature13962 |pmid=25470048 |numero-autores=6 |vauthors=Joordens JC, d'Errico F, Wesselingh FP, Munro S, de Vos J, Wallinga J, Ankjærgaard C, Reimann T, Wijbrans JR, Kuiper KF, Mücher HJ, Coqueugniot H, Prié V, Joosten I, van Os B, Schulp AS, Panuel M, van der Haas V, Lustenhouwer W, Reijmer JJ, Roebroeks W |volume=518 |periódico=Nature}}</ref> A arte atribuída ao ''H. sapiens'' existia há pelo menos 75 mil anos, com joias e desenhos encontrados em cavernas na [[África do Sul]].<ref>{{Citar jornal |url=https://www.nytimes.com/2018/09/12/science/oldest-drawing-ever-found.html |titulo=Oldest Known Drawing by Human Hands Discovered in South African Cave |data=12 de setembro de 2018 |acessodata=20 de setembro de 2018 |website=The New York Times}}</ref><ref>{{Citar jornal |url=https://www.theguardian.com/world/2004/apr/16/artsandhumanities.arts |titulo=World's oldest jewellery found in cave |data=2004-04-16 |acessodata=2020-09-23 |website=The Guardian |lingua=en-GB |issn=0261-3077}}</ref> Existem várias hipóteses de por que os humanos se [[Adaptação (biologia)|adaptaram]] às artes. Isso inclui permitir que eles resolvam melhor os problemas, fornecendo um meio de controlar ou influenciar outros humanos, encorajando a cooperação e contribuição dentro de uma sociedade ou aumentando a chance de atrair um parceiro em potencial. O uso da [[imaginação]] desenvolvida por meio da arte, combinada com a [[lógica]], o que pode ter dado aos primeiros humanos uma vantagem evolutiva<ref>{{Citar livro|título=World Art Studies: Exploring Concepts and Approaches|editora=Valiz|ano=2008|localização=Amsterdam|páginas=241–263|capitulo=The Arts after Darwin: Does Art have an Origin and Adaptive Function?}}</ref>


Evidências de humanos engajados em atividades musicais são anteriores à arte nas cavernas e, até agora, a [[música]] tem sido praticada por praticamente todas as culturas humanas.<ref name=":2">{{Citar periódico |titulo=A multi-disciplinary approach to the origins of music: perspectives from anthropology, archaeology, cognition and behaviour |data=2014 |paginas=147–77 |doi=10.4436/JASS.92008 |pmid=25020016 |vauthors=Morley I |volume=92 |periódico=Journal of Anthropological Sciences = Rivista di Antropologia}}</ref> Existe uma grande variedade de [[Gênero musical|gêneros musicais]] e músicas étnicas; com habilidades musicais humanas relacionadas a outras habilidades, incluindo comportamentos humanos sociais complexos. Foi demonstrado que os cérebros humanos respondem à música tornando-se sincronizados com o ritmo e a batida, um processo denominado [[Arrebatamento (biomusicologia)|arrastamento]].<ref>{{Citar periódico |titulo=Getting the beat: entrainment of brain activity by musical rhythm and pleasantness |data=Dezembro de 2014 |paginas=55–64 |doi=10.1016/j.neuroimage.2014.09.009 |pmid=25224999 |vauthors=Trost W, Frühholz S, Schön D, Labbé C, Pichon S, Grandjean D, Vuilleumier P |volume=103 |periódico=NeuroImage}}</ref> A [[dança]] também é uma forma de expressão humana encontrada em todas as culturas<ref>{{Citar periódico |titulo=Dance and the brain: a review |data=Março de 2015 |paginas=140–6 |bibcode=2015NYASA1337..140K |doi=10.1111/nyas.12632 |pmid=25773628 |vauthors=Karpati FJ, Giacosa C, Foster NE, Penhune VB, Hyde KL |volume=1337 |periódico=Annals of the New York Academy of Sciences}}</ref> e pode ter evoluído como uma forma de ajudar os primeiros humanos a se comunicarem.<ref>{{Citar web |url=https://www.livescience.com/8132-humans-dance.html |titulo=Why Do Humans Dance? |data=22 de março de 2010 |acessodata=2020-09-21 |website=livescience.com |lingua=en}}</ref> Ouvir música e observar a dança estimula o [[córtex orbitofrontal]] e outras áreas do cérebro sensíveis ao [[prazer]].<ref>{{Citar web |url=https://www.scientificamerican.com/article/experts-dance/ |titulo=Why do we like to dance--And move to the beat? |data=26 de setembro de 2008 |acessodata=2020-09-21 |website=Scientific American |lingua=en}}</ref>
Evidências de humanos engajados em atividades musicais são anteriores à arte nas cavernas e, até agora, a [[música]] tem sido praticada por praticamente todas as culturas humanas.<ref name=":2">{{Citar periódico |titulo=A multi-disciplinary approach to the origins of music: perspectives from anthropology, archaeology, cognition and behaviour |data=2014 |paginas=147–77 |doi=10.4436/JASS.92008 |pmid=25020016 |vauthors=Morley I |volume=92 |periódico=Journal of Anthropological Sciences = Rivista di Antropologia}}</ref> Existe uma grande variedade de [[Gênero musical|gêneros musicais]] e [[Música do Mundo|músicas étnicas]]; com habilidades musicais humanas relacionadas a outras habilidades, incluindo comportamentos humanos sociais complexos. Foi demonstrado que os cérebros humanos respondem à música tornando-se sincronizados com o ritmo e a batida, um processo denominado [[Arrebatamento (biomusicologia)|arrastamento]].<ref>{{Citar periódico |titulo=Getting the beat: entrainment of brain activity by musical rhythm and pleasantness |data=Dezembro de 2014 |paginas=55–64 |doi=10.1016/j.neuroimage.2014.09.009 |pmid=25224999 |vauthors=Trost W, Frühholz S, Schön D, Labbé C, Pichon S, Grandjean D, Vuilleumier P |volume=103 |periódico=NeuroImage}}</ref> A [[dança]] também é uma forma de expressão humana encontrada em todas as culturas<ref>{{Citar periódico |titulo=Dance and the brain: a review |data=Março de 2015 |paginas=140–6 |bibcode=2015NYASA1337..140K |doi=10.1111/nyas.12632 |pmid=25773628 |vauthors=Karpati FJ, Giacosa C, Foster NE, Penhune VB, Hyde KL |volume=1337 |periódico=Annals of the New York Academy of Sciences}}</ref> e pode ter evoluído como uma forma de ajudar os primeiros humanos a se comunicarem.<ref>{{Citar web |url=https://www.livescience.com/8132-humans-dance.html |titulo=Why Do Humans Dance? |data=22 de março de 2010 |acessodata=2020-09-21 |website=livescience.com |lingua=en}}</ref> Ouvir música e observar a dança estimula o [[córtex orbitofrontal]] e outras áreas do cérebro sensíveis ao [[prazer]].<ref>{{Citar web |url=https://www.scientificamerican.com/article/experts-dance/ |titulo=Why do we like to dance--And move to the beat? |data=26 de setembro de 2008 |acessodata=2020-09-21 |website=Scientific American |lingua=en}}</ref>


Ao contrário da fala, a [[leitura]] e a [[escrita]] não são naturais aos humanos e devem ser ensinadas.<ref>{{Citar web |url=https://www.theatlantic.com/national/archive/2013/06/how-reading-makes-us-more-human/277079/ |titulo=How Reading Makes Us More Human |data=2013-06-21 |acessodata=2020-09-23 |website=The Atlantic |lingua=en-US}}</ref> A [[literatura]] ainda está presente antes da invenção das palavras e da linguagem, com pinturas de 30 mil anos nas paredes de algumas cavernas retratando uma série de cenas dramáticas.<ref name=":3">{{Citar web |url=https://www.bbc.com/culture/article/20180423-how-stories-have-shaped-the-world |titulo=How stories have shaped the world |acessodata=2020-09-23 |website=www.bbc.com |lingua=en}}</ref> Uma das obras literárias mais antigas que sobreviveram é a ''[[Epopeia de Gilgamés|Epopeia de Gilgamesh]]'', gravada pela primeira vez em [[Civilização babilônica|tabuletas babilônicas]] antigas há cerca de 4 mil anos.<ref>{{Citar livro|título=Myths from Mesopotamia: Creation, the Flood, Gilgamesh, and Others|editora=Oxford University Press|ano=2000|páginas=41|isbn=978-0-19-283589-5|edição=revisada}}</ref> Além de simplesmente transmitir conhecimento, o uso e o compartilhamento de [[ficção]] imaginativa por meio de histórias pode ter ajudado a desenvolver as capacidades humanas de comunicação e aumentado a probabilidade de conseguir um parceiro.<ref>{{Citar periódico |url=https://www.jstor.org/stable/3685504 |titulo=Literature and Evolution |data=2001 |paginas=55–71 |doi=10.2307/3685504 |issn=0049-2426 |jstor=3685504 |vauthors=Hernadi P |volume=30 |periódico=SubStance}}</ref> A narração de histórias também pode ser usada como uma forma de fornecer ao público lições morais e estimular a cooperação.
Ao contrário da fala, a [[leitura]] e a [[escrita]] não são naturais aos humanos e devem ser ensinadas.<ref>{{Citar web |url=https://www.theatlantic.com/national/archive/2013/06/how-reading-makes-us-more-human/277079/ |titulo=How Reading Makes Us More Human |data=2013-06-21 |acessodata=2020-09-23 |website=The Atlantic |lingua=en-US}}</ref> A [[literatura]] ainda está presente antes da invenção das palavras e da linguagem, com pinturas de 30 mil anos nas paredes de algumas cavernas retratando uma série de cenas dramáticas.<ref name=":3">{{Citar web |url=https://www.bbc.com/culture/article/20180423-how-stories-have-shaped-the-world |titulo=How stories have shaped the world |acessodata=2020-09-23 |website=www.bbc.com |lingua=en}}</ref> Uma das obras literárias mais antigas que sobreviveram é a ''[[Epopeia de Gilgamés|Epopeia de Gilgamesh]]'', gravada pela primeira vez em [[Civilização babilônica|tabuletas babilônicas]] antigas há cerca de 4 mil anos.<ref>{{Citar livro|título=Myths from Mesopotamia: Creation, the Flood, Gilgamesh, and Others|editora=Oxford University Press|ano=2000|páginas=41|isbn=978-0-19-283589-5|edição=revisada}}</ref> Além de simplesmente transmitir conhecimento, o uso e o compartilhamento de [[ficção]] imaginativa por meio de histórias pode ter ajudado a desenvolver as capacidades humanas de comunicação e aumentado a probabilidade de conseguir um parceiro.<ref>{{Citar periódico |url=https://www.jstor.org/stable/3685504 |titulo=Literature and Evolution |data=2001 |paginas=55–71 |doi=10.2307/3685504 |issn=0049-2426 |jstor=3685504 |vauthors=Hernadi P |volume=30 |periódico=SubStance}}</ref> A narração de histórias também pode ser usada como uma forma de fornecer ao público lições morais e estimular a cooperação.


=== Ferramentas e tecnologias ===
=== Ferramentas e tecnologias ===
{{AP|Ferramenta|Tecnologia|Revolução Neolítica}}
{{AP|Ferramenta|Tecnologia}}
[[Ficheiro:JR-Maglev-MLX01-2.jpg|miniaturadaimagem|O [[SCMaglev]], o trem mais rápido do mundo, atingindo 603 km/h em 2015<ref>{{cite news|vauthors=McCurry J|date=21 de abril de 2015|title=Japan's Maglev Train Breaks World Speed Record with 600&nbsp;km/h Test Run|edition=U.S.|work=The Guardian|location=New York|url=https://www.theguardian.com/world/2015/apr/21/japans-maglev-train-notches-up-new-world-speed-record-in-test-run|access-date=30 de julho de 2022|archive-date=18 de junho de 2022|archive-url=https://web.archive.org/web/20220618083538/https://www.theguardian.com/world/2015/apr/21/japans-maglev-train-notches-up-new-world-speed-record-in-test-run|urlmorta=live}}</ref>]]
[[Ficheiro:Néolithique_0001.jpg|miniaturadaimagem| Uma variedade de [[Neolítico|artefatos neolíticos]], incluindo pulseiras, cabeças de machado, cinzeis e ferramentas de polimento]]
Ferramentas de pedra foram usadas por proto-humanos há pelo menos 2,5 milhões de anos.<ref name="Clark1994">{{Citar periódico |titulo=African Homo erectus: old radiometric ages and young Oldowan assemblages in the Middle Awash Valley, Ethiopia |data=Junho de 1994 |paginas=1907–10 |bibcode=1994Sci...264.1907C |doi=10.1126/science.8009220 |pmid=8009220 |numero-autores=6 |vauthors=Clark JD, de Heinzelin J, Schick KD, Hart WK, White TD, WoldeGabriel G, Walter RC, Suwa G, Asfaw B, Vrba E |volume=264 |periódico=Science}}</ref> O uso e a fabricação de ferramentas foram apresentados como a habilidade que define os humanos mais do que qualquer outra coisa<ref name=":7">{{Citar web |url=https://www.livescience.com/7968-human-evolution-origin-tool.html |titulo=Human Evolution: The Origin of Tool Use |data=11 de novembro de 2009 |acessodata=2020-10-09 |website=livescience.com |lingua=en}}</ref> e têm sido historicamente vistos como um importante passo evolutivo.<ref>{{Citar periódico |titulo=The neural basis of human tool use |data=2014 |paginas=310 |doi=10.3389/fpsyg.2014.00310 |pmc=3988392 |pmid=24782809 |vauthors=Orban GA, Caruana F |volume=5 |periódico=Frontiers in Psychology}}</ref> A tecnologia se tornou muito mais sofisticada há cerca de 1,8 milhões de anos, com o [[Controle do fogo pelos primeiros humanos|uso controlado do fogo]] começando por volta de há 1 milhão de anos.<ref name=":03">{{Citar periódico |titulo=Microstratigraphic evidence of in situ fire in the Acheulean strata of Wonderwerk Cave, Northern Cape province, South Africa |data=Maio de 2012 |paginas=E1215-20 |doi=10.1073/pnas.1117620109 |pmc=3356665 |pmid=22474385 |vauthors=Berna F, Goldberg P, Horwitz LK, Brink J, Holt S, Bamford M, Chazan M |volume=109 |periódico=Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America}}</ref><ref>{{Citar periódico |titulo=The discovery of fire by humans: a long and convoluted process |data=Junho de 2016 |paginas=20150164 |doi=10.1098/rstb.2015.0164 |pmc=4874402 |pmid=27216521 |vauthors=Gowlett JA |volume=371 |periódico=Philosophical Transactions of the Royal Society of London. Series B, Biological Sciences}}</ref> A [[roda]] e os veículos com rodas apareceram simultaneamente em várias regiões em algum momento do [[IV milênio a.C.]].<ref name=":14">{{Citar periódico |url=https://www.ceeol.com/search/article-detail?id=714342 |titulo=Prehistoric innovations: Wheels and wheeled vehicles |data=2018 |paginas=271–298 |lingua=inglês |doi=10.1556/072.2018.69.2.3 |issn=0001-5210 |vauthors=Bodnár M |volume=69 |periódico=Acta Archaeologica Academiae Scientiarum Hungaricae}}</ref> O desenvolvimento de ferramentas e tecnologias mais complexas permitiu o [[Terra arável|cultivo da terra]] e a [[Domesticação|domesticação de animais]], revelando-se essencial para o desenvolvimento da [[agricultura]] - o que ficou conhecido como [[Revolução neolítica|Revolução Neolítica]].<ref>{{Citar web |url=https://www.magellantv.com/articles/tools-of-the-neolithic-era-inventing-a-new-age |titulo=Neolithic Era Tools: Inventing a New Age |data=2018 |acessodata=2020-10-09 |website=MagellanTV}}</ref>

A China [[Quatro grandes invenções|desenvolveu]] o [[papel]], a [[Prensa móvel|imprensa]], a [[pólvora]], a [[bússola]] e outras invenções importantes.<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/671710733|título=Ancient Chinese inventions|editora=Cambridge University Press|ano=2011|localização=Cambridge, UK|páginas=13–14|isbn=978-0-521-18692-6|oclc=671710733|edição=}}</ref> As melhorias contínuas na [[Fundição (metalurgia)|fundição]] permitiram o [[forjamento]] de cobre, bronze, ferro e, eventualmente, do [[aço]], que é usado em [[Transporte ferroviário|ferrovias]], [[arranha-céu]]s e muitos outros produtos e construções.<ref>{{Citar web |url=https://www.popularmechanics.com/technology/infrastructure/a20722505/history-of-steel/ |titulo=The Entire History of Steel |data=2018-07-09 |acessodata=2021-05-05 |website=Popular Mechanics |lingua=en-US}}</ref> Isso coincidiu com a [[Revolução Industrial]], onde a invenção de máquinas automatizadas trouxe grandes mudanças ao estilo de vida dos humanos.<ref>{{Citar web |ultimo=National Geographic Society |url=http://www.nationalgeographic.org/article/industrial-revolution-and-technology/ |titulo=Industrial Revolution and Technology |data=2020-01-09 |acessodata=2020-10-09 |website=National Geographic Society |lingua=en}}</ref> A tecnologia moderna pode ser vista como em [[Teoria das mudanças aceleradas|progressão exponencial]],<ref>{{Citar periódico |url=https://ourworldindata.org/technological-progress |titulo=Technological Progress |data=2013-05-11 |vauthors=Roser M, Ritchie H |periódico=Our World in Data}}</ref> com grandes inovações no século XX, como [[Geração de eletricidade|eletricidade]], [[penicilina]], [[semicondutor]]es, [[Motor de combustão interna|motores de combustão interna]], [[internet]], [[Fertilizante|fetilizantes fixadores de nitrogênio]], [[Avião|aviões]], [[computador]]es, [[Automóvel|automóveis]], a [[Pílula contraceptiva oral combinada|pílula]], [[fissão nuclear]], [[revolução verde]], [[Rádio (telecomunicações)|rádio]], criação científica de plantas, [[Foguete espacial|foguetes]], [[Condicionamento de ar|ar condicionado]], [[televisão]] e [[Linha de produção|linha de montagem]].<ref>{{Citar web |url=https://www.theatlantic.com/magazine/archive/2013/11/innovations-list/309536/ |titulo=The 50 Greatest Breakthroughs Since the Wheel |data=2013-10-23 |acessodata=2021-05-05 |website=The Atlantic |lingua=en}}</ref>

=== Religião e espiritualidade ===
{{Artigo principal|Espiritualidade|Religião|Principais grupos religiosos}}
[[Imagem:Prevailing_world_religions_map.png|thumb|esquerda|upright=1.5|[[Principais grupos religiosos]] do mundo mapeados por país]]

A [[religião]] é geralmente definida como um sistema de [[crença]]s sobre o [[sobrenatural]], o [[sagrado]] ou o [[Divindade|divino]], além de práticas, [[Valor (ética)|valores]], instituições e [[Ritual|rituais]] associados a tal crença. Algumas religiões também têm um [[Moral|código moral]]. A evolução e a história das primeiras religiões tornaram-se recentemente áreas de ativa investigação científica.<ref>{{Citar web |url=http://evolution.binghamton.edu/religion/ |titulo=Evolutionary Religious Studies: A New Field of Scientific Inquiry |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090817171221/http://evolution.binghamton.edu/religion/ |arquivodata=17 de agosto de 2009}}</ref><ref name="Boyer2008">{{Citar periódico |titulo=Being human: Religion: bound to believe? |data=Outubro de 2008 |paginas=1038–9 |bibcode=2008Natur.455.1038B |doi=10.1038/4551038a |pmid=18948934 |vauthors=Boyer P |volume=455 |periódico=Nature}}</ref><ref name="Emmons2003">{{Citar periódico |titulo=The psychology of religion |ano=2003 |paginas=377–402 |doi=10.1146/annurev.psych.54.101601.145024 |pmid=12171998 |vauthors=Emmons RA, Paloutzian RF |volume=54 |periódico=Annual Review of Psychology}}</ref><ref>{{Citar web |url=https://www.theatlantic.com/science/archive/2016/03/chimpanzee-spirituality/475731/ |titulo=Chimpanzees: Spiritual But Not Religious? |data=2016-03-29 |acessodata=2020-10-08 |website=The Atlantic |lingua=en-US}}</ref>

Embora o momento exato em que os humanos se tornaram religiosos pela primeira vez permaneça desconhecido, pesquisas mostram evidências confiáveis de comportamento religioso por volta do [[Paleolítico Médio]] (há cerca de 45 mil a 200 mil anos).<ref>{{Citar periódico |titulo=Origins. On the origin of religion |data=Novembro de 2009 |paginas=784–7 |bibcode=2009Sci...326..784C |doi=10.1126/science.326_784 |pmid=19892955 |vauthors=Culotta E |volume=326 |periódico=Science}}</ref> A religião pode ter evoluído para desempenhar um papel de ajudar a impor e encorajar a [[cooperação]] entre humanos.<ref>{{Citar periódico |url=https://www.academia.edu/3430406 |titulo=Beliefs about God, the afterlife and morality support the role of supernatural policing in human cooperation |ano=2011 |paginas=41–49 |lingua=en |doi=10.1016/j.evolhumbehav.2010.07.008 |issn=1090-5138 |vauthors=Atkinson QD, Bourrat P |volume=32 |periódico=Evolution and Human Behavior}}</ref>


