Benjamin Tucker: diferenças entre revisões
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'''Benjamin Tucker''' (South Dartmouth, [[17 de abril]] de [[1854]] — [[Mônaco]], [[22 de junho]] de [[1939]]) foi, no [[século XIX]], o principal defensor [[Povo dos Estados Unidos|americano]] do [[anarquismo individualista]] e do anarquismo americano na época de um modo geral.<ref>William O. Reichert, “Toward a New Understanding of Anarchism,” The Western Political Quarterly (Vol. 20, No. 4, December 1967), page 857.</ref> Foi editor do periódico anarquista americano ''[[Liberty (periódico)|Liberty]].''<ref>Las Corrientes Liberales en los Estados Unidos, por Rudolf Rocker, 1944.</ref><ref>La Anarquía a través de los Tiempos, por Max Nettlau, 1935.</ref> |
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Tucker disse que se tornou anarquista aos 18 anos. A contribuição de Tucker para o anarquismo individualista americano foi tanto através de suas publicações quanto por seus próprios escritos. Tucker foi o primeiro a traduzir para o inglês [[O único e sua propriedade]] – o qual Tucker afirmou ser sua maior realização. Tucker também traduziu o livro [[Deus e o Estado]] de [[Mikhail Bakunin]]. No periódico anarquista [[Liberty]], ele publicou o trabalho original de [[Stephen Pearl Andrews]], [[Joshua K. Ingalls]], [[Lysander Spooner]], [[Auberon Herbert]], [[Victor Yarros]] e [[Lilian Harman]], filha do anarquista de amor livre [[Moses Harman]], assim como seus próprios escritos. |
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De acordo com Frank Brooks, um historiador do anarquismo individualista americano, é fácil compreender mal a reivindicação de Tucker ao “socialismo”. Antes dos marxistas estabelecerem uma hegemonia sobre as definições de socialismo, “o termo socialismo era um conceito amplo”. Tucker, assim como a maioria dos escritores e leitores de Liberty, entendiam “socialismo” para se referir a uma ou mais das várias teorias que visavam resolver “o [[problema do trabalho]]” através de mudanças radicais na economia [[Capitalismo|capitalista]]. Descrições de “o problema”, explicações de suas causas, e soluções propostas (por exemplo, abolição da [[propriedade privada]], cooperativas, propriedade estatal, e assim por diante) variaram entre as diversas filosofias “socialistas”. |
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Edição atual tal como às 19h55min de 25 de janeiro de 2024
Benjamin Tucker | |
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Nascimento | 17 de abril de 1854 South Dartmouth (Estados Unidos) |
Morte | 22 de junho de 1939 (85 anos) Mônaco |
Cidadania | Estados Unidos |
Alma mater | |
Ocupação | tipógrafo, sindicalista, jornalista e ativista anarquista |
Escola/tradição | Socialismo libertário, Anarquismo individualista, Mutualismo |
Principais interesses | indivíduo, liberdade, autoridade, justiça social. |
Religião | ateísmo |
Ideologia política | anarquismo |
Assinatura | |
Benjamin Tucker (South Dartmouth, 17 de abril de 1854 — Mônaco, 22 de junho de 1939) foi, no século XIX, o principal defensor americano do anarquismo individualista e do anarquismo americano na época de um modo geral.[1] Foi editor do periódico anarquista americano Liberty.[2][3]
Anarquismo[editar | editar código-fonte]
Tucker disse que se tornou anarquista aos 18 anos. A contribuição de Tucker para o anarquismo individualista americano foi tanto através de suas publicações quanto por seus próprios escritos. Tucker foi o primeiro a traduzir para o inglês O único e sua propriedade – o qual Tucker afirmou ser sua maior realização. Tucker também traduziu o livro Deus e o Estado de Mikhail Bakunin. No periódico anarquista Liberty, ele publicou o trabalho original de Stephen Pearl Andrews, Joshua K. Ingalls, Lysander Spooner, Auberon Herbert, Victor Yarros e Lilian Harman, filha do anarquista de amor livre Moses Harman, assim como seus próprios escritos.
Ele também publicou o primeiro artigo original de George Bernard Shaw a aparecer nos Estados Unidos, e foi o primeiro americano a traduzir trechos de Friedrich Nietzsche. Em Liberty, Tucker filtrou e adaptou as teorias de pensadores europeus como Herbert Spencer e Pierre-Joseph Proudhon, as teorias econômicas e legais dos individualistas americanos Lysander Spooner, William B. Greene e Josiah Warren, e os escritos de livre pensamento e movimentos de amor livre em oposição a legislação baseada em religião e proibição de comportamento não-invasivo. Através dessas influências, Tucker produziu um rigoroso sistema filosófico ou individualista anarquista que ele chamou de anarquismo-socialista, argumentando que “[o] mais perfeito socialismo é possível apenas na condição do mais perfeito individualismo.”
De acordo com Frank Brooks, um historiador do anarquismo individualista americano, é fácil compreender mal a reivindicação de Tucker ao “socialismo”. Antes dos marxistas estabelecerem uma hegemonia sobre as definições de socialismo, “o termo socialismo era um conceito amplo”. Tucker, assim como a maioria dos escritores e leitores de Liberty, entendiam “socialismo” para se referir a uma ou mais das várias teorias que visavam resolver “o problema do trabalho” através de mudanças radicais na economia capitalista. Descrições de “o problema”, explicações de suas causas, e soluções propostas (por exemplo, abolição da propriedade privada, cooperativas, propriedade estatal, e assim por diante) variaram entre as diversas filosofias “socialistas”.