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Djalminha

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(Redirecionado de Djalma Feitosa Dias)
Djalminha
Djalminha
Djalminha em 2016 com a camisa do Deportivo La Coruña
Informações pessoais
Nome completo Djalma Feitosa Dias
Data de nascimento 9 de dezembro de 1970 (53 anos)
Local de nascimento Santos, São Paulo, Brasil
Nacionalidade brasileiro
Altura 1,76 m
canhoto
Apelido Mago[1]
Maestro[2]
Informações profissionais
Clube atual aposentado
Posição meio-campista
Clubes de juventude
1976–1988 Flamengo
Clubes profissionais
Anos Clubes Jogos e gol(o)s
1989–1993
1993–1994
1994
1994–1995
1996–1997
1997–2004
2002–2003
2004
Flamengo
Guarani
Shimizu S-Pulse
Guarani
Palmeiras
Deportivo La Coruña
Austria Viena (emp.)
América
00133 000(20)
00049 000(17)
00011 0000(4)
00043 000(17)
00083 000(45)
00186 000(50)
00012 0000(3)
00001 0000(1)
Seleção nacional
1996–2002 Brasil 00014 0000(5)

Djalma Feitosa Dias (Santos, 9 de dezembro de 1970), mais conhecido como Djalminha, é um ex-futebolista brasileiro que atuava como meio-campista. Atualmente é comentarista dos canais da ESPN Brasil, onde também participa do programa Resenha ESPN.

Filho de Djalma Dias, ex-zagueiro da Seleção Brasileira, Djalminha tinha as principais características de um meio-campista clássico: o domínio de bola preciso, além de dribles desconcertantes e passes/lançamentos milimétricos, demonstrando toda sua técnica e criatividade.[3] O meia iniciou no Flamengo, teve grande passagens por Guarani e Palmeiras, mas foi no Deportivo La Coruña onde viveu o melhor momento da sua carreira.[4]

Após ter se aposentado dos gramados, fez parte do time de showbol do Flamengo. Passou a trabalhar como comentarista no início de 2014, no programa Jogo Aberto, da TV Bandeirantes. Ao lado do também ex-meia Pedrinho e da apresentadora Larissa Erthal, Djalminha apresentava a edição que ia ao ar para os estados do Rio de Janeiro, Distrito Federal e Amazonas.

Em 2015, após ter deixado a Band,[5] foi contratado pela ESPN Brasil como comentarista.

Apesar de torcer para o Vasco da Gama em sua infância devido a sua admiração por Roberto Dinamite,[6] Djalminha ingressou nas categorias de base do Flamengo. O meia fez seu primeiro jogo profissional pelo rubro-negro em uma partida contra o América-RJ, válida pelo Campeonato Carioca de 1989.

No ano seguinte, fez parte do elenco vencedor da Copa do Brasil de 1990 juntamente com companheiros dos juniores vencedores da Copa São Paulo do mesmo ano.[7][8] Curiosamente sete campeões participaram dos jogos contra o Botafogo na final do Campeonato Brasileiro de 1992, que rendeu o penta brasileiro ao clube: Fabinho, Júnior Baiano, Piá, Nélio, Paulo Nunes, Marcelinho Carioca e Djalminha.

Em 1991, o time começou a jogar no formato tático que lhe daria o penta campeonato brasileiro no ano seguinte, com Gaúcho centralizado na área como referência no ataque e duas pontas: Marcelinho Carioca ou alternadamente Paulo Nunes pela ponta-direita, e Nélio ou alternadamente Djalminha pela ponta-esquerda.[9][10]

Djalminha deixou o Flamengo na metade de 1993. No total pelo Rubro-Negro, o meia atuou em 133 jogos.[11]

Guarani e Shimizu S-Pulse

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Do Flamengo seguiu para um recomeço no Guarani em 1993, tendo permanecido duas temporadas no clube de Campinas, e sendo o grande armador do time, apesar de a equipe contar com outros bons jogadores como Zanata, Edu Marangon e seu companheiro de divisões de base rubro-negra, Fábio Augusto, antes de se transferir para o futebol japonês.[12]

Não se adaptando à vida no Japão, no mesmo ano em que saiu, retornou ao Guarani. Em seu retorno compôs um famoso trio na história do Bugre, jogando de meia, armando jogadas e fazendo gols juntamente com as então revelações do clube Amoroso e Luizão.