Ferramentas de pedra foram usadas por proto-humanos há pelo menos 2,5 milhões de anos.<ref name="Clark1994">{{Citar periódico |titulo=African Homo erectus: old radiometric ages and young Oldowan assemblages in the Middle Awash Valley, Ethiopia |data=Junho de 1994 |paginas=1907–10 |bibcode=1994Sci...264.1907C |doi=10.1126/science.8009220 |pmid=8009220 |numero-autores=6 |vauthors=Clark JD, de Heinzelin J, Schick KD, Hart WK, White TD, WoldeGabriel G, Walter RC, Suwa G, Asfaw B, Vrba E |volume=264 |periódico=Science}}</ref> O uso e a fabricação de ferramentas foram apresentados como a habilidade que define os humanos mais do que qualquer outra coisa<ref name=":7">{{Citar web |url=https://www.livescience.com/7968-human-evolution-origin-tool.html |titulo=Human Evolution: The Origin of Tool Use |data=11 de novembro de 2009 |acessodata=2020-10-09 |website=livescience.com |lingua=en}}</ref> e têm sido historicamente vistos como um importante passo evolutivo.<ref>{{Citar periódico |titulo=The neural basis of human tool use |data=2014 |paginas=310 |doi=10.3389/fpsyg.2014.00310 |pmc=3988392 |pmid=24782809 |vauthors=Orban GA, Caruana F |volume=5 |periódico=Frontiers in Psychology}}</ref> A tecnologia se tornou muito mais sofisticada há cerca de 1,8 milhões de anos, com o [[Controle do fogo pelos primeiros humanos|uso controlado do fogo]] começando por volta de há 1 milhão de anos.<ref name=":03">{{Citar periódico |titulo=Microstratigraphic evidence of in situ fire in the Acheulean strata of Wonderwerk Cave, Northern Cape province, South Africa |data=Maio de 2012 |paginas=E1215-20 |doi=10.1073/pnas.1117620109 |pmc=3356665 |pmid=22474385 |vauthors=Berna F, Goldberg P, Horwitz LK, Brink J, Holt S, Bamford M, Chazan M |volume=109 |periódico=Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America}}</ref><ref>{{Citar periódico |titulo=The discovery of fire by humans: a long and convoluted process |data=Junho de 2016 |paginas=20150164 |doi=10.1098/rstb.2015.0164 |pmc=4874402 |pmid=27216521 |vauthors=Gowlett JA |volume=371 |periódico=Philosophical Transactions of the Royal Society of London. Series B, Biological Sciences}}</ref> A [[roda]] e os veículos com rodas apareceram simultaneamente em várias regiões em algum momento do [[Quarto milénio a.C.|IV milênio a.C.]].<ref name=":14">{{Citar periódico |url=https://www.ceeol.com/search/article-detail?id=714342 |titulo=Prehistoric innovations: Wheels and wheeled vehicles |data=2018 |paginas=271–298 |lingua=inglês |doi=10.1556/072.2018.69.2.3 |issn=0001-5210 |vauthors=Bodnár M |volume=69 |periódico=Acta Archaeologica Academiae Scientiarum Hungaricae}}</ref> O desenvolvimento de ferramentas e tecnologias mais complexas permitiu o [[Terra arável|cultivo da terra]] e a [[Domesticação|domesticação de animais]], revelando-se essencial para o desenvolvimento da [[agricultura]] - o que ficou conhecido como [[Revolução neolítica|Revolução Neolítica]].<ref>{{Citar web |url=https://www.magellantv.com/articles/tools-of-the-neolithic-era-inventing-a-new-age |titulo=Neolithic Era Tools: Inventing a New Age |data=2018 |acessodata=2020-10-09 |website=MagellanTV}}</ref>
Não existe uma definição acadêmica consensual do que constitui religião.<ref name=":5">{{Citar periódico |url=https://www.jstor.org/stable/24460821 |titulo=What Is Religion? |data=1998 |paginas=366–380 |issn=0011-1953 |jstor=24460821 |vauthors=Idinopulos TA |volume=48 |periódico=CrossCurrents}}</ref> A religião assumiu muitas formas que variam de acordo com a cultura e a perspectiva individual, em alinhamento com a diversidade geográfica, social e linguística do planeta. A religião pode incluir uma crença na [[vida após a morte]],<ref>{{Citar periódico |titulo=Secular Eschatology: Beliefs about Afterlife |data=2000-08-01 |paginas=5–22 |lingua=en |doi=10.2190/Q21C-5VED-GYW6-W091 |issn=0030-2228 |vauthors=Walker GC |volume=41 |periódico=OMEGA - Journal of Death and Dying}}</ref> a [[Abiogênese|origem da vida]],<ref>{{Citar periódico |url=http://www.hrpub.org/journals/article_info.php?aid=5989 |titulo=Scientific and Religious Beliefs about the Origin of Life and Life after Death: Validation of a Scale |data=2017 |paginas=995–1007 |lingua=en |doi=10.13189/ujer.2017.050612 |issn=2332-3205 |vauthors=Bautista JS, Herrera VE, Miranda RC |volume=5 |periódico=Universal Journal of Educational Research}}</ref> a natureza do [[universo]] ([[cosmologia religiosa]]) e seu [[Derradeiro destino do universo|destino final]] ([[escatologia]]), além do que é [[moral]] ou imoral.<ref>{{Citar periódico |titulo=Religion and morality |data=Março de 2015 |paginas=447–73 |doi=10.1037/a0038455 |pmc=4345965 |pmid=25528346 |vauthors=McKay R, Whitehouse H |volume=141 |periódico=Psychological Bulletin}}</ref> Uma fonte comum de respostas a essas perguntas são as crenças em seres divinos [[Transcendência (religião)|transcendentes]], como [[divindades]] ou um [[Deus]] único, embora nem todas as religiões sejam [[Teísmo|teístas]].<ref>{{Citar web |url=https://www.bolton.ac.uk/Chaplaincy/Worldviews/Summary.aspx#gsc.tab=0 |titulo=Summary of Religions and Beliefs |acessodata=2020-10-08 |website=www.bolton.ac.uk}}</ref><ref>{{Citar periódico |url=http://www.nature.com/news/complex-societies-evolved-without-belief-in-all-powerful-deity-1.17040 |titulo=Complex societies evolved without belief in all-powerful deity |ano=2015 |lingua=en |doi=10.1038/nature.2015.17040 |vauthors=Ball P |periódico=Nature News}}</ref>
{{imagem dupla|right|Supplicating Pilgrim at Masjid Al Haram. Mecca, Saudi Arabia.jpg|200|Sikh pilgrim at the Golden Temple (Harmandir Sahib) in Amritsar, India.jpg|225|A [[Caaba]] durante o ''[[Hajj]]'', a [[peregrinação]] que os seguidores do [[islã]] fazem até a cidade de [[Meca]], na [[Arábia Saudita]]|Um [[peregrino]] [[Siquismo|siquista]] com o [[Harmandir Sahib]] (''Templo Dourado'') ao fundo, em [[Amritsar]], [[Índia]]}}


A China [[Quatro grandes invenções|desenvolveu]] o [[papel]], a [[Prensa móvel|imprensa]], a [[pólvora]], a [[bússola]] e outras invenções importantes.<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/671710733|título=Ancient Chinese inventions|editora=Cambridge University Press|ano=2011|localização=Cambridge, UK|páginas=13–14|isbn=978-0-521-18692-6|oclc=671710733|edição=}}</ref> As melhorias contínuas na [[Fundição (metalurgia)|fundição]] permitiram o [[forjamento]] de [[cobre]], [[bronze]], [[ferro]] e, eventualmente, do [[aço]], que é usado em [[Transporte ferroviário|ferrovias]], [[arranha-céu]]s e muitos outros produtos e construções.<ref>{{Citar web |url=https://www.popularmechanics.com/technology/infrastructure/a20722505/history-of-steel/ |titulo=The Entire History of Steel |data=2018-07-09 |acessodata=2021-05-05 |website=Popular Mechanics |lingua=en-US}}</ref> Isso coincidiu com a [[Revolução Industrial]], onde a invenção de [[Automação|máquinas automatizadas]] trouxe grandes mudanças ao estilo de vida dos humanos.<ref>{{Citar web |ultimo=National Geographic Society |url=http://www.nationalgeographic.org/article/industrial-revolution-and-technology/ |titulo=Industrial Revolution and Technology |data=2020-01-09 |acessodata=2020-10-09 |website=National Geographic Society |lingua=en}}</ref> A tecnologia moderna pode ser vista como em [[Teoria das mudanças aceleradas|progressão exponencial]],<ref>{{Citar periódico |url=https://ourworldindata.org/technological-progress |titulo=Technological Progress |data=2013-05-11 |vauthors=Roser M, Ritchie H |periódico=Our World in Data}}</ref> com grandes inovações no século XX, como [[Geração de eletricidade|eletricidade]], [[penicilina]], [[semicondutor]]es, [[Motor de combustão interna|motores de combustão interna]], [[Internet]], [[Fertilizante|fertilizantes fixadores de nitrogênio]], [[Avião|aviões]], [[computador]]es, [[Automóvel|automóveis]], a [[Pílula contraceptiva oral combinada|pílula]], [[fissão nuclear]], [[revolução verde]], [[Rádio (telecomunicações)|rádio]], criação científica de plantas, [[Foguete espacial|foguetes]], [[Condicionamento de ar|ar condicionado]], [[Televisor|televisão]] e [[Linha de produção|linha de montagem]].<ref>{{Citar web |url=https://www.theatlantic.com/magazine/archive/2013/11/innovations-list/309536/ |titulo=The 50 Greatest Breakthroughs Since the Wheel |data=2013-10-23 |acessodata=2021-05-05 |website=The Atlantic |lingua=en}}</ref>
Embora o nível exato de religiosidade seja algo difícil de medir,<ref name="Hall2008">{{Citar periódico |url=https://zenodo.org/record/1232820 |titulo=Measuring religiousness in health research: review and critique |data=Junho de 2008 |paginas=134–63 |tipo=Submitted manuscript |doi=10.1007/s10943-008-9165-2 |pmid=19105008 |vauthors=Hall DE, Meador KG, Koenig HG |volume=47 |periódico=Journal of Religion and Health}}</ref> a maioria dos humanos professa alguma variedade de crenças religiosas ou espirituais.<ref>{{Citar jornal |url=https://www.theguardian.com/news/2018/aug/27/religion-why-is-faith-growing-and-what-happens-next |titulo=Religion: why faith is becoming more and more popular |data=2018-08-27 |acessodata=2020-10-08 |website=The Guardian |lingua=en-GB |issn=0261-3077}}</ref> Em 2015, a maioria da [[população mundial]] era [[Cristianismo|cristã,]] seguida por [[muçulmano]]s, [[hindus]] e [[Budismo|budistas]].<ref>{{Citar web |url=https://www.pewresearch.org/fact-tank/2017/04/05/christians-remain-worlds-largest-religious-group-but-they-are-declining-in-europe/ |titulo=Christians remain world's largest religious group, but they are declining in Europe |data=2017 |acessodata=2020-10-08 |website=Pew Research Center |lingua=en-US}}</ref> Cerca de 16%, ou pouco menos de 1,2 bilhão de humanos, eram [[Irreligião|irreligiosos]], incluindo aqueles [[Ateísmo|sem crenças religiosas]] ou sem identidade com qualquer religião.<ref name=":6">{{Citar web |url=https://www.pewforum.org/2017/04/05/the-changing-global-religious-landscape/ |titulo=The Changing Global Religious Landscape |data=2017-04-05 |acessodata=2020-10-08 |website=Pew Research Center's Religion & Public Life Project |lingua=en-US}}</ref>


=== Ciência e filosofia ===
=== Ciência e filosofia ===
{{AP|Ciência|Filosofia}}
{{AP|Ciência|Filosofia}}
[[Ficheiro:NAMA_Machine_d'Anticythère_1.jpg|thumb|esquerda|[[Máquina de Anticítera]] (c. {{AC|100|x}}), considerado o primeiro [[computador analógico]] mecânico conhecido ([[Museu Arqueológico Nacional de Atenas]])]]


Um aspecto exclusivo dos humanos é sua capacidade de transmitir conhecimento de uma [[geração]] para a seguinte e de construir continuamente sobre essas informações para desenvolver ferramentas, [[Lei científica|leis científicas]] e outros avanços para transmitir adiante.<ref>{{Citar web |url=https://www.scientificamerican.com/article/a-very-human-story-why-our-species-is-special/ |titulo=A Very Human Story: Why Our Species Is Special |acessodata=2020-09-27 |website=Scientific American |lingua=en}}</ref> Esse conhecimento acumulado pode ser testado para responder a perguntas ou fazer previsões sobre como o universo funciona e tem sido muito bem-sucedido no avanço da ascendência humana.<ref>{{Citar enciclopédia |url=https://plato.stanford.edu/archives/win2020/entries/scientific-method/ |titulo=Scientific Method |data=2020 |acessodata=2020-10-08 |publicado=Metaphysics Research Lab, Stanford University |enciclopédia=The Stanford Encyclopedia of Philosophy |edição=Winter 2020}}</ref> [[Aristóteles]] foi descrito como o primeiro cientista,<ref>{{Citar periódico |url=https://www.nature.com/articles/512250a |titulo=History of science: The first scientist |data=2014 |paginas=250–251 |lingua=en |doi=10.1038/512250a |issn=1476-4687 |vauthors=Lo Presti R |volume=512 |periódico=Nature}}</ref> e precedeu o surgimento do pensamento científico durante o [[período helenístico]].<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/883392276|título=The forgotten revolution : how science was born in 300 BC and why it had to be reborn|data=2004|localização=Berlin|páginas=1|isbn=978-3-642-18904-3|oclc=883392276}}</ref> Outros primeiros avanços na ciência vieram da [[Dinastia Han]] na [[China]] e durante a [[Idade de ouro islâmica|Idade de Ouro Islâmica]].<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/779676|título=Science and civilisation in China|ano=1954|localização=Cambridge [England]|páginas=111|isbn=0-521-05799-X|oclc=779676|autorlink=Joseph Needham}}</ref><ref name=":15">{{Citar livro|título=The State of Social Progress of Islamic Societies: Social, Economic, Political, and Ideological Challenges|data=2016|editora=Springer International Publishing|series=International Handbooks of Quality-of-Life|páginas=25–52|língua=en|capitulo=The Islamic Golden Age: A Story of the Triumph of the Islamic Civilization|doi=10.1007/978-3-319-24774-8_2|isbn=978-3-319-24774-8}}</ref> A [[Revolução Científica|Revolução científica]], perto do final do [[Renascimento]], levou ao surgimento da [[História da ciência|ciência moderna]].<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/615209781|título=The scientific revolution and the origins of modern science|editora=Palgrave Macmillan|ano=2008|localização=Houndsmills, Basingstoke, Hampshire|capitulo=Renaissance and Revolution|isbn=978-1-137-07904-6|oclc=615209781|edição=3}}</ref>
Um aspecto exclusivo dos humanos é sua capacidade de transmitir conhecimento de uma [[geração]] para a seguinte e de construir continuamente sobre essas informações para desenvolver ferramentas, [[Lei científica|leis científicas]] e outros avanços para transmitir adiante.<ref>{{Citar web |url=https://www.scientificamerican.com/article/a-very-human-story-why-our-species-is-special/ |titulo=A Very Human Story: Why Our Species Is Special |acessodata=2020-09-27 |website=Scientific American |lingua=en}}</ref> Esse conhecimento acumulado pode ser testado para responder a perguntas ou fazer previsões sobre como o universo funciona e tem sido muito bem-sucedido no avanço da ascendência humana.<ref>{{Citar enciclopédia |url=https://plato.stanford.edu/archives/win2020/entries/scientific-method/ |titulo=Scientific Method |data=2020 |acessodata=2020-10-08 |publicado=Metaphysics Research Lab, Stanford University |enciclopédia=The Stanford Encyclopedia of Philosophy |edição=Winter 2020}}</ref> [[Aristóteles]] foi descrito como o primeiro cientista,<ref>{{Citar periódico |url=https://www.nature.com/articles/512250a |titulo=History of science: The first scientist |data=2014 |paginas=250–251 |lingua=en |doi=10.1038/512250a |issn=1476-4687 |vauthors=Lo Presti R |volume=512 |periódico=Nature}}</ref> e precedeu o surgimento do pensamento científico durante o [[período helenístico]].<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/883392276|título=The forgotten revolution : how science was born in 300 BC and why it had to be reborn|data=2004|localização=Berlin|páginas=1|isbn=978-3-642-18904-3|oclc=883392276}}</ref> Outros primeiros avanços na ciência vieram da [[Dinastia Han]] na [[China]] e durante a [[Idade de ouro islâmica|Idade de Ouro Islâmica]].<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/779676|título=Science and civilisation in China|ano=1954|localização=Cambridge [England]|páginas=111|isbn=0-521-05799-X|oclc=779676|autorlink=Joseph Needham}}</ref><ref name=":15">{{Citar livro|título=The State of Social Progress of Islamic Societies: Social, Economic, Political, and Ideological Challenges|data=2016|editora=Springer International Publishing|series=International Handbooks of Quality-of-Life|páginas=25–52|língua=en|capitulo=The Islamic Golden Age: A Story of the Triumph of the Islamic Civilization|doi=10.1007/978-3-319-24774-8_2|isbn=978-3-319-24774-8}}</ref> A [[Revolução Científica|Revolução científica]], perto do final do [[Renascimento]], levou ao surgimento da [[História da ciência|ciência moderna]].<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/615209781|título=The scientific revolution and the origins of modern science|editora=Palgrave Macmillan|ano=2008|localização=Houndsmills, Basingstoke, Hampshire|capitulo=Renaissance and Revolution|isbn=978-1-137-07904-6|oclc=615209781|edição=3}}</ref>
[[Ficheiro:Confuciusstatue.jpg|thumb|esquerda|upright|[[Estátua]] de [[Confúcio]] em [[Xangai]], [[China]]]]


Uma cadeia de eventos e influências levou ao desenvolvimento do [[método científico]], um processo de observação e experimentação que é usado para diferenciar a [[ciência]] da [[pseudociência]].<ref>{{Citar web |url=https://plato.stanford.edu/entries/pseudo-science/ |titulo=Science and Pseudo-Science |acessodata=3 de julho de 2017 |website=Stanford Encyclopedia of Philosophy |publicado=Metaphysics Research Lab, Stanford University |ano=2017 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20170611061811/https://plato.stanford.edu/entries/pseudo-science/ |arquivodata=11 de junho de 2017}}</ref> A compreensão da [[matemática]] é exclusiva dos humanos, embora outras espécies de animais tenham alguma [[cognição numérica]].<ref>{{Citar livro|título=Comparative Cognition|data=2015|editora=Cambridge University Press|páginas=209–10|isbn=978-1-107-01116-8}}</ref> Toda a ciência pode ser dividida em três ramos principais, as [[ciências formais]] (por exemplo, [[lógica]] e [[matemática]]), que se preocupam com [[Sistema formal|sistemas formais]], as [[ciências aplicadas]] (por exemplo, [[engenharia]], [[medicina]]), que se concentram em aplicações práticas, e as ciências empíricas, que se baseiam na [[Pesquisa empírica|observação empírica]] e, por sua vez, são divididas em [[ciências naturais]] (por exemplo, [[física]], [[química]], [[biologia]]) e [[ciências sociais]] (por exemplo, [[psicologia]], [[economia]], [[sociologia]]).<ref>{{Citar web |url=https://pmr.uchicago.edu/sites/pmr.uchicago.edu/files/uploads/BranchesofSciencePresentation.pdf |titulo=Branches of Science |acessodata=26 de junho de 2017 |publicado=[[Universidade de Chicago]] |arquivourl=https://web.archive.org/web/20170423062909/https://pmr.uchicago.edu/sites/pmr.uchicago.edu/files/uploads/BranchesofSciencePresentation.pdf |arquivodata=23 de abril de 2017}}</ref>
Uma cadeia de eventos e influências levou ao desenvolvimento do [[método científico]], um processo de observação e experimentação que é usado para diferenciar a [[ciência]] da [[pseudociência]].<ref>{{Citar web |url=https://plato.stanford.edu/entries/pseudo-science/ |titulo=Science and Pseudo-Science |acessodata=3 de julho de 2017 |website=Stanford Encyclopedia of Philosophy |publicado=Metaphysics Research Lab, Stanford University |ano=2017 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20170611061811/https://plato.stanford.edu/entries/pseudo-science/ |arquivodata=11 de junho de 2017}}</ref> A compreensão da [[matemática]] é exclusiva dos humanos, embora outras espécies de animais tenham alguma [[cognição numérica]].<ref>{{Citar livro|título=Comparative Cognition|data=2015|editora=Cambridge University Press|páginas=209–10|isbn=978-1-107-01116-8}}</ref> Toda a ciência pode ser dividida em três ramos principais, as [[ciências formais]] (por exemplo, [[lógica]] e [[matemática]]), que se preocupam com [[Sistema formal|sistemas formais]], as [[ciências aplicadas]] (por exemplo, [[engenharia]], [[medicina]]), que se concentram em aplicações práticas, e as ciências empíricas, que se baseiam na [[Pesquisa empírica|observação empírica]] e, por sua vez, são divididas em [[ciências naturais]] (por exemplo, [[física]], [[química]], [[biologia]]) e [[ciências sociais]] (por exemplo, [[psicologia]], [[economia]], [[sociologia]]).<ref>{{Citar web |url=https://pmr.uchicago.edu/sites/pmr.uchicago.edu/files/uploads/BranchesofSciencePresentation.pdf |titulo=Branches of Science |acessodata=26 de junho de 2017 |publicado=[[Universidade de Chicago]] |arquivourl=https://web.archive.org/web/20170423062909/https://pmr.uchicago.edu/sites/pmr.uchicago.edu/files/uploads/BranchesofSciencePresentation.pdf |arquivodata=23 de abril de 2017}}</ref>
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== Sociedade ==
== Sociedade ==
A sociedade é o sistema de organizações e instituições decorrentes da interação entre humanos. Os humanos são seres altamente sociais e tendem a viver em grandes grupos sociais complexos. Eles podem ser divididos em diferentes grupos de acordo com sua renda, riqueza, [[poder]], [[reputação]] e outros fatores.<ref name=":1">{{Citar web |url=http://web.unitn.it/files/download/8481/srs_schizzerotto_social_stratification_2_as.pdf |titulo=Social Stratification |acessodata=3 de julho de 2017 |publicado=[[Universidade de Trento]] |arquivourl=https://web.archive.org/web/20180320150018/http://web.unitn.it/files/download/8481/srs_schizzerotto_social_stratification_2_as.pdf |arquivodata=20 de março de 2018}}</ref> A estrutura da [[estratificação social]] e o grau de [[mobilidade social]] diferem, especialmente entre as sociedades modernas e tradicionais. Os grupos humanos variam desde o tamanho das [[família]]s até as [[Nação|nações]]. As primeiras formas de organização social humana foram famílias que viviam em sociedades de bandos ou tribos, como [[Caçador-coletor|caçadores-coletores]].<ref>{{Citar livro|título=The origins of political order : from prehuman times to the French Revolution|data=2012|editora=Farrar, Straus and Giroux|páginas=53|isbn=978-0-374-53322-9|oclc=1082411117}}</ref>
[[Ficheiro:Indian_family_in_Brazil_posed_in_front_of_hut.jpg|miniaturadaimagem|upright|Os humanos frequentemente vivem em estruturas sociais baseadas na [[família]]. Na imagem, um grupo famíliar [[Povos indígenas do Brasil|indígena]] no [[Brasil]].]]

