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Corpo humano: diferenças entre revisões

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Todos os sistemas envolvem todos os órgãos do [[ser humano]].
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'''O CORPO HUMANO NA MEDICINA'''
{{Referências}}

É deveras interessante a evolução do pensamento do ser humano relativo ao respetivo corpo, isto é, a mudança dos significados e interpretações que o ser humano atribui ao próprio corpo, ao longo das épocas. Desde pinturas rupestres nas cavernas até à conceção d’'''''O Homem de Vitrúvio''''' por Leonardo da Vinci! É importante referir que este desenvolvimento além de progressivo e gradual foi determinado por vários fatores, sendo alguns deles a religião, os movimentos artísticos e sociais, entre outros, ou seja, o respetivo contexto social, cultural e histórico.

Neste sentido, é natural que o fascínio pelo corpo humano seja intrínseco aos indivíduos da espécie humana. O estudo do mesmo foi uma realidade presente desde sempre, sendo intensificada e relatada na época Egípcia. Estes procediam ao culto dos cadáveres, embalsamando-os e criando um contacto mais próximo com os mesmos. O povo egípcio executava também cirurgias que relatava e descrevia em papiros, como por exemplo: o '''''Papiro de Edwin Smith''''', que documenta o diagnóstico e tratamento de alguns ferimentos.

Todavia, se a curiosidade, as dúvidas com ela relacionadas e o prazer da descoberta levam muitos indivíduos a querer conhecer o corpo humano por completo, recorrendo, por exemplo, a dissecações cadavéricas, este ato de intromissão no corpo humano foi e continua a ser tido como repugnante, sinistro, e até '''obsceno'''.

Por outro lado, aliada ao '''deslumbramento''' que a vida humana possa causar, surge também uma necessidade quase inata de a preservar e salvar. Para isso são necessários conhecimentos muito precisos sobre a fisiologia e morfologia humanas, que advêm, muitas vezes, de observações de órgãos cadavéricos.

O corpo humano na medicina não é somente uma finalidade de estudo, mas é sobretudo algo que é, ou deveria ser, respeitado pelo seu valor, dignidade e complexidade naturais e daí a indispensabilidade de o conhecer.

Não obstante o objetivo primordial da medicina ser a recolha de informação relativa ao funcionamento do corpo humano, com a finalidade de capacitar um medico para realizar diagnósticos e tratamentos que permitem salvar vidas, por vezes, o estudo do corpo humano é realizado com o intuito de o danificar ou de lhe provocar a morte, como aconteceu reiteradamente em meados do século XX, durante a '''Segunda Guerra Mundial''', nomeadamente na Alemanha.

Salienta-se a importância do estudo do corpo humano na medicina não poder ser algo perverso, dado o valor natural da vida, como referido anteriormente. Desta forma, o processo de aquisição de conhecimentos  deve ser regido por '''valores éticos e normas legais''', quando os primeiros não são usados de forma integra pelo médico, restringindo assim as experiencias médicas de tal modo que estas ofereçam o mínimo de nocividade possível ao ser vivo.

Em suma, o corpo humano deve ser entendido como um objeto de estudo de maxima importancia no que toca a descoberta de patologias e, consequentemente, tratamentos que se prendem com o prolongamento da esperanca media de vida. Isto conduz a uma evolucao a varios niveis da especie '''''Homo Sapiens Sapiens''''', que por natureza tem uma curiosidade inata de descoberta de si mesmo e dos outros.{{Referências}}


== Ligações externas ==
== Ligações externas ==

Revisão das 18h55min de 26 de junho de 2018

Anatomia externa do corpo humano.

O corpo humano é uma estrutura total e material do organismo humano.

Ciências

A Anatomia humana estuda grandes estruturas e sistemas do corpo humano. A fisiologia é o ramo da biologia que estuda as múltiplas funções mecânicas, físicas e bioquímicas do corpo humano.

Muitos cientistas buscam a partir da descoberta do código do DNA a construção em laboratório de corpos. É o que chamam de corpo biocibernético e de ciborgue, tais como corpo protético, corpo pós-orgânico, pós-biológico ou pós-humano.