Em 1995, Djalminha foi contratado pela multinacional Parmalat para jogar no Palmeiras. Ganhou reconhecimento por brilhar ao armar jogadas com uma qualidade ímpar, roubando a cena em meio a um elenco que à época, repleto de grandes jogadores como Cafu, Júnior, Flávio Conceição, Rivaldo, Müller e Luizão.[13]

Com esse timaço, o Palmeiras venceu o Campeonato Paulista de 1996, quando seu ataque atingiu a histórica marca de 102 gols anotados.[14][15] No mesmo ano, Djalminha recebeu a Bola de Ouro da revista Placar como melhor jogador do Campeonato Brasileiro. Mais tarde, o meio-campista chegaria a declarar que aquela fora a melhor equipe pela qual já havia atuado em toda sua carreira.

Deportivo La Coruña

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A carreira de Djalminha atingiu seu ápice em 1997, quando ele foi o meia da Seleção Brasileira que disputou e conquistou a Copa América. A partir deste seu sucesso na Seleção, o reconhecimento internacional acabou rendendo-lhe a passagem para a Europa, mais precisamente para a Espanha, onde veio a defender o Deportivo La Coruña, de 1997 a 2002. Na Galiza tornou-se ídolo após a conquista inédita da La Liga de 1999–00.

Entretanto, na temporada 2002, o temperamento de Djalminha tornou a atrapalhar sua carreira, visto que, durante um treino, ao desentender-se com seu treinador Javier Irureta, agrediu-o com uma cabeçada.[16][17] Naturalmente, foi afastado da equipe e negociado com um clube da liga austríaca, o Austria Viena.[18]

Seleção Brasileira

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No entanto, o pior de tudo foi que a notícia de seu ato indisciplinar também acabou repercutindo em seu futuro na Seleção Brasileira. Antes cotado para a disputa da Copa do Mundo de 2002, Djalminha acabou ficando de fora dos planos do técnico Felipão, dando lugar ao então novato Kaká na Seleção Brasileira.[19] Seu ciclo na Seleção foi finalizado com apenas 14 jogos e cinco gols.

Austria Viena e América-MEX

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Em 2003, após uma temporada inteira no Austria Viena, o meia conquistou o Campeonato Austríaco e a Copa da Áustria. Apesar do desejo austríaco, não foi possível exercer o direito de compra de seu passe devido ao alto valor de seu salário que era irreal para realidade do futebol austríaco. Depois de ter especulado um possível retorno ao Palmeiras, que então encontrava-se na Série B, Djalminha voltou ao La Coruña. Por fim, após se ver sem contrato e se dizer desestimulado com as propostas que surgiam, mesmo com uma curta passagem no América do México, o meia anunciou sua aposentadoria em fevereiro de 2005, aos 34 anos de idade.[20][21][22]

Djalminha foi o jogador responsável por executar a primeira cobrança estilo cavadinha no Brasil, tornando-a conhecida do público brasileiro. Por esse motivo, muitos torcedores acreditam que o jogador tenha sido o inventor desse estilo de bater pênalti. Na verdade, a cavadinha foi criada ainda em 1976, pelo jogador tcheco Antonín Panenka, na final da Euro 1976.[23]

Djalminha executou a cavadinha pela primeira vez em um jogo do Guarani contra o Internacional de Porto Alegre, sendo o goleiro adversário, na ocasião, o argentino Sergio Goycochea, famoso por ser um grande pegador de pênaltis.[24] Seu estilo de cobrança foi depois adaptado por Marcelinho Carioca, e hoje é muito utilizado no futebol mundial, sendo executado inclusive em uma final de Copa do Mundo, pelo craque francês Zinédine Zidane. No Brasil, o jogador que mais lançou mão desse recurso foi o uruguaio Loco Abreu.[25]

Pós-aposentadoria

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Após parar de jogar profissionalmente, Djalminha passou a dedicar-se ao showbol, uma modalidade diferente de futebol de salão. No Mundialito de Showbol de 2006, realizado na cidade de Jerez de la Frontera, na Espanha, Djalminha foi o artilheiro da competição, vencida pelo Brasil. De quebra, ainda foi eleito o melhor jogador daquele campeonato.