A sociedade é o sistema de organizações e instituições decorrentes da interação entre humanos. Os humanos são seres altamente sociais e tendem a viver em grandes grupos sociais complexos. Eles podem ser divididos em diferentes grupos de acordo com sua renda, riqueza, [[poder]], [[reputação]] e outros fatores.<ref name=":1">{{Citar web |url=http://web.unitn.it/files/download/8481/srs_schizzerotto_social_stratification_2_as.pdf |titulo=Social Stratification |acessodata=3 de julho de 2017 |publicado=[[Universidade de Trento]] |arquivourl=https://web.archive.org/web/20180320150018/http://web.unitn.it/files/download/8481/srs_schizzerotto_social_stratification_2_as.pdf |arquivodata=20 de março de 2018}}</ref> A estrutura da [[estratificação social]] e o grau de [[mobilidade social]] diferem, especialmente entre as sociedades modernas e tradicionais. Os grupos humanos variam desde o tamanho das [[família]]s até as nações. As primeiras formas de organização social humana foram famílias que viviam em sociedades de bandos ou tribos, como [[Caçador-coletor|caçadores-coletores]].<ref>{{Citar livro|título=The origins of political order : from prehuman times to the French Revolution|data=2012|editora=Farrar, Straus and Giroux|páginas=53|isbn=978-0-374-53322-9|oclc=1082411117}}</ref>
=== Gênero ===
{{Artigo principal|Gênero}}
[[Ficheiro:Human.svg|thumb|upright|Desenho de um [[homem]] e uma [[mulher]], [[Ilustração]] por [[Linda Salzman Sagan]] na [[Placa Pioneer]]]]

As sociedades humanas normalmente exibem [[Identidade de gênero|identidades]] e [[Papel social de gênero|papéis de gênero]] que distinguem entre características [[Masculinidade|masculinas]] e [[Feminilidade|femininas]] e prescrevem a gama de comportamentos e atitudes aceitáveis ​​para os seus membros com base no seu [[sexo]].<ref>{{Cite book |chapter=Social Role Theory of Sex Differences and Similarities : A Current Appraisal |date=2000 |chapter-url=https://www.taylorfrancis.com/chapters/edit/10.4324/9781410605245-12/social-role-theory-sex-differences-similarities-current-appraisal |title=The Developmental Social Psychology of Gender |pages=137–188 |publisher=Psychology Press |doi=10.4324/9781410605245-12 |isbn=978-1-4106-0524-5 |access-date=10 de junho de 2022 |archive-date=30 de abril de 2021 |archive-url=https://web.archive.org/web/20210430212712/https://www.taylorfrancis.com/chapters/edit/10.4324/9781410605245-12/social-role-theory-sex-differences-similarities-current-appraisal |urlmorta=live }}</ref><ref>{{Cite encyclopedia |year=2003 |title=Gender Roles and Society |encyclopedia=Human Ecology: An Encyclopedia of Children, Families, Communities, and Environments |publisher=ABC-CLIO |location=Santa barbara, CA |url=https://digitalcommons.library.umaine.edu/soc_facpub/1/ |last=Blackstone |first=Amy |series=Sociology School Faculty Scholarship |page=335 |editor-last=Miller |editor-first=Julia R. |editor2-last=Lerner |editor2-first=Richard M. |editor3-last=Schiamberg |editor3-first=Lawrence B. |access-date=30 de julho de 2022 |archive-date=16 de maio de 2022 |archive-url=https://web.archive.org/web/20220516131905/https://digitalcommons.library.umaine.edu/soc_facpub/1/ |urlmorta=live }}</ref> A categorização mais comum é um [[gênero binário]] de [[homens]] e [[mulheres]].<ref name="Nadal-re-binary">{{cite book|last=Nadal|first=Kevin L.|title=The SAGE Encyclopedia of Psychology and Gender|year=2017|isbn=978-1483384276|page=401|publisher=SAGE Publications}}</ref> Algumas sociedades reconhecem um [[terceiro gênero]],<ref>{{Cite book |last=Herdt |first=Gilbert |url={{GBurl|id=8nf8DwAAQBAJ}} |title=Third Sex, Third Gender: Beyond Sexual Dimorphism in Culture and History |publisher=Princeton University Press |year=2020 |isbn=978-1-942130-52-9 |location=Princeton, NJ |pages=21–83 |language=en |chapter=Third Sexes and Third Genders |access-date=30 de julho de 2022 }}</ref> ou menos comumente um quarto ou quinto.<ref>{{cite book|last=Trumbach|first=Randolph|year=1994|chapter=London's Sapphists: From Three Sexes to Four Genders in the Making of Modern Culture|title=Third Sex, Third Gender: Beyond Sexual Dimorphism in Culture and History|editor-last=Herdt|editor-first=Gilbert|pages=111–136|location=New York|publisher=Zone (MIT)|isbn=978-0-942299-82-3}}</ref><ref name="Graham">{{cite web|last=Graham|first=Sharyn|url=http://www.insideindonesia.org/weekly-articles/sulawesis-fifth-gender|title=Sulawesi's fifth gender|archive-url=https://web.archive.org/web/20141126200244/http://www.insideindonesia.org/weekly-articles/sulawesis-fifth-gender|archive-date=26 de novembro de 2014|website=Inside Indonesia|date=junho de 2001}}</ref> Em algumas outras sociedades, [[não-binário]] é usado como um [[termo genérico]] para uma série de identidades de género que não são exclusivamente masculinas ou femininas.<ref name="richardsetal">{{Cite journal |last1=Richards |first1=Christina |last2=Bouman |first2=Walter Pierre |last3=Seal |first3=Leighton |last4=Barker |first4=Meg John|last5=Nieder |first5=Timo O. |last6=T'Sjoen |first6=Guy |date=2016 |title=Non-binary or genderqueer genders |url=https://biblio.ugent.be/publication/7279758 |urlmorta=live |journal=International Review of Psychiatry |volume=28 |issue=1 |pages=95–102 |doi=10.3109/09540261.2015.1106446 |pmid=26753630 |archive-url=https://web.archive.org/web/20190626224658/https://biblio.ugent.be/publication/7279758 |archive-date=26 de junho de 2019 |access-date=9 de junho de 2019 |hdl-access=free |s2cid=29985722 |hdl=1854/LU-7279758}}</ref>

Os papéis de gênero estão frequentemente associados a uma divisão de [[Norma social|normas]], práticas, [[Roupa|vestuário]], [[Comportamento social|comportamento]], [[direitos]], [[deveres]], [[Privilégio social|privilégios]], [[Estatuto social|estatuto]] e [[poder]], com os homens a gozarem de mais direitos e privilégios do que as mulheres na maioria das sociedades, tanto hoje como no passado.<ref>{{Cite web |last1=Ananthaswamy |first1=Anil|last2=Douglas|first2=Kate |title=The origins of sexism: How men came to rule 12,000 years ago |url=https://www.newscientist.com/article/mg23831740-400-the-origins-of-sexism-how-men-came-to-rule-12000-years-ago/ |access-date=7 de março de 2023 |website=New Scientist |language=en-US}}</ref> Como [[construção social]],<ref name="www.who.int">{{Cite web |title=What do we mean by "sex" and "gender"? |url=https://apps.who.int/gender/whatisgender/en/ |urlmorta=dead |archive-url=https://web.archive.org/web/20170130022356/https://apps.who.int/gender/whatisgender/en/ |archive-date=30 de janeiro de 2017 |access-date=26 de novembro de 2015 |publisher=[[Organização Mundial da Saúde]]}}</ref> os papéis de gênero não são fixos e variam historicamente dentro de uma sociedade. Os desafios às normas de gênero predominantes têm ocorrido em muitas sociedades.<ref>{{cite book |url={{GBurl|id=lc-YBRQkldAC|p=143}} |title=Essential Concepts for Healthy Living |vauthors=Alters S, Schiff W |publisher=Jones & Bartlett Publishers |year=2009 |isbn=978-0-7637-5641-3 |page=143 |access-date=3 de janeiro de 2018}}</ref><ref>{{cite journal |vauthors=Fortin N |year=2005 |title=Gender Role Attitudes and the Labour Market Outcomes of Women Across OECD Countries |journal=Oxford Review of Economic Policy |volume=21 |issue=3 |pages=416–438 |doi=10.1093/oxrep/gri024}}</ref> Pouco se sabe sobre os papéis de gênero nas primeiras sociedades humanas. Os [[Humano anatomicamente moderno|primeiros humanos modernos]] provavelmente tinham uma série de papéis de gênero semelhantes aos das culturas modernas, pelo menos do [[Paleolítico Superior]], enquanto os [[neandertais]] eram menos [[Dimorfismo sexual|dimórficos]] sexualmente e há evidências de que a diferença comportamental entre homens e mulheres era mínima.<ref>{{Cite book |last=Dobres |first=Marcia-Anne |chapter=Gender in the Earliest Human Societies |date=27 de novembro de 2020 |chapter-url=https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/9781119535812.ch11 |title=A Companion to Global Gender History |pages=183–204 |editor-last=Meade |editor-first=Teresa A. |edition=1 |publisher=Wiley |language=en |doi=10.1002/9781119535812.ch11 |isbn=978-1-119-53580-5 |access-date=10 de junho de 2022 |editor2-last=Wiesner-Hanks |editor2-first=Merry E. |s2cid=229399965 |archive-date=10 de junho de 2022 |archive-url=https://web.archive.org/web/20220610113514/https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/9781119535812.ch11 |urlmorta=live }}</ref>


=== Parentesco ===
=== Parentesco ===
{{AP|Família}}
{{AP|Família}}
[[Ficheiro:Coloured-family.jpg|thumb|esquerda|Os seres humanos muitas vezes vivem em [[família]] criando complexas [[Estrutura social|estruturas sociais]] e abrigos artificiais.]]
Todas as sociedades humanas organizam, reconhecem e classificam os tipos de relações sociais com base nas relações entre pais, filhos e outros descendentes ([[consanguinidade]]) e nas relações por meio do [[casamento]]. Existe também um terceiro tipo aplicado aos [[padrinhos]] ou [[Adoção|filhos adotivos]]. Essas relações culturalmente definidas são chamadas de [[parentesco]]. Em muitas sociedades, é um dos princípios de organização social mais importantes e desempenha um papel na transmissão de estatutos sociais e [[herança]].<ref>{{Citar web |url=https://www2.palomar.edu/anthro/kinship/kinship_1.htm |titulo=The Nature of Kinship: Overview |acessodata=2020-10-24 |website=www2.palomar.edu}}</ref> Todas as sociedades têm regras de [[Tabu do incesto|tabu]] sobre [[incesto]], segundo as quais o casamento entre certos tipos de relações de parentesco é proibido e algumas também têm regras de casamento preferencial com certas relações de parentesco.<ref>{{Citar periódico |titulo=Evolution of kinship structures driven by marriage tie and competition |data=Fevereiro de 2020 |paginas=2378–2384 |doi=10.1073/pnas.1917716117 |pmc=7007516 |pmid=31964846 |vauthors=Itao K, Kaneko K |volume=117 |periódico=Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America}}</ref>


Todas as sociedades humanas organizam, reconhecem e classificam os tipos de relações sociais com base nas relações entre pais, filhos e outros descendentes ([[consanguinidade]]) e nas relações por meio do [[casamento]]. Existe também um terceiro tipo aplicado aos [[Apadrinhamento|padrinhos]] ou [[Adoção|filhos adotivos]]. Essas relações culturalmente definidas são chamadas de [[parentesco]]. Em muitas sociedades, é um dos princípios de organização social mais importantes e desempenha um papel na transmissão de estatutos sociais e [[herança]].<ref>{{Citar web |url=https://www2.palomar.edu/anthro/kinship/kinship_1.htm |titulo=The Nature of Kinship: Overview |acessodata=2020-10-24 |website=www2.palomar.edu}}</ref> Todas as sociedades têm regras de [[Tabu do incesto|tabu]] sobre [[incesto]], segundo as quais o casamento entre certos tipos de relações de parentesco é proibido e algumas também têm regras de casamento preferencial com certas relações de parentesco.<ref>{{Citar periódico |titulo=Evolution of kinship structures driven by marriage tie and competition |data=Fevereiro de 2020 |paginas=2378–2384 |doi=10.1073/pnas.1917716117 |pmc=7007516 |pmid=31964846 |vauthors=Itao K, Kaneko K |volume=117 |periódico=Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America}}</ref>
A estrutura social e familiar dos humanos é bastante variável conforme as diferentes sociedades humanas. Além das formas monogâmicas e poligínicas, formas poliândricas e promíscuas ocorrem com menos frequência. Uma estrutura social típica ou original não pode ser especificada, uma vez que o comportamento é fortemente sobreposto culturalmente. Tentativas de compreender o comportamento social original dos humanos usando comparações morfológicas com outras espécies de primatas se revelaram duvidosas (espécies de primatas com [[dimorfismo sexual]] muito acentuado em termos de peso tendem a viver em grupos de haréns, como ocorre com os [[gorila]]s; por outro lado, primatas com pouco dimorfismo sexual e sem diferenças de tamanho dos dentes caninos tendem a levar um estilo de vida monogâmico, como ocorre com os [[gibão|gibões]], da família Hylobatidae) <ref>Geissmann (2003), S. 310–311.</ref>

A estrutura social e familiar dos humanos é bastante variável conforme as diferentes sociedades humanas. Além das formas [[Monogamia|monogâmicas]] e [[Poliginia|poligínicas]], formas [[Poliandria|poliândricas]] e [[Promiscuidade|promíscuas]] ocorrem com menos frequência. Uma estrutura social típica ou original não pode ser especificada, uma vez que o comportamento é fortemente sobreposto culturalmente. Tentativas de compreender o comportamento social original dos humanos usando comparações morfológicas com outras espécies de primatas se revelaram duvidosas (espécies de primatas com [[dimorfismo sexual]] muito acentuado em termos de peso tendem a viver em grupos de haréns, como ocorre com os [[gorila]]s; por outro lado, primatas com pouco dimorfismo sexual e sem diferenças de tamanho dos dentes caninos tendem a levar um estilo de vida monogâmico, como ocorre com os [[gibão|gibões]], da família Hylobatidae) <ref>Geissmann (2003), S. 310–311.</ref>


=== Etnia ===
=== Etnia ===
{{Artigo principal|Raças humanas|Grupo étnico|Racismo|Fenótipo}}
{{Artigo principal|Raças humanas|Grupo étnico|Racismo|Fenótipo}}
[[Ficheiro:Egyptian races.jpg|thumb|Um [[Líbia antiga|líbio]], um [[Núbia|núbio]], um [[Síria|sírio]] e um [[Antigo Egito|egípcio]], representados por um artista desconhecido em um mural na tumba de [[Seti I]].]]
[[Ficheiro:Egyptian races.jpg|thumb|Um [[Antiga Líbia|líbio]], um [[Núbia|núbio]], um [[Síria (província romana)|sírio]] e um [[Antigo Egito|egípcio]], representados por um artista desconhecido em um mural na tumba de [[Seti I]].]]

Grupos étnicos humanos são uma categoria social que se identifica como um grupo com base em atributos compartilhados que os distinguem de outros grupos. Podem ser um conjunto comum de tradições, [[Antepassado|ancestrais]], [[Linguagem|idioma]], [[história]], [[sociedade]], [[cultura]], [[nação]], [[religião]] ou tratamento social dentro de sua área de residência.<ref name=":04">{{Citar livro|url=http://worldcat.org/oclc/829678440|título=Constructivist theories of ethnic politics|data=2012|editora=Oxford University Press|páginas=69–70|isbn=978-0-19-989315-7|oclc=829678440}}</ref><ref>{{Citar livro|título=Humanity: An Introduction to Cultural Anthropology|editora=Wadsworth Cengage learning|ano=2010|citação="In essence, an ethnic group is a named social category of people based on perceptions of shared social experience or one's ancestors' experiences. Members of the ethnic group see themselves as sharing cultural traditions and history that distinguish them from other groups. Ethnic group identity has a strong psychological or emotional component that divides the people of the world into opposing categories of “us” and “them.” In contrast to social stratification, which divides and unifies people along a series of horizontal axes based on socioeconomic factors, ethnic identities divide and unify people along a series of vertical axes. Thus, ethnic groups, at least theoretically, cut across socioeconomic class differences, drawing members from all strata of the population."|edição=9th}}</ref> A etnia é separada do conceito de [[Raça (categorização humana)|raça]], que se baseia em características físicas, embora ambas sejam [[Constructo social|socialmente construídas]].<ref>{{Citar web |url=https://www.nationalgeographic.com/culture/topics/reference/race-ethnicity/ |titulo=Race and ethnicity: How are they different? |data=2019-02-22 |acessodata=2020-10-24 |website=Culture |lingua=en}}</ref> Atribuir etnicidade a determinada população é complicado, pois mesmo dentro de designações étnicas comuns, pode haver uma ampla gama de subgrupos e a composição desses grupos étnicos pode mudar com o tempo, tanto no nível coletivo quanto no individual.<ref name="REGWG2005">{{Citar periódico |titulo=The use of racial, ethnic, and ancestral categories in human genetics research |data=Outubro de 2005 |paginas=519–32 |doi=10.1086/491747 |pmc=1275602 |pmid=16175499 |vauthors=((Race, Ethnicity, and Genetics Working Group)) |volume=77 |periódico=American Journal of Human Genetics}}</ref> Também não existe uma definição geralmente aceita sobre o que constitui um grupo étnico.<ref>{{Citar periódico |url=http://www.annualreviews.org/doi/10.1146/annurev.polisci.9.062404.170715 |titulo=What is Ethnic Identity and Does It Matter? |data=2006 |paginas=397–424 |lingua=en |doi=10.1146/annurev.polisci.9.062404.170715 |issn=1094-2939 |vauthors=Chandra K |volume=9 |periódico=Annual Review of Political Science}}</ref> Os agrupamentos étnicos podem desempenhar um papel poderoso na [[identidade social]] e na solidariedade das unidades etno-políticas. Isso está intimamente ligado à ascensão do [[Estado-nação]] como a forma predominante de organização política nos séculos XIX e XX.<ref>{{Citar livro|título=Myths and Memories of the Nation.|data=1999|editora=Oxford University Press|páginas=4–7}}</ref><ref>{{Citar periódico |titulo=Max Weber on 'ethnic communities': a critique |ano=2007 |paginas=19–35 |doi=10.1111/j.1469-8129.2007.00271.x |vauthors=Banton M |volume=13 |periódico=Nations and Nationalism}}</ref><ref>{{Citar livro|título=The SAGE Handbook of Nations and Nationalism|data=2006|editora=SAGE|localização=London|isbn=978-1-4129-0101-7}}</ref>
Grupos étnicos humanos são uma categoria social que se identifica como um grupo com base em atributos compartilhados que os distinguem de outros grupos. Podem ser um conjunto comum de tradições, [[Antepassado|ancestrais]], [[Linguagem|idioma]], [[história]], [[sociedade]], [[cultura]], [[nação]], [[religião]] ou tratamento social dentro de sua área de residência.<ref name=":04">{{Citar livro|url=http://worldcat.org/oclc/829678440|título=Constructivist theories of ethnic politics|data=2012|editora=Oxford University Press|páginas=69–70|isbn=978-0-19-989315-7|oclc=829678440}}</ref><ref>{{Citar livro|título=Humanity: An Introduction to Cultural Anthropology|editora=Wadsworth Cengage learning|ano=2010|citação="In essence, an ethnic group is a named social category of people based on perceptions of shared social experience or one's ancestors' experiences. Members of the ethnic group see themselves as sharing cultural traditions and history that distinguish them from other groups. Ethnic group identity has a strong psychological or emotional component that divides the people of the world into opposing categories of “us” and “them.” In contrast to social stratification, which divides and unifies people along a series of horizontal axes based on socioeconomic factors, ethnic identities divide and unify people along a series of vertical axes. Thus, ethnic groups, at least theoretically, cut across socioeconomic class differences, drawing members from all strata of the population."|edição=9th}}</ref> A etnia é separada do conceito de [[Raça (categorização humana)|raça]], que se baseia em características físicas, embora ambas sejam [[Constructo social|socialmente construídas]].<ref>{{Citar web |url=https://www.nationalgeographic.com/culture/topics/reference/race-ethnicity/ |titulo=Race and ethnicity: How are they different? |data=2019-02-22 |acessodata=2020-10-24 |website=Culture |lingua=en}}</ref> Atribuir etnicidade a determinada população é complicado, pois mesmo dentro de designações étnicas comuns, pode haver uma ampla gama de subgrupos e a composição desses grupos étnicos pode mudar com o tempo, tanto no nível coletivo quanto no individual.<ref name="REGWG2005">{{Citar periódico |titulo=The use of racial, ethnic, and ancestral categories in human genetics research |data=Outubro de 2005 |paginas=519–32 |doi=10.1086/491747 |pmc=1275602 |pmid=16175499 |vauthors=((Race, Ethnicity, and Genetics Working Group)) |volume=77 |periódico=American Journal of Human Genetics}}</ref> Também não existe uma definição geralmente aceita sobre o que constitui um grupo étnico.<ref>{{Citar periódico |url=http://www.annualreviews.org/doi/10.1146/annurev.polisci.9.062404.170715 |titulo=What is Ethnic Identity and Does It Matter? |data=2006 |paginas=397–424 |lingua=en |doi=10.1146/annurev.polisci.9.062404.170715 |issn=1094-2939 |vauthors=Chandra K |volume=9 |periódico=Annual Review of Political Science}}</ref> Os agrupamentos étnicos podem desempenhar um papel poderoso na [[identidade social]] e na solidariedade das unidades etno-políticas. Isso está intimamente ligado à ascensão do [[Estado-nação]] como a forma predominante de organização política nos séculos XIX e XX.<ref>{{Citar livro|título=Myths and Memories of the Nation.|data=1999|editora=Oxford University Press|páginas=4–7}}</ref><ref>{{Citar periódico |titulo=Max Weber on 'ethnic communities': a critique |ano=2007 |paginas=19–35 |doi=10.1111/j.1469-8129.2007.00271.x |vauthors=Banton M |volume=13 |periódico=Nations and Nationalism}}</ref><ref>{{Citar livro|título=The SAGE Handbook of Nations and Nationalism|data=2006|editora=SAGE|localização=London|isbn=978-1-4129-0101-7}}</ref>