No âmbito anatômico e científico, o corpo é substância física ou estrutura, de cada homem ou animal. Para a Biologia é um organismo vivo, composto de pequenas unidades denominadas células e para a Química, é uma porção de matéria. Para a Astronomia, qualquer objeto natural perceptível no céu: Reducionistas pensam que o corpo humano é uma máquina biológica complexa, cujo funcionamento e constituição, é quase inteiramente idêntico ao funcionamento e constituição dos corpos de outras espécies de animais, particularmente aquelas que estão evolucionariamente mais próximas do Homem.

Filosofia

A palavra corpo é uma das mais ricas da língua portuguesa. O corpo sempre foi objeto de curiosidade por ser uma engrenagem misteriosa. Esse fato levou com que cada área do conhecimento humano apresentasse possíveis definições para o corpo como seu objeto de estudo.

Platão definiu o homem composto de corpo e alma. A teoria filosófica de Platão baseia-se fundamentalmente na cisão entre dois mundos: o inteligível da alma e o sensível do corpo. O pensamento platônico é essencial para a compreensão de toda uma linhagem filosófica que valoriza o mundo inteligível em detrimento do sensível. A alma é detentora da sabedoria e o corpo é a prisão quando a alma é dominada por ele, quando é incapaz de regrar os desejos e as tendências do mundo sensível.

Foucault concebeu o corpo como o lugar de todas as interdições. Todas as regras sociais tendem a construir um corpo pelo aspecto de múltiplas determinações. Já para Lacan, o corpo é o espelho da mente e diz muito sobre nós mesmos. Para Nietzsche, só existe o corpo que somos; o vivido e este é mais surpreendente do que a alma de outrora.

Em Michel de Certeau, encontra-se O CORPO o como lugar de cristalização de todas as interdições e também o lugar de todas as liberdades. Georges Bataille definiu o corpo como uma coisa vil, submissa e servil tal como uma pedra ou um bocado de madeira.

Para Descartes, pregador do cartesianismo, o corpo enquanto organismo é uma máquina tanto que tem aparelhos, enquanto Espinosa, objetivando desconstruir o dualismo mente/corpo e outras oposições binárias do iluminismo como natureza/cultura, essência/construção social, concebe o corpo como tecido histórico e cultural da biologia.

Para o crítico literário Pardal Mallet, o autor empresta o seu próprio corpo para dar corpo ao seu texto e ao mesmo tempo cria dentro do texto outros corpos de personagens que transitam no discurso corporal romanesco, porque o texto também tem o seu corpo.

Para Gilles Deleuze, um corpo pode ser controlável, já que a ele pode se atribuir sentidos lógicos. Afirmou este filósofo que somos "máquinas desejantes". Em sua teoria, ao discorrer sobre corpos-linguagem disse que o corpo "é linguagem porque pode ocultar a palavra e encobri-la". Ivaldo Bertazzo, dançarino, é um instrumento de vida. A descrição do corpo é psicomotora não é psíquica, é uma união entre psiquismo e motricidade.

Merleau-Ponty aludiu que o corpo é espelho de outro corpo. Sobre a metamorfose do corpo, Paul Valéry propôs o problema dos três corpos: o próprio corpo; o corpo reflexo, ponto narciso, inflexão que se relaciona com o entorno, do visto, do que vê e o corpo que é justamente os espaços insondáveis, tanto pela visão como pelo tato, função, fisiologia e funcionamento, universo microscópico, líquidos, liquefação.

Fenomenologia

A fenomenologia também concebe o ser no mundo emotivo, perceptível e móvel. Em face desse entendimento, diz que o corpo adquiriu certa identidade, sobretudo no momento atual em que há uma crise do sujeito, do eu, da subjetividade que coloca em causa, até mesmo, ou antes de qualquer coisa, a corporeidade do indivíduo, fazendo com que o corpo se torne, em consequência desse momento da sociedade, um "nó de múltiplos investimentos e inquietações" (SANTAELLA, 2004: 10).

A partir dos anos 70, a body art passou a incluir o corpo enquanto sujeito do espetáculo e da forma artística em si. Com o impulso tecnológico, a partir dos anos 90, ocorreu uma maior auto-apropriação pelo artista do seu corpo e do corpo de outrem como sujeito e objeto da experiência estética. Todos os dias a televisão está estampando dentro de nossas casas "vinhetas" e aberturas de novelas com efeito digital, mostrando performances corporais: o simulacro do corpo. Na atualidade, Hans Donner, o inventor da mulata Globeleza Valéria Valenssa, que o desposou e ao mesmo tempo a transformou em mulata virtual e símbolo do carnaval carioca. Numa mágica corporal, tecnológica, midiática inéditas e criativas para a televisão brasileira.