Em 2007, no primeiro Torneio Rio-São Paulo de Showbol, Djalminha jogou pelo Flamengo, ao lado de velhos companheiros dos tempos de juniores no rubro-negro. Dois anos depois, em julho de 2009, conquistou o Campeonato Brasileiro de Showbol diante do Santos, com o placar de 11 a 8. Voltou a conquistar o Campeonato Brasileiro no dia 30 de abril de 2010, derrotando o Corinthians por 9 a 7, e dando o bicampeonato ao clube carioca.

No ano de 2012, reeditou o trio com Amoroso e Luizão e disputou o Campeonato Paulista de Showbol pelo Guarani.[26]

Controvérsias

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Parte da crítica e do público enquadra Djalminha em um grupo de craques injustiçados, que mereciam ter tido mais chances na Seleção Brasileira, principalmente no que refere à convocação para a Copa do Mundo.[27] Além de Djalminha, em 1994 e 1998, Neto (1990), Evair (1994), Alex (2002 e 2006), Ronaldinho Gaúcho, Paulo Henrique Ganso e Neymar (os três em relação a Copa de 2010) também são apontados em tal situação.

Segundo a revista Placar em 2002, o treinador Vanderlei Luxemburgo teria chamado Djalminha de "craque-celular", aquele que não funciona quando você precisa dele nos jogos decisivos.[28]

Números da carreira

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Ano Clube Jogos Gols Média de gols x jogo
1989 Flamengo 2 0 0
1990 Flamengo 41 7 0.17
1991 Flamengo 26 3 0.12
1992 Flamengo 28 7 0.25
1993 Flamengo 32 11 0.34
1993 Guarani 20 7 0.35
1994 Guarani 31 21 0.68
1994 Shimizu S-Pulse 11 4 0.37
1995 Guarani 45 19 0.42
1996 Palmeiras 60 32 0.53
1997 Palmeiras 35 13 0.37
1997 La Coruña 26 8 0.31
1998 La Coruña 34 8 0.24
1999 La Coruña 33 10 0.33
2000 La Coruña 30 12 0.40
2001 La Coruña 31 1 0.03
2002 Austria Viena 12 3 0.25
2003 La Coruña 20 2 0.10
2004 América do México 10 1 0.10
Total de jogos Total de gols média gols x jogo
528 170 0,32
  • Obs: as estatísticas dos clubes contabilizam todas as competições (de clubes), inclusive amistosos pelo Deportivo La Coruña.
Gols pela Seleção Brasileira
Data Adversário Gols
13 de novembro de 1996 Camarões 1
13 de maio 1997 Noruega 1
13 de junho de 1997 Costa Rica 2
26 de junho de 1997 Peru 1
06 de fevereiro de 2002 Arábia Saudita 1
Flamengo
Palmeiras
Seleção Brasileira
Deportivo La Coruña
Austria Viena
América do México
  • Supercopa do México: 2004–05
Flamengo Showbol