=== Governo e política ===
=== Governo e política ===
{{Artigo principal|Sociedade|Governo|Política|Estado}}
{{Artigo principal|Sociedade|Governo|Política|Estado}}
[[Ficheiro:67º Período de Sesiones de la Asamblea General de Naciones Unidas (8020913157).jpg|thumb|esquerda|[[Sede da Organização das Nações Unidas|Sede]] das [[Nações Unidas]] em [[Manhattan]], a maior organização política do mundo.]]
[[Ficheiro:67º Período de Sesiones de la Asamblea General de Naciones Unidas (8020913157).jpg|thumb|[[Sede da Organização das Nações Unidas|Sede]] das [[Nações Unidas]] em [[Manhattan]], a maior organização política do mundo.]]
A distribuição inicial do [[Poder|poder político]] foi determinada pela disponibilidade de [[água doce]], [[solo fértil]] e [[clima temperado]] de diferentes locais.<ref name=":02">{{Citar livro|título=A political history of the world: three thousand years of war and peace|páginas=24–25|isbn=978-0-241-38466-4|oclc=1080190517}}</ref> À medida que as populações agrícolas se reuniam em comunidades maiores e mais densas, as interações entre esses diferentes grupos aumentavam. Isso levou ao desenvolvimento da governança dentro e entre as comunidades.<ref>{{Citar livro|url=https://archive.org/details/mapsoftimeintrod00chri|título=Maps of Time|data=2004|editora=University of California Press|isbn=978-0-520-24476-4}}</ref> À medida que as comunidades cresciam, a necessidade de alguma forma de governança aumentava, pois todas as grandes sociedades sem governo lutavam para funcionar.<ref>{{Citar web |url=https://www.bbc.com/future/article/20180116-why-governments-are-broken-and-how-to-fix-them |titulo=Why governments are broken – and how to fix them |acessodata=2020-10-24 |website=www.bbc.com |lingua=en}}</ref> Os humanos desenvolveram a capacidade de mudar a afiliação com vários grupos sociais com relativa facilidade, incluindo alianças políticas anteriormente fortes, se isso for visto como uma vantagem pessoal.<ref>{{Citar web |url=https://www.sapiens.org/evolution/human-evolution-politics/ |titulo=How Did Humans Get So Good at Politics? |data=20 de setembro de 2017 |acessodata=2020-10-24 |website=SAPIENS |lingua=en-US}}</ref> Essa [[flexibilidade cognitiva]] permite que os humanos individuais mudem suas ideologias políticas, com aqueles com maior flexibilidade menos propensos a apoiar posturas [[Autoritarismo|autoritárias]] e [[nacionalistas]].<ref>{{Citar periódico |titulo=Cognitive underpinnings of nationalistic ideology in the context of Brexit |data=Maio de 2018 |paginas=E4532–E4540 |doi=10.1073/pnas.1708960115 |pmc=5948950 |pmid=29674447 |vauthors=Zmigrod L, Rentfrow PJ, Robbins TW |volume=115 |periódico=Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America}}</ref>


A distribuição inicial do [[Poder|poder político]] foi determinada pela disponibilidade de [[água doce]], [[Solo|solo fértil]] e [[clima temperado]] de diferentes locais.<ref name=":02">{{Citar livro|título=A political history of the world: three thousand years of war and peace|páginas=24–25|isbn=978-0-241-38466-4|oclc=1080190517}}</ref> À medida que as populações agrícolas se reuniam em comunidades maiores e mais densas, as interações entre esses diferentes grupos aumentavam. Isso levou ao desenvolvimento da governança dentro e entre as comunidades.<ref>{{Citar livro|url=https://archive.org/details/mapsoftimeintrod00chri|título=Maps of Time|data=2004|editora=University of California Press|isbn=978-0-520-24476-4}}</ref> À medida que as comunidades cresciam, a necessidade de alguma forma de governança aumentava, pois todas as grandes sociedades sem governo lutavam para funcionar.<ref>{{Citar web |url=https://www.bbc.com/future/article/20180116-why-governments-are-broken-and-how-to-fix-them |titulo=Why governments are broken – and how to fix them |acessodata=2020-10-24 |website=www.bbc.com |lingua=en}}</ref> Os humanos desenvolveram a capacidade de mudar a afiliação com vários grupos sociais com relativa facilidade, incluindo alianças políticas anteriormente fortes, se isso for visto como uma vantagem pessoal.<ref>{{Citar web |url=https://www.sapiens.org/evolution/human-evolution-politics/ |titulo=How Did Humans Get So Good at Politics? |data=20 de setembro de 2017 |acessodata=2020-10-24 |website=SAPIENS |lingua=en-US}}</ref> Essa [[flexibilidade cognitiva]] permite que os humanos individuais mudem suas ideologias políticas, com aqueles com maior flexibilidade menos propensos a apoiar posturas [[Autoritarismo|autoritárias]] e [[Nacionalismo|nacionalistas]].<ref>{{Citar periódico |titulo=Cognitive underpinnings of nationalistic ideology in the context of Brexit |data=Maio de 2018 |paginas=E4532–E4540 |doi=10.1073/pnas.1708960115 |pmc=5948950 |pmid=29674447 |vauthors=Zmigrod L, Rentfrow PJ, Robbins TW |volume=115 |periódico=Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America}}</ref>
Os governos criam [[Direito|leis]] e [[políticas]] que afetam os [[cidadãos]] que governam. Houve várias [[formas de governo]] ao longo da [[história da humanidade]], cada uma com vários meios de obter poder e capacidade de exercer diversos controles sobre a população.<ref>{{Citar web |url=https://www.livescience.com/33027-what-are-the-different-types-of-governments.html |titulo=What Are the Different Types of Governments? |data=14 de fevereiro de 2011 |acessodata=2020-10-24 |website=livescience.com |lingua=en}}</ref> Em 2017, mais da metade de todos os governos nacionais eram [[democracia]]s, com 13% sendo [[autocracia]]s e 28% contendo híbridos de ambas.<ref>{{Citar web |url=https://www.pewresearch.org/fact-tank/2019/05/14/more-than-half-of-countries-are-democratic/ |titulo=Despite global concerns about democracy, more than half of countries are democratic |acessodata=2020-10-24 |website=Pew Research Center |lingua=en-US}}</ref> Muitos países formaram [[Organização intergovernamental|alianças políticas internacionais]], sendo a maior delas as [[Organização das Nações Unidas|Nações Unidas]], que tem 193 Estados-membros.<ref>{{Citar web |ultimo=National Geographic Society |url=http://www.nationalgeographic.org/encyclopedia/international-organization/ |titulo=international organization |data=2012-12-23 |acessodata=2020-10-24 |website=National Geographic Society |lingua=en}}</ref>

Os governos criam [[Lei|leis]] e [[Política|políticas]] que afetam os [[Cidadania|cidadãos]] que governam. Houve várias [[Forma de governo|formas de governo]] ao longo da [[História do mundo|história da humanidade]], cada uma com vários meios de obter poder e capacidade de exercer diversos controles sobre a população.<ref>{{Citar web |url=https://www.livescience.com/33027-what-are-the-different-types-of-governments.html |titulo=What Are the Different Types of Governments? |data=14 de fevereiro de 2011 |acessodata=2020-10-24 |website=livescience.com |lingua=en}}</ref> Em 2017, mais da metade de todos os governos nacionais eram [[democracia]]s, com 13% sendo [[autocracia]]s e 28% contendo híbridos de ambas.<ref>{{Citar web |url=https://www.pewresearch.org/fact-tank/2019/05/14/more-than-half-of-countries-are-democratic/ |titulo=Despite global concerns about democracy, more than half of countries are democratic |acessodata=2020-10-24 |website=Pew Research Center |lingua=en-US}}</ref> Muitos países formaram [[Organização intergovernamental|alianças políticas internacionais]], sendo a maior delas as [[Organização das Nações Unidas|Nações Unidas]], que tem [[Estados-membros das Nações Unidas|193 Estados-membros]].<ref>{{Citar web |ultimo=National Geographic Society |url=http://www.nationalgeographic.org/encyclopedia/international-organization/ |titulo=international organization |data=2012-12-23 |acessodata=2020-10-24 |website=National Geographic Society |lingua=en}}</ref>


=== Comércio e economia ===
=== Comércio e economia ===
{{AP|Comércio|Economia}}
{{AP|Comércio|Economia}}
[[Ficheiro:Silk_route.jpg|miniaturadaimagem|A [[Rota da Seda]] (vermelho) e as [[Rota de comércio|rotas de comércio]] de [[Rota das especiarias|especiarias]] (azul)]]
[[Ficheiro:Silk_route.jpg|miniaturadaimagem|A [[Rota da Seda]] (vermelho) e as [[Rota de comércio|rotas de comércio]] de [[Rota das especiarias|especiarias]] (azul).]]
O [[comércio]], a troca voluntária de bens e serviços, é visto como uma característica que diferencia os humanos de outros animais e tem sido citado como uma prática que deu ao ''Homo sapiens'' uma grande vantagem sobre outros hominídeos.<ref>{{Citar web |url=https://fee.org/articles/trade-is-what-makes-us-human/ |titulo=Trade Is What Makes Us Human {{!}} Dan Sanchez |data=2017-08-28 |acessodata=2020-10-09 |website=fee.org |lingua=en}}</ref><ref>{{Citar periódico |titulo=How trade saved humanity from biological exclusion: an economic theory of Neanderthal extinction |data=2005-09-01 |paginas=1–29 |lingua=en |doi=10.1016/j.jebo.2004.03.009 |issn=0167-2681 |vauthors=Horan RD, Bulte E, Shogren JF |volume=58 |periódico=Journal of Economic Behavior & Organization}}</ref> As evidências sugerem que os primeiros ''H. sapiens'' usavam [[rotas comerciais]] de longa distância para trocar mercadorias e ideias, levando a explosões culturais e fornecendo fontes adicionais de alimento quando a caça era escassa, enquanto essas redes de comércio não existiam para os agora extintos [[neandertais]].<ref>{{Citar web |url=https://insider.si.edu/2015/08/why-did-neanderthals-go-extinct/ |titulo=Why did Neanderthals go extinct? |data=2015-08-11 |acessodata=2020-10-11 |website=Smithsonian Insider |lingua=en-US}}</ref><ref>{{Citar web |ultimo=University of Wyoming |url=https://www.newswise.com/articles/did-use-of-free-trade-cause-neanderthal-extinction |titulo=Did Use of Free Trade Cause Neanderthal Extinction? |data=24 de março de 2005 |acessodata=2020-10-11 |website=www.newswise.com |lingua=en}}</ref> O comércio inicial provavelmente envolvia materiais para a criação de ferrament,as como a [[Obsidiana|obsidiaa]].<ref>{{Citar web |url=https://inews.co.uk/news/science/early-humans-trading-300000-years-135655 |titulo=Humans may have been trading with each for as long as 300,000 years |data=15 de março de 2018 |acessodata=2020-10-11 |website=inews.co.uk |lingua=en}}</ref> As primeiras rotas comerciais verdadeiramente internacionais giraram em torno do [[Rota das especiarias|comércio de especiarias]] durante os períodos [[Roma Antiga|romano]] e [[Idade Média|medieval]].<ref>{{Citar web |url=https://www.bbc.com/future/bespoke/made-on-earth/the-flavours-that-shaped-the-world/ |titulo=How spices changed the ancient world |acessodata=2020-10-11 |website=www.bbc.com |lingua=en}}</ref> Outras rotas comerciais importantes a serem desenvolvidas nessa época incluem a [[Rota da Seda]], a [[Rota de comércio de incenso|Rota do Incenso]], a [[Rota do Âmbar]], a [[Rota do Chá]], a [[Rota do sal|Rota do Sal]], a [[Comércio transaariano|Rota Comercial Transsaariana]] e a [[Rota do Estanho]].<ref>{{Citar web |url=https://www.mentalfloss.com/article/86338/8-trade-routes-shaped-world-history |titulo=8 Trade Routes That Shaped World History |data=2016-09-20 |acessodata=2020-10-11 |website=www.mentalfloss.com |lingua=en}}</ref>
O [[comércio]], a troca voluntária de bens e serviços, é visto como uma característica que diferencia os humanos de outros animais e tem sido citado como uma prática que deu ao ''Homo sapiens'' uma grande vantagem sobre outros hominídeos.<ref>{{Citar web |url=https://fee.org/articles/trade-is-what-makes-us-human/ |titulo=Trade Is What Makes Us Human {{!}} Dan Sanchez |data=2017-08-28 |acessodata=2020-10-09 |website=fee.org |lingua=en}}</ref><ref>{{Citar periódico |titulo=How trade saved humanity from biological exclusion: an economic theory of Neanderthal extinction |data=2005-09-01 |paginas=1–29 |lingua=en |doi=10.1016/j.jebo.2004.03.009 |issn=0167-2681 |vauthors=Horan RD, Bulte E, Shogren JF |volume=58 |periódico=Journal of Economic Behavior & Organization}}</ref> As evidências sugerem que os primeiros ''H. sapiens'' usavam [[Rota de comércio|rotas comerciais]] de longa distância para trocar mercadorias e ideias, levando a explosões culturais e fornecendo fontes adicionais de alimento quando a caça era escassa, enquanto essas redes de comércio não existiam para os agora extintos [[Homem de Neandertal|neandertais]].<ref>{{Citar web |url=https://insider.si.edu/2015/08/why-did-neanderthals-go-extinct/ |titulo=Why did Neanderthals go extinct? |data=2015-08-11 |acessodata=2020-10-11 |website=Smithsonian Insider |lingua=en-US}}</ref><ref>{{Citar web |ultimo=University of Wyoming |url=https://www.newswise.com/articles/did-use-of-free-trade-cause-neanderthal-extinction |titulo=Did Use of Free Trade Cause Neanderthal Extinction? |data=24 de março de 2005 |acessodata=2020-10-11 |website=www.newswise.com |lingua=en}}</ref> O comércio inicial provavelmente envolvia materiais para a criação de ferramentais como a [[obsidiana]].<ref>{{Citar web |url=https://inews.co.uk/news/science/early-humans-trading-300000-years-135655 |titulo=Humans may have been trading with each for as long as 300,000 years |data=15 de março de 2018 |acessodata=2020-10-11 |website=inews.co.uk |lingua=en}}</ref> As primeiras rotas comerciais verdadeiramente internacionais giraram em torno do [[Rota das especiarias|comércio de especiarias]] durante os períodos [[Roma Antiga|romano]] e [[Idade Média|medieval]].<ref>{{Citar web |url=https://www.bbc.com/future/bespoke/made-on-earth/the-flavours-that-shaped-the-world/ |titulo=How spices changed the ancient world |acessodata=2020-10-11 |website=www.bbc.com |lingua=en}}</ref> Outras rotas comerciais importantes a serem desenvolvidas nessa época incluem a [[Rota da Seda]], a [[Rota do Incenso]], a [[Rota do Âmbar]], a [[Rota do Chá]], a [[Rota do sal|Rota do Sal]], a [[Comércio transaariano|Rota Comercial Transaariana]] e a [[Rota do Estanho]].<ref>{{Citar web |url=https://www.mentalfloss.com/article/86338/8-trade-routes-shaped-world-history |titulo=8 Trade Routes That Shaped World History |data=2016-09-20 |acessodata=2020-10-11 |website=www.mentalfloss.com |lingua=en}}</ref>


As primeiras economias humanas eram mais provavelmente baseadas em [[Economia de oferta|ofertas]] ao invés de um sistema de [[escambo]].<ref>{{Citar web |url=https://www.theatlantic.com/business/archive/2016/02/barter-society-myth/471051/ |titulo=The Myth of the Barter Economy |data=2016-02-26 |acessodata=2020-10-11 |website=The Atlantic |lingua=en-US}}</ref> O [[dinheiro]] inicial consistia em [[Moeda-mercadoria|mercadorias]]; sendo o mais antigo em forma de [[gado]] e o mais utilizado em [[concha]]s de [[cauri]].<ref name=":9">{{Citar web |url=https://www.pbs.org/wgbh/nova/article/history-money/ |titulo=The History of Money |acessodata=2020-10-11 |website=www.pbs.org |lingua=en-US}}</ref> Desde então, o dinheiro evoluiu para [[Moeda (peça)|moedas]] [[Moeda fiduciária|emitidas pelo governo]], [[papel-moeda]] e [[dinheiro eletrônico]]. O estudo humano da economia é uma [[Ciências sociais|ciência social]] que examina como as sociedades distribuem recursos escassos entre diferentes pessoas.<ref>{{Citar web |url=https://www.frbsf.org/education/publications/doctor-econ/2000/july/economics-economists/ |titulo=Why do we need economists and the study of economics? |acessodata=2020-10-23 |website=Federal Reserve Bank of San Francisco |lingua=en}}</ref> Existem enormes [[Desigualdade econômica|desigualdades]] na divisão da [[riqueza]] entre os humanos; os oito humanos mais ricos valem o mesmo valor monetário que a metade mais pobre de toda a população humana.<ref>{{Citar web |url=https://www.newscientist.com/article/mg23731710-300-the-inequality-delusion-why-weve-got-the-wealth-gap-all-wrong/ |titulo=The inequality delusion: Why we've got the wealth gap all wrong |acessodata=2020-10-24 |website=New Scientist |lingua=en-US}}</ref>
As primeiras economias humanas eram mais provavelmente baseadas em [[Economia de oferta|ofertas]] ao invés de um sistema de [[escambo]].<ref>{{Citar web |url=https://www.theatlantic.com/business/archive/2016/02/barter-society-myth/471051/ |titulo=The Myth of the Barter Economy |data=2016-02-26 |acessodata=2020-10-11 |website=The Atlantic |lingua=en-US}}</ref> O [[dinheiro]] inicial consistia em [[Moeda-mercadoria|mercadorias]]; sendo o mais antigo em forma de [[gado]] e o mais utilizado em [[concha]]s de [[Búzio|cauri]].<ref name=":9">{{Citar web |url=https://www.pbs.org/wgbh/nova/article/history-money/ |titulo=The History of Money |acessodata=2020-10-11 |website=www.pbs.org |lingua=en-US}}</ref> Desde então, o dinheiro evoluiu para [[Moeda (peça)|moedas]] [[Moeda fiduciária|emitidas pelo governo]], [[papel-moeda]] e [[dinheiro eletrônico]]. O estudo humano da economia é uma [[Ciências sociais|ciência social]] que examina como as sociedades distribuem recursos escassos entre diferentes pessoas.<ref>{{Citar web |url=https://www.frbsf.org/education/publications/doctor-econ/2000/july/economics-economists/ |titulo=Why do we need economists and the study of economics? |acessodata=2020-10-23 |website=Federal Reserve Bank of San Francisco |lingua=en}}</ref> Existem enormes [[Desigualdade econômica|desigualdades]] na divisão da [[riqueza]] entre os humanos; os oito humanos mais ricos valem o mesmo valor monetário que a metade mais pobre de toda a população humana.<ref>{{Citar web |url=https://www.newscientist.com/article/mg23731710-300-the-inequality-delusion-why-weve-got-the-wealth-gap-all-wrong/ |titulo=The inequality delusion: Why we've got the wealth gap all wrong |acessodata=2020-10-24 |website=New Scientist |lingua=en-US}}</ref>
{{Panorama|Panorama Yangshan.jpg|1000px|Vista panorâmica do [[Porto de Xangai]], na [[China]], o mais movimentado do mundo}}
{{Panorama|Panorama Yangshan.jpg|1000px|Vista panorâmica do [[Porto de Xangai]], na [[China]], o mais movimentado do mundo.}}


=== Conflito ===
=== Conflito ===
{{Artigo principal|Guerra}}
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[[Imagem:Nagasakibomb.jpg|thumb|esquerda|upright|Os [[Bombardeamentos de Hiroshima e Nagasaki|bombardeamentos nucleares de Hiroshima e Nagasaki]], no [[Império do Japão|Japão]], durante a [[Segunda Guerra Mundial]]]]
[[Imagem:Nagasakibomb.jpg|thumb|upright|esquerda|[[bombardeamentos atômicos de Hiroshima e Nagasaki|Bombardeamento atômico de Nagasaki]], no [[Império do Japão|Japão]], durante a [[Segunda Guerra Mundial]].]]