O corpo ou os corpos – como se vê – não pode ser lido como uma ideia marcada de unidade. Devem, ser lidos como uma ampla rede de múltiplas combinações.

Assim, pode-se afirmar atrelando as definições da fenomenologia (que explica os estados do corpo) e da antropologia (ligada ao homem) que cada ser é um corpo no sentido social e cultural, ou seja, as experiências que se vivenciam a partir de valores relativos ao corpo fazem com que os corpos humanos sejam culturalmente construídos, possivelmente pelo auditório.

O corpo e os sistemas

O corpo humano se divide em sistemas.

Todos os sistemas envolvem todos os órgãos do ser humano.

O CORPO HUMANO NA MEDICINA

É deveras interessante a evolução do pensamento do ser humano relativo ao respetivo corpo, isto é, a mudança dos significados e interpretações que o ser humano atribui ao próprio corpo, ao longo das épocas. Desde pinturas rupestres nas cavernas até à conceção d’O Homem de Vitrúvio por Leonardo da Vinci! É importante referir que este desenvolvimento além de progressivo e gradual foi determinado por vários fatores, sendo alguns deles a religião, os movimentos artísticos e sociais, entre outros, ou seja, o respetivo contexto social, cultural e histórico.

Neste sentido, é natural que o fascínio pelo corpo humano seja intrínseco aos indivíduos da espécie humana. O estudo do mesmo foi uma realidade presente desde sempre, sendo intensificada e relatada na época Egípcia. Estes procediam ao culto dos cadáveres, embalsamando-os e criando um contacto mais próximo com os mesmos. O povo egípcio executava também cirurgias que relatava e descrevia em papiros, como por exemplo: o Papiro de Edwin Smith, que documenta o diagnóstico e tratamento de alguns ferimentos.

Todavia, se a curiosidade, as dúvidas com ela relacionadas e o prazer da descoberta levam muitos indivíduos a querer conhecer o corpo humano por completo, recorrendo, por exemplo, a dissecações cadavéricas, este ato de intromissão no corpo humano foi e continua a ser tido como repugnante, sinistro, e até obsceno.

Por outro lado, aliada ao deslumbramento que a vida humana possa causar, surge também uma necessidade quase inata de a preservar e salvar. Para isso são necessários conhecimentos muito precisos sobre a fisiologia e morfologia humanas, que advêm, muitas vezes, de observações de órgãos cadavéricos.

O corpo humano na medicina não é somente uma finalidade de estudo, mas é sobretudo algo que é, ou deveria ser, respeitado pelo seu valor, dignidade e complexidade naturais e daí a indispensabilidade de o conhecer.

Não obstante o objetivo primordial da medicina ser a recolha de informação relativa ao funcionamento do corpo humano, com a finalidade de capacitar um medico para realizar diagnósticos e tratamentos que permitem salvar vidas, por vezes, o estudo do corpo humano é realizado com o intuito de o danificar ou de lhe provocar a morte, como aconteceu reiteradamente em meados do século XX, durante a Segunda Guerra Mundial, nomeadamente na Alemanha.

Salienta-se a importância do estudo do corpo humano na medicina não poder ser algo perverso, dado o valor natural da vida, como referido anteriormente. Desta forma, o processo de aquisição de conhecimentos  deve ser regido por valores éticos e normas legais, quando os primeiros não são usados de forma integra pelo médico, restringindo assim as experiencias médicas de tal modo que estas ofereçam o mínimo de nocividade possível ao ser vivo.

Em suma, o corpo humano deve ser entendido como um objeto de estudo de maxima importancia no que toca a descoberta de patologias e, consequentemente, tratamentos que se prendem com o prolongamento da esperanca media de vida. Isto conduz a uma evolucao a varios niveis da especie Homo Sapiens Sapiens, que por natureza tem uma curiosidade inata de descoberta de si mesmo e dos outros.

Referências

Ligações externas

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