Prêmios individuais

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Referências

  1. «La Liga faz homenagem nos 47 anos do "mago" Djalminha». ge. 9 de dezembro de 2017. Consultado em 24 de maio de 2024 
  2. «Maestro genial, Djalminha ficou fora do penta após cabeçada em técnico». Esporte Fera. 19 de julho de 2017. Consultado em 9 de julho de 2022 
  3. «Djalminha». Acervo da Bola. 9 de dezembro de 2015. Consultado em 25 de junho de 2020 
  4. Marcelo Rozenberg. «Djalminha - Que fim levou». Terceiro Tempo. Consultado em 9 de julho de 2022 
  5. «Band demite Pedrinho e Djalminha, mas musa continua». Terra. 7 de abril de 2015. Consultado em 9 de julho de 2022 
  6. «Djalminha revela que era torcedor do Vasco na infância por influência de Roberto Dinamite». O Dia. 9 de janeiro de 2023 
  7. «Curtinha: Fla vai homenagear os campeões da Copa SP de 1990». ge. 29 de janeiro de 2015. Consultado em 24 de maio de 2024 
  8. Emmanuel do Valle (31 de janeiro de 2020). «Há 30 anos, um timaço do Flamengo conquistava a Copinha fazendo história». Trivela. Consultado em 11 de janeiro de 2023 
  9. Guilherme Diniz (16 de outubro de 2019). «Esquadrão Imortal - Flamengo 1990-1992». Imortais do Futebol. Consultado em 25 de junho de 2020 
  10. André Rocha (15 de maio de 2009). «Flamengo/92: da Copinha ao Brasileirão». Olheiros. Consultado em 25 de junho de 2020. Arquivado do original em 8 de julho de 2010 
  11. «Júnior Baiano cita geração de ouro: "Se deixa aquele grupo mais um pouco, Flamengo ia ter mais taças"». ge. 22 de novembro de 2023 
  12. Marcello De Vico e Vanderlei Lima (5 de abril de 2020). «"Jogávamos mais bonito do que o Palmeiras", lamenta meia do Guarani de 94». UOL. Consultado em 11 de janeiro de 2023 
  13. «Esquadrão Inesquecível - PALMEIRAS 1996». Futebol de Todos os Tempos. 20 de agosto de 2010. Consultado em 22 de agosto de 2019 
  14. «Esquadrão Imortal – Palmeiras 1996». Imortais do Futebol. 9 de agosto de 2018. Consultado em 7 de março de 2020 
  15. «Você sabia? Time histórico de 1996 do Verdão superou os 200 gols na temporada». Gazeta Esportiva. 27 de abril de 2020. Consultado em 24 de janeiro de 2024 
  16. Renan Prates (8 de agosto de 2013). «Djalminha diz que não se arrepende de cabeçada que o tirou da Copa-02». UOL. Consultado em 9 de julho de 2022 
  17. «Maestro genial, Djalminha ficou fora do penta após cabeçada em técnico». Fera. 19 de julho de 2017. Consultado em 25 de junho de 2020 
  18. «Wien capture Brazilian duo». UEFA.com. 31 de agosto de 2002. Consultado em 22 de agosto de 2019 
  19. «Felipão diz que tirou Djalminha da Copa-2002 'para evitar polêmicas'». UOL. 16 de abril de 2021. Consultado em 9 de julho de 2022 
  20. «Djalminha agora joga no México». Vírgula. 13 de julho de 2004. Consultado em 9 de julho de 2022 
  21. «Depois do Japão, Espanha e Austria, Djalminha vai jogar no México. Foi contratado pelo América. | Fellegger Und Fellegger». Consultado em 21 de junho de 2022 
  22. «Ídolo do Palmeiras, Djalminha critica a equipe e se aposenta». UOL. 22 de fevereiro de 2005. Consultado em 9 de julho de 2022 
  23. Rafael Reis (20 de junho de 2021). «Cavadinha em cobrança de pênalti nasceu em final da Euro: verdade ou lenda?». UOL. Consultado em 9 de julho de 2022 
  24. «Djalminha revela que quase apanhou por pênaltis com 'cavadinha'». UOL. 12 de novembro de 2021. Consultado em 9 de julho de 2022 
  25. «Hakimi, Loco Abreu e Zidane: relembre os pênaltis de cavadinha da história das Copas do Mundo». O Globo. 6 de dezembro de 2022. Consultado em 9 de agosto de 2024 
  26. Murilo Borges (5 de março de 2012). «Guarani reúne trio Amoroso, Luizão e Djalminha em Paulista de Showbol». ge. Consultado em 24 de maio de 2024 
  27. «Marcelinho Carioca, Alex, Cantona, Weah... craques que não jogaram Copa do Mundo». iG. 19 de abril de 2018. Consultado em 25 de junho de 2020 
  28. «O celular que funciona». Placar. 19 de abril de 2002. Consultado em 19 de abril de 2024 

Ligações externas

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