Os humanos cometem [[violência]] contra outros humanos em uma taxa comparável a outros [[primatas]], mas em uma taxa mais alta do que a maioria dos outros mamíferos.<ref>{{Citar web |ultimo=Yong |primeiro=Ed |url=https://www.theatlantic.com/science/archive/2016/09/humans-are-unusually-violent-mammals-but-averagely-violent-primates/501935/ |titulo=Humans: Unusually Murderous Mammals, Typically Murderous Primates |data=2016-09-28 |acessodata=2021-05-07 |website=The Atlantic |lingua=en}}</ref> Prevê-se que 2% dos primeiros ''H. sapiens'' foram [[Assassínio|assassinados]], taxa que aumentou para 12% durante o período medieval, antes de cair para menos de 2% nos tempos modernos.<ref>{{Citar periódico |url=http://www.nature.com/articles/nature19758 |titulo=The phylogenetic roots of human lethal violence |data=Outubro de 2016 |ultimo=Gómez |primeiro=José María |ultimo2=Verdú |primeiro2=Miguel |paginas=233–237 |lingua=en |doi=10.1038/nature19758 |issn=0028-0836 |pmid=27680701 |ultimo3=González-Megías |primeiro3=Adela |ultimo4=Méndez |primeiro4=Marcos |volume=538 |periódico=Nature}}</ref> Ao contrário da maioria dos animais, que geralmente [[Infanticídio|matam bebês]], os humanos matam outros humanos adultos em uma taxa muito alta.<ref>{{Citar periódico |url=https://www.pnas.org/content/115/2/245 |titulo=Two types of aggression in human evolution |data=2018-01-09 |ultimo=Wrangham |primeiro=Richard W. |paginas=245–253 |lingua=en |doi=10.1073/pnas.1713611115 |issn=0027-8424 |pmc=5777045 |pmid=29279379 |volume=115 |periódico=Proceedings of the National Academy of Sciences}}</ref> Há uma grande variação na violência entre as populações humanas, com taxas de [[homicídio]] em sociedades que possuem [[Sistema jurídico|sistemas jurídicos]] e fortes atitudes culturais contra a violência em cerca de 0,01%.<ref>{{Citar periódico |url=https://www.nature.com/articles/nature19474 |titulo=Lethal violence deep in the human lineage |data=2016 |ultimo=Pagel |primeiro=Mark |paginas=180–181 |lingua=en |doi=10.1038/nature19474 |issn=1476-4687 |pmid=27680700 |volume=538 |periódico=Nature}}</ref>
Os humanos cometem [[violência]] contra outros humanos em uma taxa comparável a outros [[primatas]], mas em uma taxa mais alta do que a maioria dos outros mamíferos.<ref>{{Citar web |ultimo=Yong |primeiro=Ed |url=https://www.theatlantic.com/science/archive/2016/09/humans-are-unusually-violent-mammals-but-averagely-violent-primates/501935/ |titulo=Humans: Unusually Murderous Mammals, Typically Murderous Primates |data=2016-09-28 |acessodata=2021-05-07 |website=The Atlantic |lingua=en}}</ref> Prevê-se que 2% dos primeiros ''H. sapiens'' foram [[Assassínio|assassinados]], taxa que aumentou para 12% durante o [[Idade Média|período medieval]], antes de cair para menos de 2% nos tempos modernos.<ref>{{Citar periódico |url=http://www.nature.com/articles/nature19758 |titulo=The phylogenetic roots of human lethal violence |data=Outubro de 2016 |ultimo=Gómez |primeiro=José María |ultimo2=Verdú |primeiro2=Miguel |paginas=233–237 |lingua=en |doi=10.1038/nature19758 |issn=0028-0836 |pmid=27680701 |ultimo3=González-Megías |primeiro3=Adela |ultimo4=Méndez |primeiro4=Marcos |volume=538 |periódico=Nature}}</ref>


Ao contrário da maioria dos animais, que geralmente [[Infanticídio|matam bebês]], os humanos matam outros humanos adultos em uma taxa muito alta.<ref>{{Citar periódico |url=https://www.pnas.org/content/115/2/245 |titulo=Two types of aggression in human evolution |data=2018-01-09 |ultimo=Wrangham |primeiro=Richard W. |paginas=245–253 |lingua=en |doi=10.1073/pnas.1713611115 |issn=0027-8424 |pmc=5777045 |pmid=29279379 |volume=115 |periódico=Proceedings of the National Academy of Sciences}}</ref> Há uma grande variação na violência entre as populações humanas, com taxas de [[homicídio]] em sociedades que possuem [[Ordenamento jurídico|sistemas jurídicos]] e fortes atitudes culturais contra a violência em cerca de 0,01%.<ref>{{Citar periódico |url=https://www.nature.com/articles/nature19474 |titulo=Lethal violence deep in the human lineage |data=2016 |ultimo=Pagel |primeiro=Mark |paginas=180–181 |lingua=en |doi=10.1038/nature19474 |issn=1476-4687 |pmid=27680700 |volume=538 |periódico=Nature}}</ref>
A disposição dos humanos de matar outros membros de sua espécie em massa por meio de conflitos organizados há muito tempo é objeto de debate. Uma [[escola de pensamento]] é a de que a [[guerra]] evoluiu como um meio de eliminar competidores e sempre foi uma característica humana inata. Outra sugere que a guerra é um fenômeno relativamente recente e surgiu devido a mudanças nas condições sociais.<ref name=":8">{{Citar web |url=https://www.scientificamerican.com/article/war-is-not-part-of-human-nature/ |titulo=War Is Not Part of Human Nature |data=1 de setembro de 2018 |website=Scientific American}}</ref> Embora não tenham sido estabelecidas, as evidências atuais sugerem que as predisposições bélicas só se tornaram comuns há cerca de 10 mil anos e, em muitos lugares, muito mais recentemente do que isso. A guerra teve um alto custo na vida humana; estima-se que durante o século XX, entre 167 milhões e 188 milhões de pessoas morreram em consequência de guerras.<ref>{{Citar web |url=https://www.foreignaffairs.com/articles/middle-east/2006-09-01/next-war-world |titulo=The Next War of the World |data=outubro de 2006 |website=Foreign Affairs}}</ref>


A disposição dos humanos de matar outros membros de sua espécie em massa por meio de conflitos organizados há muito tempo é objeto de debate. Uma [[escola de pensamento]] é a de que a [[guerra]] evoluiu como um meio de eliminar competidores e sempre foi uma característica humana inata. Outra sugere que a guerra é um fenômeno relativamente recente e surgiu devido a mudanças nas condições sociais.<ref name=":8">{{Citar web |url=https://www.scientificamerican.com/article/war-is-not-part-of-human-nature/ |titulo=War Is Not Part of Human Nature |data=1 de setembro de 2018 |website=Scientific American}}</ref>
==Ver também==
*[[Antropoceno]]
*[[Pré-história]]
*[[Paleolítico]]
*[[Neolítico]]
*[[Evolução humana]]
*[[Domesticação]]


Embora não tenham sido estabelecidas, as evidências atuais sugerem que as predisposições bélicas só se tornaram comuns há cerca de 10 mil anos e, em muitos lugares, muito mais recentemente do que isso. A guerra teve um alto custo na vida humana; estima-se que durante o século XX, entre 167 milhões e 188 milhões de pessoas morreram em consequência de guerras.<ref>{{Citar web |url=https://www.foreignaffairs.com/articles/middle-east/2006-09-01/next-war-world |titulo=The Next War of the World |data=outubro de 2006 |website=Foreign Affairs}}</ref>
{{notas}}

'''a.''' {{Note_label|A|a|none}} Sinônimos registrados para a espécie ''Homo sapiens'', sendo que os nomes de Bory de St. Vincent referem-se a variedades geográficas dos humanos modernos: ''aethiopicus'' Bory de St. Vincent, 1825; ''americanus'' Bory de St. Vincent, 1825; ''arabicus'' Bory de St. Vincent, 1825; ''aurignacensis'' Klaatsch & Hauser, 1910; ''australasicus'' Bory de St. Vincent, 1825; ''cafer'' Bory de St. Vincent, 1825; ''capensis'' Broom, 1917; ''columbicus'' Bory de St. Vincent, 1825; ''cro-magnonensis'' Gregory, 1921; ''drennani'' Kleinschmidt, 1931; ''eurafricanus'' (Sergi, 1911); ''grimaldiensis'' Gregory, 1921; ''grimaldii'' Lapouge, 1906; ''hottentotus'' Bory de St. Vincent, 1825; ''hyperboreus'' Bory de St. Vincent, 1825; ''indicus'' Bory de St. Vincent, 1825; ''japeticus'' Bory de St. Vincent, 1825; ''melaninus'' Bory de St. Vincent, 1825; ''monstrosus'' Linnaeus, 1758; ''neptunianus'' Bory de St. Vincent, 1825; ''palestinus'' McCown & Kleith, 1932; ''patagonus'' Bory de St. Vincent, 1825; ''priscus'' Lapouge, 1899; ''proto-aethiopicus'' Giuffrida-Ruggeri, 1915; ''scythicus'' Bory de St. Vincent, 1825; ''sinicus'' Bory de St. Vincent, 1825; ''spalaeus'' Lapouge, 1899; ''troglodytes'' Linnaeus, 1758 [''nomen oblitum'']; ''wadjakensis'' Dubois, 1921.<ref>GROVES, C. P. Order Primates. In: WILSON, D. E.; REEDER, D. M. (Eds.). Mammal Species of the World: A Taxonomic and Geographic Reference. 3. ed. Baltimore: Johns Hopkins University Press, 2005. v. 1, p. 111-184.</ref>
== Ver também ==
*[[Antropoceno]]
*[[Lista de fósseis da evolução humana]]


{{notas e referências}}
{{Referências}}


==Bibliografia==
===Bibliografia===
{{refbegin}}
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* {{citar livro| vauthors = Freeman S, Herron JC |título=Evolutionary analysis |data=2007 |publicado=Pearson Prentice Hall |local=Upper Saddle River, NJ |isbn=978-0-13-227584-2 |edição=4th |páginas= 757–61}}
* {{citar livro| vauthors = Freeman S, Herron JC |título=Evolutionary analysis |data=2007 |publicado=Pearson Prentice Hall |local=Upper Saddle River, NJ |isbn=978-0-13-227584-2 |edição=4th |páginas= 757–61}}

Revisão das 06h38min de 7 de junho de 2024

 Nota: "Raça humana" redireciona para este artigo. Para o conceito antropológico, veja Raças humanas. Para significados adicionais, veja Humano (desambiguação).
Como ler uma infocaixa de taxonomiaHumano
Ocorrência: Pleistoceno - Recente 0,195–0 Ma
Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante
Classificação científica
Domínio: Eukaryota
Reino: Animalia
Sub-reino: Eumetazoa
Filo: Chordata
Subfilo: Vertebrata
Classe: Mammalia
Subclasse: Theria
Infraclasse: Eutheria
Ordem: Primates
Subordem: Haplorrhini
Infraordem: Simiiformes
Superfamília: Hominoidea
Família: Hominidae
Subfamília: Homininae
Tribo: Hominini
Subtribo: Hominina
Género: Homo
Espécie: H. sapiens
Distribuição geográfica
Densidade populacional no mundo
Sinónimos
ver notas[nota 1]

Humano (taxonomicamente Homo sapiens,[2][3] termo que deriva do latim "homem sábio",[4] também conhecido como pessoa, gente ou homem) é a única espécie do gênero Homo ainda viva[5][6] e o primata mais abundante e difundido da Terra, caracterizado pelo bipedalismo e por cérebros grandes, o que permitiu o desenvolvimento de ferramentas, culturas e linguagens avançadas. Os humanos tendem a viver em estruturas sociais complexas compostas por muitos grupos cooperantes e concorrentes, desde famílias e redes de parentesco até Estados políticos. As interações sociais entre os humanos estabeleceram uma ampla variedade de valores, normas e rituais, que fortalecem a sociedade humana. A curiosidade e o desejo humano de compreender e influenciar o meio ambiente e de explicar e manipular fenômenos motivaram o desenvolvimento da ciência, filosofia, mitologia, religião e outros campos de estudo da humanidade.

O H. sapiens surgiu há cerca de 300 mil anos na África, quando evoluiu do Homo heidelbergensis e migrou para fora do continente africano, substituindo gradualmente as populações locais de humanos arcaicos. Durante a maior parte da história, todos os humanos foram caçadores-coletores nômades. A Revolução Neolítica, que começou no sudoeste da Ásia há cerca de 13 mil anos, trouxe o surgimento da agricultura e da ocupação humana permanente. À medida que as populações se tornaram maiores e mais densas, formas de governança se desenvolveram dentro e entre as comunidades e várias civilizações surgiram e declinaram. Os humanos continuaram a se expandir, com uma população global de mais de 8 bilhões em novembro de 2022.[7]

Os genes e o ambiente influenciam a variação biológica humana em características visíveis, fisiologia, suscetibilidade a doenças, habilidades mentais, tamanho do corpo e longevidade. Embora variem em muitas características, dois humanos são, em média, mais de 99% semelhantes. Geralmente, os homens têm maior força corporal, enquanto as mulheres apresentam maior percentual de gordura corporal, entram na menopausa e tornam-se inférteis por volta dos 50 anos e, em média, também têm uma expectativa de vida mais longa em quase todas as populações do mundo. A natureza dos papéis de gênero masculino e feminino tem variado historicamente e os desafios às normas de gênero predominantes têm se repetido em muitas sociedades. Os humanos são onívoros, capazes de consumir uma grande variedade de materiais vegetais e animais e usam o fogo e outras formas de calor para preparar e cozinhar alimentos desde a época do H. erectus. Eles podem sobreviver por até oito semanas sem comida e três ou quatro dias sem água. Geralmente são diurnos, dormindo em média sete a nove horas por dia. O parto é perigoso, com alto risco de complicações e morte. Frequentemente, a mãe e o pai cuidam dos filhos, que são indefesos ao nascer.

Os humanos têm um córtex pré-frontal grande e altamente desenvolvido, a região do cérebro associada à cognição superior. Eles são inteligentes, capazes de memória episódica, expressões faciais flexíveis, autoconsciência, mentalização, introspecção, pensamento privado, imaginação, volição e formação de pontos de vista sobre sua própria existência. Isso tem permitido grandes avanços tecnológicos e o desenvolvimento de ferramentas complexas, possíveis por meio da razão e da transmissão de conhecimento às gerações futuras. Linguagem, arte e comércio são características definidoras dos humanos. As rotas comerciais de longa distância podem ter levado a explosões culturais e distribuição de recursos que deram aos humanos uma vantagem sobre outras espécies semelhantes. A África Oriental, nomeadamente o Chifre da África, é considerada pelos antropólogos como o local de nascimento dos humanos de acordo com as evidências arqueológicas e fósseis existentes.[8][9][10][11]

Etimologia

Em latim, humanus é a forma adjetival do nome homo, traduzido como Homem (para incluir machos e fêmeas).[12] Por vezes, em Filosofia, é mantida uma distinção entre as noções de ser humano (ou Homem) e de pessoa. O primeiro refere-se à espécie biológica enquanto o segundo refere-se a um agente racional, visto, por exemplo, na obra de John Locke, Ensaio sobre o Entendimento Humano II 27, e na obra de Immanuel Kant, Introdução à Metafísica da Moral. Segundo a perspectiva de John Locke, a noção de pessoa passa a ser a de uma coleção de ações e operações mentais. O termo pessoa poderá assim ser utilizado para referir animais para além do Homem, para referir seres míticos, uma inteligência artificial ou um ser extraterrestre.[13]

O termo binomial Homo sapiens foi cunhado por Carl Linnaeus em seu trabalho do século XVIII Systema Naturae e também é o lectótipo do espécime.[14] O termo para o gênero Homo é uma derivação do século XVIII do latim homō ("homem"), em última instância "ser terrestre" (do latim antigo hemō).[15]

Evolução

Ver artigo principal: Evolução humana

O estudo científico da evolução humana engloba o desenvolvimento do gênero Homo, mas geralmente envolve o estudo de outros hominídeos e homininaes, tais como o Australopithecus. O "humano moderno" é definido como membro da espécie Homo sapiens, sendo a única subespécie sobrevivente (Homo sapiens sapiens). O Homo sapiens idaltu e o Homo neanderthalensis, além de outras subespécies conhecidas, foram extintos há milhares de anos.[16] O Homo sapiens viveu com cerca de oito espécies de humanos hoje extintas há cerca de 300 000 anos.[17] Há apenas 15 000 anos, o homo sapiens compartilhava cavernas com outra espécie humana conhecida como Denisovans.[18]

O Homo neanderthalensis, que se tornou extinto há 30 mil anos, tem sido ocasionalmente classificado como uma subespécie classificada como "Homo sapiens neanderthalensis", mas estudos genéticos sugerem uma divergência entre as espécies Neanderthal e Homo sapiens que ocorreu há cerca de 500 mil anos.[19] Da mesma forma, os poucos espécimes de Homo rhodesiensis são também classificados como uma subespécie de Homo sapiens, embora isso não seja amplamente aceito. Os humanos anatomicamente modernos têm seu primeiro registro fóssil na África, há cerca de 195 mil anos, e os estudos de biologia molecular dão provas de que o tempo aproximado da divergência ancestral comum de todas as populações humanas modernas terá sido há 200 mil anos.[20][21][22][23][24] O amplo estudo sobre a diversidade genética Africana chefiado pela Dra. Sarah Tishkoff encontrou no povo San a maior expressão de diversidade genética entre as 113 populações distintas da amostra, tornando-os um de 14 "grupos ancestrais da população". A pesquisa também localizou a origem das migrações humanas modernas no sudoeste da África, perto da orla costeira da Namíbia e de Angola.[25] A espécie humana teria colonizado a Eurásia e a Oceania há 40 mil anos; e as Américas apenas há cerca de 10 mil anos.[26] A recente (2003) descoberta de outra subespécie diferente da atual Homo sapiens sapiens, o Homo sapiens idaltu, na África, reforça esta teoria, por representar um dos elos perdidos no conhecimento da evolução humana.[27]

Os parentes vivos mais próximos dos seres humanos são os gorilas e os chimpanzés, mas os humanos não evoluíram a partir desses macacos: em vez disso, os seres humanos modernos compartilham com esses macacos um ancestral comum.[28] A descoberta do Ardipithecus, juntamente com fósseis mais antigos de macacos do Mioceno, reformulou a compreensão acadêmica do último ancestral comum entre chimpanzés e humanos de se parecer muito com os atuais chimpanzés, orangotangos e gorilas modernos para ser uma criatura única sem um cognato anatômico moderno.

Os seres humanos são provavelmente os animais mais estreitamente relacionados com duas espécies de chimpanzés: o Chimpanzé-comum e o Bonobo.[28] O sequenciamento completo do genoma levou à conclusão de que "depois de 6,5 milhões de anos de evoluções distintas, as diferenças entre chimpanzés e humanos são dez vezes maiores do que entre duas pessoas independentes e dez vezes menores do que aquelas entre ratos e camundongos". A concordância entre as sequencias do DNA humano e o do chimpanzé variam entre 95% e 99%.[29][30][31][32] Estima-se que a linhagem humana divergiu da dos chimpanzés há cerca de cinco milhões de anos e da dos gorilas há cerca de oito milhões de anos. No entanto, um crânio de hominídeo descoberto no Chade, em 2001, classificado como Sahelanthropus tchadensis, possui cerca de sete milhões de anos, o que pode indicar uma divergência mais anterior.[33]

A evolução humana é caracterizada por uma série de importantes alterações morfológicas, de desenvolvimento, fisiológico e comportamental, que tiveram lugar desde que a separação entre o último ancestral comum de humanos e chimpanzés. A primeira grande alteração morfológica foi a evolução de uma forma de adaptação de locomoção arborícola ou semiarborícola para uma forma de locomoção bípede, com todas as suas adaptações decorrentes, tais como um joelho valgo, um índice intermembral baixo (pernas longas em relação aos braços), e redução da força superior do corpo.[34]

Os hominóideos são descendentes de um ancestral comum. Esqueletos de gibão, humano, chimpanzé, gorila e orangotango.

Mais tarde, os humanos ancestrais desenvolveram um cérebro muito maior - normalmente de 1 400 cm³ em seres humanos modernos, mais de duas vezes o tamanho do cérebro de um chimpanzé ou gorila. O padrão de crescimento pós-natal do cérebro humano difere do de outros primatas (heterocronia) e permite longos períodos de aprendizagem social e aquisição da linguagem nos seres humanos juvenis. Antropólogos físicos argumentam que as diferenças entre a estrutura dos cérebros humanos e os dos outros macacos são ainda mais significativas do que as diferenças de tamanho.[35][36]

Outras mudanças morfológicas significantes foram: a evolução de um poder de aderência e precisão;[37] um sistema mastigatório reduzido; a redução do dente canino; e a descida da laringe e do osso hioide, tornando a fala possível. Uma importante mudança fisiológica em humanos foi a evolução do estro oculto, ou ovulação oculta, o que pode ter coincidido com a evolução de importantes mudanças comportamentais, tais como a ligação em casais. Outra mudança significativa de comportamento foi o desenvolvimento da cultura material, com objetos feitos pelos humanos cada vez mais comuns e diversificados ao longo do tempo. A relação entre todas estas mudanças é ainda tema de debate.[38][39]

A evolução humana é caracterizada por uma série de mudanças morfológicas, fisiológicas e comportamentais que ocorreram desde a divisão entre o último ancestral comum dos humanos e dos chimpanzés. As mais significativas dessas adaptações são o bipedalismo obrigatório, o aumento do tamanho do cérebro e a diminuição do dimorfismo sexual (neotenia, quando comparados a outras espécies de primatas). A relação entre todas essas mudanças é objeto de debate contínuo.[40]

As forças da seleção natural continuam a operar em populações humanas, com a evidência de que determinadas regiões do genoma exibiram seleção direcional nos últimos 15 mil anos.[41]

História

Ver artigo principal: História humana

Origem

Mapa das primeiras migrações humanas, de acordo com análises efetuadas ao DNA mitocondrial (unidades: milênios até ao presente)

Conforme a hipótese paleoantropológica mais corroborada atualmente, da Origem Recente Africana, o ser humano moderno evoluiu na África durante o Paleolítico Médio, há cerca de 200 mil anos.[42] Embora alguns dos restos esqueléticos mais antigos sugiram uma origem da África Oriental, o sul da África é o lar de populações contemporâneas que representam o primeiro ramo da filogenia genética humana.[43] Estima-se que a migração para fora da África ocorreu há cerca de 70 mil anos AP. Os seres humanos modernos, posteriormente distribuídos por todos os continentes, substituíram os hominídeos anteriores. Eles habitaram a Eurásia e a Oceania há 40 mil anos AP e as Américas há pelo menos 14 mil anos AP.[44] Eles acabaram com o Homo neanderthalensis e com outras espécies descendentes do Homo erectus (que habitavam a Eurásia há 2 milhões de anos), através do seu maior sucesso na reprodução e na competição por recursos.[45]

Até o início do Paleolítico Superior, há cerca de 50 mil AP, o comportamento moderno, que inclui a linguagem, a música e outras expressões culturais universais, já tinham se desenvolvido. Um estudo sobre a diversidade genética africana chefiado pela Dra. Sarah Tishkoff (Universidade da Pensilvânia) encontrou no povo San a maior expressão de diversidade genética entre 113 populações distintas, sugerindo que o "berço da humanidade" ficaria na região dos Khoisan (antes chamados de Hotentotes), na área de Kalahari mais próxima da costa da Fronteira Angola–Namíbia, indicando uma possível migração de ancestrais para o norte e para fora da África há cerca de 250 gerações.[25]

Evidências acumuladas da arqueogenética, desde a década de 1990, deram forte apoio ao "Hipótese da origem única", e têm marginalizado a hipótese de competição multirregional, que propunha que os humanos modernos evoluíram, pelo menos em parte, de independentes de populações de hominídeos.[46] Os geneticistas Lynn Jorde e Henry Harpending, da Universidade de Utah, propõem que a variação no DNA humano é minuta quando comparada com a de outras espécies. Eles também propõem que durante o Pleistoceno Superior, a população humana foi reduzida a um pequeno número de pares reprodutores - não maior de 10 000 e, possivelmente, não menor de 1 000 - resultando em um pool genético residual muito pequeno. Várias razões para esse gargalo hipotético têm sido postuladas, sendo uma delas a teoria da catástrofe de Toba.[47] Em uma série de análises genéticas sem precedentes, publicadas na revista Nature, em setembro de 2016, três times de pesquisadores concluíram que todos os não africanos descendem de uma única população que emergiu na África há entre 50 mil e 80 mil anos.[48]

Pré-história

Ver artigos principais: Revolução Neolítica e Pré-história
O surgimento da agricultura e a domesticação de animais resultou em assentamentos humanos estáveis.

Até cerca de 12 mil anos atrás, todos os humanos viviam como caçadores-coletores.[49][50] A Revolução Neolítica (a invenção da agricultura) ocorreu pela primeira vez no sudoeste da Ásia e se espalhou por grandes partes do Velho Mundo ao longo dos milênios seguintes.[51] Também ocorreu de forma independente na Mesoamérica (cerca de 6 mil anos atrás),[52] China,[53][54] Papua Nova Guiné[55] e nas regiões do Sahel e da Savana Ocidental da África.[56][57][58]

O acesso ao excedente alimentar levou à formação de assentamentos humanos permanentes, à domesticação de animais e ao uso de ferramentas metálicas pela primeira vez na história. A agricultura e o estilo de vida sedentário levaram ao surgimento das primeiras civilizações.[59][60][61]

Antiguidade

Ver artigo principal: Antiguidade
Grandes Pirâmides de Gizé, Egito

Uma revolução urbana ocorreu no 4º milênio a.C. com o desenvolvimento das cidades-Estado, particularmente das cidades sumérias localizadas na região da Mesopotâmia.[62] Foi nessas cidades que a forma mais antiga de escrita conhecida, a escrita cuneiforme, apareceu por volta de 3.000 a.C..[63] Outras civilizações importantes que se desenvolveram nessa época foram o Antigo Egito e a Civilização do Vale do Indo.[64] Elas comercializavam entre si e inventaram tecnologias como rodas, arados e velas.[65] [66][67][68] A civilização Caral-Supe, que emergiu por volta de 3.000 a.C., é a civilização complexa mais antiga das Américas.[69] A astronomia e a matemática também foram desenvolvidas e a Grande Pirâmide de Gizé foi construída.[70][71][72] Há evidências de uma seca severa que durou cerca de cem anos e que pode ter causado o declínio destas civilizações,[73] com novas surgindo no rescaldo. Os babilônios passaram a dominar a Mesopotâmia enquanto outros,[74] como os minóicos e a dinastia Shang, ganharam destaque em novas áreas.[75][76][77] O colapso da Idade do Bronze por volta de 1200 a.C. resultou no desaparecimento de uma série de civilizações e no início da Idade das Trevas grega.[78][79] Durante este período o ferro começou a substituir o bronze, levando à Idade do Ferro.[80]

No século V a.C., a história começou a ser registrada como uma disciplina, o que proporcionou uma imagem muito mais clara da vida da época.[81] Entre os séculos VIII e VI a.C., a Europa entrou na era da Antiguidade Clássica, um período em que a Grécia e a Roma antigas floresceram.[82][83] Nessa época, outras civilizações também ganharam destaque. A civilização maia começou a construir cidades e a criar calendários complexos na Mesopotâmia.[84][85] Na África, o Reino de Axum ultrapassou o declínio do Reino de Cuxe e facilitou o comércio entre o subcontinente indiano e o Mediterrâneo.[86] Na Ásia Ocidental, o sistema de governação centralizada do Império Aquemênida tornou-se o precursor de muitos impérios posteriores,[87] enquanto o Império Gupta na Índia e a dinastia Han na China foram descritos como idades de ouro nas suas respectivas regiões.[88][89]

Idade Média

Ver artigo principal: Idade Média
Ilustração manuscrita medieval francesa das três classes da sociedade medieval do século XIII Li Livres dou Santé

Após a queda do Império Romano Ocidental em 476, a Europa entrou na Idade Média.[90] Durante este período, o cristianismo e a Igreja Católica forneceriam autoridade e educação centralizadas.[91] No Oriente Médio, o islamismo tornou-se a religião proeminente e expandiu-se para o Norte de África, o que levou a uma Idade de Ouro Islâmica, inspirando conquistas na arquitetura, o renascimento de antigos avanços na ciência e tecnologia e na formação de um modo de vida distinto.[92][93] Os mundos cristão e islâmico acabariam por entrar em conflito, com vários Estados cristãos, como Inglaterra, França e Sacro Império Romano-Germânico, declarando uma série de guerras santas para recuperar o controle da Terra Santa dos muçulmanos.[94]

Nas Américas, entre os anos 200 e 900, a Mesoamérica estava em seu período clássico,[95] enquanto mais ao norte, sociedades complexas do Mississippi surgiriam a partir de cerca dos anos 800.[96] O Império Mongol conquistaria grande parte da Eurásia nos séculos XIII e XIV.[97] Durante este mesmo período, o Império do Mali em África cresceu até se tornar o maior império do continente, estendendo-se da Senegâmbia à Costa do Marfim.[98] A Oceania veria a ascensão do Império Tu'i Tonga, que se expandiu por muitas ilhas do Pacífico Sul.[99] No final do século XV, os astecas e os incas tornaram-se a potência dominante na Mesoamérica e nos Andes, respectivamente.[100]

Idade Moderna

Ver artigo principal: Idade Moderna

O início do período moderno na Europa e no Oriente Próximo (c. 1450) começou com a derrota final do Império Bizantino e a ascensão do Império Otomano.[101] Enquanto isso, o Japão entrou no período Edo,[102] a dinastia Qing surgiu na China[103] e o Império Mogol governou grande parte da Índia.[104] A Europa passou pelo Renascimento, a partir do século XV,[105] e a Era dos Descobrimentos começou com a exploração e colonização de novas regiões do mundo.[106] Isto incluiu a colonização das Américas[107] e o intercâmbio colombiano.[108] Esta expansão levou ao comércio de escravos no Atlântico[109] e ao genocídio dos povos nativos americanos.[110] Este período também marcou a Revolução Científica, com grandes avanços na matemática, mecânica, astronomia e fisiologia.[111]

Idade Contemporânea

Ver artigo principal: Idade Contemporânea
A máquina a vapor de James Watt. A Revolução Industrial foi um processo de mudança econômica e social que possibilitou um aumento populacional e do padrão de vida inédito na história humana.

O final do período moderno (1800 até o presente) viu a Revolução Tecnológica e Industrial trazer descobertas, grandes inovações nos transportes e no desenvolvimento de energia.[112] Influenciadas pelos ideais iluministas, as Américas e a Europa viveram um período de revoluções políticas conhecido como Era das Revoluções.[113] As Guerras Napoleônicas assolaram a Europa no início de 1800,[114] a Espanha perdeu a maior parte de suas colônias no Novo Mundo,[115] enquanto os europeus continuavam a sua expansão na África – onde o controle europeu passou de 10% para quase 90% em menos de 50 anos[116] – e Oceania.[117] No século XIX, o Império Britânico expandiu-se para se tornar o maior império que já existiu no mundo.[118]

Um tênue equilíbrio de poder entre as nações europeias entrou em colapso em 1914 com a eclosão da Primeira Guerra Mundial, um dos conflitos mais mortíferos da história.[119] Na década de 1930, uma crise econômica mundial levou à ascensão de regimes autoritários e a uma Segunda Guerra Mundial que envolveu quase todos os países do mundo. A destruição da guerra levou ao colapso da maioria dos impérios globais, levando à descolonização generalizada.[120]

Após a conclusão da Segunda Guerra Mundial em 1945, os Estados Unidos[121] e a União Soviética emergiram como as restantes superpotências globais. Isto levou a uma Guerra Fria que viu uma luta pela influência global, incluindo uma corrida armamentista nuclear e uma corrida espacial, terminando no colapso da União Soviética.[122][123] A atual Era da Informação, estimulada pelo desenvolvimento da Internet e dos sistemas de Inteligência Artificial, vê o mundo tornar-se cada vez mais globalizado e interligado.[124]

Habitat e população

Ver artigos principais: Demografia e População mundial
Mapa da densidade populacional humana na Terra em 2020
Conjunto de imagens mostrando a Terra vista do espaço à noite e que mostra a extensão da ocupação humana no planeta. As luzes brilhantes são as áreas urbanas mais densamente habitadas e outros impactos humanos na superfície do planeta.

A tecnologia permitiu ao ser humano colonizar todos os continentes e adaptar-se a praticamente todos os climas. Nas últimas décadas, os seres humanos têm explorado a Antártida, as profundezas dos oceanos e até mesmo o espaço sideral, embora a longo prazo a colonização desses ambientes ainda seja inviável. Com uma população de mais de sete bilhões de indivíduos, os seres humanos estão entre os mais numerosos grandes mamíferos do planeta. A maioria dos seres humanos (60,3%) vive na Ásia. O restante vive na África (15,2%), nas Américas (13,6%), na Europa (10,5%) e na Oceania (0,5%).[125]

A habitação humana em sistemas ecológicos fechados e em ambientes hostis, como a Antártida e o espaço exterior, é cara, normalmente limitada no que diz respeito ao tempo e restrita a avanços e expedições científicas, militares e industriais. A vida no espaço tem sido muito esporádica, com não mais do que treze pessoas vivendo no espaço por vez. Entre 1969 e 1972, duas pessoas de cada vez estiveram na Lua. Desde a conquista da Lua, nenhum outro corpo celeste foi visitado por seres humanos, embora tenha havido uma contínua presença humana no espaço desde o lançamento da primeira tripulação a habitar a Estação Espacial Internacional, em 31 de outubro de 2000.[126]

Desde 1800, a população humana aumentou de um bilhão a mais de sete bilhões de indivíduos.[127][128] Em 2004, cerca de 2,5 bilhões do total de 6,3 bilhões de pessoas (39,7%) residiam em áreas urbanas, e estima-se que esse percentual continue a aumentar durante o século XXI. Em fevereiro de 2008, as Nações Unidas estimou que metade da população mundial viveria em zonas urbanas até ao final daquele ano.[129] Existem muitos problemas para os seres humanos que vivem em cidades como a poluição e a criminalidade, especialmente nos centros e favelas de cada cidade. Entre os benefícios da vida urbana incluem o aumento da alfabetização, acesso à global ao conhecimento humano e diminuição da suscetibilidade para o desenvolvimento da fome.[130]

Os seres humanos tiveram um efeito dramático sobre o ambiente. A atividade humana tem contribuído para a extinção de inúmeras espécies de seres vivos. Como atualmente os seres humanos raramente são predados, eles têm sido descritos como superpredadores.[131] Atualmente, através da urbanização e da poluição, os humanos são os principais responsáveis pelas alterações climáticas globais.[132] A espécie humana é tida como a principal causadora da extinção em massa do Holoceno, uma extinção em massa, que, se continuar ao ritmo atual, poderá acabar com metade de todas as espécies ao longo do próximo século.[133][134]

Tóquio, no Japão, a maior área metropolitana do mundo. Em 2014, mais da metade da população mundial vivia em aglomerados urbanos, nível que vai chegar a 70% até 2050, segundo as Nações Unidas.[135]

Biologia

Ver artigo principal: Biologia humana

Anatomia e fisiologia

Constituintes do corpo humano
Em uma pessoa que pesa 60 kg
Constituinte Massa[136] Porcentagem de átomos[136]
Oxigênio 38,8 kg 25,5%
Carbono 10,9 kg 9,5%
Hidrogênio 6,0 kg 63,0%
Nitrogênio 1,9 kg 1,4%
Outros 2,4 kg 0,6%
Características anatômicas básicas de seres humanos do sexo feminino e masculino

Os tipos de corpo humano variam substancialmente. Embora o tamanho do corpo seja largamente determinado pelos genes, é também significativamente influenciado por fatores ambientais, como dieta e exercício. A altura média de um ser humano adulto é de cerca de 1,5 a 1,8 metro de altura, embora varie consideravelmente de lugar para lugar.[137] A massa média de um homem adulto varia entre 76–83 kg e 54–64 kg para mulheres adultas.[138]

Embora os seres humanos aparentem ter menos pelos em comparação com outros primatas, com o crescimento notável de pelos ocorrendo principalmente no topo da cabeça, axilas e região pubiana, o homem médio tem mais folículos pilosos em seu corpo do que um chimpanzé médio. A principal diferença é que os pelos humanos são mais curtos, mais finos e com menos pigmentação do que os pelos do chimpanzé médio, tornando-os mais difícil de serem vistos.[139] Os seres humanos também estão entre os melhores corredores de longa distância no reino animal, mas são mais lentos em distâncias curtas.[140][141]

A tonalidade da pele humana e do cabelo é determinada pela presença de pigmentos chamados melaninas. As tonalidades de pele humana podem variar do marrom (castanho) muito escuro até ao rosa muito pálido. A cor do cabelo humano varia do branco, ao marrom, ao vermelho, ao amarelo e ao preto, a tonalidade mais comum.[142] Isso depende da quantidade de melanina (um pigmento eficaz no bloqueio do sol) na pele e no cabelo, com as concentrações de melanina diminuindo no cabelo com o aumento da idade, levando ao cinza ou, até mesmo, aos cabelos brancos. A maioria dos pesquisadores acredita que o escurecimento da pele foi uma adaptação evolutiva como uma forma de proteção contra a radiação solar ultravioleta. No entanto, mais recentemente, tem sido alegado que as cores de pele, são uma adaptação do equilíbrio de ácido fólico, que é destruído pela radiação ultravioleta, e de vitamina D, que requer luz solar para se formar.[143] A pigmentação da pele do humano contemporâneo está geograficamente estratificada e em geral, se correlaciona com o nível de radiação ultravioleta. A pele humana também tem a capacidade de escurecer (bronzeamento) em resposta à exposição à radiação ultravioleta.[144][145] Os seres humanos tendem a ser fisicamente mais fracos do que outros primatas de tamanhos semelhantes, com os jovens, condicionado os seres humanos do sexo masculino a terem se mostrado incapazes de combinar com a força de orangotangos fêmeas, que são pelo menos três vezes mais fortes.[146]

Os seres humanos têm palatos proporcionalmente mais curtos e dentes muito menores do que os de outros primatas e são os únicos primatas com os dentes caninos mais curtos. Têm caracteristicamente dentes cheios, com falhas de dentes perdidos geralmente fechando-se rapidamente em espécimes jovens e gradualmente perdem seus dentes do siso, tendo algumas pessoas, congenitamente, sua ausência natural.[147]

A fisiologia humana é a ciência das funções mecânicas, físicas e bioquímicas dos seres humanos em boa saúde, e do que seus órgãos e células são compostos. O principal foco da fisiologia está no nível dos órgãos e sistemas. A maioria dos aspectos da fisiologia humana estão intimamente homólogos correspondentes aos aspectos da fisiologia dos outros animais e a experimentação com animais de outras espécies tem proporcionado grande parte da base do conhecimento fisiológico. A anatomia e a fisiologia estão estreitamente relacionadas com as áreas de estudo: anatomia, o estudo da forma, e fisiologia, o estudo da função, estão intrinsecamente vinculadas e são estudadas em conjunto como parte de um currículo médico.[148]

Genética

Ver artigo principal: Genética humana
Uma representação gráfica do cariótipo humano padrão, incluindo os cromossomos sexuais femininos (XX) e masculinos (XY).

Como a maioria dos animais, os humanos também são uma espécie eucariótica diplóide. Cada célula somática tem dois conjuntos de 23 cromossomos, cada conjunto recebido de um dos pais; os gametas têm apenas um conjunto de cromossomos, que é uma mistura dos dois conjuntos parentais. Entre os 23 pares de cromossomos, existem 22 pares de autossomos e um par de cromossomos sexuais. Como outros mamíferos, os humanos têm um sistema de determinação sexual XY, de modo que as fêmeas têm os cromossomos sexuais XX e os machos XY.[149] Os genes e o ambiente influenciam a variação biológica humana em características visíveis, fisiologia, suscetibilidade a doenças e habilidades mentais. A influência exata dos genes e do ambiente em certas características não é bem compreendida.[150][151]

Embora nenhum ser humano - nem mesmo gêmeos monozigóticos - seja geneticamente idêntico,[152] dois humanos em média terão uma similaridade genética de 99,5%-99,9%.[153][154] Isso os torna mais homogêneos do que outros grandes macacos, incluindo os chimpanzés.[155][156] Esta pequena variação no DNA humano em comparação com outras espécies sugere um efeito de gargalo populacional durante o Pleistoceno Superior (há cerca de 100 mil anos), no qual a população humana foi reduzida a um pequeno número de pares reprodutores.[157][158] As forças da seleção natural continuaram a operar nas populações humanas, com evidências de que certas regiões do genoma exibem seleção direcional nos últimos 15 mil anos.[159]

O genoma humano foi sequenciado pela primeira vez em 2001[160] e em 2020 centenas de milhares de genomas foram sequenciados.[161] Em 2012, o International HapMap Project comparou os genomas de 1 184 indivíduos de 11 populações e identificou 1,6 milhão de polimorfismos de nucleotídeo único.[162] As populações africanas também abrigam o maior número de variantes genéticas privadas, ou aquelas não encontradas em outros lugares do mundo. Embora muitas das variantes comuns encontradas em populações fora da África também sejam encontradas no continente africano, ainda há um grande número que é privado dessas regiões, especialmente Oceania e Américas. Pelas estimativas de 2010, os humanos têm aproximadamente 22 mil genes.[163] Ao comparar o DNA mitocondrial, que é herdado apenas da mãe, os geneticistas concluíram que o último ancestral comum feminino cujo marcador genético é encontrado em todos os humanos modernos, a chamada Eva mitocondrial, deve ter vivido por volta de há 90 mil a 200 mil anos.[164][165][166]

Ciclo de vida

Embrião humano de 10 mm na quinta semana de gestação.

O ciclo de vida humano é semelhante ao de outros mamíferos placentários. O zigoto divide-se dentro do útero da mulher para se tornar um embrião, que, ao longo de um período de trinta e oito semanas (9 meses) de gestação se torna um feto humano. Após este intervalo de tempo, o feto é totalmente criado fora do corpo da mulher e respira autonomamente como um bebê pela primeira vez. Neste ponto, a maioria das culturas modernas reconhecem o bebê como uma pessoa com direito à plena proteção da lei, embora algumas jurisdições de diferentes níveis alterem esse padrão, reconhecendo os fetos humanos enquanto eles ainda estão no útero.[167][168]

Em comparação com outras espécies, o parto humano é perigoso. Partos de duração de vinte e quatro horas ou mais não são raros e muitas vezes levam à morte da mãe, da criança ou de ambos.[169] Isto ocorre porque, tanto pela circunferência da cabeça fetal relativamente grande (para a habitação do cérebro) quanto pela cavidade pélvica relativamente pequena da mãe (uma característica necessária para o sucesso do bipedalismo, por meio da seleção natural).[170][171] As chances de um bom trabalho de parto aumentaram significativamente durante o século XX nos países mais ricos com o advento de novas tecnologias médicas. Em contraste, a gravidez e o parto normal permanecem perigosos nas regiões subdesenvolvidas e em desenvolvimento do mundo, com taxas de mortalidade materna aproximadamente 100 vezes maiores do que nos países desenvolvidos.[172]

Uma mulher grávida.

Nos países desenvolvidos, as crianças normalmente pesam de 3 a 4 kg e medem de 50 a 60 cm no nascimento.[173] No entanto, o baixo peso ao nascer é comum nos países em desenvolvimento e contribui para os altos níveis de mortalidade infantil nestas regiões.[174] Indefesos ao nascimento, os seres humanos continuam a crescer durante alguns anos, geralmente atingindo a maturidade sexual entre 12 e 15 anos de idade. Os seres humanos femininos continuam a desenvolver-se fisicamente até cerca dos 18 anos, o desenvolvimento masculino continua até cerca dos 21 anos. A vida humana pode ser dividida em várias fases: infância, adolescência, vida adulta jovem, idade adulta e velhice. A duração destas fases, no entanto, têm variado em diferentes culturas e períodos. Comparado com outros primatas, os corpos dos seres humanos desenvolvem-se extraordinariamente rápido durante a adolescência, quando o corpo cresce 25% no tamanho. Chimpanzés, por exemplo, crescem apenas 14%.[175]

Existem diferenças significativas em termos de esperança de vida ao redor do mundo. O mundo desenvolvido é geralmente envelhecido, com uma idade média em torno de 40 anos (a mais elevada é em Mônaco - 45,1 anos). No mundo em desenvolvimento é a idade média fica entre 15 e 20 anos. A esperança de vida ao nascer em Hong Kong é de 84,8 anos para a mulher e 78,9 para o homem, enquanto em Essuatíni, principalmente por causa da AIDS, é 31,3 anos para ambos os sexos.[176] Enquanto um em cada cinco europeus tem 60 anos de idade ou mais, apenas um em cada vinte africanos tem de 60 anos de idade ou mais.[177] O número de centenários (pessoas com idade de 100 anos ou mais) no mundo foi estimado pelas Nações Unidas em 210 mil indivíduos em 2002.[178] Apenas uma pessoa, Jeanne Calment, é conhecida por ter atingido a idade de 122 anos e 164 dias; idades mais elevadas foram registradas, mas elas não estão bem fundamentadas. Mundialmente, existem 81 homens com 60 anos ou mais para cada 100 mulheres da mesma faixa etária, e entre os mais velhos, há 53 homens para cada 100 mulheres.[179]

Os seres humanos são os únicos que experimentam a menopausa em alguma parte da vida. Acredita-se que a menopausa surgiu devido à "hipótese da avó", em que ocorre o interesse da mãe em renunciar aos riscos de morte durante outros partos para, em troca, investir na viabilidade dos filhos já nascidos.[180]

Estágios da vida humana
Crianças (menino e menina) Crianças pré-púberes Adolescentes Adultos (homem e mulher) Idoso (homem e mulher)

Variação biológica e fenotípica

Ver artigo principal: Variação genética humana
Uma criança africana e uma asiática

Há variação biológica na espécie humana – com características como tipo sanguíneo, doenças genéticas, características cranianas, características faciais, sistemas orgânicos, cor dos olhos, textura e cor dos cabelos, estatura e constituição corportal, e cor da pele variando em todo o mundo. A altura típica de um ser humano adulto é entre 1,4 e 1,9 metro, embora isso varie significativamente dependendo do sexo, origem étnica e linhagem familiar.[181][182] O tamanho corporal é parcialmente determinado pelos genes e também é significativamente influenciado por fatores ambientais, como dieta, exercícios e padrões de sono.[183]

Há evidências de que as populações se adaptaram geneticamente a vários fatores externos. Os genes que permitem aos humanos adultos digerir a lactose estão presentes em altas frequências em populações que têm uma longa história de domesticação de gado e são mais dependentes do leite de vaca.[184] A anemia falciforme, que pode proporcionar maior resistência à malária, é frequente em populações onde a malária é endêmica.[185][186] Populações que habitaram durante muito tempo climas específicos tendem a desenvolver fenótipos que são benéficos para esses ambientes – baixa estatura e constituição robusta em regiões frias, alta estaturea e corpos esguios em regiões quentes e com elevadas capacidades pulmonares ou outras adaptações em altas altitudes.[187] Algumas populações desenvolveram adaptações altamente únicas a condições ambientais muito específicas, como aquelas vantajosas para estilos de vida oceânicos e mergulho livre nos povos bajaus.[188]

Uma variedade de cores de cabelos humanos; à esquerda acima, sentido horário: preto, castanho, loiro, branco, ruivo

A cor do cabelo humano varia do ruivo ao loiro, do castanho ao preto, que é a mais frequente.[189] A cor do cabelo depende da quantidade de melanina, com concentrações diminuindo com o aumento da idade, levando a cabelos grisalhos ou até brancos. A cor da pele pode variar do marrom mais escuro ao pêssego mais claro, ou até quase branca ou incolor em casos de albinismo.[190] Tende a variar clinalmente e geralmente se correlaciona com o nível de radiação ultravioleta em uma área geográfica específica, com pele mais escura principalmente ao redor da linha do equador.[191] O escurecimento da pele pode ter evoluído como proteção contra a radiação solar ultravioleta,[192] enquanto a pigmentação clara da pele protege contra o esgotamento da vitamina D, que requer luz solar para ser produzida.[193] A pele humana também tem a capacidade de escurecer (bronzear) em resposta à exposição à radiação ultravioleta.[194][195]

Há relativamente pouca variação entre as populações geográficas humanas e a maior parte da variação que ocorre é no nível individual.[190][196][197] Grande parte da variação humana é contínua, muitas vezes sem pontos claros de demarcação.[198][199][200][201] Os dados genéticos mostram que não importa como os grupos populacionais são definidos, duas pessoas do mesmo grupo populacional são quase tão diferentes uma da outra quanto duas pessoas de quaisquer dois grupos populacionais diferentes.[202][203][204] As populações de pele escura encontradas na África, Austrália e Sul da Ásia não estão intimamente relacionadas entre si.[205][206]

A pesquisa genética demonstrou que as populações humanas nativas do continente africano são as mais geneticamente diversas[207] e a diversidade genética diminui com a distância migratória de África, possivelmente o resultado de gargalos populacionaos durante a migração humana.[208][209] Estas populações não africanas adquiriram novos dados genéticos a partir da mistura local com populações arcaicas e têm uma variação muito maior dos hominídeos neandertais e denisovanos do que a encontrada na África,[210] ​​embora a mistura dos neandertais nas populações africanas possa ser subestimada.[211] Além disso, estudos recentes descobriram que as populações da África Subsariana, e particularmente da África Ocidental, têm uma variação genética ancestral que antecede os humanos modernos e que se perdeu na maioria das populações não africanas. Acredita-se que parte dessa ancestralidade se origine da miscigenação com um hominídeo arcaico desconhecido que divergiu antes da divisão dos neandertais e dos humanos modernos.[212][213]

Cores de olhos humanos

Os humanos são uma espécie gonocórica, o que significa que são divididos em sexos masculino e feminino.[214][215][216] O maior grau de variação genética existe entre homens e mulheres. Embora a variação genética de nucleotídeos de indivíduos do mesmo sexo nas populações globais não seja superior a 0,1% –0,5%, a diferença genética entre homens e mulheres está entre 1% e 2%. Os homens, em média, são 15% mais pesados ​​e 15 centímetros mais altos que as mulheres.[217][218] Em média, os homens têm cerca de 40–50% mais força na parte superior do corpo e 20–30% mais força na parte inferior do corpo do que as mulheres com o mesmo peso, devido à maior quantidade de músculos e fibras musculares maiores.[219] As mulheres geralmente têm um percentual de gordura corporal mais alto que os homens.[220] As mulheres têm pele mais clara que os homens da mesma população devido a uma maior necessidade de vitamina D em mulheres durante a gravidez e a lactação.[221] Como existem diferenças cromossômicas entre mulheres e homens, algumas condições e distúrbios relacionados aos cromossomos X e Y afetam apenas homens ou mulheres.[222] Depois de levar em conta o peso e o volume do corpo, a voz masculina geralmente é uma oitava mais profunda do que a voz feminina.[223] As mulheres têm uma expectativa de vida mais longa em quase todas as populações do mundo.[224] Existem condições intersexuais na população humana, mas são raras.[225]

Dieta

Ver artigos principais: Dieta e Nutrição
Pessoas preparando uma refeição em Bali, Indonésia.

Por centenas de milhares de anos o Homo sapiens empregou (e algumas tribos que ainda dependem) um método de caçadores-coletores como o seu principal meio de obter alimentos, combinando e envolvendo fontes estacionárias de alimentos (tais como frutas, cereais, tubérculos e cogumelos, larvas de insetos e moluscos aquáticos), com a caça de animais selvagens, que devem ser caçados e mortos, para serem consumidos. Acredita-se que os seres humanos têm utilizado o fogo para preparar e cozinhar alimentos antes de comer desde o momento da sua divergência do Homo erectus.[226] Há pelo menos dez mil anos, os humanos desenvolveram a agricultura, que alterou substancialmente o tipo de alimentos que as pessoas comiam. Isto levou a um aumento da população, ao desenvolvimento das cidades e, em virtude do aumento da densidade populacional, à maior propagação de doenças infecciosas. Os tipos de alimentos consumidos, bem como a forma como são preparados, tem variado muito, através do tempo, da localização e da cultura.[227]

Os seres humanos são onívoros, capazes de consumir tantos produtos vegetais como produtos animais. Com as diferentes fontes de alimentos disponíveis nas regiões de habitação e também com diferentes normas culturais e religiosas, grupos humanos adotaram uma gama de dietas, principalmente a partir do puramente vegetariano para o carnívoro. Em alguns casos, restrições alimentares levam a deficiências que podem acabar em doenças, porém grupos estáveis de humanos se adaptaram aos vários padrões dietéticos, através da especialização genética e de convenções culturais para utilizar fontes alimentares nutricionalmente equilibradas.[228] A dieta humana é proeminentemente refletida na cultura humana e levou ao desenvolvimento da ciência dos alimentos.[229]

Em geral, os seres humanos podem sobreviver por duas a oito semanas sem alimentos, em função da gordura corporal armazenada. A sobrevivência sem água é geralmente limitada a três ou quatro dias. A falta de comida continua a ser um problema grave, com cerca de 300 mil pessoas morrendo de fome a cada ano.[230] A desnutrição infantil também é comum e contribui para o número de mortos.[231] No entanto, a distribuição alimentar global não é equilibrada, a obesidade atinge algumas populações humanas chegando a proporções epidêmicas, levando a complicações de saúde e aumento da mortalidade em alguns países desenvolvidos e em desenvolvimento. O Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos indica que 32% dos adultos americanos com idades superiores a 20 anos são obesos, enquanto 66,5% são obesos ou com sobrepeso. A obesidade é causada por consumir mais calorias do que os gastos do corpo, e muitos atribuem o ganho de peso excessivo a uma combinação de excessos alimentares e exercícios físicos insuficientes.[232]

Sono e sonho

Ver artigos principais: Sono e Sonho

Os seres humanos são geralmente diurnos. A necessidade de sono média é de entre sete e nove horas por dia para um adulto e de nove a dez horas por dia para uma criança; as pessoas idosas costumam dormir de seis a sete horas. Sentir menos sono do que isso é comum nas sociedades modernas e a privação do sono pode ter efeitos negativos. A restrição constante do sono adulto para quatro horas por dia tem sido mostrada como correlacionada com mudanças na fisiologia e no estado mental, incluindo fadiga, agressividade e desconforto corporal.[233]

Durante o sono, os humanos sonham, onde experimentam imagens e sons sensoriais. O sonho é estimulado pela ponte e ocorre principalmente durante a fase REM do sono.[234] A duração de um sonho pode variar de alguns segundos a 30 minutos.[235] Os humanos têm de três a cinco sonhos por noite, mas algumas pessoas podem ter até sete.[236] É mais provável que os sonhadores se lembrem do sonho se forem acordados durante a fase REM. Os eventos nos sonhos geralmente estão fora do controle do sonhador, com exceção dos sonhos lúcidos, onde o sonhador está autoconsciente.[237] Às vezes, os sonhos podem fazer com que ocorra um pensamento criativo ou dar uma sensação de inspiração.[238]

Psicologia

Ver artigos principais: Psicologia, Cérebro humano e Mente
Animação de parte do cérebro humano, com destaque para o lobo frontal (em vermelho).

O cérebro humano é o centro do sistema nervoso central e atua como o principal centro de controle para o sistema nervoso periférico. O cérebro controla atividades autônomas involuntárias, como a respiração e a digestão, assim como atividades conscientes, como o pensamento, o raciocínio e a abstração. Estes processos cognitivos constituem a mente, e, juntamente com suas consequências comportamentais, são estudadas no campo da psicologia.[239]

O cérebro humano é considerado o mais "inteligente" e capaz cérebro da natureza, superando o de qualquer outra espécie conhecida. Enquanto muitos animais são capazes de criar estruturas utilizando ferramentas simples, principalmente através do instinto e do mimetismo, a tecnologia humana é muito mais complexa e está constantemente evoluindo e melhorando ao longo do tempo. Mesmo as mais antigas estruturas e ferramentas criadas pelos humanos são muito mais avançadas do que qualquer outra estrutura ou ferramenta criada por qualquer outro animal.[240]

Embora as habilidades cognitivas humanas sejam muito mais avançadas do que as de qualquer outra espécie, a maioria destas habilidades podem ser observadas em sua forma primitiva no comportamento de outros seres vivos. A antropologia moderna sustenta a proposição de Darwin de que "a diferença entre a mente de um homem e a de animais evoluídos, grande como é, é certamente uma diferença de grau e não de tipo".[241]

Consciência e pensamento

Ver artigos principais: Consciência e Cognição
Representação gráfica da consciência (século XVII).

O que faz, de nós, seres humanos é o fato de sermos capazes de ver, tudo aquilo que pensamos, imaginamos, raciocinamos e recordamos, como um todo em relação ao qual podemos dizer um Sim ou um Não, um “é verdadeiro” ou um “é falso”, isto é, o sermos capazes de julgar da veracidade ou falsidade de tudo aquilo que a nossa própria mente vai conhecendo ou produzindo.[242]

Os seres humanos são apenas uma das nove espécies que passam no teste do espelho — que testa se um animal reconhece sua reflexão como uma imagem de si mesmo — juntamente com todos os grandes macacos (gorilas, chimpanzés, orangotangos, bonobos), golfinhos, elefantes-asiáticos, pega-rabudas e Orcas.[243] A maioria das crianças humanas passam no teste do espelho com 18 meses de idade.[244] No entanto, a utilidade deste teste como um verdadeiro teste de consciência tem sido contestada, e esta pode ser uma questão de grau, em vez de uma divisão nítida. Macacos foram treinados para aplicar as regras de resumo em tarefas.[245]

O cérebro humano percebe o mundo externo através dos sentidos e cada indivíduo humano é muito influenciado pelas suas experiências, levando a visões subjetivas da existência e da passagem do tempo. Os seres humanos possuem a consciência, a autoconsciência e uma mente, que correspondem aproximadamente aos processos mentais de pensamento. Estes são ditos de possuir qualidades tais como a autoconsciência, sensibilidade, sabedoria e a capacidade de perceber a relação entre si e o meio ambiente. A medida como a mente constrói ou experimenta o mundo exterior é um assunto de debate, assim como as definições e validade de muitos dos termos usados acima. O filósofo da ciência cognitiva Daniel Dennett, por exemplo, argumenta que não existe tal coisa como um centro narrativo chamado de "mente", mas que em vez disso, é simplesmente um conjunto de entradas e saídas sensoriais: diferentes tipos de '"softwares"' paralelos em execução.[246] O psicólogo B. F. Skinner argumenta que a mente é uma ficção de motivos que desvia a atenção das causas ambientais do comportamento[247] e o que são comumente vistos como processos mentais podem ser melhor concebidos como formas de comportamento verbal encoberto.[248][249]

Motivação e emoção

Ver artigos principais: Motivação e Emoção
Ilustração de pesar do livro A Expressão das Emoções no Homem e nos Animais, de Charles Darwin.

A motivação é a força motriz por trás do desejo de todas as ações deliberadas dos seres humanos. A motivação é baseada em emoções, especificamente, na busca de satisfação (experiências emocionais positivas), e à prevenção de conflitos. Positivo e negativo são definidos pelo estado individual do cérebro, que pode ser influenciado por normas sociais: uma pessoa pode ser levada a autoagressão ou violência, porque seu cérebro está condicionado a criar uma resposta positiva a essas ações. A motivação é importante porque está envolvida no desempenho de todas as respostas aprendidas. Dentro da psicologia, a prevenção de conflitos e a libido são vistas como motivadores primários. Dentro da economia, a motivação é muitas vezes vista por basear-se em incentivos, estes podem ser de ordem financeira, moral ou coercitiva.[250]

A emoção tem uma significante influência, podemos dizer que serve até mesmo para controlar o comportamento humano, porém historicamente muitas culturas e filósofos, por diversas razões tem desencorajado essa influência por não ser checável. As experiências emocionais percebidas como agradáveis, como o amor, a admiração e a alegria, contrastando com aquelas percebidas como desagradáveis, como o ódio, a inveja ou a tristeza.[251][252] No pensamento científico moderno, algumas emoções refinadas consideradas um traço complexo neural inato em uma variedade de mamíferos domesticados e não domesticados. Estas normalmente foram desenvolvidas em reação a mecanismos de sobrevivência superior e inteligentes de interação entre si e o ambiente; como tal, não é em todos os casos distinta e separada da função neural natural como foi uma vez assumida a emoção refinada. No entanto, quando seres humanos vivem de forma civilizada, verificou-se que a ação desinibida em extrema emoção pode levar à desordem social e à criminalidade.[253]

Sexualidade e amor

Família naturista na Alemanha Oriental, agosto de 1983.
Os pais humanos continuam a cuidar de seus filhos por muito tempo depois que eles nascem.
Ver artigos principais: Amor e Sexualidade humana

A sexualidade humana, além de garantir a reprodução biológica, tem importante função social: ele cria intimidade física, títulos e hierarquias entre os indivíduos, podendo ser direcionada para a transcendência espiritual (de acordo com algumas tradições);[254][255] e com um sentido hedonista de gozar de atividade sexual envolvendo gratificação. O desejo sexual, ou libido, é sentido como um desejo do corpo, muitas vezes acompanhada de fortes emoções como o amor, o êxtase e o ciúme.[256]

Escolhas humanas em agir sobre a sexualidade são normalmente influenciadas por normas culturais, que variam de forma muito ampla. As restrições são muitas vezes determinadas por crenças religiosas ou costumes sociais. O pesquisador pioneiro Sigmund Freud acreditava que os seres humanos nascem polimorficamente perversos, o que significa que qualquer número de objetos pode ser uma fonte de prazer.[257][258]

Segundo Freud, os seres humanos, em seguida, passam por cinco fases de desenvolvimento psicossexual (e podem fixar-se em qualquer fase por causa de traumas diversos durante o processo). Para Alfred Kinsey, outro influente pesquisador do sexo, as pessoas podem cair em qualquer lugar ao longo de uma escala contínua de orientação sexual (com apenas pequenas minorias totalmente heterossexual ou totalmente homossexual). Estudos recentes da neurologia e da genética sugerem que as pessoas podem nascer com uma predisposição para uma determinada orientação sexual ou outra.[257][258]

Cultura

Ver artigo principal: Cultura
Estatísticas da sociedade humana
Línguas nativas mais amplamente faladas[259] Chinês, espanhol, inglês, hindi, árabe, português, bengali, russo, japonês, javanês, alemão, lahnda, telugu, marata, tâmil, francês, vietnamita, coreano, urdu, italiano, indonésio, persa, turco, polonês, oriya, Birmanês, tailandês
Religiões mais praticadas[260] Cristianismo, islã, hinduísmo, budismo, siquismo, judaísmo

O conjunto sem precedentes de habilidades intelectuais da humanidade foi um fator-chave no eventual avanço tecnológico da espécie e na concomitante dominação da biosfera.[261] Desconsiderando os hominídeos extintos, os humanos são os únicos animais conhecidos por ensinar informações generalizáveis,[262] implantar inatamente a incorporação recursiva para gerar e comunicar conceitos complexos,[263] envolver a "física popular" necessária para projetar ferramentas competentes,[264][265] ou cozinhar alimentos em estado selvagem.[266] O ensino e a aprendizagem preservam a identidade cultural e etnográfica de todas as diversas sociedades humanas.[267] Outros traços e comportamentos que são, em sua maioria, exclusivos aos humanos, incluem iniciar e controlar focos de fogo,[268] estruturar fonemas[269] e a aprendizagem vocal.[270]

A divisão dos humanos em papéis de gênero masculino e feminino foi marcada culturalmente por uma divisão correspondente de normas, práticas, vestimentas, comportamento, direitos, deveres, privilégios, estatutos sociais e poder. Muitas vezes se acredita que as diferenças culturais por gênero tenham surgido naturalmente de uma divisão do trabalho reprodutivo; o fato biológico de que as mulheres dão à luz levou a uma maior responsabilidade cultural de nutrir e cuidar dos filhos.[271] Os papéis de gênero têm variado historicamente e os desafios às normas de gênero predominantes têm se repetido em muitas sociedades.[272]

Línguas

Ver artigo principal: Linguagem
Principais famílias linguísticas do mundo.

Embora muitas espécies se comuniquem, a linguagem é exclusiva dos humanos, uma característica definidora da humanidade e uma cultura universal.[273] Ao contrário dos sistemas limitados de outros animais, a linguagem humana é aberta - um número infinito de significados pode ser produzido pela combinação de um número limitado de símbolos.[274][275] A linguagem humana também tem a capacidade de deslocamento, ao usar palavras para representar coisas e acontecimentos que não estão ocorrendo no presente ou localmente, mas que residem na imaginação compartilhada dos interlocutores.[147]

A linguagem difere de outras formas de comunicação por ser independente da modalidade; os mesmos significados podem ser transmitidos por meio de diferentes meios, auditivamente na fala, visualmente pela língua de sinais ou escrita e até mesmo por meio tátil como o braille.[276] A linguagem é fundamental para a comunicação entre os humanos e para o senso de identidade que une nações, culturas e grupos étnicos.[277] Existem aproximadamente seis mil línguas diferentes atualmente em uso, incluindo línguas de sinais e muitos outros milhares que estão extintas.[278]

Religião e espiritualidade

Principais grupos religiosos do mundo mapeados por país.

A religião é geralmente definida como um sistema de crenças sobre o sobrenatural, o sagrado ou o divino, além de práticas, valores, instituições e rituais associados a tal crença. Algumas religiões também têm um código moral. Não existe, no entanto, uma definição acadêmica consensual do que constitui religião.[279] A religião assumiu muitas formas que variam de acordo com a cultura e a perspectiva individual, em alinhamento com a diversidade geográfica, social e linguística do planeta. A religião pode incluir uma crença na vida após a morte,[280] a origem da vida,[281] a natureza do universo (cosmologia religiosa) e seu destino final (escatologia), além do que é moral ou imoral.[282] Uma fonte comum de respostas a essas perguntas são as crenças em seres divinos transcendentes, como divindades ou um Deus único, embora nem todas as religiões sejam teístas.[283][284]

A evolução e a história das primeiras religiões tornaram-se recentemente áreas de ativa investigação científica.[285][286][287][288] Embora o momento exato em que os humanos se tornaram religiosos pela primeira vez permaneça desconhecido, pesquisas mostram evidências confiáveis de comportamento religioso por volta do Paleolítico Médio (há cerca de 45 mil a 200 mil anos).[289] A religião pode ter evoluído para desempenhar um papel de ajudar a impor e encorajar a cooperação entre humanos.[290] Embora o nível exato de religiosidade seja algo difícil de medir,[291] a maioria dos humanos professa alguma variedade de crenças religiosas ou espirituais.[292] Em 2015, a maioria da população mundial era cristã, seguida por muçulmanos, hindus e budistas.[293] Cerca de 16%, ou pouco menos de 1,2 bilhão de humanos, eram irreligiosos, incluindo aqueles sem crenças religiosas ou sem identidade com qualquer religião.[294]

Artes

Ver artigos principais: Arte, Música, Dança, Literatura e Arquitetura

As artes humanas podem assumir muitas formas, incluindo visuais, literárias e performáticas . A arte visual pode variar de pinturas e esculturas a filmes, design de interação e arquitetura.[295] As artes literárias podem incluir prosa, poesia e dramas; enquanto as artes performáticas geralmente envolvem teatro, música e dança.[296][297] Os humanos geralmente combinam as diferentes formas, por exemplo, vídeos musicais.[298] Outras entidades que foram descritas como tendo qualidades artísticas incluem preparação de alimentos, videogames e medicamentos.[299][300][301] Além de proporcionar entretenimento e transferência de conhecimento, as artes também são utilizadas para fins políticos.[302]

Tabuleta do Dilúvio da Epopeia de Gilgamesh em acadiano.

A arte é uma característica definidora do ser humano e há evidências de uma relação entre criatividade e linguagem.[303] A evidência mais antiga de arte foram as gravuras de conchas feitas pelo Homo erectus 300 mil anos antes da evolução dos humanos modernos.[304] A arte atribuída ao H. sapiens existia há pelo menos 75 mil anos, com joias e desenhos encontrados em cavernas na África do Sul.[305][306] Existem várias hipóteses de por que os humanos se adaptaram às artes. Isso inclui permitir que eles resolvam melhor os problemas, fornecendo um meio de controlar ou influenciar outros humanos, encorajando a cooperação e contribuição dentro de uma sociedade ou aumentando a chance de atrair um parceiro em potencial. O uso da imaginação desenvolvida por meio da arte, combinada com a lógica, o que pode ter dado aos primeiros humanos uma vantagem evolutiva[307]

Evidências de humanos engajados em atividades musicais são anteriores à arte nas cavernas e, até agora, a música tem sido praticada por praticamente todas as culturas humanas.[308] Existe uma grande variedade de gêneros musicais e músicas étnicas; com habilidades musicais humanas relacionadas a outras habilidades, incluindo comportamentos humanos sociais complexos. Foi demonstrado que os cérebros humanos respondem à música tornando-se sincronizados com o ritmo e a batida, um processo denominado arrastamento.[309] A dança também é uma forma de expressão humana encontrada em todas as culturas[310] e pode ter evoluído como uma forma de ajudar os primeiros humanos a se comunicarem.[311] Ouvir música e observar a dança estimula o córtex orbitofrontal e outras áreas do cérebro sensíveis ao prazer.[312]

Ao contrário da fala, a leitura e a escrita não são naturais aos humanos e devem ser ensinadas.[313] A literatura ainda está presente antes da invenção das palavras e da linguagem, com pinturas de 30 mil anos nas paredes de algumas cavernas retratando uma série de cenas dramáticas.[314] Uma das obras literárias mais antigas que sobreviveram é a Epopeia de Gilgamesh, gravada pela primeira vez em tabuletas babilônicas antigas há cerca de 4 mil anos.[315] Além de simplesmente transmitir conhecimento, o uso e o compartilhamento de ficção imaginativa por meio de histórias pode ter ajudado a desenvolver as capacidades humanas de comunicação e aumentado a probabilidade de conseguir um parceiro.[316] A narração de histórias também pode ser usada como uma forma de fornecer ao público lições morais e estimular a cooperação.

Ferramentas e tecnologias

Ver artigos principais: Ferramenta e Tecnologia
O SCMaglev, o trem mais rápido do mundo, atingindo 603 km/h em 2015[317]

Ferramentas de pedra foram usadas por proto-humanos há pelo menos 2,5 milhões de anos.[318] O uso e a fabricação de ferramentas foram apresentados como a habilidade que define os humanos mais do que qualquer outra coisa[319] e têm sido historicamente vistos como um importante passo evolutivo.[320] A tecnologia se tornou muito mais sofisticada há cerca de 1,8 milhões de anos, com o uso controlado do fogo começando por volta de há 1 milhão de anos.[321][322] A roda e os veículos com rodas apareceram simultaneamente em várias regiões em algum momento do IV milênio a.C..[323] O desenvolvimento de ferramentas e tecnologias mais complexas permitiu o cultivo da terra e a domesticação de animais, revelando-se essencial para o desenvolvimento da agricultura - o que ficou conhecido como Revolução Neolítica.[324]

A China desenvolveu o papel, a imprensa, a pólvora, a bússola e outras invenções importantes.[325] As melhorias contínuas na fundição permitiram o forjamento de cobre, bronze, ferro e, eventualmente, do aço, que é usado em ferrovias, arranha-céus e muitos outros produtos e construções.[326] Isso coincidiu com a Revolução Industrial, onde a invenção de máquinas automatizadas trouxe grandes mudanças ao estilo de vida dos humanos.[327] A tecnologia moderna pode ser vista como em progressão exponencial,[328] com grandes inovações no século XX, como eletricidade, penicilina, semicondutores, motores de combustão interna, Internet, fertilizantes fixadores de nitrogênio, aviões, computadores, automóveis, a pílula, fissão nuclear, revolução verde, rádio, criação científica de plantas, foguetes, ar condicionado, televisão e linha de montagem.[329]

Ciência e filosofia

Ver artigos principais: Ciência e Filosofia
Máquina de Anticítera (c. 100 a.C.), considerado o primeiro computador analógico mecânico conhecido (Museu Arqueológico Nacional de Atenas)

Um aspecto exclusivo dos humanos é sua capacidade de transmitir conhecimento de uma geração para a seguinte e de construir continuamente sobre essas informações para desenvolver ferramentas, leis científicas e outros avanços para transmitir adiante.[330] Esse conhecimento acumulado pode ser testado para responder a perguntas ou fazer previsões sobre como o universo funciona e tem sido muito bem-sucedido no avanço da ascendência humana.[331] Aristóteles foi descrito como o primeiro cientista,[332] e precedeu o surgimento do pensamento científico durante o período helenístico.[333] Outros primeiros avanços na ciência vieram da Dinastia Han na China e durante a Idade de Ouro Islâmica.[334][335] A Revolução científica, perto do final do Renascimento, levou ao surgimento da ciência moderna.[336]

Uma cadeia de eventos e influências levou ao desenvolvimento do método científico, um processo de observação e experimentação que é usado para diferenciar a ciência da pseudociência.[337] A compreensão da matemática é exclusiva dos humanos, embora outras espécies de animais tenham alguma cognição numérica.[338] Toda a ciência pode ser dividida em três ramos principais, as ciências formais (por exemplo, lógica e matemática), que se preocupam com sistemas formais, as ciências aplicadas (por exemplo, engenharia, medicina), que se concentram em aplicações práticas, e as ciências empíricas, que se baseiam na observação empírica e, por sua vez, são divididas em ciências naturais (por exemplo, física, química, biologia) e ciências sociais (por exemplo, psicologia, economia, sociologia).[339]

A filosofia é um campo de estudo onde os humanos procuram compreender verdades fundamentais sobre si próprios e o mundo em que vivem.[340] A investigação filosófica tem sido uma característica importante no desenvolvimento da história intelectual dos humanos.[341] Ela tem sido descrita como a "terra de ninguém" entre o conhecimento científico definitivo e os ensinamentos religiosos dogmáticos.[342] A filosofia depende da razão e da evidência, ao contrário da religião, mas não requer as observações empíricas e os experimentos fornecidos pela ciência.[343] Os principais campos da filosofia incluem metafísica, epistemologia, lógica e axiologia (que inclui ética e estética).[344]

Sociedade

A sociedade é o sistema de organizações e instituições decorrentes da interação entre humanos. Os humanos são seres altamente sociais e tendem a viver em grandes grupos sociais complexos. Eles podem ser divididos em diferentes grupos de acordo com sua renda, riqueza, poder, reputação e outros fatores.[345] A estrutura da estratificação social e o grau de mobilidade social diferem, especialmente entre as sociedades modernas e tradicionais. Os grupos humanos variam desde o tamanho das famílias até as nações. As primeiras formas de organização social humana foram famílias que viviam em sociedades de bandos ou tribos, como caçadores-coletores.[346]

Gênero

Ver artigo principal: Gênero
Desenho de um homem e uma mulher, Ilustração por Linda Salzman Sagan na Placa Pioneer

As sociedades humanas normalmente exibem identidades e papéis de gênero que distinguem entre características masculinas e femininas e prescrevem a gama de comportamentos e atitudes aceitáveis ​​para os seus membros com base no seu sexo.[347][348] A categorização mais comum é um gênero binário de homens e mulheres.[349] Algumas sociedades reconhecem um terceiro gênero,[350] ou menos comumente um quarto ou quinto.[351][352] Em algumas outras sociedades, não-binário é usado como um termo genérico para uma série de identidades de género que não são exclusivamente masculinas ou femininas.[353]

Os papéis de gênero estão frequentemente associados a uma divisão de normas, práticas, vestuário, comportamento, direitos, deveres, privilégios, estatuto e poder, com os homens a gozarem de mais direitos e privilégios do que as mulheres na maioria das sociedades, tanto hoje como no passado.[354] Como construção social,[355] os papéis de gênero não são fixos e variam historicamente dentro de uma sociedade. Os desafios às normas de gênero predominantes têm ocorrido em muitas sociedades.[356][357] Pouco se sabe sobre os papéis de gênero nas primeiras sociedades humanas. Os primeiros humanos modernos provavelmente tinham uma série de papéis de gênero semelhantes aos das culturas modernas, pelo menos do Paleolítico Superior, enquanto os neandertais eram menos dimórficos sexualmente e há evidências de que a diferença comportamental entre homens e mulheres era mínima.[358]

Parentesco

Ver artigo principal: Família
Os seres humanos muitas vezes vivem em família criando complexas estruturas sociais e abrigos artificiais.

Todas as sociedades humanas organizam, reconhecem e classificam os tipos de relações sociais com base nas relações entre pais, filhos e outros descendentes (consanguinidade) e nas relações por meio do casamento. Existe também um terceiro tipo aplicado aos padrinhos ou filhos adotivos. Essas relações culturalmente definidas são chamadas de parentesco. Em muitas sociedades, é um dos princípios de organização social mais importantes e desempenha um papel na transmissão de estatutos sociais e herança.[359] Todas as sociedades têm regras de tabu sobre incesto, segundo as quais o casamento entre certos tipos de relações de parentesco é proibido e algumas também têm regras de casamento preferencial com certas relações de parentesco.[360]

A estrutura social e familiar dos humanos é bastante variável conforme as diferentes sociedades humanas. Além das formas monogâmicas e poligínicas, formas poliândricas e promíscuas ocorrem com menos frequência. Uma estrutura social típica ou original não pode ser especificada, uma vez que o comportamento é fortemente sobreposto culturalmente. Tentativas de compreender o comportamento social original dos humanos usando comparações morfológicas com outras espécies de primatas se revelaram duvidosas (espécies de primatas com dimorfismo sexual muito acentuado em termos de peso tendem a viver em grupos de haréns, como ocorre com os gorilas; por outro lado, primatas com pouco dimorfismo sexual e sem diferenças de tamanho dos dentes caninos tendem a levar um estilo de vida monogâmico, como ocorre com os gibões, da família Hylobatidae) [361]

Etnia

Ver artigos principais: Raças humanas, Grupo étnico, Racismo e Fenótipo
Um líbio, um núbio, um sírio e um egípcio, representados por um artista desconhecido em um mural na tumba de Seti I.

Grupos étnicos humanos são uma categoria social que se identifica como um grupo com base em atributos compartilhados que os distinguem de outros grupos. Podem ser um conjunto comum de tradições, ancestrais, idioma, história, sociedade, cultura, nação, religião ou tratamento social dentro de sua área de residência.[362][363] A etnia é separada do conceito de raça, que se baseia em características físicas, embora ambas sejam socialmente construídas.[364] Atribuir etnicidade a determinada população é complicado, pois mesmo dentro de designações étnicas comuns, pode haver uma ampla gama de subgrupos e a composição desses grupos étnicos pode mudar com o tempo, tanto no nível coletivo quanto no individual.[155] Também não existe uma definição geralmente aceita sobre o que constitui um grupo étnico.[365] Os agrupamentos étnicos podem desempenhar um papel poderoso na identidade social e na solidariedade das unidades etno-políticas. Isso está intimamente ligado à ascensão do Estado-nação como a forma predominante de organização política nos séculos XIX e XX.[366][367][368]

Governo e política

Ver artigos principais: Sociedade, Governo, Política e Estado
Sede das Nações Unidas em Manhattan, a maior organização política do mundo.

A distribuição inicial do poder político foi determinada pela disponibilidade de água doce, solo fértil e clima temperado de diferentes locais.[369] À medida que as populações agrícolas se reuniam em comunidades maiores e mais densas, as interações entre esses diferentes grupos aumentavam. Isso levou ao desenvolvimento da governança dentro e entre as comunidades.[370] À medida que as comunidades cresciam, a necessidade de alguma forma de governança aumentava, pois todas as grandes sociedades sem governo lutavam para funcionar.[371] Os humanos desenvolveram a capacidade de mudar a afiliação com vários grupos sociais com relativa facilidade, incluindo alianças políticas anteriormente fortes, se isso for visto como uma vantagem pessoal.[372] Essa flexibilidade cognitiva permite que os humanos individuais mudem suas ideologias políticas, com aqueles com maior flexibilidade menos propensos a apoiar posturas autoritárias e nacionalistas.[373]

Os governos criam leis e políticas que afetam os cidadãos que governam. Houve várias formas de governo ao longo da história da humanidade, cada uma com vários meios de obter poder e capacidade de exercer diversos controles sobre a população.[374] Em 2017, mais da metade de todos os governos nacionais eram democracias, com 13% sendo autocracias e 28% contendo híbridos de ambas.[375] Muitos países formaram alianças políticas internacionais, sendo a maior delas as Nações Unidas, que tem 193 Estados-membros.[376]

Comércio e economia

Ver artigos principais: Comércio e Economia
A Rota da Seda (vermelho) e as rotas de comércio de especiarias (azul).

O comércio, a troca voluntária de bens e serviços, é visto como uma característica que diferencia os humanos de outros animais e tem sido citado como uma prática que deu ao Homo sapiens uma grande vantagem sobre outros hominídeos.[377][378] As evidências sugerem que os primeiros H. sapiens usavam rotas comerciais de longa distância para trocar mercadorias e ideias, levando a explosões culturais e fornecendo fontes adicionais de alimento quando a caça era escassa, enquanto essas redes de comércio não existiam para os agora extintos neandertais.[379][380] O comércio inicial provavelmente envolvia materiais para a criação de ferramentais como a obsidiana.[381] As primeiras rotas comerciais verdadeiramente internacionais giraram em torno do comércio de especiarias durante os períodos romano e medieval.[382] Outras rotas comerciais importantes a serem desenvolvidas nessa época incluem a Rota da Seda, a Rota do Incenso, a Rota do Âmbar, a Rota do Chá, a Rota do Sal, a Rota Comercial Transaariana e a Rota do Estanho.[383]

As primeiras economias humanas eram mais provavelmente baseadas em ofertas ao invés de um sistema de escambo.[384] O dinheiro inicial consistia em mercadorias; sendo o mais antigo em forma de gado e o mais utilizado em conchas de cauri.[385] Desde então, o dinheiro evoluiu para moedas emitidas pelo governo, papel-moeda e dinheiro eletrônico. O estudo humano da economia é uma ciência social que examina como as sociedades distribuem recursos escassos entre diferentes pessoas.[386] Existem enormes desigualdades na divisão da riqueza entre os humanos; os oito humanos mais ricos valem o mesmo valor monetário que a metade mais pobre de toda a população humana.[387]

Vista panorâmica do Porto de Xangai, na China, o mais movimentado do mundo.

Conflito

Ver artigo principal: Guerra
Bombardeamento atômico de Nagasaki, no Japão, durante a Segunda Guerra Mundial.

Os humanos cometem violência contra outros humanos em uma taxa comparável a outros primatas, mas em uma taxa mais alta do que a maioria dos outros mamíferos.[388] Prevê-se que 2% dos primeiros H. sapiens foram assassinados, taxa que aumentou para 12% durante o período medieval, antes de cair para menos de 2% nos tempos modernos.[389]

Ao contrário da maioria dos animais, que geralmente matam bebês, os humanos matam outros humanos adultos em uma taxa muito alta.[390] Há uma grande variação na violência entre as populações humanas, com taxas de homicídio em sociedades que possuem sistemas jurídicos e fortes atitudes culturais contra a violência em cerca de 0,01%.[391]

A disposição dos humanos de matar outros membros de sua espécie em massa por meio de conflitos organizados há muito tempo é objeto de debate. Uma escola de pensamento é a de que a guerra evoluiu como um meio de eliminar competidores e sempre foi uma característica humana inata. Outra sugere que a guerra é um fenômeno relativamente recente e surgiu devido a mudanças nas condições sociais.[392]

Embora não tenham sido estabelecidas, as evidências atuais sugerem que as predisposições bélicas só se tornaram comuns há cerca de 10 mil anos e, em muitos lugares, muito mais recentemente do que isso. A guerra teve um alto custo na vida humana; estima-se que durante o século XX, entre 167 milhões e 188 milhões de pessoas morreram em consequência de guerras.[393]

Ver também

Notas e referências

Notas

  1. Sinônimos registrados para a espécie Homo sapiens, sendo que os nomes de Bory de St. Vincent referem-se a variedades geográficas dos humanos modernos: aethiopicus Bory de St. Vincent, 1825; americanus Bory de St. Vincent, 1825; arabicus Bory de St. Vincent, 1825; aurignacensis Klaatsch & Hauser, 1910; australasicus Bory de St. Vincent, 1825; cafer Bory de St. Vincent, 1825; capensis Broom, 1917; columbicus Bory de St. Vincent, 1825; cro-magnonensis Gregory, 1921; drennani Kleinschmidt, 1931; eurafricanus (Sergi, 1911); grimaldiensis Gregory, 1921; grimaldii Lapouge, 1906; hottentotus Bory de St. Vincent, 1825; hyperboreus Bory de St. Vincent, 1825; indicus Bory de St. Vincent, 1825; japeticus Bory de St. Vincent, 1825; melaninus Bory de St. Vincent, 1825; monstrosus Linnaeus, 1758; neptunianus Bory de St. Vincent, 1825; palestinus McCown & Kleith, 1932; patagonus Bory de St. Vincent, 1825; priscus Lapouge, 1899; proto-aethiopicus Giuffrida-Ruggeri, 1915; scythicus Bory de St. Vincent, 1825; sinicus Bory de St. Vincent, 1825; spalaeus Lapouge, 1899; troglodytes Linnaeus, 1758 [nomen oblitum]; wadjakensis Dubois, 1921.[1]

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